Vale a pena investir para pagar dívidas?

Mais um assunto um tanto controverso, já discutido em outras oportunidades. Após receber como sugestão do Youtube um vídeo da Mirna (canal EconoMirna) tratando deste assunto, resolvi compartilhar algumas ponderações.

A princípio, procure focar no problema (dívida). Ou seja, como diminuir ou impedir o avanço da dívida (até quitá-la). O efeito dos juros compostos está presente nos dois cenários, mas são forças opostas e com intensidades extremamente diferentes – você não encontrará opções de investimento com taxa de retorno suficiente para compensar. O tempo pode ser seu maior inimigo.

Na maioria das vezes, esta questão está presente quando a dívida é grande. A sua capacidade de aporte, neste caso, costuma ser limitada e seu rendimento será sobre um montante pouco expressivo. Por outro lado, a dívida apresentará uma correção muito maior e sobre um montante cada vez mais expressivo. O grande problema é como controlar a evolução desta dívida no decorrer do tempo. Conseguir este equilíbrio com o investimento é quase impossível. Devemos montar uma reserva de emergência desde cedo para nos blindar contra este tipo de situação, não no momento.

Li um comentário no Youtube, do Fábio Ricardo de Barros, que julgo bastante pertinente e resolvi compartilhar:

Se a dívida é muito grande, sinto informar, mas num horizonte curto não há solução.

Nos primeiros meses ela vai só subir, e vão te dar a “facilidade” de pagar em muitasssss parcelas.

Depois de um ano, já começam oferecer desconto, mas ainda assim será difícil um desconto onde você pagará apenas o capital, mas continue tentando.

Perto de cinco anos, quando enquanto a ação não é ajuizada, dá pra conseguir descontos de mais de 90% sobre a dívida com juros, o que significa que, muitas vezes, você vai pagar menos que o capital, mas tenha em mente que nunca mais terá relacionamento financeiro com aquela instituição, bem como outras que fazem parte do grupo.

Mas, se você acha tudo isto confuso por saber que empresas fazem “dívidas saudáveis”, sugiro a leitura deste artigo:

Porque empresas podem fazer dívidas, e você não?

Um ótimo final de semana a todos! 😉

Resultado do mês de fevereiro (2018)

Como o mês virou no meio da semana e fui surpreendido por problemas pessoais, preferi publicar o resultado mensal no primeiro final de semana de março. Tirando algumas surpresas desagradáveis (muita agitação), o mês foi excelente. O ano já começou turbulento e, conforme esperado, alguns eventos políticos tumultuaram bastante o mẽs de fevereiro. Portanto, sem muitas delongas, vamos aos resultados.

De maneira geral, para o brasileiro, o ano começa realmente depois do “feriado” de carnaval. O engraçado foi que, na semana seguinte, fiquei surpreso com o fluxo de carros na cidade. De imediato não entendi o que havia mudado para justificar aquilo. Não demorou muito e lembrei que o ano estava começando de fato – o fluxo voltou ao normal (risos).

No cenário político-econômico, o fato de maior repercussão foi, sem sombra de dúvidas, a autorização da Intervenção Federal no Rio de Janeiro. De certa forma, ainda que o Exército não tenha o poder de polícia (o que o coloca em grande desvantagem), vejo com bons olhos a medida, pois “inibe” a ação de criminosos. A situação do RJ está caótica. É melhor do que nada, mas não resolverá o problema. É uma questão bastante complexa. Para o Governo Federal, mesmo que neguem, também serviu como uma “saída honrosa” para a questão da Reforma da Previdência – dificilmente será votada (quanto mais aprovada) neste ano.

Em relação a Intervenção Federal, confiram a visão do General Heleno:

Controlar a onda de violência no país tem sido um desafio enorme. O mês também foi marcado por uma onda de crimes e violência no Ceará. Segundo a Reuters, “O governo federal enviou ao Ceará uma força-tarefa policial formada por homens da Polícia Federal e da Força Nacional de Segurança para dar apoio técnico às forças de segurança locais em ações de combate ao crime organizado“.

O Governo Federal, na tentativa de melhorar a segurança pública, decidiu criar mais um Ministério (Ministério Extraordinário da Segurança Pública) estruturado de forma semelhante ao Ministério da Justiça. Na minha opinião, parece mais uma medida para “inglês ver” (resposta rápida) e gerará custos ainda maiores – para se te ideia, em 2017, o orçamento do Ministério da Justiça foi de R$ 13,4 bilhões.

No cenário internacional, o que causou maior impacto, levando a queda significativa do índice IBovespa no fim da semana, foi a afirmação de Donald Trump de que irá taxar a importação de aço.

Confiram os principais números e acontecimentos sacudiram o país e o mundo:

Em relação ao mercado, para “investidores mais arrojados” que especulam “ativos” de altíssimo risco (como criptomoedas ou “instituições” não regulamentadas), o mês causou bastante agitação (e continuará)…

Bitcoin continua apresentando volatilidade nunca vista em qualquer outra aplicação ou moeda. Alguns investidores até associam volatilidade de R$ 30.000,00 à correções de mercado. Os especialistas no assunto não exitam em demonstrar a eficiência e “segurança” da tecnologia (blockchain), mas ignoram (ou desprezam) as falhas graves que vem ocorrendo constantemente entre as entidades envolvidas no processo: “Neste mês, uma falha em uma exchange japonesa, permitiu a aquisição de criptomoedas de graça“. Os movimentos de euforia e pânico estão sendo constantes (risos). A Alemanha, por exemplo, legalizou as criptomoedas e passou a reconhecer o Bitcoin como meio de pagamento – certamente influenciará em um movimento de euforia. Raramente o investidor amador sabe lidar com este tipo de situação. Seja como for, prefiro ficar apenas observando (meu foco é outro).

– De acordo com o site Exame, “A empresa de fomento mercantil, ou factoring, Maximus Digital, que havia assumido os negócios da Alcateia Investimentos e seus 50 mil investidores, anunciou que está desfazendo o negócio e encerrando as atividades“. Ou seja, a empresa fechou e deixou 50 mil investidores no prejuízo. No ano passado fiz um alerta sobre os riscos. Infelizmente, a ganância nos cega facilmente.

Felizmente, não precisei lidar com grandes imprevistos financeiros. No entanto, tive gastos adicionais para encerrar a operação de venda coberta e aquisição de uma câmera nova e tripé para gravação de vídeos (até então, vinha filmando com a câmera frontal do celular). Também tive mais alguns gastos com uma viagem no “feriado” de carnaval e outras questões pessoais. Em relação a operação de venda coberta, farei um vídeo explicando melhor como funciona e os riscos – pode valer a pena se entendermos que, neste caso, trata-se de uma estratégia de trade para remuneração de carteira (não há como acertar sempre).

Quanto aos investimentos…

Com tantos acontecimentos de grande impacto no cenário político-econômico, a evolução da carteira continua bastante expressiva. Mas, volto a afirmar: estejam preparados para lidar com forte volatilidade. Como holder, segue o jogo (simples assim).

Recebi proventos de ITUB3, ABEV3, BRCR11 (0,470%), FCFL11 (0,477%), PQDP11 (0,450%), KNRI11 (0,383%), RNGO11 (0,578%), SAAG11 (0,658%), GGRC11 (0,528%), MXRF11 (0,626%), KNCR11 (0,626%), HGRE11 (0,533%) e FIGS11 (0,873%). O desempenho dos FIIs permanece estável. O pior resultado foi do fundo KNRI11, porém foi devido ao adiantamento de R$ 0,20 por cota feito no mês de janeiro. O rendimento mensal da carteira permanece excelente, e foi reforçado com o pagamento de dividendos e JCP de ITUB3 e ABEV3 (pouco expressivo).

Com o rendimento da própria carteira, somado ao capital que me prontifico separar para investir mensalmente, comprei mais ações ou cotas de CRFB3, KNRI11, FIGS11 e BRCR11. Passei sufoco com a operação de venda coberta e quase “não consegui” fechar a tempo. Logo, visando encerrar a operação com prejuízo pequeno, antecipei a compra das opções BBASB78 ao preço de R$ 0,78 – a princípio, como 2018 promete grande volatilidade (pelas incertezas no cenário político) e a possibilidade de ser exercido não é aceitável, decidi não incluir este tipo de operação durante o ano. O menor aporte foi para o fundo FIGS11 e o maior para KNRI11. Exceto pelo fundo FIGS11, a distribuição foi bastante equilibrada. Novamente, por diferentes razões, minha capacidade de aporte foi limitada.

Confiram a distribuição dos ativos, segundo o portal CEI (NÃO inclui o Fundo DI):

A composição atual ficou assim (gráfico do IrpfBolsa):

Vale lembrar que o gráfico acima representa uma distribuição baseada no custo de aquisição, não no valor de mercado“.

O movimento eufórico do mercado ainda prevalece. O resultado negativo, no encerramento da semana, foi em função da possível taxação de aço anunciada por Trump. Até pouco tempo, existia grande expectativa em relação a Reforma da Previdência, mas a Intervenção Federal no RJ ofereceu um “tempo maior” (trégua). Particularmente, devido a tantas incertezas, acredito que presenciaremos fortes turbulências. Vale ressaltar que é importante ter consciência que, no curto prazo, oscilações são naturais e esperadas (com movimentos de repique, por exemplo).

Estou apenas demonstrando o potencial de crescimento, isto não é recomendação de investimento.

Vale a pena fazer faculdade?

Ao acessar o Youtube, recebi uma sugestão de um vídeo insinuando que, nos dias atuais, NÃO é tão vantajoso fazer uma faculdade. Os argumentos (que discordo) chamaram minha atenção, e resolvi pesquisar o quão comum este pensamento pode ser observado. Pessoalmente, considero indispensável.

Informação e conhecimento são fundamentais, mas não servem de nada se você não souber usar com inteligência! 😉

Na parte de finanças, o Bastter costuma dizer que, independente da escolha, devemos nos programar para colocar as probabilidades de acerto a nosso favor. E como não podemos prever o futuro, não há como acertar sempre. Logo, devemos nos cercar de conhecimento e instrumentos que permitam diminuir a margem de erros, ampliando a probabilidade de acertos – através de um bom manejo de risco. Isto vale para qualquer coisa.

Você tem ideia de quantas portas serão fechadas, caso apresente um currículo com um nível formação limitado? Nível superior é o mínimo que esperam, pois já não é mais considerado diferencial – infelizmente, a falta dele, tende ser critério de exclusão.

Para melhor compreensão, já vi discriminação, em entrevistas de emprego, quando existem candidatos com formação em instituições particulares. Muitas empresas abrem vagas para estudantes de Universidades Federais e as demais nem ficam sabendo. Quando a BrasilTelecom (atual Oi), por exemplo, abriu vagas para estudantes de engenharia, na cidade de Campo Grande, a oferta de emprego (começando por estágio) foi direcionada apenas para alunos da UFMS – os alunos das demais universidades nem souberam. O mercado não se importa se você acha justo ou não.

Concurso público então… as vagas para nível superior não estarão disponíveis.
Caso você não se importe, tudo bem!

Ahhh, mas todo mundo diz que para ganhar dinheiro é “SÓ EMPREENDER”muito simples, não?

Fico admirado em ver a facilidade que vendem nestes discursos. A base, o conhecimento e a experiência de mercado serão adquiridos por osmose então? Não estou dizendo que seja impossível. É possível ter sucesso sem uma formação superior, exemplos não faltam (apesar de raros). Reconheço que varia de pessoa para pessoa. Mas, lembrem-se de que o “ideal” seria colocar as probabilidades de acerto a nosso favor. Não procurar um ensino superior ajuda? Não vejo como.

Em um dos vídeos, um engenheiro afirmou que nunca viu sentido no estudo de derivadas. Pois bem, compartilharei alguns exemplos de aplicação, extraído do blog engenheirocaicara:

Com a derivada é possível de se calcular a variação da velocidade instantânea de um corpo com relação ao tempo. Lembra no ensino médio, logo nas primeiras aulas de física, quando você aprendeu o conceito de velocidade? Sim, aquilo se trata de uma aplicação de derivada! Ainda utilizando a física como exemplo, se pegarmos a função da velocidade em função do tempo e derivarmos a mesma, teremos a aceleração do corpo em qualquer instante.

Outro exemplo prático de aplicação da derivada é a determinação da taxa de variação do volume de um recipiente qualquer com relação ao tempo que o mesmo é cheio. Ainda é possível determinar a taxa de variação do custo de um financiamento, em quanto tempo uma determinada doença se propaga em determinado número de habitantes de uma cidade, o tamanho ideal para a produção de certa embalagem, ou até mesmo o lucro ou prejuízo de uma indústria em função da quantidade de sua mão de obra.

Indo mais além, com os conceitos de derivação, é possível de se definir o que ocorre com as ondas estacionárias, determinando seus comportamentos, através da análise das condições do contorno de sua função. Esses só são alguns humildes exemplos da aplicação do conceito de derivadas, pois existem muitos outros.

Amplie a sua visão de mundo!

Em outro vídeo vi uma afirmação de que algumas empresas procuram profissionais “fodas” (sei.. risos).

Tá certo… Vai lá na Google e “diz” que você é “foda” (tenta a sorte). Pouquíssimas empresas darão a oportunidade de TENTAR provar isto com um currículo medíocre.

Acredito que o crescimento depende de etapas. Se você puder concentrar inúmeras provas de habilidade ou competência, seu caminho será menos tortuoso. A escolha é de cada um. Empreender será uma etapa ainda mais desafiadora, que demandará um esforço MUITO maior.

MMN: Será que vale a pena mesmo?

Não queria criar polêmica, mas tenho consciência de que o assunto não me permite fazer isto (risos). Não é a primeira vez que trato este assunto e, após assistir o vídeo da Júlia Mendonça, resolvi fazer um vídeo contando alguns acontecimentos que pude presenciar.

Não é uma questão dogmática… A verdade é que, dificilmente, a grande oportunidade é apresentada para um grupo de pessoas ao mesmo tempo. Se você tem uma grande ideia ou uma chance rara, não pode torná-la pública!

Procuro ser sempre honesto, e não tento agradar a todos. Meu objetivo aqui não é tentar refutar nada, apenas demonstrar o que sempre observei:

O porteiro, a quem me referi no vídeo, é uma pessoa muito bacana, e gostaria que a expectativa dele tivesse se tornado realidade. Infelizmente, a minha opinião se confirmou mais uma vez. Se os resultados fossem diferentes, compartilharia sem problema algum. Estou sendo imparcial, pois é algo que não interfere em nada em minha vida.

MMN x Pirâmides

Durante algumas pesquisas, encontrei um site interessante que divulga a atualização de notícias referentes as principais fraudes financeiras (negócios de MMN são uma constante):
http://tenhodividas.com/categoria/fraudes-financeiras

Confiram, também, a posição da CVM:
http://www.justica.gov.br/news/boletim-explica-a-diferenca-entre-piramide-financeira-e-marketing-multinivel/boletimconsumidorinvestidor-6.pdf

Se você acredita que pode ser diferente, BOA SORTE (vai precisar)! 😉

FIIs e Ações: Como diversificar sua carteira!

Há algum tempo atrás, um amigo comentou sobre a qualidade dos vídeos do canal do Arthur Vieira (da Infomoney) e recomendou a análise acadêmica e científica sobre sobre investimentos em Fundos Imobiliários, Ações e estratégias de diversificação com minimização de riscos. Realmente, a qualidade das informações é excelente.

Para quem investe ou tem interesse, recomendo assistir:

Pelo visto, estou no caminho certo! 😉

Caso necessite de informações de introdução, recomendo a seguinte leitura:

Letras de Crédito Imobiliário ou Fundos de Investimento Imobiliários?