Convulsão política e econômica!

Desde o início do ano o país vem apresentando um cenário político-econômico bastante instável e difícil de analisar. O surgimento do vírus COVID-19 sacudiu o mundo e está levando à uma crise econômica sem precedentes. Como se não bastasse, o cenário interno do Brasil está se tornando extremamento perigoso.

Durantes as eleições de 2018, também manifestei apoio ao atual presidente, não havia outra maneira. Diante das opções apresentadas, não me arrependo. Não era o candidato de minha preferência, mas era a única opção que enxergávamos para mudar o rumo do país. A renovação política também engrandece e fortifica a democracia.

O otimismo era enorme. Estávamos conferindo uma equipe técnica de peso – parecia que as coisas seriam diferentes (existia uma luz no fim do túnel). Infelizmente, o comportamento explosivo e impulsivo do atual presidente levou a grandes mudanças em sua equipe e alianças. Após um ano de governo, a equipe já não é mais a mesma e é difícil enxergar resquícios do que vimos anteriormente.

Sendo assim, as expectativas futuras precisam ser revistas…

A situação tomou proporções inimagináveis inicialmente, com a quebra da aliança política que o governo contava no congresso, “levando” o presidente abandonar o PSL – ou seja, governando sem partido ou alianças essenciais para aprovar as propostas do governo. Não é à toa que, atualmente, o governo se viu obrigado em criar novas alianças com o centrão. Foi o que restou.

Na minha opinião pessoal, o governo Bolsonaro não soube negociar os interesses políticos e, sempre que contrariado, optou pela ruptura. Perdeu apoio entre influenciadores digitais, fritou membros e ministros do próprio governo. Em pleno momento de pandemia, o governo perdeu dois ministros de grande influência (Mandetta e Sérgio Moro) e posição estratégica. A saída de Sérgio Moro (Ministério da Justiça) poderia ser evitada, mas foi um conflito que o presidente não se importou em evitar.

Ambos estão brigando para defender quem tem razão, mas a verdade é que quem tem o poder para manter ou derrubar é o presidente. Novamente, o governo optou pela ruptura. Atenham-se aos fatos, pois frases ditas no ar não tem significado ou relevância alguma.

Aliás, dentre várias razões, uma das justificativas alegadas pelo presidente para o descontentamento com Ministro da Justiça foi a falta de resposta para o atentado sofrido durante as eleições.

Porém, vale lembrar que, em 07/2019, tanto o atual presidente quanto o MPF, aceitaram que o caso do Adélio Bispo fosse encerrado (não recorreram):
https://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/2019/07/16/mpf-e-bolsonaro-nao-recorrem-e-processo-contra-o-agressor-adelio-bispo-e-encerrado.ghtml

Logo, existem questões que estão fora do alcance da população ou grande mídia. É inútil especular possibilidades. Melhor nem tentar aprofundar o assunto, pois seriam suposições inúteis. O que quero dizer até aqui é que todo o desgaste atual vem sendo causado pelo próprio governo.

E se você acha que acabou por aqui, saiba que o Ministro Paulo Guedes também está sofrendo atrito com o governo. Infelizmente, isto coloca em grande risco a trajetória otimista do mercado de capitais que visualizava o cumprimento de uma pauta liberal. Perceberam os riscos?

Segundo a Empiricus, “O grande plano econômico em vigência, hoje, é o chamado Plano Pró-Brasil, desenvolvido pela ala militar do governo, anunciado pela Casa Civil, que sequer teve o aval do Ministro da Economia, Paulo Guedes.

Para maiores detalhes sobre o que foi dito, sugiro a leitura do artigo:
https://sl.empiricus.com.br/p/pe131-bode/

Não pretendo, com isto, criar polêmica, apenas compartilhar um pouco de minha preocupação e informar. Gostei do artigo publicado pela Empiricus e considero o conteúdo relevante para o momento em que vivemos.

Tenham cautela, pois ainda existe espaço bastante relevante para piorar! Apertem os cintos, este ano promete!

Coronavírus: Recessão ou contenção?

Tenho acompanhado as discussões em redes sociais e o que a mídia tradicional vem noticiando e, na minha opinião, acho lamentável ver que boa parte das pessoas encaram o momento como uma luta política entre direita x esquerda, capitalismo x comunismo ou uma trama da esquerda brasileira para derrubar o governo. Concordo que não podemos surtar, mas subestimar o Covid-19 pode ser um erro fatal.

Quem me acompanha há mais tempo sabe que me identifico mais com a visão da “direita” e com o sistema capitalista (sempre comentei abertamente). No entanto, isto não me impede de questionar atitudes ou ações que discordo – o que também não significa que não possa errar. Para melhor esclarecer a minha visão, gostaria de avaliar alguns números mais adiante.

Atualmente, existe uma discussão forte sobre os impactos econômicos da “contenção” (tende acontecer de um jeito ou de outro). Vale lembrar que os impactos já estão sendo sentidos no mundo todo, não é uma “mera” questão interna. É óbvio que as medidas internas podem agravar a situação do país.

Sendo bem direto… Ainda é possível racionalizar a discussão porque o número de mortes no Brasil é pequeno e a doença está na fase inicial, com a curva de contaminação ainda em formação. Mais adiante vocês perceberão que os efeitos econômicos também dependerão do sucesso da contenção na fase inicial.

O Roberto Justus, por exemplo, argumentou que o mundo já sofre com outras doenças (ou fatalidades) e usou alguns números para efeito de comparação. Não sei se fez de caso pensado, mas sua comparação foi bastante “questionável” (sendo bonzinho). Ele usou uma amostragem bruta e fixa (de um ano completo) contra uma amostragem temporária (pouquíssimos meses) ainda em crescimento exponencial. No vídeo, argumentou que “12.000 mortos não era nada”. Não vou entrar no mérito da sensibilidade humana (a questão não é essa, não vejo problema), vamos concentrar nos números. Vejam que a discussão aconteceu há poucos dias e hoje o número de mortes já está em 19.753. Infelizmente, estes números ainda estão distantes de estacionar. Por esta razão, é complicado fazer comparações.

Observem a seguinte imagem:

Fonte: https://www.worldometers.info/coronavirus/

Dos 440.398 casos confirmados, 112.036 foram curados e 19.753 foram fatais – até o exato momento (25/03/2020). Dessa amostragem, que é dinâmica (por isto é preciso tomar cuidado ao fazer comparações estáticas), já sabemos que 13.425 casos são críticos. Avaliando o número total de casos confirmados frente ao número de casos críticos, é possível observar que o número de casos fatais está muito longe de estacionar.

Agora, peço que vocês observem atentamente a diferença da curva de contaminação em relação a curva de mortes.

https://www.worldometers.info/coronavirus/

Percebam que o movimento é quase o mesmo – cor azul (contaminação) e cor laranja (mortes). O que muda é a escala. Na curva de contaminação, a escala varia de 100 em 100 mil. Já na curva de mortes, a escala apresenta variação de 5 em 5 mil. Por sorte, diferença de escala é grande, mas já é suficiente para tentar mitigar futuras mortes.

Tudo bem, esta é a situação no mundo.

Vejamos agora como está a curva de mortes no Brasil:

Fonte: https://www.worldometers.info/coronavirus/country/brazil/

Estes números não são da minha cabeça, foram extraídos do portal worldometers.

Meu objetivo até aqui é mostrar que a doença não pode ser tratada como uma mera gripe, nem mesmo comparada com o H1N1. O argumento de mortes por acidente de transito ou outras doenças não minimiza em nada o tamanho do problema, pois este vírus sozinho é capaz de colocar o sistema de saúde do mundo em colapso.

Agora, vamos ao cerne da questão…

Chegamos em um ponto em que lideres mundiais precisam, necessariamente, tratar vidas como números – e não há outra forma. Mas, qual medida causará um número maior de mortes ou estrago econômico?

Alguns grupos afirmam que a recessão econômica matará muito mais no médio e longo prazo. É difícil responder essa questão, existem diferentes interpretações.

Antes de continuar, peço que assistam até o final o seguinte vídeo:

Percebam que, com a quarentena na fase inicial da contaminação, a propagação do vírus segue um ritmo menor (“controlável), dando tempo para o sistema de saúde se estruturar para futuras demandas e diminui o esforço (tempo) para combater a doença.

Entendam que o grande problema está no ritmo de propagação da doença, colapsando os sistemas de saúdefatalmente, terá implicações na economia.

Nos países onde o número de mortes tomou proporções alarmantes, colapsando o sistema de saúde, a quarentena terminou sendo a única alternativa para conseguir atender a demanda, mas agora por prazo indeterminado.

Você pode achar tudo isto questionável, mas assistimos acontecer na Itália e agora na Espanha. Aliás, os Estados Unidos estão prestes a se tornar o epicentro da doença.

Tentamos encontrar justificativas para Itália (localização, clima e número de idosos, por exemplo) ultrapassar a China em número de mortes. Pois é, agora a Espanha também ultrapassou a China (com 738 mortes nas últimas 24 horas):
https://g1.globo.com/mundo/noticia/2020/03/25/espanha-supera-o-numero-de-mortes-da-china-por-causa-do-coronavirus.ghtml

No Brasil, a primeira justificativa para minimizar o impacto da doença foi o nosso clima. E, em curto espaço de tempo, já estamos com 2.274 casos confirmados (e estamos em quarentena).

Fonte: https://www.worldometers.info/coronavirus/country/brazil/

Não há mais como fugir da crise global. É evidente que a questão econômica é MUITO preocupante!

Mas, se a quarentena hoje demonstra um preço alto, é provável que seja ainda maior caso o sistema de saúde colapse e uma contenção ainda mais severa seja imposta (falta de alternativa) por prazo maior ou indeterminado.

Este é um grande impasse que o mundo não estava preparado para lidar.

Minha intenção aqui não é criar histeria, desejo apenas que cada um entenda a gravidade real do momento e faça a sua parte com tranquilidade. O melhor momento para agir é na fase inicial. O tempo tende ser o nosso maior inimigo. Se você puder ficar em casa, fique!

Como tornar o país mais justo?

Hoje cedo, ao navegar em uma rede social, recebi uma atualização de um amigo, em que questionava-se a hipocrisia existente na luta em defesa das minorias. Tenho uma opinião pessoal sobre o assunto e resolvi compartilhar.

O texto, publicado pelo Jornal da Cidade Online, trazia no título: “Maju: a 1ª mulher negra a ocupar a bancada do JN. Glória Maria era loira dos olhos azuis…“. Resumidamente, o texto demonstra que existe um esforço muito grande em mostrar uma luta em defesa das minorias, mas pouca ação realmente efetiva.

De maneira geral, quando alguém decide empreender, é preciso ficar cercado por profissionais competentes, pois, a princípio, o foco é que o negócio prospere e faça diferença na sociedade. Então, apesar de existir um pouco de preconceito, a última coisa que o empregador se importa é a cor, sexo ou credo – o foco é montar uma equipe que gere valor. É óbvio que características pessoais podem influenciar em função do negócio em questão.

O problema, na maioria das vezes, não é por questão de preconceito, mas sim de oportunidade. Ou o Estado oferece condições mais favoráveis para o crescimento pessoal, intelectual e profissional, ou a “luta em defesa” das minorias será eterna!

Pois é, parece meio batido, mas o segredo está em ter acesso à educação de qualidade. Um sistema de cotas, por si só, jamais resolverá isto! 😉

Bolsonaro quer mais mortes no trânsito?

Aproveitando o título do canal do Youtube do “Mamãe Falei“, resolvi compartilhar minha visão sobre o assunto. Já faz algum tempo que pretendo escrever e fico adiando. Vou aproveitar o momento polêmico que surgiu com algumas medidas propostas pelo atual governo.

Dentre algumas alterações como “10 anos para renovação da CNH, alteração no limite de pontos para perda da carteira (de 20 para 40 pontos) e eliminação da multa pela falta da cadeirinha“, a única medida que discordo é referente à isenção do exame toxicológico para motoristas profissionais.

Acredito que existam pontos muito mais sérios que ninguém demonstra um grande esforço para resolver. Se avaliarmos os problemas atuais, não acho pertinente nem a multa da cadeirinha.

Parece inimaginável que alguém pegue o carro depois de ingerir álcool, não é mesmo? Pois é, pode parecer inacreditável, mas ainda há muita gente dirigindo embriagada dentro da cidade e nas rodovias brasileiras também.

E quanto aos acidentes envolvendo motos? No sistema de saúde, já virou caso de calamidade pública. Passem uma noite em um hospital no setor de ortopedia (entrarão em pânico) – impossível não ficar horrorizado. Imagine se você precisar de atendimento porque quebrou um dedo e precisar esperar pelos casos com maior urgência…

E a qualidade do asfalto de nossas estradas?

É fácil ficar brincando de primeiro mundo, desprezando o básico. Não sejamos hipócritas, perde-se muito tempo com questões menores e empurram os grandes problemas com a barriga (deixando sem solução)!

Google-AdSense: Ganhos em risco

Não é de hoje que reparei que meus ganhos no AdSense caíram bastante (já pouco expressivo). Achei estranho, mas não dei muita importância. Hoje cedo, ao entrar na conta do AdSense, vi um alerta com a mensagem “Ganhos em risco” – agora entendi o que está acontecendo.

Vejam só o alerta:

Se alertaram por e-mail, não vi! 🙂

Resumindo: é preciso criar um arquivo ads.txt autorizando o serviço de propaganda em questão (como o Google-Adsense).

Segundo a Google, “O Authorized Digital Sellers (ou ads.txt) é uma iniciativa do IAB que ajuda a garantir que seu inventário de anúncios digital seja vendido apenas por vendedores (como o Google AdSense) que você identificou como autorizados. A criação de um arquivo ads.txt dá a você mais controle sobre quem tem permissão para vender anúncios no seu site. Isso também ajuda a evitar que um inventário falsificado seja apresentado aos anunciantes.

Em caso de dúvidas, leiam o artigo:
https://support.google.com/adsense/answer/7532444?hl=pt-BR