Felipe Neto diz que ganhos no YouTube caíram 90%

Já escrevi sobre este assunto antes, alertando sobre os riscos envolvidos em concentrar todos os esforços em apenas uma fonte de remuneração, como produção de sites de nicho ou a possibilidade de viver como youtuber. Volto a afirmar que, a nossa independência financeira real depende da capacidade de investir e conquistar uma renda passiva (fruto de uma diversificação em bons ativos).

É ingenuidade acreditar que é possível confiar plenamente apenas em fontes de remuneração de terceiros, como é o caso do Google Adsense, sem vínculo empregatício algum. Não há garantias, e seus resultados não dependem exclusivamente do seu esforço. Não estou afirmando que nada disto funcione, apenas saiba como lidar com as oportunidades que surgirem e utilize todas as ferramentas disponíveis para acelerar o potencial de seus investimentos.

Confiram os relatos do Felipe Neto sobre algumas mudanças propostas pelo Youtube:

Vale a pena fazer Spam em comentários?

Já escrevi sobre o assunto, mas vale a apena relembrar…

Há pouco, recebi alguns comentários sobre Tesouro Direto (SPAM). Como os comentários deste blog são moderados, autorizo apenas os que são coerentes com o assunto abordado ou caso entenda que apresente alguma relevância ao tema. No caso de um SPAM, raramente autorizo.

Mas, gostaria de deixar duas dicas valiosas para quem deseja produzir conteúdo:

1. Opte por um framework de conteúdo (CMS – Sistema de Gerenciamento de Conteúdos) como WordPress, Joomla ou Drupal, por exemplo. A Wikipédia é uma enciclopédia, não um CMS para produção blogs. Vale lembrar que é possível criar uma conta gratuita no WordPress.

2. Não crie conteúdo explorando vulnerabilidade de outros sites – é fácil perceber quando isto acontece. Os comentários que recebi exploravam falhas no ambiente wiki de portais internacionais, incorrendo em crime digital. Fatalmente, perde-se credibilidade e o material não demonstra profissionalismo algum (pelo contrário). Logo, não é um modelo sustentável.

Renda extra x Empreendedorismo digital – parte 3

Na publicação anterior, foram feitas ponderações referentes a distorções deste mercado. Há uma infinidade de cursos, palestras e consultorias “especializadas”, principalmente voltados ao empreendedorismo. No entanto, pouco se fala sobre a essência e riscos da atividade e, infelizmente, muitos entram sem o devido preparo.

Antes de prosseguir, assistam:

No vídeo, apesar de estar vendendo seu peixe também (assessoria contábil), o assunto foi tratado de maneira séria e objetiva, diferente das fórmulas milagrosas que vendem por aí. Os gurus mais famosos, na Internet, induzem seguir um modelo de negócio que já está saturado e é pouco eficiente para quem está começando.

As estratégias funcionam, o problema é o modelo de negócio que vem sendo amplamente ensinado – moldado para sustentar um mercado de consultorias e “treinamentos”. Muitas pessoas são induzidas a embarcar para aumentar a visibilidade e o ganho financeiro de alguns PRODUTORES, trabalhando indiretamente para eles.

Grandes empresas exploram este mercado também. Porém, o foco muda (produto).

No Brasil, a Empiricus e a Toro Radar são as casas independentes de análises financeiras mais conhecidas, e trabalham claramente com estratégias de Marketing digital. Elas souberam explorar os recursos tecnológicos do momento para acelerar e potencializar as vendas. Mas, o sucesso aconteceu porque foram capazes de produzir um material diferenciado e de excelente qualidade.

Logo, tendo posse de um produto capaz de despertar o interesse de determinado público, nada impede contratar uma consultoria especializada para agilizar na execução do projeto.

A Empiricus, por exemplo, explorou ferramentas de Marketing digital de diferentes maneiras. O trabalho de redação costuma seguir duas frentes: “produção de relatórios (ou cursos) e teses polêmicas”. Ela Ficou amplamente conhecida após publicar a tese “O Fim do Brasil” – foi processada, e ganhou. Obviamente, concentrou todos os esforços na produção da tese e assistência jurídica (risos), não nas ferramentas de Marketing digital. Acredite, atingir este estágio é o maior desafio.

As empresas citadas anteriormente adotam técnicas comuns no Marketing digital, como storytelling (em teses e soluções propostas), anúncios em redes sociais (através de fanpages), iscas em seus sites oficiais (para “atualizações” periódicas) e “envio de e-mails“. Neste caso, a capacitação especializada não é tão importante, pois, uma vez em produção, o sistema funciona de forma automatizada e o processo operacional tende ser extremamente simples.

“Vale lembrar que a utilização destas ferramentas não deve ser intrusiva, nem ferir a privacidade dos clientes – o abuso delas pode prejudicar a imagem de sua empresa. Evite condicionar a leitura de um ebook gratuito ao cadastro de uma conta de e-mail, por exemplo. Aliás, costumo descartar sites que fazem isto. Logo, sem a leitura do ebook, a estratégia perde eficiência. Trabalhar com isca opcional é mais inteligente, pois o usuário fica confortável para ler o material espontaneamente e, se gostar, cadastrará sua conta para receber atualizações. O seu negócio ganha mais credibilidade”.

Perceberam a diferença? Ao invés de (re)vender treinamentos repetitivos, aprenda sobre este mercado e ofereça consultoria especializada para viabilizar projetos como este. O retorno financeiro é muito maior.

Mas, existem alternativas interessantes…

O empreendedorismo digital permite trabalhar com inúmeras ferramentas e estratégias. Na maioria das vezes, se concentra na produção de conteúdo de nicho (voltado para um público específico) – já surgiram discussões até sobre netflix de nicho. Trabalhando com um nicho específico fica mais fácil cativar o público alvo e ofertar produtos sob “medida” (por interesse).

Até pouco tempo, era comum produzir blogs e monetizar com ferramentas de anúncios (como o Google AdSense). Infelizmente, depende de um volume de acessos muito alto para obter algum retorno significativo – tenho feito alguns testes com este blog e o resultado, até o momento (quase 6 meses), é insignificante. Sendo assim, tem crescido o interesse pelo sistema (ou programa) de afiliados.

O hotmart é um dos ambientes de negociação para afiliados mais conhecido. Vejam como funciona:

O vídeo é interessante, didático e pode inspirar muitas pessoas. Porém, não se afobe. Na minha opinião, e de acordo com relatos de outros “empreendedores”, o maior retorno financeiro é para PRODUTORES.

O apelo do trade esportivo (ganhar dinheiro assistindo jogos de futebol, no conforto de sua casa), por exemplo, é o sonho de praticamente todo brasileiro. O público é enorme. Quando comecei pesquisar sobre o assunto, vi o ebook sendo negociado, em diferentes portais, na casa de R$ 1.000,00, e não existiam muitos concorrentes diretos. Logo, é provável que o produtor tenha vendido mais de 500 unidades. Estamos falando de um retorno de aproximadamente R$ 500.000,00 (acredito que superou). E é fácil identificar alguns compradores porque deixar um depoimento, no youtube, faz parte da estratégia. Com um montante em dinheiro tão expressivo, o produtor é capaz de gerar uma renda passiva superior a R$ 4.000,00 mensais (através de aplicações financeiras mais conservadoras). Ou seja, ele nem precisa colocar em prática o que ensina.

O que foi dito acima é algo muito comum neste mercado! 😉

Para divulgar um produto, existem estratégias simples e poderosas (não só hotmart):

O programa de afiliados não trabalha apenas com infoprodutos. É possível receber comissão com a venda de produtos de grandes empresas também. Algumas introduziram o programa de afiliados diretamente no seu modelo de negócio, como é o caso de Submarino e Magazine Luíza, por exemplo.

Outra alternativa é trabalhar com sites especializados, como Lomadee (grupo Buscapé) ou Zanox (rede internacional) – são parceiros de Lojas Americanas, Ricardo Eletro, Submarino, Extra, Pontofrio, Netshoes e etc.

Para finalizar, o trabalho de freelance pode ser uma opção muito interessante para desenvolvedores (TI):
https://www.br.freelancer.com

Renda extra x Empreendedorismo digital – parte 2

Na primeira parte, publiquei um conteúdo introdutório. Nesta segunda, o objetivo é demonstrar como algumas distorções – apresentadas exaustivamente – podem desviar seu aprendizado para um caminho “inadequado”, gastando tempo e dinheiro com estratégias de “eficiência duvidosa”.

Há alguns anos atrás, participei de um treinamento de um equipamento de segurança de rede (IPS – TippingPoint NG) e o curso foi ministrado por um Colombiano. Como ele ministrava cursos em diferentes países, no intervalo, conversamos sobre aspectos culturais (diferenças). Em determinado momento, surgiu o assunto “etapas de projeto (planejamento)”, e perguntamos como o Brasileiro costuma ser visto “lá fora”. Ele afirmou que somos conhecidos por realizar apresentações grandiosas e lindas no PowerPoint, porém na fase de execução… a realidade muda completamente. Não ficamos muito surpresos, nem ofendidos.

O dado anterior reforçou o que já imaginávamos: somos exímios “VENDEDORES” – não é, necessariamente, algo ruim.

Com o avanço tecnológico e surgimento de ferramentas de comunicação mais eficientes, a habilidade de venda vem sendo aperfeiçoada. Por um lado, é uma “evolução bastante positiva”. Mas, ao mesmo tempo, permite manipular a informação com maior facilidade, envolvendo um número de pessoas cada vez maior. As técnicas atuais são eficientes, o problema é que estão sendo utilizadas para distorcer ou manipular informações também (sem mentir).

Depois de registrar um encolhimento significativo, o comércio de shakes via MMN voltou a crescer – como é o caso dos produtos da Herbalife. A novidade é que estão trabalhando com “coaching em re-educação alimentar” (incluindo atividades físicas), de forma que os clientes passam a conferir uma mudança física visível. É uma distorção diferente e bastante “eficiente”. O resultado não está no shake, mas sim na mudança de hábito – algumas pessoas cortam o consumo de refrigerantes, por exemplo. A combinação foi estratégica, pois a nossa memória seletiva tende privilegiar a escolha inicial que levou ao estado de satisfação, valorizando o consumo do shake. No entanto, é possível conquistar um resultado superior consultando um nutricionista, sem consumir produto algum.

Para entender o que um Coach se propõe fazer:

Não é de espantar que virou uma febre também, potencializada com o auxilio das redes sociais. Naturalmente, levou muitos psicólogos buscar este tipo de formação para ampliar seu campo de atuação e remuneração. Infelizmente, também surgiram distorções. Li alguns artigos e assisti vídeos detalhando como é a proposta deste trabalho – em determinados momentos, me senti diante de Deuses (lembrei da história do Powerpoint). Não tenho nada contra. Pelo contrário, é possível que auxilie na identificação de questões que passavam desapercebidas.

Mas… Posso estar enganado, no meu entendimento, estão supervalorizando a atividade para reforçar um mercado de treinamentos ou consultorias na área (encontrei vários).

Minha irmã, por exemplo, é gerente no setor de Recursos Humanos (RH), em uma indústria de produtos alimentícios, e certa vez foi questionada por não ter formação em coaching, mesmo com MBA em Gestão de RH. Neste caso, não há o que discutir, um profissional com MBA na área dispõe de uma formação mais especializada e abrangente. Ainda assim, para resolver a “pendência”, sugeriram um “treinamento de coaching” (bingo). É óbvio que os argumentos não se sustentaram.

Existem vários outros casos. Quando pesquisei sobre educação financeira, encontrei inúmeros sites oferecendo coaching em finanças. Para a minha “surpresa”, na maioria das vezes, percebi um forte apelo voltado a negociação de cursos – os argumentos de consultoria pareciam apenas pretexto para a venda dos treinamentos. Algo que acontece com frequência. Além disto, é fácil encontrar relatos de pessoas que dizem ter abandonado a carreira para viver como Coach.

Na Internet, isto se repete em diferentes estratégias!

O mesmo pode ser observado no Marketing digital ou Empreendedorismo digital.

Se você pretende empreender de verdade, terá que CRIAR um produto diferenciado e explorar corretamente as ferramentas disponíveis. Analisei diferentes blogs ou sites especializados no assunto e, na maioria das vezes, não vi nada além da (re)venda de treinamentos online ou infoprodutos (como ebooks) ensinando como funciona este mercado. Até hoje é comum encontrar vendedores (e compradores) que insistem na negociação de cursos sobre importação (drop shipping especificamente).

Os principais cursos abordam o processo técnico para disponibilizar um “produto digital” (na maioria das vezes, ebooks) e estratégias de Marketing digital.

O sistema (ou programa) de afiliados, por exemplo, tende ser “lucrativo” quando o “empreendedor” assume posição de PRODUTOR e potencializa a visibilidade de seu produto valendo-se de estratégias de Marketing digital. Do contrário, trabalhará recebendo apenas uma “pequena” comissão por produto vendido. No entanto, o sistema de afiliados não trabalha apenas com “produtos digitais” (aplicativos ou ebooks, por exemplo). É possível receber comissão com a venda de produtos de grandes empresas como Lojas Americanas, Netshoes e Walmart, por exemplo.

Em relação aos infoprodutos, tenho percebido, com certa frequência, uma postura de negociação muito “semelhante” ao que ocorre no MMN. Os principais infoprodutos são repetitivos (sem diferencial significativo) e costumam ser (re)vendidos por futuros “empreendedores”. Por consequência, prevalece uma massa de usuários que lamentam lucros modestos, enquanto uma minoria esbanja excelentes resultados. Quem não estiver atento, perderá dinheiro com grande facilidade.

Assistam esta matéria sobre Empreendedorismo digital:

O vídeo é motivador e faz parecer simples. Infelizmente, é expressivamente mais complexo do que aparenta. Repare que, na reportagem, os maiores beneficiados eram profissionais com perfil bastante técnico, que tiveram oportunidade e recursos para explorar o interesse despertado neste mercado. O resultado conquistado pelos demais profissionais que estão entrando é difícil de mensurar.

Para finalizar, confiram a visão do Fundador da Localweb (gravado em 2013):

Renda extra x Empreendedorismo digital – parte 1

A situação atual do país é preocupante. Estamos vivenciando um momento de recessão econômica e conflitos políticos. O índice de desemprego continua crescente e, com o recente registro de encolhimento da indústria, é pouco provável que este cenário mude no curto prazo. Por consequência, continua crescente o interesse por diferentes fontes de renda. A possibilidade de trabalhar em casa ou fora de um escritório fixo (home office), contando com “boa remuneração”, é algo bastante tentador e vem cativando cada vez mais pessoas. Neste quesito, o Empreendedorismo digital tem sido uma grande promessa. Trata-se de mais um assunto polêmico e complexo.

Nos últimos anos, passamos por transformações e avanços tecnológicos. O número de usuários com acesso a Internet vem crescendo rapidamente, facilitando o acesso a informação. Infelizmente, filtrar um conteúdo de qualidade, sério ou verídico nem sempre é uma tarefa simples. Não existe controle rígido sobre o conteúdo produzido, exceto quando caracteriza crime virtual (ou cibernético) e for alvo de investigação. Então, não despreze o seu senso crítico e consulte outras fontes!

Com o avanço tecnológico, surgiram novos modelos de negócio que exploram as principais mídias de comunicação.  A febre atual tem sido Empreendedorismo, Marketing digital, Startups e Coaching. Infelizmente, estão disseminando muitas distorções sobre este mercado. Não estou afirmando que não funcione. Tampouco procuro diminuir a importância da tecnologia, até porque é minha ferramenta de trabalho – encare tecnologia como meio, não fim. Novas ferramentas surgiram, mas a essência do empreendedorismo é a mesma e continua complexa.

Antes de escrever sobre o assunto, fiz inúmeras pesquisas e encontrei muitos blogueiros que se intitulam empreendedores, mas não são – não dá para se basear em ideologia ou expectativa.

Existe um consenso comum, entre educadores financeiros, da importância  de dedicar parte do salário ou qualquer renda adicional em investimentos em títulos financeiros ou mercado de capitais. Para compreender quais são os principais tipos de fonte de renda e a importância dos investimentos, recomendo assistir o seguinte video (por enquanto, ignore os comentários sobre “produtos digitais” – requer uma análise fria e criteriosa):

Iniciei com esta pequena introdução. Mas, o tema será abordado em três partes. Na segunda, tratarei a forma como o assunto vem sendo apresentado de forma distorcida (ou distante da realidade). E finalizarei, na terceira, demonstrando como algumas empresas estão trabalhando com estas ferramentas (com seriedade) e abordarei algumas alternativas.