Comprar a casa própria ou viver de aluguel?

Discutir educação financeira tende ser uma tarefa bastante árdua e desafiadora (risos). É preciso romper uma barreira cultural ou de tradições passadas entre diferentes gerações. Quando o tema é “comprar uma casa ou viver de aluguel“, cada um tem uma convicção forte e difícil de ser questionada. Não existe uma resposta única ou ideal. Não é a primeira vez que escrevo sobre o assunto e evito discutir, mas percebo que parte da população não conhece tão bem (ou despreza) as variáveis que estão em jogo. Entendo que a escolha é relativa, no entanto existem fatores econômicos e pessoais que devemos ponderar antes de tomar qualquer decisão.

Trata-se de um tema naturalmente polêmico, complexo e delicado. Até mesmo para produzir este conteúdo, selecionando os principais vídeos (sem abrir espaço para grandes emoções) e ponderando sobre diferentes variáveis, precisei de uma dedicação especial durante a semana. Acredito que foi possível levantar aspectos bem interessantes.

Quando expomos alguns fatores econômicos, mostrando valores, é comum ver pessoas torcendo o nariz, alegando ser algo reprovável por grande parte da população e, muitas vezes, distante da realidade financeira. Ironicamente, é aí que reside o primeiro “equívoco” e ponto de grande polêmica, pois o objetivo da educação financeira visa justamente romper tais barreiras, permitindo a preservação do patrimônio, bem como uma evolução financeira “gradativa e sólida“. Ou seja, são decisões de longo prazo (não significa que seja fácil). O maior problema é que, sem perceber, boa parte da população faz escolhas com visão de curto prazo, o que impede visualizar alternativas mais interessantes e favoráveis no decorrer da vida. Aceite, na maioria das vezes, a evolução financeira é gradativa e o tempo será sempre o seu melhor amigo (cuide bem dele).

Se você acredita piamente que nada disto é real ou não faz sentido, então deve acreditar também que uma pessoa, ao nascer pobre, está fadada a podreza para o resto da vida – o que não é verdade (exemplos não faltam)“.

Chega ser curioso observar o conflito de argumentos. Muitos tentam reforçar suas teses apelando para atitude coletiva e comum, mesmo concordando que a grande parle da população tem dificuldade para mudar o padrão de vida. Seja qual for a razão, isto por si só é bastante contraditório.

Felizmente, a Internet vem mudando este cenário, tornando acessível o conteúdo sobre educação financeira.

Quanto a aquisição da casa própria, existe uma infinidade de possibilidades e razões para a escolha, mas será que realmente sabemos trabalhar o tempo e o dinheiro da melhor maneira possível e a nosso favor? Já adianto que considero fundamental a aquisição da casa própria, apenas não posso negar que algumas condutas influenciarão tanto no sucesso da negociação como na qualidade de vida no futuro. O maior desafio é identificar QUANDO E COMO COMPRAR A CASA. É evidente que existem casos extraordinários que pedem ação imediata para solucionar uma “situação emergencial” – normalmente, quando o tempo não está mais a nosso favor ou a “necessidade falar mais alto”. Não existe uma verdade única.

O objetivo NÃO é conduzir ninguém para uma escolha fixa e única, atém-se apenas em mostrar diferentes perspectivas. Para quem estiver indeciso e avaliando cada situação, vale a pena refletir um pouco mais. Infelizmente, ao ignorar tudo isto, alguns perceberão o peso real de suas escolhas muito tempo depois e com menos opções disponíveis! A vida é assim, colheremos o que plantamos (justo).

Compartilharei a opinião de vários especialistas e blogueiros que atuam neste meio há muitos anos (são nomes com trabalhos bem conhecidos), não é meramente uma questão de opinião pessoal. Para melhor compreensão e reflexão, separei em dois blocos – alguns pontos de vista são até questionáveis, mas, em todos, existe fundamentação baseada em educação financeira.

1. Como minha visão é bastante alinhada com a do André Bona, começarei compartilhando a opinião dele.




Dependendo da fase da vida, o peso dado para determinadas escolhas será diferente.

Existem MUITAS variáveis. Viver de aluguel tende ser mais vantajoso de acordo com o tempo de permanência no imóvel, estágio profissional (principalmente no início), objetivo de vida (como foco nos estudos) ou condição familiar (com parentes na mesma cidade ou considerando a renda familiar), por exemplo. Algumas questões pessoais certamente influenciarão. De maneira geral, o número de variáveis e possibilidades costuma ser muito maior do que aparenta inicialmente.

Não acredita? Buscando melhor perspectiva de vida, minha namorada deixou o interior de MS e dividiu o aluguel de um apartamento entre três amigas. Por mais de dois anos, elas dividiram o aluguel de um imóvel grande, relativamente novo, bem localizado e com o valor absurdamente INFERIOR ao padrão da região (foi um achado; praticamente uma “barata branca”). Nos conhecemos poucos anos depois. Sem sombra de dúvidas, nenhuma delas teria condições de negociar a compra de um apartamento daquele padrão; muito menos naquela fase.

No exemplo anterior, será que o dinheiro pago no aluguel foi jogado fora? Claro que não. Valeu cada centavo. Foi o custo de um padrão de vida relativamente confortável, seguro e economicamente viável (uma vez que puderam dividir tranquilamente). Ainda que seja uma oportunidade rara, jamais estará disponível a você se todos os esforços estiverem concentrados apenas na aquisição da casa própria. Em um primeiro momento, pouquíssimas pessoas acreditariam que uma oportunidade assim seria possível.

Nem tudo são flores… No caso de minha namorada, após alguns anos, suas amigas tomaram rumos diferentes e o proprietário percebeu a insanidade que cometeu e pediu um reajuste insano também (risos). Ela deixou o apartamento, e ajudei na escolha de outro imóvel. Reconheço que, ao ser pego de surpresa, a experiência é desagradável e estressante. Achar outra “barata branca” às pressas é raro (quase impossível).

Em aproximadamente 8 anos, ela passou por duas mudanças. Na última, encontramos um imóvel menor, em condomínio fechado, bastante agradável e com excelente localização – próximo do centro da cidade (com fácil acesso), farmácias e a poucos metros de uma rede atacadista. Foi outro tiro certeiro (vale cada centavo). E o mais importante: “totalmente compatível com a nossa realidade financeira“.

Inicialmente, a ideia de comprar um imóvel com tais características pode ser até tentadora. Porém, o custo de aquisição, nestas condições, é bastante salgado, podendo ser facilmente desproporcional a qualidade do imóvel propriamente (você acaba pagando um “belo” adicional pela localização). O maior problema, no nosso caso, é que não desejamos morar por décadas seguidas neste imóvel e também NÃO entendemos que seja o patrimônio que almejamos no futuro. Novamente, optamos em pagar pela qualidade de vida que a localização oferece; também não faz sentido elevar o custo de vida por um patrimônio que NÃO almejamos. Entrar em um financiamento agora? Nem pensar.

Para fazer escolhas de impacto financeiro e pessoal de longo prazo, não seria mais lógico evitar projeções com base imediatista? Como diz o ditado: “O apressado como cru“. Então, por que escolher um imóvel de qualidade questionável (proporcional ao poder aquisitivo “do momento”), olhando para a renda atual, desprezando a capacidade de evolução profissional e financeira neste mesmo intervalo de tempo? No curto prazo, tudo parece óbvio, bem definido e com limites fixos (não são), por exemplo. Não é bem assim.

Neste intervalo de tempo, muita coisa pode acontecer…

– Há muitos anos atrás, no início da carreira, meu pai acreditou que seria melhor construir uma casa no interior de MG. Naquele momento, além de viável, parecia uma decisão acertada. Ele dedicou tempo e dinheiro neste projeto – uma forma de “garantir” conforto e segurança no futuro. Mas, o rumo foi outro. O que de pior poderia acontecer, não é? A região sofreu com uma enchente severa e a casa ficou coberta pela água (era possível ver apenas o telhado). Após uma reforma essencial, o jeito foi vender. E, fora os passeios de férias, nunca mais voltamos para a cidade.

– Recentemente, minha prima precisou mudar de cidade porque trabalhava em uma filial que encerrou sua atividade na região. Na prática, não sobrou muita alternativa. A decisão ficou entre procurar um novo emprego onde morava, ou mudar para SP. Ou seja, independente da renda, não existiam “opções” (risos). Fora a insegurança da mudança, não havia impedimento ou negócios pendentes (como um imóvel para ser negociado às pressas, por exemplo) – assim o impacto da decisão foi minimizado.

– Fuja de crenças limitantes. Com foco, esforço e dedicação, em menos de 10 anos, sua realidade pode sofrer grandes mudanças. Aliás, conheço um Analista de Sistemas que, em seu “primeiro emprego”, recebia praticamente uma renda de estagiário. Mesmo recebendo pouco, ele persistiu. Ao longo de 6 anos, ele passou por várias correções espontâneas que elevaram sua renda em aproximadamente 5 vezes o valor inicial, isto sem incluir as fontes de renda alternativa com o passar do tempo. Pois é, era algo inimaginável inicialmente.

Será que escolhas tão impactantes no início da carreira, tomando como base a renda inicial, não se tornariam incoerentes ao longo dos anos? Você corre risco de aceitar uma condição de negociação que jamais aceitaria poucos anos depois, mas lhe pareceu a melhor ou a única possível naquele momento.

O comentário sobre reajuste ou correção salarial foi necessário para evitar o bloqueio mental nos próximos vídeos, em função dos valores exemplificados. O segredo não está em quanto você ganha, mas o que você faz com o dinheiro em cada fase da vida!

O importante não são os valores em dinheiro, e sim nossa conduta. A base da educação financeira é muito mais comportamental, mostrando o benefício progressivo de simples mudanças de hábito. Somente desta maneira, quando investimos primeiramente em nós mesmos, o padrão vida tende elevar, mantendo hábitos “saudáveis” e adaptando nossa “movimentação financeira” (ampliará naturalmente).

Se você cultivar o hábito de poupar e investir, uma renda maior permitirá aportes cada vez maiores, diminuindo o tempo necessário para conquistar a liberdade financeira. Por outro lado, se você cultivar o hábito de adquirir bens fazendo empréstimo atrás de empréstimo, a tendência é que, com uma renda superior, seus empréstimos sejam cada vez maiores por entender que é capaz de conquistar bens de padrão superior (vivendo de ilusão, enquanto suportar).

2. Confiram a opinião dos demais especialistas e blogueiros:





Parece muito distante de sua realidade? Não sobraram muitas opções?

Muita calma nesta hora! 😉

Inicialmente, pode parecer que os exemplos reflitam apenas a realidade de pessoas ricas. Aliás, é outro pensamento um tanto questionável, ainda mais se levarmos em consideração que uma pessoa realmente rica é capaz de fazer a escolha que julgar mais interessante (ou vantajosa) a qualquer momento e sem mudar sua realidade financeira (isto inclui a possibilidade executar as duas opções simultaneamente). Esta questão praticamente não existe entre pessoas ricas.

Algumas condutas, preservadas ao longo dos anos, tendem mudar nosso padrão de vida, preservando nossas conquistas e viabilizando o que parecia distante alguns anos antes. É sobre isto que a educação financeira trata.

Existem alternativas de baixíssimo custo para aquisição da casa própria, como programas do Governo Federal. Tudo bem. Talvez pareça a melhor ou única opção VIÁVEL HOJE, mas será um compromisso de algumas décadas para adquirir um passivo de muitas cifras e, neste caso (pelas características envolvidas), o potencial de valorização costuma ser baixo.

E qual é flexibilidade de um imóvel adquirido via programa habitacional?

Existe urgência? O tempo não é mais o seu aliado? Considera justo estabelecer o potencial financeiro de quase uma vida inteira baseado no poder aquisitivo do momento? Só você poderá responder. Reflita sobre o assunto.

Resumindo: “A previsibilidade do futuro é muito limitada. Não faz o menor sentido tomar decisões de longo prazo precipitadamente. Tome cuidado com ARGUMENTOS sobre realidade financeira. A nossa realidade não é estática e, dependendo de algumas escolhas, pode variar para melhor ou pior. O segredo está na sabedoria de identificar o melhor momento possível para uma posição tão importante e impactante.

Na medida em que nossos recursos financeiros aumentam, entendo que é interessante planejar a aquisição da casa própria sim. Existe uma infinidade de possibilidades. Seja como for, em determinado momento da vida, desejamos maior tranquilidade e não é muito agradável ficar a mercê do proprietário.

Apenas evite tomar decisões precipitadas.

É seguro investir na Alcateia Investimentos?

Hoje, durante algumas pesquisas, acabei conhecendo uma empresa (grupo de investimentos), conhecida como Alcateia Investimentos, que promete uma taxa de retorno mensal entre 8 e 10%. Trata-se de mais uma proposta extremamente tentadora e bastante duvidosa.

No Youtube, encontrei depoimentos típicos de quem ficou cego e apaixonado por qualquer outro sistema MMN milagroso. Não adianta questionar ou alertar, pois, na maioria das vezes, quem apoia publicamente já está participando do “negócio” e, neste caso, está interessado em conquistar novos membros (risos). É difícil, para quem está participando, aceitar a possibilidade de ter entrado em um barco furado.

É sempre a mesma coisa…

Da forma como vendem, faz parecer que a rentabilidade é “garantida”, para todos os participantes, baseando-se em operações (trades) de altíssimo risco. Então, a equipe por trás dos trades deve ser, além de ninja, a melhor do mundo. Não conheço nenhum fundo capaz de alcançar uma rentabilidade próxima da prometida.

Mesmo que opcional, outro ponto bastante curioso é a adoção do modelo MMN. A arquitetura do negócio encoraja cada “investidor” buscar novos membros. A estrutura pode até formar um desenho um pouco diferente do “tradicional”, mas o sistema se alimenta de um modelo de pirâmide também.

Investimento é coisa séria pessoal! 😉

Sejam investidores, não apostadores. O fato da empresa pagar no início do negócio não lhe assegura a continuidade no futuro. Ao longo do tempo, sua convicção tende lhe cegar e causar um prejuízo imensurável até então. NÃO EXISTE DINHEIRO FÁCIL!

Checar o CNPJ da empresa não quer dizer absolutamente nada. Vejam só (consulta na Receita Federal):

Percebi que muitos se contentaram apenas com este resultado, mantendo uma falsa sensação de segurança.

E se eu mostrar um alerta da CVM (Comissão de Valores Mobiliários)… Você ignoraria?
http://www.cvm.gov.br/noticias/arquivos/2017/20170419-1.html

A CVM lançou um alerta sobre a atuação irregular e, mesmo assim, algumas pessoas ignoram e tentam justificar. Não terminará bem para grande maioria. Só pelo alerta, encerrei qualquer avaliação adicional.

Não se iludam. Não vale a pena!

Cashback: Sistema que devolve parte do dinheiro aos consumidores

O Cashback (ou dinheiro de volta, em português) é um sistema que vem ganhando força e chamando bastante atenção no e-commerce brasileiro, mas será que vale a pena? Quase tudo que influencia nas relações de consumo e finanças é difícil de ser mensurado, pois varia de pessoa para pessoa. Ou seja, quanto maior o seu ímpeto consumista, melhor para o sistema e pior para você (risos).

Através dele, você recebe um percentual do valor da compra de volta. Inicialmente, faz pensar que existe algo de errado (como um possível golpe), mas é completamente legal e “funciona mesmo”. Na prática, segue uma lógica semelhante de um sistema de afiliados, porém com um poder de persuasão infinitamente maior.

Não se iluda, nem tudo são flores!

Entendam que ninguém, neste mercado, está interessado em fazer caridade (isto não existe). Neste modelo de negócio, o objetivo do empreendedor é fazer uma parceria com grandes lojas (como Walmart e Netshoes, por exemplo) ou postos de gasolina e, a partir de um forte esquema de publicidade, ganhar um percentual sobre as vendas efetuadas a partir de seus anúncios. Tudo bem, mas qual a relação com o cashback? Algumas empresas, como BeBlue e Méliuz (por exemplo), fazem este papel e compartilham parte do lucro com seus clientes. É desta maneira que o sistema funciona e se mantém.

Não é um sistema muito novo, porém nunca dei muita atenção. Procuro evitar sistemas que estimulam o consumo, principalmente quando envolve “recompensa”. Neste caso, o efeito psicológico costuma ser forte. Você acaba entendendo que existe um consumo regular necessário e poderá ser recompensado pelo sistema de cashback naturalmente, visto que alguns gastos são inevitáveis. De certa forma, isto é verdade. Porém, estabelecer limites pode não ser tão simples. O problema é que também receberemos “excelentes ofertas” que não acompanharíamos no dia a dia. Se ganhamos com o consumo, as empresas de cashback ganham muito mais. Perceberam o que alimenta este mercado? É como se você autorizasse spam diretamente nos apps de seu dispositivo móvel (em tempo integral) – e, muitas vezes, a partir de múltiplos aplicativos. Imagine agora quando as ofertas são direcionadas, de acordo com seu perfil de pesquisa. Haja controle.

A partir de um convite de um amigo, resolvi testar o Méliuz. Estímulo não falta. Você ganha até com indicação, mas o seu ganho será real após a primeira compra efetuada pela pessoa indicada. Pois é, o efeito psicológico é tão forte, que, logo após fazer o cadastro, também enviei um convite para minha namorada. Existe apenas um “probleminha” (risos): “estou trabalhando o lado consumista dela (era forte, e esqueci deste PEQUENO detalhe)“. Não demorou muito e comecei receber bastante oferta tentadora (aleatoriamente). São tão prestativos… Como se não bastasse, isto acontece diariamente. Uma hora depois de enviar o convite, percebi a enrascada que me meti. Agora meu trabalho de conscientização será dobrado. Quem mandou agir no impulso (risos).

Vejam como é tão lindo… 😉

O Cashback é um sistema tentador e oferece vantagens reais, mas deve ser utilizado com inteligência.

Recomendo apenas para quem for capaz de impedir que o sistema influencie nas decisões de consumo.

Como qualquer outro sistema de recompensa baseado em consumo, induz ampliar os gastos para tornar a “vantagem visível” – natural, pois é disto que estas empresas sobrevivem (quanto maior o consumo, “melhor”). No meu entendimento, para atingir um padrão de vida mais tranquilo, devemos fazer o inverso. Ou seja, diminuir o consumo e investir cada vez mais. Com o passar do tempo, os investimentos geram uma renda passiva real e sistemas de recompensa deixam de fazer diferença. Só assim você pode dizer que ganhou dinheiro de verdade.

A dica é: O Cashback pode ser vantajoso, apenas não gaste desenfreadamente na busca de alguns trocados. Compare os preços sempre.

É fácil ganhar dinheiro na Internet?

Quase todos os dias, através das redes sociais, recebemos anúncios envolventes sobre este tema. Em função do nicho de minha fanpage e conteúdo de interesse, acabo recebendo este tipo de anúncio regularmente. Quanto mais o tempo passa, mais reforço minha opinião e, conforme vão surgindo oportunidades, compartilho algumas notícias ou experiências para ajudar na compreensão de alguns pontos que costumo questionar. É possível ganhar dinheiro na Internet, porém não existe fórmula mágica ou receita de bolo para obter sucesso e ser recompensado por isto (retorno financeiro). Vende-se muita ilusão. É extremamente fácil perder tempo e dinheiro, principalmente quando as pessoas se deixam iludir ou são movidas pela ganância.

Repetidamente, afirmam que nada vem sem esforço, mas demonstrando sempre retornos tentadores:
http://www.criarblogs.net/como-ganhar-100-dolares-dia-adsense/

Pode acreditar… é significativamente mais difícil do que costumam pintar! 😉

Muitas vezes, os anúncios demonstram “certa facilidade”, afinal “querer é poder”. Certo? Têm sido frequente a combinação de marketing digital com estratégias motivacionais. A teoria é linda e envolvente – para despertar maior interesse, claro. Afinal, são vendedores em ação. Não gosto e nem fico comovido com textos ou vídeos motivacionais. Acredito que quando você é reconhecido pelo valor que representa e é remunerado na mesma proporção, a motivação é espontânea e constante. É praticamente impossível motivar um profissional mal remunerado. Do contrário, servirá apenas como um anestésico temporário (se funcionar).

Seja como for, independente dos resultados conferidos no curto prazo, dê o melhor de si em tudo que fizer. Mas, procure tomar cuidado com os seus objetivos também. O retorno financeiro é consequência de um trabalho ou projeto bem sucedido (pouco previsível) e não deve ser tratado como objetivo principal ou final.

A palavra inovação está na moda, mas os maiores desafios ainda são velhos conhecidos. É preciso oferecer um produto diferenciado, capaz de despertar grande interesse. Muitas vezes, requer uma posição de vendedor ou prestador de serviço. Dificilmente, bastará revender treinamentos ou produtos amplamente difundidos, a não ser que o seu apresente diferencial competitivo. Existem vídeos, no youtube (não incluirei links), demonstrando como criar uma máquina “poderosa” de vendas. Pois é, para “atingir o que é prometido”, é preciso superar o produtor original, lançando outro produto ainda mais tentador. Fique atento para não ser manobrado por outros produtores (trabalhando quase de graça).

Não vejo muita vantagem na produção de sites de nicho em massa. De acordo com algumas pesquisas, o melhor momento ficou para trás. E, se assim fizesse, provavelmente, precisaria contratar algum serviço de redação para manter os sites ativos (faço malabarismos com apenas dois). Neste caso, adivinhem quem lucraria mais? A única certeza é que eu estaria alimentando outro mercado.

No mês de abril, por exemplo, compartilhei um artigo demonstrando como buscar patrocinadores para seus projetos. São alternativas realmente viáveis. No entanto, requer um produto diferenciado e “argumento de venda” convincente. Não é tão simples quanto parece. Fiz um pequeno experimento, em um crowdfunding famoso. A seguir, vocês perceberão que não deu certo (risos). Também não me dediquei o suficiente – no momento, minhas prioridades são outras.

O primeiro desafio, desta campanha, seria convencer outras pessoas a contribuir com um investidor (mesmo que amador). Pode não fazer muito sentido para alguns. Ainda assim, é complicado. A administração de tempo livre tem sido um grande desafio. Preciso administrar tudo isto, sem comprometer minha atividade principal. Até a produção de conteúdo, “simples” como este, custa tempo e dinheiro. Por enquanto, estou pagando para produzir e disponibilizar conteúdo. Para aumentar o alcance, tenho impulsionado as publicações de minha fanpage.

Para se ter ideia, o retorno do Google AdSense não paga, sequer, os anúncios que tenho impulsionado.

– Vejam quanto custou (total de R$ 1.168,00), no intervalo de quase 2 anos, para impulsionar algumas publicações pelo facebook:

– Agora, confiram qual foi o lucro que obtive através do Google AdSense:

Ainda tem um detalhe: o saque fica disponível a partir de US$ 100,00. Falta um bocado!  😉

Se eu colocasse o retorno financeiro como objetivo principal, não faria sentido manter o blog e, provavelmente, perderia a oportunidade de continuar me aperfeiçoando ou mesmo permitir que o blog cresça realmente (leva tempo). É preciso ser persistente e resiliente. Particularmente, eu entendo que o nosso esforço nunca é em vão. O aprendizado engrandece e pode ser aproveitado em outros projetos. Apenas não fique parado, aproveite seu tempo da melhor forma possível.

O meu objetivo foi demonstrar que a dificuldade envolvida é expressivamente maior do que costuma ser vendido, mas tenho consciência que ainda não me dediquei o suficiente. Vale lembrar que, na tentativa de ampliar o alcance, tenho impulsionado algumas publicações de minha fanpage. Mesmo assim, o resultado ainda é relativamente lento (com mais de 4000 seguidores).  Em relação ao aprendizfinanceiro, não pretendo mudar nada, pois tem servido como fonte de consulta pessoal. Porém, estou estudando a possibilidade de oferecer alguns serviços através do linuxfirewall.

Por hora, prefiro manter o foco no meu trabalho principal e investimentos, pois sei que não me deixam na mão! 😉

E prudência, nunca é demais.

Um ótimo final de semana a todos!

Buscando patrocinadores para seus projetos!

Hoje, abordaremos um assunto bastante interessante para inventores ou projetistas que necessitam de um incentivo financeiro para viabilizar grandes ideias (tirando do papel). Porém, prefiro abordar o assunto de uma forma mais realista, sem criar ilusões, distorções ou falsas esperanças. O mundo continua se desenvolvendo, mas, neste quesito, a principal mudança está nas alternativas para atrair investidores para seus projetos. A essência não mudou tanto assim.

Em minha opinião, a afirmação atual de que o sucesso depende de grandes ideias e capacidade criativa é muito abstrata e não é tão atual como costumam afirmar. Digo isto, porque estes requisitos são antigos e a base continua complexa. Não é qualquer ideia que serve. Vejo este assunto sendo vendido como se houvesse uma receita de bolo para seguir – não há.  E, infelizmente, tende gerar bastante frustração. Acho interessante os vídeos motivacionais que circulam na Internet. São bonitos de ver, mas se você analisar, por amostragem, vai perceber que é possível contar nos dedos os casos de sucesso.

Sonhe mantendo os pés no chão:

Inventores e projetistas existem desde que o mundo é mundo, e hoje ficou realmente mais fácil angariar recursos para viabilizar grandes ideias. É sobre isto que resolvi escrever…

Existem, basicamente, duas formas poderosas para captação de recursos financeiros: atraindo um investidor anjo ou participando de financiamentos coletivos (também conhecidos como crowdfunding).

Confiram uma entrevista, feita pela blogueira Nath, com a investidora anjo Camila Farani:

Há pouco tempo, um amigo me apresentou um crowdfunding conhecido como kickstarter. De acordo com o site tecmundo, “Em troca do investimento, as pessoas que auxiliarem financeiramente o projeto vão receber recompensas de acordo com o valor fornecido. Em muitos casos, a gratificação é uma cópia do produto anunciado, por exemplo“.

No Brasil, o crowdfunding mais conhecido é o Kickante.

Achei a proposta do Kickante interessante e aproveitei para fazer um “teste”, avaliando funcionalidades e facilidade operacional. Criei rapidamente um anúncio com nome “O retrato da vida de investidores“. No momento, é impossível tentar avaliar o alcance ou capacidade de remuneração de um anúncio como este. Encontrei projetos admiráveis e bem sucedidos. Fico feliz em saber que existe algo assim no Brasil. No meu caso, como experimento, qualquer resultado será bem vindo. Fiz para efeito de testes, mas é evidente que aceitarei doações – afinal, o esforço para produção de conteúdo e clipping de relevância é, muitas vezes, árduo e consome bastante tempo.

Para conhecer outros sistemas disponíveis, acesse o link:
http://crowdfundingnobrasil.com.br/