Renda extra x Empreendedorismo digital – parte 3

Na publicação anterior, foram feitas ponderações referentes a distorções deste mercado. Há uma infinidade de cursos, palestras e consultorias “especializadas”, principalmente voltados ao empreendedorismo. No entanto, pouco se fala sobre a essência e riscos da atividade e, infelizmente, muitos entram sem o devido preparo.

Antes de prosseguir, assistam:

No vídeo, apesar de estar vendendo seu peixe também (assessoria contábil), o assunto foi tratado de maneira séria e objetiva, diferente das fórmulas milagrosas que vendem por aí. Os gurus mais famosos, na Internet, induzem seguir um modelo de negócio que já está saturado e é pouco eficiente para quem está começando.

As estratégias funcionam, o problema é o modelo de negócio que vem sendo amplamente ensinado – moldado para sustentar um mercado de consultorias e “treinamentos”. Muitas pessoas são induzidas a embarcar para aumentar a visibilidade e o ganho financeiro de alguns PRODUTORES, trabalhando indiretamente para eles.

Grandes empresas exploram este mercado também. Porém, o foco muda (produto).

No Brasil, a Empiricus e a Toro Radar são as casas independentes de análises financeiras mais conhecidas, e trabalham claramente com estratégias de Marketing digital. Elas souberam explorar os recursos tecnológicos do momento para acelerar e potencializar as vendas. Mas, o sucesso aconteceu porque foram capazes de produzir um material diferenciado e de excelente qualidade.

Logo, tendo posse de um produto capaz de despertar o interesse de determinado público, nada impede contratar uma consultoria especializada para agilizar na execução do projeto.

A Empiricus, por exemplo, explorou ferramentas de Marketing digital de diferentes maneiras. O trabalho de redação costuma seguir duas frentes: “produção de relatórios (ou cursos) e teses polêmicas”. Ela Ficou amplamente conhecida após publicar a tese “O Fim do Brasil” – foi processada, e ganhou. Obviamente, concentrou todos os esforços na produção da tese e assistência jurídica (risos), não nas ferramentas de Marketing digital. Acredite, atingir este estágio é o maior desafio.

As empresas citadas anteriormente adotam técnicas comuns no Marketing digital, como storytelling (em teses e soluções propostas), anúncios em redes sociais (através de fanpages), iscas em seus sites oficiais (para “atualizações” periódicas) e “envio de e-mails“. Neste caso, a capacitação especializada não é tão importante, pois, uma vez em produção, o sistema funciona de forma automatizada e o processo operacional tende ser extremamente simples.

“Vale lembrar que a utilização destas ferramentas não deve ser intrusiva, nem ferir a privacidade dos clientes – o abuso delas pode prejudicar a imagem de sua empresa. Evite condicionar a leitura de um ebook gratuito ao cadastro de uma conta de e-mail, por exemplo. Aliás, costumo descartar sites que fazem isto. Logo, sem a leitura do ebook, a estratégia perde eficiência. Trabalhar com isca opcional é mais inteligente, pois o usuário fica confortável para ler o material espontaneamente e, se gostar, cadastrará sua conta para receber atualizações. O seu negócio ganha mais credibilidade”.

Perceberam a diferença? Ao invés de (re)vender treinamentos repetitivos, aprenda sobre este mercado e ofereça consultoria especializada para viabilizar projetos como este. O retorno financeiro é muito maior.

Mas, existem alternativas interessantes…

O empreendedorismo digital permite trabalhar com inúmeras ferramentas e estratégias. Na maioria das vezes, se concentra na produção de conteúdo de nicho (voltado para um público específico) – já surgiram discussões até sobre netflix de nicho. Trabalhando com um nicho específico fica mais fácil cativar o público alvo e ofertar produtos sob “medida” (por interesse).

Até pouco tempo, era comum produzir blogs e monetizar com ferramentas de anúncios (como o Google AdSense). Infelizmente, depende de um volume de acessos muito alto para obter algum retorno significativo – tenho feito alguns testes com este blog e o resultado, até o momento (quase 6 meses), é insignificante. Sendo assim, tem crescido o interesse pelo sistema (ou programa) de afiliados.

O hotmart é um dos ambientes de negociação para afiliados mais conhecido. Vejam como funciona:

O vídeo é interessante, didático e pode inspirar muitas pessoas. Porém, não se afobe. Na minha opinião, e de acordo com relatos de outros “empreendedores”, o maior retorno financeiro é para PRODUTORES.

O apelo do trade esportivo (ganhar dinheiro assistindo jogos de futebol, no conforto de sua casa), por exemplo, é o sonho de praticamente todo brasileiro. O público é enorme. Quando comecei pesquisar sobre o assunto, vi o ebook sendo negociado, em diferentes portais, na casa de R$ 1.000,00, e não existiam muitos concorrentes diretos. Logo, é provável que o produtor tenha vendido mais de 500 unidades. Estamos falando de um retorno de aproximadamente R$ 500.000,00 (acredito que superou). E é fácil identificar alguns compradores porque deixar um depoimento, no youtube, faz parte da estratégia. Com um montante em dinheiro tão expressivo, o produtor é capaz de gerar uma renda passiva superior a R$ 4.000,00 mensais (através de aplicações financeiras mais conservadoras). Ou seja, ele nem precisa colocar em prática o que ensina.

O que foi dito acima é algo muito comum neste mercado! 😉

Para divulgar um produto, existem estratégias simples e poderosas (não só hotmart):

O programa de afiliados não trabalha apenas com infoprodutos. É possível receber comissão com a venda de produtos de grandes empresas também. Algumas introduziram o programa de afiliados diretamente no seu modelo de negócio, como é o caso de Submarino e Magazine Luíza, por exemplo.

Outra alternativa é trabalhar com sites especializados, como Lomadee (grupo Buscapé) ou Zanox (rede internacional) – são parceiros de Lojas Americanas, Ricardo Eletro, Submarino, Extra, Pontofrio, Netshoes e etc.

Para finalizar, o trabalho de freelance pode ser uma opção muito interessante para desenvolvedores (TI):
https://www.br.freelancer.com

One thought on “Renda extra x Empreendedorismo digital – parte 3

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