Resultado do mês de Janeiro (2017)

Enfim, eis o primeiro resultado de 2017 (risos)…

Atrasei um pouco, para compartilhar o resultado de janeiro, porque estive ocupado com outros projetos e por questões pessoais também. No mês passado, incluí uma tabela que demonstra a evolução do preço de mercado de minha carteira (em relação ao preço médio), mas esta informação será fornecida apenas no mês de dezembro. Acredito que o ano ainda promete e provavelmente passaremos por algumas turbulências, principalmente porque o presidente norte-americano tem demonstrado uma grande habilidade para fazer besteira.

Conforme exposto na publicação anterior, decidi encerrar algumas posições da carteira Microcaps. Ou seja, em janeiro, vendi FESA4, SNSL3 e PTBL3. Com exceção de PTBL3, obtive um luco interessante nas operações. Dentre outras razões, me sinto mais confortável atuando como holder. Não vejo muita vantagem em continuar sócio destas empresas – os balanços continuam fracos. Da carteira Microcaps, mantive apenas CARD3 e AGRO3.

Vale lembrar que, na primeira quinzena de fevereiro, será liberado o calendário para o resgate total de contas inativas do FGTS. É uma excelente oportunidade para quitar dívidas, investir ou reforçar posições. Assim que obtiver maiores informações e tomar medidas para o saque, publicarei os detalhes. Mas, fiquem atentos, pois estão divulgando calendários falsos.

Ainda não solicitei a transferência de custódia da corretora MyCAP para a Rico porque concluí os ajustes da carteira há poucos dias. Preencherei o formulário STVM ainda hoje.

Quanto aos investimentos…

Recebi proventos de ITUB3, ITSA3, CARD3, FESA4, BRCR11 (0,763%), FCFL11B (0,582%), PQDP11 (0,723%), KNRI11 (0,641%), RNGO11 (0,813%), SAAG11 (0,711%), TRXL11 (0,812%), FVBI11B (0,749%), XPGA11 (1,198%), KNCR11 (1,013%), EDGA11B (0,556%) e HGRE11 (0,856%). O desempenho dos FIIs permanece bastante estável, e o pior resultado foi do fundo EDGA11B. O rendimento final da carteira foi reforçado com o pagamento de JCP (Juros sobre Capital Próprio) de FESA4 e CARD3.

Com o rendimento da própria carteira, somado ao capital que me prontifico separar para investir mensalmente, comprei mais ações ou cotas de BBAS3, BBSE3, CARD3, FVBI11B, KNCR11 e HGRE11. O menor aporte foi em ações CARD3 e fundo FVBI11B, nos demais a distribuição foi equilibrada.

A composição atual ficou assim (gráfico do IrpfBolsa):

O mês apresentou uma pequena volatilidade, mas os principais ativos ofereceram um desempenho bastante satisfatório. Continuo com um excelente resultado, acima de minha expectativa. Vale ressaltar que é importante ter consciência que, no curto prazo, oscilações são naturais e esperadas (com movimentos de repique, por exemplo). Dentro de uma tendência de alta, os papeis não se movimentam em linha reta.

Estou apenas demonstrando o potencial de crescimento, isto não é recomendação de investimento.

Resultado do mês de Dezembro (2016)

O ano está encerrando e passamos por fortes turbulências, resultante do “processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, operação Lava Jato, Brexit, eleição presidencial norte-americana e etc”. Haja emoção (risos)! O atual governo apresentou medidas polêmicas (algumas extremamente impopulares), mas acredito que está em concordância com estudos dos principais economistas brasileiros quanto a retomada do crescimento econômico. Porém, não é algo simples ou rápido. Dificilmente colheremos frutos já em 2017. Para investidores, o ano de 2016 ofereceu grandes oportunidades (seja em renda fixa ou variável) e ainda existe uma janela de oportunidades bastante interessante para o próximo.

As mudanças no cenário político e econômico geraram expectativa positiva e o índice Ibovespa encerrou o ano com alta de 39%. E, em função da elevada taxa de juros, investimentos em renda fixa também ofereceram oportunidades raríssimas. Particularmente, optei por concentrar os novos aportes em Fundos Imobiliários e Ações. A única operação que realizei, em renda fixa, foi a troca de fundo DI (no mesmo Banco).

Neste ano, algumas medidas fundamentais e impopulares foram tomadas, como o caso da PEC 241 e proposta de reforma da Previdência. O governo também apresentou um pacote de medidas econômicas, visando aumentar a produtividade, reduzir os juros para o consumidor final e diminuir a burocracia. Para aquecer a economia, o governo liberou o resgate total de contas inativas do FGTS e lançou uma proposta de reforma trabalhista, beneficiando inúmeros brasileiros diretamente. Infelizmente, o índice de desemprego continua crescente e, no curto prazo, não há sinais de reversão. Medidas importantes estão sendo tomadas, mas, provavelmente, serão perceptíveis apenas em 2018.

Os ventos estão mudando de direção, no entanto a crise ainda é uma dura realidade. A diminuição da inflação, por exemplo, se deve, em parte, pela perda do poder de consumo da população. Ou seja, ainda não há um sinal claro de recuperação. Não estou sendo pessimista ao afirmar isto, estou apenas apontando aspectos que podemos “explorar” para o próximo ano. Aliás, aproveitem a liberação do resgate total do FGTS (contas inativas) para quitar (ou negociar) suas dívidas ou aproveitem a oportunidade para investir – o calendário será liberado no mês de fevereiro.

Quanto aos investimentos…

Por esquecimento, perdi a data de renovação da assinatura do relatório de Microcaps da Empiricus. Assinei por dois anos seguidos e aprendi bastante. Porém, não estou certo de que o custo x benefício seja realmente compensador. O relatório é caro e o índice de acerto (ou eficiência) é um tanto questionável. Continuo assinando o relatório de Fundos Imobiliários e pretendo renovar por mais um ano. Em breve, compartilharei maiores detalhes sobre minha experiência com a Empiricus.

Já estou operando pela corretora Rico e em janeiro solicitarei a transferência da custódia da MyCAP também.

Recebi proventos de ABEV3, BBAS3, ITUB3, BRCR11 (0,787%), FCFL11B (0,629%), PQDP11 (0,551%), KNRI11 (0,662%), RNGO11 (0,835%), SAAG11 (0,723%), TRXL11 (1,011%), FVBI11B (0,634%), XPGA11 (1,084%), KNCR11 (0,885%), EDGA11B (0,615%) e HGRE11 (0,797%). O desempenho dos FIIs tem sido bastante estável, e o pior resultado foi do fundo PQDP11. Vale lembrar que o rendimento do fundo TRXL11 não é recorrente – o pagamento da multa devida pela empresa 2 Alianças contribuiu com o rendimento superior deste mês. O rendimento final da carteira foi reforçado com o pagamento de JCP (Juros sobre Capital Próprio) de ABEV3 e BBAS3.

Com o rendimento da própria carteira, somado ao capital que me prontifico separar para investir mensalmente, comprei mais ações ou cotas de IVVB11, ABEV3, ITSA3, BRCR11, KNRI11 e KNCR11. O menor aporte foi para o fundo KNCR11, nos demais a distribuição foi equilibrada. Aproveitei a desvalorização de ABEV3 para reforçar minha posição. Incluí à carteira algumas cotas do ETF que reflete o índice Americano S&P500 (IVVB11) – não requer mais perfil qualificado.

A composição atual ficou assim (gráfico do IrpfBolsa):

Para demonstrar mais detalhadamente a “evolução” da carteira, compartilharei o resultado do ganho por ativo (em relação ao preço médio):

Papel Preço médio Preço mercado % Setor
ABEV3 18,68 16,45 -11,97 Consumo não Cíclico
AGRO3 12,18 11,2 -8,09 Financeiro e Outros
BBAS3 17,07 28,1 64,61 Financeiro e Outros
BBSE3 27,52 28,38 3,09 Financeiro e Outros
BRCR11 99,53 95,5 -4,03 Financeiro e Outros
CARD3 3,46 4,97 43,43 Bens Industriais
EDGA11B 64,40 51,9 -19,42 Financeiro e Outros
EZTC3 13,00 15,8 21,48 Construção e Transporte
FCFL11B 1289,91 1780 37,99 Financeiro e Outros
FESA4 7,00 7,81 11,51 Materiais Básicos
FVBI11B 73,74 88,95 20,61 Financeiro e Outros
GRND3 17,90 17,75 -0,88 Consumo Cíclico
HGRE11 1282,68 1250 -2,54 Financeiro e Outros
ITSA3 7,89 8,09 2,44 Financeiro e Outros
ITUB3 25,28 30,99 22,54 Financeiro e Outros
IVVB11 79,87 76,41 -4,33 Financeiro e Outros
KNCR11 111,77 113,95 1,94 Financeiro e Outros
KNRI11 134,42 144 7,12 Financeiro e Outros
PETR3 9,35 17,3 84,83 Petróleo, Gás e Biocomb
PQDP11 1335,59 1999,99 49,74 Financeiro e Outros
PTBL3 2,61 2,09 -20,07 Construção e Transporte
RNGO11 75,67 79,99 5,70 Financeiro e Outros
SAAG11 97,78 118,49 21,16 Financeiro e Outros
TRXL11 67,88 58,49 -13,84 Financeiro e Outros
XPGA11 87,39 99,5 13,84 Financeiro e Outros

Observando a tabela acima, tornam-se evidentes os benefícios da diversificação. Porém, não se engane com uma simples análise isolada do ganho em relação ao preço médio. Apesar da Grendene (GRND3) encerrar com queda de 0,88%, por exemplo, os dividendos ou JCP distribuídos pela empresa converteram o resultado em lucro (não exibido na tabela). Daí a razão do Bastter sempre repetir que, para o holder, preço de compra não importa. No longo prazo, o preço médio real tende a zero – alguns aportes serão feitos com a remuneração da própria carteira.

Desde o início do mês, a tendência de alta da Bolsa de Valores perdeu força devido ao “estresse do mercado” (expectativa gerada com a vitória de Trump, por exemplo), levando a uma forte volatilidade. Ainda assim, o IBovespa encerrou o ano com alta de 39% (melhor resultado desde 2009).

Fiquei um pouco “surpreso” com a desvalorização das ações da Ambev, mas vejo como uma excelente oportunidade para novas entradas, visto que não há fundamentos que sustentem a queda.

Conforme exposto, a carteira apresentou um excelente resultado e continua superando minha expectativa. No entanto, é preciso ter consciência que, no curto prazo, oscilações são naturais e esperadas (com movimentos de repique, por exemplo). Dentro de uma tendência de alta, os papeis não se movimentam em linha reta.

Estou apenas demonstrando o potencial de crescimento, isto não é recomendação de investimento.

Resultado do mês de Novembro (2016)

O mẽs de novembro foi agitado. O resultado da eleição presidencial norte-americana gerou temor e turbulência no mercado econômico, derrubando os principais índices das Bolsas de Valores do mundo. Apesar do estresse causado, levando a queda de inúmeros ativos de renda variável, continuo conferindo excelentes resultados. Aproveitei alguns dias de férias para revisar meus investimentos e realizei mudanças significativas, incluindo pedido de transferência de custódia para a corretora Rico.

Entrei em férias no início do mês (está terminando) e, depois de “alguns anos” sem viajar, resolvi fazer algo diferente, e programei, de improviso, uma viagem para Gramado. Não costumo fazer isto, pois é uma oportunidade rara para reforçar os investimentos (acelera o efeito bola de neve). Mas, a vida não é feita apenas de trabalho e investimentos (risos), quebrar a rotina de vez em quando faz bem e precisamos renovar nossas energias. Ainda assim, em menor proporção, consegui me programar para investir algo.

Visando um ganho real, no longo prazo, aproveitei os primeiros dias para avaliar a performance e taxa de administração do fundo DI que tenho (tinha) em relação a outros fundos geridos pelo Banco (com as mesmas características). Mas, é preciso ter cautela para não perder dinheiro (e muito). Não confunda com “girar patrimônio”. O meu objetivo não foi buscar uma taxa melhor para o momento. Portanto, contando com uma vantagem bastante nítida (longo prazo), resolvi trocar. E, passado o susto (a explicação está no link ao lado), tudo transcorreu dentro do previsto.

Há poucos dias, solicitei a transferência de custódia dos ativos que mantenho na corretora Gradual para a Rico. A minha intenção inicial era migrar apenas os ativos da MyCAP. Iniciei pela Gradual porque a Rico oferece benefícios mais interessantes (ambiente mais amigável e custos menores), pretendo trabalhar com uma única corretora e fiquei incomodado com uma situação desagradável que ocorreu na semana passada. O acesso ao Home Broker da Gradual foi bloqueado porque meu cadastro expirou. Sei que é um procedimento padrão e obrigatório, porém, a corretora costumava avisar com antecedência (não fez) e, antes, bastava responder um e-mail com o formulário preenchido – desta vez, exigiram o envio de uma cópia assinada do termo de adesão também (mesmo sendo cliente antigo). Passei um dia inteiro sem acesso ao Home Broker, depois de ter feito TED para a conta na corretora. Fui muito bem atendido por longo anos. Mas, estamos falando de uma instituição financeira. Sendo assim, uni o útil ao agradável e solicitei a transferência de custódia.

Quanto aos investimentos…

Recebi proventos de ABEV3, BBAS3, GRND3, ITUB3, AGRO3, BRCR11 (0,768%), FCFL11B (0,615%), PQDP11 (0,637%), KNRI11 (0,622%), RNGO11 (0,828%), SAAG11 (0,679%), TRXL11 (0,937%), FVBI11B (0,635%), XPGA11 (1,086%), KNCR11 (0,907%) e EDGA11B (0,763%). O desempenho dos principais FIIs, comparado com o mês anterior, foi levemente inferior. Infelizmente, o mercado imobiliário não está passando por um bom momento (taxa de vacância crescente) e estamos lidando com renda variável. Vale lembrar que estamos sujeitos aos riscos inerentes ao mercado de imóveis – nada muito preocupante, se o fundo for bem gerido, diversificado e com imóveis de qualidade. Somando os dividendos (ou JCP) recebidos de ABEV3, BBAS3 e AGRO3, o rendimento final deste mês foi superior ao anterior.

Fiz alguns ajustes mais expressivos na carteira…

Conforme comentei em outras oportunidades, separei um capital alocado a risco para investir em algumas Small Caps (ou Micro Caps, como classifica a Empiricus – há critérios adicionais). Sendo assim, mantive uma pequena posição em SGPS3 (Springs Global). Não estava satisfeito com o balanço da empresa faz algum tempo. Logo que a cotação atingiu R$ 5,00, encerrei minha posição – acredito que o movimento dos preços não está coerente com o resultado apresentado pela empresa. Com o dinheiro da venda, comprei cotas dos FIIs HGRE11 e EDGA11B.

Analogamente, depois de apresentar alta superior a 22% em um único dia, resolvi encerrar a posição em SNSL3 (Senior Solution). É outro ativo em que assumi uma posição estratégica (Small Caps). Mas, diferente da Springs, a Senior Solution apresenta um “balanço melhor” – não o suficiente para aumentar a exposição (opinião pessoal). Em função do preço da ação x balanço, acredito que outras empresas sejam mais atrativas. Apesar disto, manterei no “radar”.

Com o rendimento da própria carteira, somado ao capital que me prontifico separar para investir mensalmente, comprei mais ações ou cotas de ABEV3, AGRO3, EZTC3, BRCR11, KNRI11, HGRE11 e EDGA11B. Os menores aportes foram para AGRO3, EDGA11B e KNRI11, nos demais a distribuição foi maior e bem equilibrada.

A composição atual ficou assim (gráfico do IrpfBolsa):

carteira-11-2016

Neste mês, em função da tensão do mercado, a volatilidade foi grande e o desempenho anterior não foi mantido. A diferença do IBovespa entre ontem (queda) e hoje (alta), por exemplo, é grande. Continuo com um excelente resultado, acima de minha expectativa. É importante ter consciência que, no curto prazo, oscilações são naturais e esperadas (com movimentos de repique, por exemplo). Dentro de uma tendência de alta, os papeis não se movimentam em linha reta.

Estou apenas demonstrando o potencial de crescimento, isto não é recomendação de investimento.

Trocando de fundo DI (Impactos): O susto

Conforme exposto em outros artigos, para evitar perdas financeiras significativas, o investidor não deve ficar pulando de galho em galho, na procura rendimentos superiores, pois mensurar os custos e o benefício da troca não é simples. O giro de patrimônio sempre resultará em perdas. Mas, em determinadas situações (merece cautela), pode ser interessante e compartilharei a experiência que tive nesta semana.

Leiam até o fim. Vale à pena.

Expliquei um pouco de minha trajetória, como investidor (até então), quando escrevi o artigo a estratégia. Nele, comentei como comecei (poupança), para depois investir em um fundo DI (mantenho há mais de 10 anos) – onde obtive excelentes resultados. Já a experiência com renda variável é mais “recente” e vem apresentando excelentes resultados também. No decorrer do ano, fiquei estudando a possibilidade de trocar de fundo (no mesmo Banco, com características semelhantes), mas acabei adiando por receio.

Minha intenção era migrar para outro fundo DI com taxa de administração inferior (metade da atual) e rentabilidade superior. De uma maneira geral, o meu objetivo foi melhorar a performance, de longo prazo, deste tipo de aplicação. O meu objetivo não foi buscar uma taxa melhor para um período específico. Como entrei em férias, no início deste mês, resolvi rever minha aplicação.

Entrei em contato com minha gerente para certificar quais seriam os custos envolvidos com o resgate. Eu queria certificar que a perda máxima já estava estimada no extrato do fundo. No meu caso, o custo indicado era pouco significativo. Aliás, a tão temida cobrança do Come-Cotas é uma antecipação do imposto. Então, considerei a perda pequena e perfeitamente aceitável. Mas, antes de pedir o resgate, recorri ao site para consultar as regras previstas para o fundo. Neste momento, descobri um risco que a gerente não me contou…. (risos). No resgate total, o Banco disponibiliza apenas 97% do total líquido (sobre o valor depois da cobrança do IR). Portanto, a perda final é muito maior que a prevista inicialmente.

Quase fiz um péssimo negócio. Mas, no final compensou… confiram! 😉

Avaliei os prós e contras, estimando que, apesar da perda imediata e significativa, o novo fundo permitiria um ganho superior “após o quinto ano”. Nem questionei mais a gerente de minha conta. Logo, optei pelo resgate total, “torcendo” para que a regra dos 97% fosse apenas um critério do passado, não corrigido no site (já que no extrato não aparecia). Foi uma atitude absurda. De qualquer forma, fiz o resgate tendo consciência desta possibilidade e foi o que aconteceu (risos).

Resultado: conferi apenas 97% do total líquido e, logo em seguida, reapliquei no novo fundo.

Depois disto, no mesmo dia, mostrei meu grande feito para meu pai e ouvi algo como: “nossa, eu não teria aceitado uma perda desta“. De imediato, ele rebateu afirmando que eu levaria aproximadamente 5 anos para compensar. Refiz as contas e tentei mostrar que a performance do fundo seria superior após o quinto ano. Por esta razão, não me importei muito. Infelizmente, não é tão simples assim. Não demorou muito e fiquei um pouco desconfortável porque meu pai raramente erra na avaliação. Eu havia aceitado uma perda significativa em um momento de taxa de juros extremamente elevada e que dificilmente será mantida pelos próximos 5 anos. Para evitar tudo isto, eu poderia ter feito um resgate parcial, no valor mínimo necessário para a nova aplicação.

Fiquei com receio de ter feito um péssimo negócio.

No dia seguinte, acessei minha conta para verificar o resultado da arte que fiz. Para minha surpresa, como o dinheiro foi reinvestido, o Banco devolveu a diferença, entregando 100% do total líquido. Fiquei muito mais tranquilo e reinvesti logo em seguida. Confesso que aquilo estava me deixando incomodado.

Conclusão, só não fiz um péssimo negócio porque não tirei o dinheiro do Banco.

Apesar do susto, fiquei contente com o resultado final. No meu caso, o benefício ficou realmente claro (foi vantajoso).

Vale lembrar que, estou fazendo novos aportes, em renda variável, diretamente pela corretora, comprando FIIs e ações. Ainda assim, não pretendo desfazer minha posição no Banco, pois conto com um excelente investimento e inúmeros benefícios (pelo montante investido e perfil de investidor): “sou isento de várias taxas de serviço e posso fazer até 6 TEDs (por mês) sem custo algum, por exemplo”.

Portanto, muito cuidado com recomendações de algumas casas de análise. Por mais que a proposta pareça interessante, é muito complicado mensurar o impacto de uma troca mais radical – alguma perda ocorrerá sempre. No menor vacilo, a perda pode ser gigantesca.

Nath e André Bona: Onde eles investem?

Há pouco tempo, encontrei duas entrevistas interessantes, do canal Thiago Nigro (Primo Rico), que revelam onde os blogueiros (e educadores financeiros) Nath e André Bona investem. É possível perceber algumas particularidades no perfil de cada um, mas a essência é a mesma. Gosto do trabalho deles.