Ainda vale a pena investir em Bancos?

Em tempos de grandes transformações e inovações tecnológicas e com surgimento de tantas Fintechs será que ainda vale a pena investir em ações dos Bancos mais conhecidos? Estariam eles com o tempo de vida contado para acabar? Particularmente, entendo que ainda existe muita água para rolar!

É comum encontrar questionamentos contrários aos grandes Bancos. Porém, faça chuva ou faça sol, acredito que estarão sempre no topo, mantendo forte influência na economia do país. Vocês perceberão como os números por trás destes gigantes são maiores do que se imagina.

Basicamente, podemos avaliar a segurança e a saúde dos Bancos através de dois índices:

1. Índice de Basileia: é a relação entre o capital próprio e o capital de terceiros exposto ao crédito. Caso o índice do Banco seja 20%, por exemplo, para cada R$ 100,00 emprestados, o Banco dispõe de R$ 20 de capital próprio. O Banco Central exige o mínimo de 11%. Portanto, quanto maior, melhor.

2. Índice de Imobilização: determina a porcentagem do capital de terceiros que está imobilizada em bens sem liquidez imediata. Se o índice for de 30%, a cada R$100,00 em seu patrimônio, R$ 30 estarão imobilizados. Quanto maior, mais lenta será a disponibilidade do recurso. O Banco Central exige o máximo de 50%. Logo, quanto menor, melhor.

A seguir, será perceptível  que os Bancos Inter (BIDI), Banco do Brasil (BBAS) e Itaú (ITUB) apresentam os índices sob controle. É evidente que, a princípio, o índice de imobilização do Banco Inter apresenta vantagem sobre os demais em função do porte e dos ativos ou recursos disponíveis aos clientes. Mas é preciso ter cautela com a avaliação do Banco Inter, pois seu IPO (Oferta Inicial Pública) aconteceu recentemente.

Banco Inter (BIDI) – Valor de mercado: R$ 9.5B

Índice de Basileia e Imobilização

O índice Basileia foi de 21.2% em DEZ de 2015, 17.2% em DEZ de 2017 e 15.4% até agora; e com imobilização de 2.5% até agora.”

Evolução Patrimonial:

“Fonte: www.meusdividendos.com”

Banco do Brasil (BBAS) – valor de mercado: R$ 98.1B

Índice de Basileia e Imobilização:

O índice Basileia foi de 16.0% em DEZ de 2015, 19.6% em DEZ de 2017 e 18.4% até agora; e com imobilização de 14.5% até agora – vantagem sobre o Banco Inter.”

Evolução patrimonial:

“Fonte: www.meusdividendos.com”

Banco Itaú (ITUB) – valor de mercado: R$ 308.1b

Índice de Basileia e Imobilização:

O índice Basileia foi de 15.4% em DEZ de 2015, 18.8% em DEZ de 2017 e 16.6% até agora; e com imobilização de 23,8% até agora – também apresenta vantagem sobre o Banco Inter.”

Evolução patrimonial:

“Fonte: www.meusdividendos.com”

Os números apresentados impressionam, não? O Banco do Brasil tem um valor patrimonial 10x superior ao Inter. E, mesmo assim, é 3x menor que o Itaú.

Com um valor patrimonial de R$ 308B, fica fácil entender porque o Itaú é o maior Banco do país! 😉

Mas, para avaliar o lucro liquido de cada Banco, sugiro recorrer ao portal Bancodata, pois o Banco Inter, por exemplo, abriu capital há pouco tempo, tornando a análise do quadro de evolução injusta. De qualquer forma, o lucro líquido do Banco Inter em 2017 foi de R$ 48,8 milhões, enquanto Banco do Brasil e Itaú apresentaram lucro líquido de R$ 11,2 bilhões e R$ 21,8 bilhões respectivamente.

Percebam que as diferenças são grandes. Como já tenho posição em BBAS, BBSE, ITUB e ITSA, resolvi não arriscar novas posições em BIDI, mas entendo que o futuro do Banco Inter pode ser promissor – ainda assim, vale lembrar que o Banco está sendo investigado pelo MPDF em função de uma denúncia envolvendo o vazamento de dados de seus clientes (para complicar um pouco mais, o Banco sempre negou).

O meu objetivo foi demonstrar que a posição em grandes Banco tende ser muito salutar para uma boa diversificação de carteira. É claro que a decisão e a estratégia adotada é algo muito pessoal, variando de acordo com o entendimento de cada um.

Então, a resposta é SIM, claro que vale a pena! 😉

ITSA: Bonificação

Em tempo de grandes turbulências, que tal tratarmos sobre um assunto mais agradável como a bonificação de ações? O cenário político-econômico vem gerando muitas incertezas (com expectativa negativa), o que resulta no movimento de pânico que estamos conferindo. É neste momento que suas convicções como Holder serão testadas.

Demonstrar autocontrole na euforia é brincadeira de criança! 😉

O momento realmente pede cautela, mas pode oferecer grandes oportunidades. O mercado vem reagindo com um certo exagero, visto que os fundamentos das empresas que mantenho em carteira, por exemplo, continuam excelentes e apresentando resultados superiores ao do ano passado. Logo, o “melhor momento” (se é que existe) para reforçar posições em empresas solidas é justamente no “pânico” (quando o impeto vendedor é maior e pouco racional).

Neste mês fomos contemplados com a bonificação de ITAÚSA.

Já escrevi um artigo sobre o assunto, mas cometi um pequeno equívoco em relação ao custo por ação.

Através do portal da B3 podemos conferir todos os eventos da empresa:
http://bvmf.bmfbovespa.com.br/cias-listadas/empresas-listadas/ResumoEmpresaPrincipal.aspx?codigoCvm=7617&idioma=pt-br

Para saber quais foram os eventos registrados, clique em “Eventos Corporativos“. O comunicado sobre a bonificação pode ser obtido na opção “Aviso aos Acionistas” de “Informações Relevantes” (ao lado de “Eventos Corporativos“.
Todos os dados da bonificação estão disponíveis no linkAviso aos Acionistas” (abrirá em nova janela)

Ou seja, quando for apurar o ganho de capital na declaração de IR, leve em consideração a aquisição das ações como se fosse uma operação de compra normal, com custo de R$ 6,53 por ação – é evidente que sem os custos de corretagem.

É para efeito de lançamento de preço médio na apuração de ‘bens e direitos‘ do ‘IRPF‘ e também servirá como benefício fiscal (caso o investidor opte pela venda).”

Mercado em pânico: o que fazer?

Atualmente o mercado de capitais está tomado pelo sentimento de pânico, com forte saída de capital estrangeiro e turbulências fortes no cenário político-econômico – no decorrer de um mês, por exemplo, o Ibov já perdeu mais de 10.000 pontos.

Confiram o gráfico do Ibov pelo Google:

Já faz algum tempo que estou ensaiando produzir algum material sobre o assunto…

Infelizmente, uma forte gripe e algumas questões pessoais acabaram atrapalhando um pouco – fiquei sem voz por uma semana. E, pode não parecer, mas é trabalhoso manter um simples blog como este (risos). É claro que mantive a fanpage relativamente atualizada com os fatos mais recentes e relevantes (utilizo como referência na apuração mensal).

Apesar do momento de pânico, não se desesperem:

Confesso que presenciar uma forte desvalorização como esta mexe um pouco com nossa cabeça, mas o tempo nos ensina como o mercado funciona e percebemos que, ao selecionar boas empresas, é possível transformar o momento de pânico para alguns em oportunidade. Vale lembrar que, com o passar do tempo, o próprio rendimento da carteira permite reforçar ainda mais nossas posições. Logo, para Holders, o mais importante são os fundamentos, não o preço de mercado. Aceitem: “Renda variável, varia (risos)“.

Confiram também um vídeo do canal No Radar do Dinheiro:

É evidente que nada impede que traders experientes também tirem proveito do momento. Boa parte dos investidores tem uma atração incontrolável por operações de trade (já fui um), porém é importante lembrar que apenas uma minoria desenvolve habilidade suficiente e conseguem extrair vantagens reais.

Resumindo: MANTENHAM A CALMA E SIGAM FIRMES COM A ESTRATÉGIA!

Economia: Qual será o fundo do poço?

Quando estudei no colégio militar, recebíamos punição como forma de correção e aprendizado (para não insistir no erro). Existia um ditado interessante: “quando a cabeça não funciona, o corpo padece“.

O Governo Brasileiro já cedeu a pressão dos caminhoneiros e, mesmo assim, o problema persiste.

Vejam como o mercado reagiu (mais de 4% de queda em um único dia):
As principais estatais simplesmente derreteram. Talvez você possa não se importar por não investir em renda variável, mas saiba que: “se expectativa negativa se confirmar“, estes números servirão como termômetro para dias difíceis que estão por vir. Como disse no artigo anterior… no final, a conta será nossa.

Não é de espantar que o preço de mercado da Petrobras está afundando dia após dia:
Na semana passada, a ação custava aproximadamente R$ 30. Este não é um sinal de que o mercado está contra a população, mas sim uma antecipação da expectativa futura. Ou seja, está difícil ser otimista. O país está prestes a quebrar a “estabilidade econômica” que vinha “tentando manter”. Sei que não está fácil para grande parte da população, mas, dependendo dos próximos acontecimentos, é possível piorar.

Conversei com algumas pessoas para entender como pode haver ainda algum otimismo. Ouvi argumentos de que, ao menos, os interesses dos caminhoneiros foram atendidos. Pois é, mas tudo indica que não honrarão o acordo. E boa parte dos brasileiros abraçou a causa como “forma de protesto” (falava-se até em intervenção militar). A pergunta que me faço é: “o que ganhamos?”

Vejam alguns prejuízos que estão prestes a concretizar:
https://g1.globo.com/economia/noticia/greve-coloca-em-risco-vida-de-1-bilhao-de-aves-e-de-20-milhoes-de-suinos-diz-associacao.ghtml

É aceitável perder 1 bilhão de aves e 20 milhões de suínos por falta de ração? Você acredita que existe alguma chance do consumidor não arcar com este prejuízo? Praticamente impossível.

Particularmente, entendo que o período de negociação encerrou!

Infelizmente o estrago está feito e não adianta chorar pelo leite derramado. Confesso que estava preparado para lidar com fortes turbulências neste ano, mas não esperava tanto. Procurem seguir sua estratégia de investimentos. Não há muito o que fazer. Não saiam comprando ou vendendo ativos no desespero. Agora seremos testados… mantenham a calma

Ações ou FIIs: Preço de compra importa?

Esta é mais uma questão que gera bastante discussão, mas a resposta ideal (a meu ver), quase sempre, é “depende“. o primeiro fator a ser avaliado é o tipo de operação: “por que estamos comprando? (Trade ou B&H)“. A resposta revela o tipo de operação que estamos dispostos a realizar. Parece óbvio, porém, na prática, para quem ainda está adquirindo experiência, não será.

Confiram a minha visão quanto a diferença entre investir e especular:

Gosto do conteúdo produzido pelo Bastter. Algumas vezes, a forma como ele aborda o assunto, pode ofender um pouco quem ainda não conhece o grupo (com suas “famosas voadoras“… risos). Em determinadas situações, eles extrapolam um pouco, mas, ainda assim, o conteúdo produzido vale a pena. Há quem diga que é puro marketing ; outros afirmam que é a única forma de “conscientizar o investidor amador” (faz um certo sentido). Aliás, se existe um marketing para chamar atenção para o seu negócio, acho muito justo – pelo trabalho e conteúdo oferecido (muitas vezes gratuito).

Nem sempre concordo com a forma como o Bastter e seus seguidores abordam o assunto, no entanto não posso negar que a precisão no quesito comportamental e estratégico é impressionante – algumas vezes, nos vídeos que assisti, parecia que ele estava me descrevendo, e o mesmo pude observar em meus colegas de trabalho. A precisão é tanta que impressiona. Logo, acho mais que justo dar os créditos a quem merece (não recebo nada por isto).

Confiram alguns estudos que reforçam o que comentei:


Tendo visão de longo prazo, como saber se um ativo está barato o suficiente ou caro demais? Ou ainda, quem nos avisará o momento exato para comprar “sempre barato”? Percebam a importância destes conceitos. Ao focar nos preços, sua conduta tenderá para o lado do “trade“.

Já parou para pensar o que lhe motiva realmente investir? No meu caso, por exemplo, o objetivo é construir um patrimônio diversificado em valor, conquistar uma renda passiva suficiente para viver com tranquilidade e negociar parte dos ativos quando julgar necessário.

Sejam investidores conscientes…  😉

Um ótimo domingo a todos!