Resultado do mês de Abril (2017)

Mais um mês está encerrando e causou bastante barulho (risos). O cenário político econômico continua turbulento, com novas regras para o rotativo do cartão de crédito (entraram em vigor no primeiro dia do mês), aprovação do texto da reforma trabalhista (incluindo o fim do Imposto Sindical obrigatório), nova redução da taxa básica de juros (Selic) e liberação do segundo lote do FGTS. Nesta semana, o tumulto foi ainda maior, quando as centrais sindicais paralisaram atividades e realizaram protestos, convocando uma greve geral. Felizmente, fui beneficiado pelo segundo lote de saques do FGTS, resolvi algumas pendências, mas também fui surpreendido por alguns inconvenientes. De maneira geral, com maior disponibilidade de recursos financeiros, contei com maior flexibilidade e opções de investimentos.

As novas regras para o rotativo do cartão de crédito entraram em vigor no primeiro dia do mês, porém é preciso estar atento, pois os juros continuam altos e, segundo o site Globo, “os clientes terão restrições para fazer o pagamento mínimo da fatura e acessar o crédito rotativo. A determinação foi divulgada pelo Banco Central no dia 26 de janeiro“.

A reforma trabalhista foi aprovada pela Câmara e provocou bastante revolta entre os sindicalistas. Ainda não tenho uma opinião formada em relação as vantagens e desvantagens – tenho algumas dúvidas. Seja como for, eu entendo que a Greve Geral, convocada nesta semana, não foi em defesa do trabalhador, mas sim dos sindicatos que, com o fim do imposto sindical obrigatório, serão diretamente afetados. Afinal, segundo o site Folha de São Paulo, em 2016, a contribuição sindical obrigatória recolheu “modestos” R$ 3,9 bilhões. Para se ter uma ideia, o Brasil conta com 15.007 sindicatos, enquanto a Argentina apenas 91, Dinamarca 164 e Reino Unido 168, por exemplo. Em tese, deveria ser insustentável. Chega a ser irracional. No meu entendimento, a greve não foi legítima porque não representou os interesses da maioria e ainda feriu o direito de ir e vir (cláusula pétrea) de grande parte da população, que não aderiu e nem apoiou o movimento.

Felizmente, a economia continua apresentando sinais de recuperação. Com isto, a taxa básica de juros vem sendo revista e continua diminuindo. Na última revisão do Copom, a meta ficou estabelecida em 11,25% a.a. O histórico das taxas pode ser consultado no site do Banco Central. Logo, com a redução da Selic, é comum despertar maior interesse em investimentos mais agressivos, como renda variável ou fundos multimercados (onde realizei um pequeno aporte). Conforme exposto em outras oportunidades, o ideal é diversificar, direcionando os novos aportes conforme o interesse ou “oportunidades” oferecidas pelo mercado, sem ficar pulando de galho em galho (ou seja, sem girar patrimônio).

Conforme descrito em uma postagem anterior, fui beneficiado pelo segundo lote de saques do FGTS e, por sorte, não encontrei muita dificuldade. Eu contava com duas contas inativas, porém uma delas estava acusando “situação” incorreta. Na quarta-feira (dia 26/07), retornei à agência da Caixa para verificar a disponibilidade da outra conta e consegui realizar o segundo saque. É evidente que aproveitei esta rara oportunidade para investir e reforçar algumas posições (uma chance como esta não pode ser desperdiçada). Mas, como a vida não é feita apenas de sacrifícios, também separei uma pequena parte do valor para comprar alguns produtos que eu necessitava.

Sendo assim, neste mês, não é de espantar que eu tenha trabalhado com um número de operações maior pela corretora Rico. Infelizmente, para o meu azar, conforme alertas anteriores, o custo da corretagem foi reajustado para R$ 16,20 em operações de posição e R$ 8,90 no fracionário. Praticamente dobrou. Fui obrigado a arcar com um custo de corretagem bastante elevado (acima de R$ 100,00). É difícil não ficar incomodado com um reajuste absurdo como este. Já entrei em contato com a corretora procurando negociar alternativas. Mas, se não houver espaço para negociação, considerarei a possibilidade de uma nova transferência de custódia.

Também precisei negociar a tarifa de minha conta de celular da Vivo. Não entrarei em maiores detalhes. Constatei um reajuste abusivo e ativação de um serviço que não solicitei. Felizmente, a negociação foi tranquila, consegui desativar o serviço adicional e migrei para um plano melhor e mais justo.

Quanto aos investimentos…

Recebi proventos de ITUB3, ITSA3, GRND3, BRCR11 (0,660%), FCFL11B (0,589%), PQDP11 (0,589%), KNRI11 (0,597%), RNGO11 (0,657%), SAAG11 (0,656%), TRXL11 (0,382%), FVBI11B (0,405%), XPGA11 (1,014%), KNCR11 (0,979%), EDGA11B (0,225%), HGRE11 (0,702%) e FIGS11 (1,188%). O rendimento dos FIIs não foi bom e continua deixando a desejar. O fundo EDGA11B mantém o pior resultado – está em quarentena (veremos como se comporta até o final do ano). Ainda assim, o rendimento da carteira foi bom, reforçado com o pagamento de dividendos e JCP de ITUB3, ITSA3 e GRND3.

Com o rendimento da própria carteira, somado ao capital que me prontifico separar para investir mensalmente, comprei mais ações ou cotas de ITUB3, BRCR11, XPGA11, KNCR11, HGRE11 e KNRI11. Neste mês, o aporte mais expressivo foi para o fundo BRCR11 e o “menor” para ITUB3. Nos demais, a distribuição foi bastante equilibrada. Do FGTS, destinei quase 80% para o Fundo DI e o resto transferi para a corretora (onde distribui os aportes conforme exposto). Também aproveitei para revisar algumas pendências, e solicitei ao Banco Bradesco o resgate de um Título de Capitalização (TC) antigo. Após o regate, reinvesti o dinheiro no fundo Macro Multimercado LP.

Há alguns anos atrás, antes de rever minhas estratégias de investimentos, entendi que o TC ofertado era interessante e resolvi contratar. Fiz a escolha consciente, mas confesso que acaba sendo um recurso mal alocado e, no final, não compensa“.

Confiram a distribuição dos ativos, segundo o portal CEI (NÃO inclui o Fundo DI ou Multimercado):

A composição atual ficou assim (gráfico do IrpfBolsa):

Vale lembrar que o gráfico acima representa uma distribuição baseada no custo de aquisição, não no valor de mercado“.

Apesar de pequenas turbulências no cenário político, o mercado continua seguindo uma trajetória otimista e o resultado mensal continua surpreendendo. Vale ressaltar que é importante ter consciência que, no curto prazo, oscilações são naturais e esperadas (com movimentos de repique, por exemplo). Dentro de uma tendência de alta, os papeis não se movimentam em linha reta.

Estou apenas demonstrando o potencial de crescimento, isto não é recomendação de investimento.

Um ótimo final de semana a todos!

Resultado do mês de Março (2017)

O mês de março apresentou “pequenas” turbulências no cenário político e econômico. Felizmente, a economia está começando a apresentar sinais de recuperação, gerando “expectativa positiva”. No entanto, o índice de desemprego continua assustando e as reformas propostas pelo governo Temer estão encontrando bastante resistência (é natural e esperado), refletindo negativamente sobre sua popularidade. Para complicar um pouco mais, a operação Carne Fraca (da Polícia Federal) foi exposta de uma maneira um tanto questionável, gerando desconfiança e consequências danosas para a economia brasileira. Tudo isto colaborou com a grande volatilidade conferida nas últimas semanas. Ainda assim, não precisei lidar com imprevistos, o resultado do mês foi bastante satisfatório e realizei pequenos ajustes na carteira de renda variável.

Em relação a operação Carne Fraca, a forma como o assunto foi exposto causou bastante estresse e distorções. É complicado. Em curto espaço de tempo, já havia um entendimento, difundido rapidamente nas redes sociais, do uso de papelão na produção de embutidos – conforme o link ao lado, percebe-se que o assunto é questionável. É preciso ter cautela, pois este tipo de notícia difunde rapidamente. Em nossa fanpage, por exemplo, foi compartilhada apenas a notícia da prisão de alguns executivos. O assunto já estava circulando e, mesmo assim, em apenas dois dias, obtivemos um alcance de 1011 pessoas, com 16 compartilhamentos. Raramente consigo um alcance deste sem pagar pelo anúncio. Infelizmente, o reflexo na economia brasileira foi imediato, resultando no embargo de importações de carne brasileira. Por sorte, alguns países estão revendo suas posições e voltando atrás na decisão.

Para um país em processo de recuperação econômica, uma “brincadeira” como esta custa caro e apresenta efeito danoso em cascata. Vários frigoríficos, por exemplo, anunciaram demissão de funcionários. Infelizmente, há quatro dias, a Globo noticiou uma demissão em massa no frigorífico Peccin.

Não é de espantar que a bolsa de valores tenha reagido com certa volatilidade!

Neste mês, resolvi rever algumas posições da carteira de renda variável. Conforme exposto em outras oportunidades, minha atuação principal é como holder. Ainda assim, esporadicamente, realizo pequenas operações visando position trade. Até então, da carteira Empiricus MicroCaps (não renovei a assinatura), eu mantinha apenas CARD3 e AGRO3. Porém, nas últimas semanas, o desempenho de CARD3 foi explosivo e pouco racional. O movimento de euforia não foi pautado em fundamentos concretos. Após conferir uma valorização de aproximadamente 219% (meu preço médio estava em torno de R$3,51). resolvi encerrar a posição e reinvestir em outros ativos.

Encerrei a posição em CARD3 e, pouco tempo depois, iniciei outra menor em FIGS11 (FII GEN SHOP):
http://www.fundsexplorer.com.br/funds/figs11

Mas, é preciso ter cautela. A escolha do fundo se deu por diferentes razões. Tenho consciência que o risco é moderado, pois o rendimento atual, na faixa de 1,20% ao mês, é baseado em uma RMG (Renda Mínima Garantida) prevista até Abril/2019. Vale lembrar que, sem esta garantia, a previsão do rendimento atual ficaria em torno de 0,29%. Alguns cotistas também estão incomodados com a administração do fundo porque houve uma tentativa de venda dos direitos de uso dos estacionamentos dos shoppings, entendendo que serviria como manobra para derrubar a RMG. Particularmente, acredito que, com um bom manejo de risco, é possível colher bons resultados. Ficarei atento.

Quanto aos investimentos…

Recebi proventos de ITUB3, ITSA3, BBAS3, BBSE3, BRCR11 (0,715%), FCFL11B (0,547%), PQDP11 (0,430%), KNRI11 (0,617%), RNGO11 (0,619%), SAAG11 (0,683%), TRXL11 (0,392%), FVBI11B (0,431%), XPGA11 (0,905%), KNCR11 (0,789%), EDGA11B (0,281%) e HGRE11 (0,707%). O rendimento dos FIIs deixou a desejar. Bastante fraco. O pior resultado foi do fundo EDGA11B – já está em quarentena, veremos como se comporta até o final do ano. Mas, para minha surpresa, o rendimento da carteira foi excelente, pois fui presenteado com o pagamento de dividendos e JCP de ITUB3, ITSA3, BBAS3 e BBSE3. Também recebi o direito de subscrição de ITSA3 (pouco expressivo), mas negociei o ativo.

Com o rendimento da própria carteira, somado ao capital que me prontifico separar para investir mensalmente, comprei mais ações ou cotas de ITSA3, ITUB3, BBAS3, BBSE3, BRCR11, SAAG11, RNGO11, HGRE11 e FIGS11. Neste mês, a distribuição dos aportes foi bastante equilibrada (lembrando que também contei com o lucro da venda de CARD3). No final do mês, optei por um pequeno aporte no fundo DI também.

A composição atual ficou assim (gráfico do IrpfBolsa):

Apesar das pequenas turbulências, os principais ativos ofereceram um desempenho bastante satisfatório. Continuo com um excelente resultado, acima de minha expectativa. Vale ressaltar que é importante ter consciência que, no curto prazo, oscilações são naturais e esperadas (com movimentos de repique, por exemplo). Dentro de uma tendência de alta, os papeis não se movimentam em linha reta.

Estou apenas demonstrando o potencial de crescimento, isto não é recomendação de investimento.

Resultado do mês de Fevereiro (2017)

Mais um mês se passou e não há muita novidade no cenário político e econômico que mereça reflexão detalhada. Apesar do aumento do índice de rejeição do governo atual (resultado de medidas impopulares, porém necessárias), a economia vem demonstrando sinais de recuperação. O índice de inflação, por exemplo, está recuando, levando à taxas de juros cada vez mais baixas. Desta forma, investimentos em renda variável voltam a despertar maior interesse, e também oferece um fôlego maior para negociação de dívidas. Também foi liberado o calendário para saques de contas inativas do FGTS e anunciado o fim do crédito rotativo por mais de um mês. Aproveitei o feriado de Carnaval para viajar e relaxar. Por esta razão, não pude divulgar o resultado no último final de semana do mês de fevereiro.

Viajamos para o interior do Estado de MS no período da manhã de sábado, e voltamos na terça feira após almoçar. Por sorte, a viagem foi muito tranquila e não presenciamos nenhuma imprudência na estrada. Gosto de viajar. Na volta, minha namorada chegou a registrar uma “bela paisagem” por alguns segundos (apenas o tempo aberto, nada de mais)… Aproveitei a oportunidade para testar alternativas para incluir (embutir) vídeos pessoais do Google Drive no WordPress.

Porém, como sempre existe um imprevisto (risos), estou aguardando o recebimento de uma multa por ter sido abordado (pela PRF) dirigindo com farol desligado – paramos para almoçar e esqueci de ligar quando voltei para a estrada (não cheguei a percorrer 1 km). O mais irônico é que eu sempre tive o hábito de dirigir com o farol ligado, antes mesmo da lei tornar obrigatório.

No último final de semana do mês, fui surpreendido com a notícia de que o prefeito de Campo Grande (Marquinhos Trad) criou um decreto, bastante polêmico, que regulamentará o transporte de passageiros por aplicativo (como o Uber, por exemplo). Alguns pontos defendidos fazem sentido. Mas, o assunto é muito polêmico e não vejo razão para estender o assunto…

Leiam, na íntegra, o artigo que descreve a medida defendida:
http://g1.globo.com/mato-grosso-do-sul/noticia/2017/02/motoristas-da-uber-terao-6-meses-para-se-legalizarem-em-campo-grande.html

Neste mês, meus aportes foram menores. Além dos custos envolvidos com a viagem, surgiram “pequenos imprevistos” com o carro de minha namorada (viajamos no meu). Também tive outras despesas pessoais. Sendo assim, desapliquei uma pequena quantia do fundo DI. Conforme exposto em outras oportunidades, o benefício em acumular patrimônio diversificado em valor está presente em diferentes momentos da vida, não apenas na aposentadoria. Ou seja, mesmo diante de imprevistos, tenho o privilégio de seguir tranquilamente. Mas, em relação aos investimentos, foi praticamente um mês perdido. Faz parte. Segue o jogo (risos)!

“Finalmente”, concluí a transferência de custódia para a corretora Rico. O processo foi muito rápido (ponto positivo para MyCAP). A transferência ocorreu um dia após o recebimento do formulário. Ironicamente (e para meu azar), agora que conclui todo o processo, centralizando os ativos de renda variável em um única corretora, recebi um e-mail da Rico informando que os custos de corretagem serão atualizados. Atualmente, o custo padrão para operações no mercado de ações é de R$ 9,80 no lote padrão e R$ 4,40 no fracionário. Segundo o e-mail, no mês de abril, o custo de corretagem passará para R$ 16,20 em operações de posição e R$ 8,90 no fracionário – será uma das mais caras (a Socopa, por exemplo, isenta os custos de corretagem para operações com FIIs). Depois de ser comprada pela XP Investimentos, a Rico parece estar perdendo sua identidade. Entrei em contato para maiores esclarecimentos, mas não responderam ainda. Eu não gostaria, mas caso isto concretize, vou estudar a possibilidade de migrar para outra corretora novamente.

Quanto aos investimentos…

Recebi proventos de ITUB3, ABEV3, BRCR11 (0,982%), FCFL11B (0,610%), PQDP11 (0,642%), KNRI11 (0,594%), RNGO11 (0,697%), SAAG11 (0,694%), TRXL11 (0,418%), FVBI11B (0,554%), XPGA11 (0,797%), KNCR11 (1,046%), EDGA11B (0,586%) e HGRE11 (0,765%). De uma maneira geral, o desempenho dos FIIs permanece bastante estável. O pior resultado foi do fundo TRXL11. Vale lembrar que as cotas dos principais fundos tem apresentado uma valorização bastante expressiva e, com a queda da taxa de juros, a expectativa para o ano continua positiva.

Com o rendimento da própria carteira, somado ao capital que me prontifico separar para investir mensalmente, comprei mais ações ou cotas de ITSA3, BBSE3, BRCR11 e RNGO11. Como a capacidade de aporte foi menor neste mês e fiz resgate no fundo DI, mudei um pouco a distribuição: separei parte do capital (quase metade) para repor um percentual do valor resgatado (reaplicando no fundo DI) e apliquei o resto em renda variável. O menor aporte foi para ITSA3, nos demais a distribuição foi equilibrada.

A composição atual ficou assim (gráfico do IrpfBolsa):

Apesar de pequenas turbulências no cenário político, o mercado continua seguindo uma trajetória otimista e o resultado mensal continua surpreendendo, superando minhas expectativas. Vale ressaltar que é importante ter consciência que, no curto prazo, oscilações são naturais e esperadas (com movimentos de repique, por exemplo). Dentro de uma tendência de alta, os papeis não se movimentam em linha reta.

Estou apenas demonstrando o potencial de crescimento, isto não é recomendação de investimento.

Um ótimo final de semana a todos!

Resultado do mês de Janeiro (2017)

Enfim, eis o primeiro resultado de 2017 (risos)…

Atrasei um pouco, para compartilhar o resultado de janeiro, porque estive ocupado com outros projetos e por questões pessoais também. No mês passado, incluí uma tabela que demonstra a evolução do preço de mercado de minha carteira (em relação ao preço médio), mas esta informação será fornecida apenas no mês de dezembro. Acredito que o ano ainda promete e provavelmente passaremos por algumas turbulências, principalmente porque o presidente norte-americano tem demonstrado uma grande habilidade para fazer besteira.

Conforme exposto na publicação anterior, decidi encerrar algumas posições da carteira Microcaps. Ou seja, em janeiro, vendi FESA4, SNSL3 e PTBL3. Com exceção de PTBL3, obtive um luco interessante nas operações. Dentre outras razões, me sinto mais confortável atuando como holder. Não vejo muita vantagem em continuar sócio destas empresas – os balanços continuam fracos. Da carteira Microcaps, mantive apenas CARD3 e AGRO3.

Vale lembrar que, na primeira quinzena de fevereiro, será liberado o calendário para o resgate total de contas inativas do FGTS. É uma excelente oportunidade para quitar dívidas, investir ou reforçar posições. Assim que obtiver maiores informações e tomar medidas para o saque, publicarei os detalhes. Mas, fiquem atentos, pois estão divulgando calendários falsos.

Ainda não solicitei a transferência de custódia da corretora MyCAP para a Rico porque concluí os ajustes da carteira há poucos dias. Preencherei o formulário STVM ainda hoje.

Quanto aos investimentos…

Recebi proventos de ITUB3, ITSA3, CARD3, FESA4, BRCR11 (0,763%), FCFL11B (0,582%), PQDP11 (0,723%), KNRI11 (0,641%), RNGO11 (0,813%), SAAG11 (0,711%), TRXL11 (0,812%), FVBI11B (0,749%), XPGA11 (1,198%), KNCR11 (1,013%), EDGA11B (0,556%) e HGRE11 (0,856%). O desempenho dos FIIs permanece bastante estável, e o pior resultado foi do fundo EDGA11B. O rendimento final da carteira foi reforçado com o pagamento de JCP (Juros sobre Capital Próprio) de FESA4 e CARD3.

Com o rendimento da própria carteira, somado ao capital que me prontifico separar para investir mensalmente, comprei mais ações ou cotas de BBAS3, BBSE3, CARD3, FVBI11B, KNCR11 e HGRE11. O menor aporte foi em ações CARD3 e fundo FVBI11B, nos demais a distribuição foi equilibrada.

A composição atual ficou assim (gráfico do IrpfBolsa):

O mês apresentou uma pequena volatilidade, mas os principais ativos ofereceram um desempenho bastante satisfatório. Continuo com um excelente resultado, acima de minha expectativa. Vale ressaltar que é importante ter consciência que, no curto prazo, oscilações são naturais e esperadas (com movimentos de repique, por exemplo). Dentro de uma tendência de alta, os papeis não se movimentam em linha reta.

Estou apenas demonstrando o potencial de crescimento, isto não é recomendação de investimento.

Experiência com a Empiricus

A Empiricus é uma das casas de análise financeira mais conhecidas do país, e suas teses – muitas vezes polêmicas – costumam fazer bastante barulho. Gosto do material produzido, Já assinei dois relatórios (Fundos de Investimentos Imobiliários (FIIs) e MicroCaps) e ganhei acesso a outros por um período de experiência. Atualmente, mantenho apenas a assinatura de FIIs. Como é comum encontrar questionamentos quanto a eficiência das recomendações, compartilharei um pouco de minha experiência para demonstrar algumas vantagens, desvantagens, cuidados e como extrair o melhor dos relatórios. Particularmente, acredito que alguns não valem a pena.

O material produzido é de qualidade. No entanto, a escolha da assinatura merece cautela.

Antes de prosseguir, gostaria de frisar o seguinte: NÃO EXISTE DINHEIRO FÁCIL! 😉

Conforme exposto em outras oportunidades, minha primeira experiência em renda variável foi desastrosa (o custo do aprendizado foi alto). Para ter sucesso como investidor, estude bastante. Como quase tudo na vida, procure subir degrau por degrau. Opte por investimentos coerentes com o seu conhecimento, habilidade e realidade financeira.

As chances de sucesso diminuem para quem segue recomendações de investimento cegamente (seja qual for a fonte).

A única maneira segura e eficiente para tirar proveito dos “melhores momentos” é acumulando patrimônio diversificado em valor (direcionando os novos aportes conforme o interesse). Ou seja, procure manter uma exposição equilibrada em diferentes ativos. NUNCA GIRE PATRIMÔNIO, pois os custos envolvidos geram perdas significativas e a “previsão” de rentabilidade futura é uma estimativa complexa e repleta de variáveis. Não gaste muita energia buscando as melhores rentabilidades, elas mudam.

Se você tem interesse em determinado mercado ou classe de ativos, mas acredita que precisa de um auxílio adicional para a tomada de decisão, a assinatura de alguns relatórios da Empíricus “pode” ser útil, desde que o objetivo principal seja obter maiores informações para melhor avaliar os ativos de seu interesse. Não se iluda com possibilidades de ganhos rápidos.

O material produzido pela Empiricus costuma ser de “boa qualidade”, mas, ao mesmo tempo, pode iludir com grande facilidade – estão surgindo estratégias bastante questionáveis (acho lamentável). “Não estou afirmando que todos os relatórios sejam assim“.

O marketing da empresa sempre foi agressivo (normal). No entanto, está se tornando cada vez mais apelativo e, como cliente, estou ficando incomodado. Para ser mais claro, vejam alguns e-mails que recebi recentemente: “A Oportunidade dos 265%, Fique Rico Andando de Uber, Ganhos de até quatro dígitosO Algoritmo Que Te Fará Lucrar 3,4 Vezes Mais Do Que A Bolsa (41% em 40 dias)“. Até o “botão” para aderir ao plano é apelativo: “QUERO LUCRAR 41 POR CENTO EM 40 DIAS“. Há também inúmeros apelos para “a última chamada“, como se fosse sempre a “última” chance para assinar (dramático… risos).

Apesar de existir uma estratégia técnica por trás, esteja ciente de que estão vendendo possibilidades. O problema é que, em alguns casos, está beirando a enganação. No último e-mail, por exemplo, ofertaram uma estratégia que podetransformar 2 mil reais em 144 mil em 45 dias“. Na prática, a possibilidade disto se concretizar é mínima.

Compartilharei minha experiência, com exemplos reais…

O primeiro relatório que assinei foi “MicroCaps” e já descrevi como funciona o marketing adotado para conquistar novos assinantes. Gostei da proposta e separei um capital alocado a risco. Para maior controle, criei uma conta separada na corretora MyCAP apenas para este propósito. E, ao mesmo tempo, comecei a atuar como holder em outra corretora.

Ao contrário do que é “vendido”, a estratégia pede um investimento inicial alto. No ano, a primeira assinatura terá um custo de aproximadamente R$ 1.500 e em torno de R$ 950 a cada renovação. Não ignore estes valores na apuração dos resultados. Como a estratégia não trabalha com vidência (risos), será inviável (para não dizer impossível) operar um ativo por vez. Logo, os aportes serão distribuídos entre aproximadamente 10 ações (varia um pouco), lembrando que algumas operações encerrarão com prejuízo. Com volume em dinheiro inferior a R$ 5.000, você encontrará dificuldade para distribuir entre os ativos ou mesmo compensar os custos da própria assinatura. Digo isto porque operei acima deste valor e senti dificuldade na distribuição.

Parecia fácil, não? Infelizmente, não é.
Os relatórios são bons,  mas a propaganda é bastante questionável.

Presenciei valorizações superiores a 100%. O problema é conseguir este grande feito sobre a carteira inteira!

Em função das características dos ativos selecionados (baixo volume e liquidez, por exemplo), este relatório fica restrito ao teto de 500 pessoas. Ainda assim, cada recomendação de compra ou venda exerce forte influência sobre a cotação. Parece tolice, mas tende influenciar no resultado final.

No início, na tentativa de potencializar os ganhos, pensei em realizar trades no dia de cada recomendação de compra. Em pouco tempo, desisti da ideia. Nunca consegui comprar as ações antes do gap (resultante da “valorização artificial”). Minha disponibilidade de tempo, durante a semana, é pequena e o movimento simultâneo de vários investidores torna a disputa muito mais acirrada. Aliás, esta é uma forte razão para não fazer trades seguindo recomendação de analista – um SMS recebido com atraso já lhe coloca em desvantagem imediata.

Em frequência menor, para reforçar a confiança nas recomendações do analista responsável, já conferi o posicionamento mais expressivo de algum sócio da Empiricus (avisam e, depois, mostram até as notas de corretagem). Em função do baixo volume de negociações, quando o posicionamento acontece, é comum presenciar uma valorização ainda mais forte dos ativos. Isto torna a “brincadeira” mais arriscada – é difícil mensurar a intensidade do movimento corretivo.

Seguir as recomendações não é tão simples quanto parece e o resultado tende ser pessoal e relativo.

Para melhor compreensão, confiram como algumas operações foram encerradas (outras ainda estão em aberto):

Ação MEU ganho (%) Motivo da *recomendação de venda*
BEMA3 -10,29 Encerrou apurando LUCRO na operação
ROMI3 -53,82 Encerrou após apurar resultados inferiores (indicadores) a expectativa de longo prazo
PMAM3 -57,93 Encerrou após apurar resultados inferiores (indicadores) a expectativa de longo prazo

Apesar do “ganho real negativo”, a operação com BEMA3 foi encerrada “apurando lucro”.
Por incrível que pareça, até esta avaliação é relativa…

O resultado das operações é avaliado de acordo com a diferença entre o preço de abertura e fechamento de cada recomendação (antes do gap). Quando assinei o relatório, a recomendação de compra de BEMA3 já havia acontecido alguns meses antes e a cotação estava distante do preço de abertura. Como, naquele período, a cotação estava abaixo do “preço teto” (valor máximo estimado para compra) e a avaliação dos relatórios continuava positiva, comprei algumas ações visando o longo prazo. Infelizmente, deu errado.

Pouco antes da TOTVS comprar a Bematech, a cotação de BEMA3 despencou, gerando muito estresse. Após a confirmação da compra, a cotação voltou aos patamares anteriores e, diante deste cenário, a Empiricus recomendou a venda de BEMA3, julgando não haver mais espaço para movimentações relevantes. O mais interessante é que ficou acordado que “os acionistas da Bematech receberiam 0,0434 TOTVS3, a cada 1 BEMA3 que detivessem + R$ 9,35 em dinheiro“, e a Empiricus não se pronunciou quanto a isto. Fiquei tranquilo porque minha exposição era pequena.

Mas, para complicar um pouco mais, estive envolvido em vários projetos onde trabalho e li a recomendação de venda de ROMI3 apenas “dois dias depois do alerta”. A operação foi encerrada prevendo prejuízo, e ampliei o meu por ter encerrado com atraso. No caso de PMAM3, o momento inadequado da compra ampliou o meu prejuízo também – o ideal seria montar a posição antes do gap (dificilmente conseguimos) ou aguardar pelo movimento corretivo.

Vale lembrar que o movimento simultâneo de inúmeros investidores reflete diretamente na cotação – são 500 investidores disputando um mesmo ativo, que é extremamente volátil e fora de foco (pouco negociado)“.

Ainda assim, “o valor final da carteira NÃO DIMINUIU“. O prejuízo foi “localizado” (em operações específicas) e a valorização das demais ações manteve a carteira equilibrada e “pouco lucrativa”. Entretanto, o objetivo da estratégia é muito mais “ambicioso”. Naturalmente, comecei a questionar os custos e o risco assumido frente os benefícios colhidos.

No ano passado, ignorando as recomendações do período, optei por position trade em Petrobras e Vale:

Ação Meu ganho (%) Motivo da venda
PETR4 +33,13 Atingiu o objetivo de médio prazo
PETR3 +55,94 Atingiu o objetivo de médio prazo
VALE5 +79,62 Atingiu o objetivo de médio prazo

O resultado foi excelente e reinvesti em FIIs, visando diminuir a volatilidade da carteira e incluir um rendimento mensal para potencializar os próximos aportes. Utilizei os relatórios de FIIs como referência para auxiliar na escolha dos fundos.

Nos meses seguintes, meu grau de satisfação com as MicroCaps diminuiu e resolvi priorizar os FIIs. Sendo assim, ajustei a carteira e encerrei algumas operações por conta própria:

Ação Meu ganho (%) Motivo da venda
FESA4 +20,93 Compra de FIIs a partir do lucro da operação
SNSL3 +33,74 Compra de FIIs a partir do lucro da operação
SGPS3 +23,71 Compra de FIIs a partir do lucro da operação
PTBL3 -2,66 Não correspondeu aos meus interesses ou expectativa (aproximadamente 2 anos)

Até mesmo a avaliação destes resultados pode ser relativa (risos). No meu caso, o balanço final foi positivo (lucrativo). Mas, não é possível deduzir isto observando apenas as tabelas que exibi, pois não deixei claro qual foi a proporção em dinheiro empregada em cada operação. Isto faz toda a diferença.

De qualquer forma, aproveitei o momento para ajustar a carteira antes de solicitar a transferência de custódia da MyCAP para a corretora Rico (farei no início de fevereiro). Estou encerrando com 3 cotas de FIIs e apenas duas ações da carteira MicroCaps (após avaliar os balanços, achei o resultado interessante).

Seguir as recomendações para a escolha dos FIIs também pode ser outro dilema! 😉

Apesar de lidar com investimento de longo prazo, após dois anos, a carteira de FIIs da Empiricus mudou absurdamente. Há fortes indícios de que o objetivo principal da carteira é bater o índice IFIX. Não é uma meta de investimento que me interessa seguir. Achei fora de propósito recomendar a venda das cotas do fundo PQDP11, por exemplo. Então, não estou seguindo a risca tudo que é recomendado.

Como o relatório é rico em informações, considero uma “excelente fonte de pesquisa”. Infelizmente, alguns aspectos tem incomodado. As recomendações mudam de direção sem aviso prévio, por exemplo. Em uma semana encontramos uma recomendação de compra em aberto, e na semana seguinte pode surgir uma recomendação de venda. Esta transição poderia ser melhor tratada. As questões que influenciam nesta decisão não mudam de uma hora para outra. Não tenho o menor interesse em fazer trades com FIIs, nem vejo sentido.

Há vários meses atrás, avaliei a possibilidade de comprar cotas do fundo EDGA11B. A situação do fundo não era das melhores, porém os relatórios demonstravam um potencial interessante. Em função dos riscos envolvidos, resolvi fazer um aporte menor. Pasmem, na semana seguinte, a avaliação mudou e recomendaram “venda“. Para variar, dependendo do fundo, a recomendação influencia no preço da cota. A Empiricus poderia, perfeitamente, ter alertado que estava reavaliando a recomendação do fundo. Mantive minha posição e coloquei o fundo em quarentena (observando, sem novos aportes).

Conclusão…

Os relatórios que assinei são profissionais e muito bem escritos. Acredito que, em alguns casos, a assinatura vale a pena. Em relação às estratégias mais apelativas, prefiro manter distância (está beirando a enganação). No meu caso, o custo da assinatura MicroCaps tem sido incompatível com o volume em dinheiro que aceito (ou posso) arriscar. Quanto aos FIIs, o que me incomoda é a falta de transparência na transição das recomendações. Pretendo manter a assinatura de Fundos Imobiliários – a relação custo x benefício continua satisfatória.

Se houver interesse, seja criterioso com a escolha do relatório. Estude e não siga as recomendações cegamente!