Mais um mês está encerrando e causou bastante barulho (risos). O cenário político econômico continua turbulento, com novas regras para o rotativo do cartão de crédito (entraram em vigor no primeiro dia do mês), aprovação do texto da reforma trabalhista (incluindo o fim do Imposto Sindical obrigatório), nova redução da taxa básica de juros (Selic) e liberação do segundo lote do FGTS. Nesta semana, o tumulto foi ainda maior, quando as centrais sindicais paralisaram atividades e realizaram protestos, convocando uma greve geral. Felizmente, fui beneficiado pelo segundo lote de saques do FGTS, resolvi algumas pendências, mas também fui surpreendido por alguns inconvenientes. De maneira geral, com maior disponibilidade de recursos financeiros, contei com maior flexibilidade e opções de investimentos.
As novas regras para o rotativo do cartão de crédito entraram em vigor no primeiro dia do mês, porém é preciso estar atento, pois os juros continuam altos e, segundo o site Globo, “os clientes terão restrições para fazer o pagamento mínimo da fatura e acessar o crédito rotativo. A determinação foi divulgada pelo Banco Central no dia 26 de janeiro“.
A reforma trabalhista foi aprovada pela Câmara e provocou bastante revolta entre os sindicalistas. Ainda não tenho uma opinião formada em relação as vantagens e desvantagens – tenho algumas dúvidas. Seja como for, eu entendo que a Greve Geral, convocada nesta semana, não foi em defesa do trabalhador, mas sim dos sindicatos que, com o fim do imposto sindical obrigatório, serão diretamente afetados. Afinal, segundo o site Folha de São Paulo, em 2016, a contribuição sindical obrigatória recolheu “modestos” R$ 3,9 bilhões. Para se ter uma ideia, o Brasil conta com 15.007 sindicatos, enquanto a Argentina apenas 91, Dinamarca 164 e Reino Unido 168, por exemplo. Em tese, deveria ser insustentável. Chega a ser irracional. No meu entendimento, a greve não foi legítima porque não representou os interesses da maioria e ainda feriu o direito de ir e vir (cláusula pétrea) de grande parte da população, que não aderiu e nem apoiou o movimento.
Felizmente, a economia continua apresentando sinais de recuperação. Com isto, a taxa básica de juros vem sendo revista e continua diminuindo. Na última revisão do Copom, a meta ficou estabelecida em 11,25% a.a. O histórico das taxas pode ser consultado no site do Banco Central. Logo, com a redução da Selic, é comum despertar maior interesse em investimentos mais agressivos, como renda variável ou fundos multimercados (onde realizei um pequeno aporte). Conforme exposto em outras oportunidades, o ideal é diversificar, direcionando os novos aportes conforme o interesse ou “oportunidades” oferecidas pelo mercado, sem ficar pulando de galho em galho (ou seja, sem girar patrimônio).
Conforme descrito em uma postagem anterior, fui beneficiado pelo segundo lote de saques do FGTS e, por sorte, não encontrei muita dificuldade. Eu contava com duas contas inativas, porém uma delas estava acusando “situação” incorreta. Na quarta-feira (dia 26/07), retornei à agência da Caixa para verificar a disponibilidade da outra conta e consegui realizar o segundo saque. É evidente que aproveitei esta rara oportunidade para investir e reforçar algumas posições (uma chance como esta não pode ser desperdiçada). Mas, como a vida não é feita apenas de sacrifícios, também separei uma pequena parte do valor para comprar alguns produtos que eu necessitava.
Sendo assim, neste mês, não é de espantar que eu tenha trabalhado com um número de operações maior pela corretora Rico. Infelizmente, para o meu azar, conforme alertas anteriores, o custo da corretagem foi reajustado para R$ 16,20 em operações de posição e R$ 8,90 no fracionário. Praticamente dobrou. Fui obrigado a arcar com um custo de corretagem bastante elevado (acima de R$ 100,00). É difícil não ficar incomodado com um reajuste absurdo como este. Já entrei em contato com a corretora procurando negociar alternativas. Mas, se não houver espaço para negociação, considerarei a possibilidade de uma nova transferência de custódia.
Também precisei negociar a tarifa de minha conta de celular da Vivo. Não entrarei em maiores detalhes. Constatei um reajuste abusivo e ativação de um serviço que não solicitei. Felizmente, a negociação foi tranquila, consegui desativar o serviço adicional e migrei para um plano melhor e mais justo.
Quanto aos investimentos…
Recebi proventos de ITUB3, ITSA3, GRND3, BRCR11 (0,660%), FCFL11B (0,589%), PQDP11 (0,589%), KNRI11 (0,597%), RNGO11 (0,657%), SAAG11 (0,656%), TRXL11 (0,382%), FVBI11B (0,405%), XPGA11 (1,014%), KNCR11 (0,979%), EDGA11B (0,225%), HGRE11 (0,702%) e FIGS11 (1,188%). O rendimento dos FIIs não foi bom e continua deixando a desejar. O fundo EDGA11B mantém o pior resultado – está em quarentena (veremos como se comporta até o final do ano). Ainda assim, o rendimento da carteira foi bom, reforçado com o pagamento de dividendos e JCP de ITUB3, ITSA3 e GRND3.
Com o rendimento da própria carteira, somado ao capital que me prontifico separar para investir mensalmente, comprei mais ações ou cotas de ITUB3, BRCR11, XPGA11, KNCR11, HGRE11 e KNRI11. Neste mês, o aporte mais expressivo foi para o fundo BRCR11 e o “menor” para ITUB3. Nos demais, a distribuição foi bastante equilibrada. Do FGTS, destinei quase 80% para o Fundo DI e o resto transferi para a corretora (onde distribui os aportes conforme exposto). Também aproveitei para revisar algumas pendências, e solicitei ao Banco Bradesco o resgate de um Título de Capitalização (TC) antigo. Após o regate, reinvesti o dinheiro no fundo Macro Multimercado LP.
“Há alguns anos atrás, antes de rever minhas estratégias de investimentos, entendi que o TC ofertado era interessante e resolvi contratar. Fiz a escolha consciente, mas confesso que acaba sendo um recurso mal alocado e, no final, não compensa“.
Confiram a distribuição dos ativos, segundo o portal CEI (NÃO inclui o Fundo DI ou Multimercado):
A composição atual ficou assim (gráfico do IrpfBolsa):
“Vale lembrar que o gráfico acima representa uma distribuição baseada no custo de aquisição, não no valor de mercado“.
Apesar de pequenas turbulências no cenário político, o mercado continua seguindo uma trajetória otimista e o resultado mensal continua surpreendendo. Vale ressaltar que é importante ter consciência que, no curto prazo, oscilações são naturais e esperadas (com movimentos de repique, por exemplo). Dentro de uma tendência de alta, os papeis não se movimentam em linha reta.
Estou apenas demonstrando o potencial de crescimento, isto não é recomendação de investimento.
Um ótimo final de semana a todos!
Olá! Gostei do Blog.
Sou iniciante em diversificação de investimentos e ultimamente, com a queda da SELIC, tô procurando alternativas pra sair da renda fixa.
Atualmente todo meu patrimônio está em LCA a 84% do DI (Banco do Brasil) e em Fundo de Investimento em Cotas de Outros Fundos (BB RF Pre LP Estilo).
Tirei o feriado prolongado para pesquisar.
Abraços e bons investimentos
Olá, Tiago!
Fico feliz em saber que gostou do site. A princípio, resolvi criar o blog para documentar e registrar experiências com a bolsa de valores, servindo como uma fonte de consulta pessoal também. Desta forma, posso me manter atualizado e ainda ajudar outros investidores. O meu aprendizado custou caro, mas valeu a pena.
A minha filosofia de investimento é muito semelhante a filosofia Bastter.
Em minha opinião, você já está posicionado em excelentes investimentos e, para diminuir a margem de erros, o ideal seria diversificar a partir dos próximos aportes ou, TALVEZ, ajustar apenas uma pequena parcela de sua posição atual. Apenas não gire patrimônio, buscando as melhores rentabilidades, pois o risco de perder dinheiro aumentará.
Quando optei pela troca de um fundo DI (no Banco do Brasil – também sou cliente), por exemplo, levei um belo susto. No BB, o resgate total, além dos impostos, não lhe entrega 100% do valor (normalmente é 97%). Só não perdi muito dinheiro porque reinvesti no mesmo banco (devolveram a diferença). NO meu caso, a escolha foi boa e deu certo.
Então, quando a Empiricus vem com aquele lenga lenga de grandes Bancos é preciso tomar muito cuidado – imagine o cara que desaplicou tudo e moveu para corretora? Perdeu. E pior, num momento de queda significativa da taxa de juros. É difícil mensurar.
Atualmente, tenho aportado mais em FIIs (Fundos de Investimentos Imobiliários) e ações. Entrei em um excelente momento, com as ações do Banco do Brasil sendo negociadas abaixo de R$ 17 e Petro abaixo de R$ 9. A grande vantagem dos FIIs (opinião pessoal) é o fato de, no futuro, poder consumir o rendimento sem diminuir o principal e ainda contar com reajuste dos aluguéis pela inflação – lembrando que estará sujeito aos riscos inerentes ao mercado de imóveis.
http://aprendizfinanceiro.com.br/awrp/blog/2016/03/03/letras-de-credito-imobiliario-ou-fundos-de-investimento-imobiliarios/
Ah, agora que vi o link para o post de fundos imobiliários. Vou dar uma lida melhor.
Só esclarecendo sobre minha posição, meu patrimônio está 75% em LCA a 84% do DI e o resto no fundo de cotas de outros fundos.
Acho que preciso diversificar. O BB oferece uma segurança enorme, mas a rentabilidade da LCA a 84% com a SELIC a 11,25% está em 9,5% ao ano, se não me engano. É pouco. Acho que dá pra conseguir mais fácil. Aliás, mesmo outros bancos pequenos oferecem LCI e LCA a 90, 94, 96 e até 100% do DI.
Bom, obrigado de novo, vou dar mais uma estudada. Hoje foi foda que tive que trabalhar!
Realmente, as LCAs do Banco do Brasil estão perdendo a atratividade.
Mas, de acordo com o que você já escreveu, imagino que existem opções mais interessantes disponíveis no Banco do Brasil mesmo. Dependendo do montante já investido, você pode aportar o valor mínimo permitido, “sem precisar do valor previsto como *aplicação inicial*” – o seu montante investido serve como *aplicação inicial* para determinados investimentos (visão integral).
Veja este fundo, por exemplo:
http://www37.bb.com.br/portalbb/fundosInvestimento/fundosinvestimento/gf07,802,10340,10340,6,0.bbx?fundo=8
A lista completa:
http://www37.bb.com.br/portalbb/tabelaRentabilidade/rentabilidade/gfi7,802,9085,9089,6.bbx?tipo=1&nivel=500
É uma escolha pessoal. Só evite ficar *trocando* de investimento, buscando pontualmente as melhores rentabilidades. É muito imprevisível. Então, o ideal é, ao longo dos anos, você montar uma carteira diversificada o suficiente, para extrair o melhor de cada momento. Enquanto um investimento não vai muito bem, outro compensa. O complicado é chegar neste ponto de equilíbrio.
A Empiricus, por exemplo, travou guerra contra os Grande Bancos, mas veja como o Felipe Miranda pensa e investe (risos):
Vou dar uma de enxerido de novo e inserir outro comentário. Aliás, achei que o site tem tão poucos comentários, diante das atualizações constantes e das suas análises que são bem legais. Você é um cara resiliente!
Já vi que preciso abrir conta numa corretora para operar em fundos. Andei pesquisando e achei uma coisa engraçada: Ano passado a XP comprou a Rico. Pelas notícias, a XP era a primeira do país e a Rico a segunda. Seria como o Itaú comprar o Bradesco!
Engraçado que mesmo assim elas continuam operando em sites distintos. Seria pra criar ilusão de concorrência? Estou inclinado a abrir conta na XP. Queria um feedback mais próximo, mas temo que a XP tenha ficado tão grande que já não dão mais bola pros pequenos investidores (apesar de eu dispor de uns 300k pra investir).
O Banco do Brasil (como a maioria dos grandes bancos) é exemplo perfeito disso. Estão se lixando pro cliente. Até pouco tempo atrás a gerente me oferecia título de capitalização! Fala sério. Tenho 500k investido no banco e nem anuidade do cartão de crédito eles me isentam. Cliente Estilo e nada é a mesma coisa.
Enfim, gostaria de algumas dicas sobre corretoras. Se você puder fazer um post seria legal. Os que vi com a tag corretoras circundam o assunto, mas não fazem comparativo. Sei que há vários por aí, mas tô confiando mais na tua palavra kkkk
abs.
Opa, sinta-se à vontade para comentar.
Não sei se responde sua questão, mas veja este link:
http://aprendizfinanceiro.com.br/awrp/blog/2017/05/01/corretoras-experiencias-escolha/
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