Registrato: Extrato do Registro de Informações no Banco Central

Há pouco tempo criei um perfil no Instagram e tenho compartilhado algumas informações que julgo interessantes. Infelizmente, não é possível incluir links externos no feed diretamente sem patrocinar (ou seja, depende do alcance pago). Percebi que isto pode ser um fator limitador. Então, para melhor aproveitamento, farei uma postagem com todos os links no blog primeiro. Quanto ao Registrato, conheci hoje através do canal do YoutubeDinheiro com Você“.

A chamada utilizada pelo canal em si foi um tanto polêmica: “uma lista secreta utilizada pelos Bancos que pode lhe penalizar para sempre“. Independente de qualquer coisa é um recurso interessantíssimo, pois podemos certificar em quais instituições financeiras (Bancos ou Corretoras, por exemplo) possuímos conta (com histórico de abertura e encerramento) e qualquer dívida em nosso CPF.

O limite de pesquisa é de 5 anos.

Vamos ao que interessa… Confiram o vídeo:

Para a ativação, utilizei uma conta do Banco do Brasil. Neste caso, a validação da chave de segurança é feita na opção de menu “Segurança“. Pode parecer trabalhoso no início, mas não é. Achei todo o processo bastante simples. É uma forma simples, rápida e eficiente de assegurar que nosso CPF não está sendo utilizado em operações fraudulentas.

O link para o portal do Banco Central é o seguinte:
http://bit.ly/registrato

Portabilidade de salário: Ainda mais fácil!

Eis um assunto que pode ser do interesse de inúmeros brasileiros. A “portabilidade de salário”, em si, não é uma novidade, mas até então o processo poderia ser um pouco burocrático porque a solicitação precisava ser feita pelo Banco de origem.

Estabelece procedimentos para transferência em caráter definitivo dos créditos aportados em conta destinada ao registro e controle do fluxo de recursos relativos ao pagamento de salários, proventos, soldos, vencimentos, aposentadorias, pensões e similares (conta-salário) para contas de depósitos ou de pagamento pré-pagas (portabilidade salarial).

Uma nova resolução entrou em vigor no início deste mês e permite que a solicitação seja feita diretamente no Banco de destino:
http://www.bcb.gov.br/pre/normativos/busca/downloadNormativo.asp?arquivo=/Lists/Normativos/Attachments/50535/Res_4639_v1_O.pdf

A “grande vantagem” é para quem tem uma conta corrente comum, mas recebe por uma conta salário – algo que impõe grande limitação de recursos (seja em relação à cheques ou transferências bancárias).

No entanto, conforme tratado no vídeo, não aja por impulso. O pagseguro, por exemplo, é uma opção interessante como forma alternativa para pagamentos online. Porém, já precisei de suporte e fiquei extremamente irritado e decepcionado com o atendimento – não oferecem nem mesmo uma ouvidoria!

ITSA: Bonificação

Em tempo de grandes turbulências, que tal tratarmos sobre um assunto mais agradável como a bonificação de ações? O cenário político-econômico vem gerando muitas incertezas (com expectativa negativa), o que resulta no movimento de pânico que estamos conferindo. É neste momento que suas convicções como Holder serão testadas.

Demonstrar autocontrole na euforia é brincadeira de criança! 😉

O momento realmente pede cautela, mas pode oferecer grandes oportunidades. O mercado vem reagindo com um certo exagero, visto que os fundamentos das empresas que mantenho em carteira, por exemplo, continuam excelentes e apresentando resultados superiores ao do ano passado. Logo, o “melhor momento” (se é que existe) para reforçar posições em empresas solidas é justamente no “pânico” (quando o impeto vendedor é maior e pouco racional).

Neste mês fomos contemplados com a bonificação de ITAÚSA.

Já escrevi um artigo sobre o assunto, mas cometi um pequeno equívoco em relação ao custo por ação.

Através do portal da B3 podemos conferir todos os eventos da empresa:
http://bvmf.bmfbovespa.com.br/cias-listadas/empresas-listadas/ResumoEmpresaPrincipal.aspx?codigoCvm=7617&idioma=pt-br

Para saber quais foram os eventos registrados, clique em “Eventos Corporativos“. O comunicado sobre a bonificação pode ser obtido na opção “Aviso aos Acionistas” de “Informações Relevantes” (ao lado de “Eventos Corporativos“.
Todos os dados da bonificação estão disponíveis no linkAviso aos Acionistas” (abrirá em nova janela)

Ou seja, quando for apurar o ganho de capital na declaração de IR, leve em consideração a aquisição das ações como se fosse uma operação de compra normal, com custo de R$ 6,53 por ação – é evidente que sem os custos de corretagem.

É para efeito de lançamento de preço médio na apuração de ‘bens e direitos‘ do ‘IRPF‘ e também servirá como benefício fiscal (caso o investidor opte pela venda).”

LATAM demite funcionário que constrangeu russas

Realmente, a “brincadeira” dos brasileiros com as russas foi de péssimo gosto e grosseira. Quanto a isto todos concordam. Eu jamais faria algo assim!

Entretanto, considero um grande exagero gastar tanta energia com uma questão como esta – está noticiando praticamente todos os dias (provavelmente será tema no Fantástico). Nem preciso dizer como foi a repercussão nas redes sociais…

Este tipo de “brincadeira” infeliz, com estrangeiros, sempre aconteceu em qualquer parte do mundo. Já estão circulando vídeos envolvendo argentinos, colombianos e por ai vai. Como as questões feministas estão em evidência, quando o alvo é uma mulher, todas as mídias “caem matando”.

Conforme colocado anteriormente, a brincadeira foi de fato grosseira. Porém, na minha opinião, a repercussão está desproporcional. Quando o alvo é uma mulher, já surgem caracterizações como machismo, sexismo e etc.

Quando fizeram a “brincadeira” com alemães (que gritavam amar piroca), na copa de 2014, ninguém se importou:

Não estou procurando justificar, mas sim demonstrar porque considero desproporcional a repercussão. A Latam, por exemplo, poderia ter advertido seus funcionários. No entanto, para jogar com a torcida, resolveu demitir.

Para uma atitude tão condenável, não entendo como um programa de televisão como o Pânico pode existir!

Aliás, poucas pessoas sabem, mas o ator Robin Williams já fez piadinha bastante grosseira e infeliz sobre nosso país, “ao dizer que, nas olimpíadas, o Brasil enviou 50 strippers e 1/2kg de pó“.

Pois é, respeito em primeiro lugar… mas bom senso também é bem vindo.

Estamos formando uma sociedade hipócrita e que cultua o politicamente correto de acordo com a conveniência do momento. Deste jeito não espantaria se criminalizassem o simples ato de olhar para uma mulher por “tempo excessivo“.

Espero que a nossa “evolução” não seja parecida com a do filme “O Demolidor“:

E sem troca de “fluídos corporais” – reprodução só em laboratório (risos)

Concordo com os argumentos deste artigo:
http://www.oreacionario.blog.br/2018/06/reacao-desproporcional-com-babaquice-de.html

Conheça o perfil dos investidores brasileiros

Estou aproveitando o feriado do dia do trabalhador para compartilhar uma informação que venho me programando faz quase uma semana. Um amigo chamou a minha atenção ao mostrar o número de CPFs cadastrados na Bolsa de Valores brasileira, subdivididos por idade, região e sexo. Achei a informação bastante interessante. Eu não poderia deixar de compartilhá-la, mas aproveitei para cruzar com outros números que podem chamar ainda mais a sua atenção.

Pois é, o brasileiro sempre considerou a Bolsa de Valores como uma opção extremamente arriscada e, em função de nossa elevada taxa de juros, naturalmente, boa parte dos investidores tende(iam) a optar por investimentos de Renda Fixa. Porém, com o avanço da “inclusão digital”, o acesso à opções mais arrojadas vem mudando este cenário. Esta mudança pode ser vista com bons olhos, mas, ao mesmo tempo, oferece riscos muitas vezes desconhecidos por grande parte da população (que, até então, desconhecia este universo).

Confiram, a seguir, a distribuição dos investidores na Bolsa de Valores brasileira:
Ou seja, são ao todo 652.969 investidores pessoa física.

Em relação a esta tabela, percebam que o número de homens supera em mais de 3x o número de mulheres, e o maior número de investidores está na faixa etária entre 36 e 45 anos (a minha… risos). Ainda assim, as maiores fortunas estão entre os mais velhos (acima de 66), que estão em menor número e com um montante 4x superior. Não seria este um forte indício que o tempo é nosso maior aliado e que estratégias de B&H são realmente eficientes? Entendo que sim.

As informações exibidas podem ser obtidas no site da B3:
http://www.bmfbovespa.com.br/lumis/portal/file/fileDownload.jsp?fileId=8A828D295048C0EF015139C5CB176684

Mas, conforme exposto anteriormente, o investidor brasileiro se sente mais confortável com investimentos em Renda Fixa por contar com rendimentos expressivos (se comparado com o resto do mundo), com baixíssimo risco, simplicidade e por ser uma opção bem conhecida e de “fácil acesso”.

Então, para efeito de comparação, no mês de março (de 2018), o Tesouro Direto atingiu a marca de 2.050.454 CPFs. Um número expressivo, não? Corresponde à 3x o número de investidores na Bolsa. Até aqui não é tão surpreendente.

Novamente, o público feminino é expressivamente menor. Nem venham me “questionar”, estou apenas compartilhando os números (risos). De qualquer forma, é possível ver que este número vem crescendo rapidamente.

Para ter acesso a todos estes números, acessem o link do Tesouro:
http://www.tesouro.gov.br/pt/balanco-e-estatisticas (veja em “tabelas” – ou o link logo abaixo)
http://www.tesouro.gov.br/documents/10180/639446/Anexo+Balan%C3%A7o+Mar%C3%A7o+2018/e102a55b-45d4-4c65-9d92-17e036bf2248

Isto demonstra a insegurança de boa parte dos investidores em relação a renda variável. Felizmente, esta realidade vem mudando, pois a facilidade de acesso à informação está cada vez maior – e a Internet vem colaborando com isto, claro! Para se ter uma ideia melhor, nos últimos 15 anos, o número de CPFs na Bolsa cresceu mais de 600%. O difícil é conscientizar que a Bolsa não é um cassino, apesar de permitir a especulação direta.

Agora vem a parte mais curiosa…

De maneira geral, o brasileiro costuma ser “averso ao risco”, já que o país conta com uma das maiores taxas de juros do mundo, com baixíssimo risco e proteção de mecanismos como o FGC (Fundo Garantidor de Crédito). É claro que estou falando de investidores, independente do nível de conhecimento e perfil.

Aliás, já comentei em outros artigos que a Bolsa também permite uma posição conservadora – dependerá do seu perfil, experiência e conhecimento.

Infelizmente, o mundo atual é bastante imediatista e a realidade econômica de nosso país faz com que muitas pessoas busquem alternativas de maior ganho em curto espaço de tempo. Pois é, agora junte isto ao volume de informação que circula rapidamente na Internet, e o resultado é uma enxurrada de pessoas sendo enganadas ou aceitando níveis de risco que desconhecem. Quanto maior o retorno, maior o risco. Simples assim!

Sabendo disto, o que explica o número de “investidores” em criptomoedas, em aproximadamente um ano, superar em mais de 2x o número de investidores na Bolsa brasileira? E pasmem, está prestes a atingir o total de investidores em Tesouro Direto – aparentemente, com potencial para ultrapassar ainda em 2018. Se boa parte de população não se sentia a vontade com o mercado de capitais, como pode estar com o mercado de criptomoedas? Parece um pouco incoerente.

Obviamente, não há fontes oficiais quanto ao número de CPFs no mercado de criptomoedas, até porque, fora do universo das exchanges, este vínculo não é obrigatório (e atualmente, não há como ser). Portanto, a avaliação atual é baseada em informações fornecidas por algumas exchanges como a FoxBit ou Mercado Bitcoin. Ainda assim, não encontrei uma estatística exata em nenhuma delas. Então, de acordo com uma matéria do Estadão, publicada em fevereiro deste ano, o número de CPFs registrados nas principais exchanges era de aproximadamente 1.400.000 (1.4 milhão) no Brasil.

É inegável que, nos últimos anos, o crescimento de investidores brasileiros tem sido expressivo e vem despertando o interesse do público feminino (costuma ser menor) também. Por um lado pode representar maior conscientização da população, proporcionando um horizonte de vida cada vez melhor. É um ponto positivo.

Infelizmente, avaliando o “outro lado da moeda” (risos), a realidade brasileira cobiça o pequeno investidor assumir uma posição quase exclusiva de especulador (para não dizer apostador). É aí que mora o perigo.

Não sou dono da verdade, mas a minha opinião é que muitos brasileiros estão apostando demasiadamente no mercado de criptomoedas, com pouco ou nenhum embasamento – simplesmente, na esperança de estar diante de uma grande revolução, capaz de oferecer uma reserva de valor sólida (é difícil). Particularmente, não compartilho desta visão e no meu entendimento não terminará bem para a grande maioria. Ao contrário do que muitos imaginam, os requisitos para sobreviver neste mercado não são muito diferentes do mercado de capitais – se não for maior.

A evolução destes números, em relação ao perfil do investidor brasileiro, parece desencontrada.

Portanto, independente de sua visão… não seja torcedor, saiba o que está fazendo.