Eleições 2018: Será que é uma questão de “Ricos x Pobres”?

Em um dos vídeos que fiz, comentei que é praticamente impossível encontrar investidores que simpatizem com a ideologia de Esquerda. Não há como prosperar “dividindo a riqueza” indiscriminadamente. Hoje, recebi um vídeo de outro investidor que fala sobre o assunto e, por compartilhar da mesma visão, resolvi compartilhá-lo e incluir a minha opinião pessoal sobre o assunto.

Não pretendo, com esta postagem, fazer propaganda para candidato algum (até porque ainda estou um pouco dividido), mas concordo com os argumentos colocados no vídeo do canal Pit Money. Confiram:

Ontem, conversando com um amigo, discutíamos como a situação do país está preocupante. É desanimador. Infelizmente, grande parte da população ainda não entendeu a dimensão do problema frente ao rumo que estamos tomando. Apesar de tudo, ainda tenho um pouco de esperança (é a última que morre, não é mesmo?), mas ele disse que já vai começar estudar os trâmites para sair do país caso o pior cenário se confirme.

Nos últimos anos, muitas distorções foram enfiadas goela abaixo…

A esquerda costuma dividir a sociedade, criando uma rivalidade insana.

Vejo muita discussão envolvendo questões como: “Ricos x Pobres“. Não há como discordar que o mais importante é ampliar as oportunidades para que cada indivíduo busque seu crescimento, seja intelectual, financeiro ou pessoal.

“Infelizmente” (ou felizmente), cada indivíduo pensa e age de forma diferente. Ao contrário do que os últimos governos querem que acreditemos, não somos todos iguais – somente perante a lei (até isto não tem funcionado muito bem, pois alguns são mais iguais que outros). Não há como FORÇAR o desenvolvimento NA MARRA, muito menos penalizar os mais ricos justificando a busca de uma sociedade igualitária. Isto NUNCA funcionou.

Gritar que “a burguesia fede” (vide Cazuza) pode ganhar alguns pontinhos com parte da população, que se vê injustiçada e em desvantagens gritantes – é compreensível. Infelizmente, não passa de um tiro no próprio pé.

Ao contrário do que temos visto, os governos precisam incentivar o empresário, diminuindo a carga tributária e incentivando a contratação. O Estado não gera riqueza, apenas gerência (mal, diga-se de passagem). Vende-se uma imagem de que o empresário é o grande vilão, quando na verdade são eles que contratam. Se a economia não girar, TODOS PERDEM.

Uma nação precisa visar sua evolução econômica, política e social; jamais o inverso. Quando os mais pobres “desejam” a “falência do sistema econômico” (mesmo que indiretamente), na esperança de que o caos mostre a realidade, a fonte de riqueza da nação começa se esvair. E, neste momento, descobre-se que nada é tão ruim que não possa piorar.

É assim que pequenas empresas começam quebrar – pequenos estabelecimentos, presentes nos bairros não resistem, e a disponibilidade de produtos com preços mais acessíveis tende a cair (até sumir). Se o quadro se mantiver por muito tempo, empresas de maior porte, para não ficar no prejuízo, deixam o país. O resultado disto é que os produtos ficam cada vez mais escassos e os preços disparam. Não cabe aqui questionar se é justo ou não.

Penalizar os mais ricos simplesmente não funciona. O que ocorre é uma fuga de capitais cada vez maior para locais mais atrativos. Taxar a fortuna dos mais ricos resulta em um belo incentivo para o investimento fora do país. Por consequência, afunda-se a economia ainda mais.

O mais irônico é que temos inúmeros exemplos do que vem acontecendo com países latino americanos.

Estamos chegando perto das eleições presidenciais.
Ainda estou pouco dividido, mas… Sei exatamente O QUE NÃO QUERO!

Um sistema justo é aquele que oferece ferramentas para que todos tenham chance de prosperar. É evidente que conseguir agarrar a oportunidade depende de fatores individuais. NUNCA SERÁ EXATAMENTE IGUAL PARA TODOS, NÃO SOMOS E NEM AGIMOS DE FORMA IGUAL

 

 

 

Ainda vale a pena investir em Bancos?

Em tempos de grandes transformações e inovações tecnológicas e com surgimento de tantas Fintechs será que ainda vale a pena investir em ações dos Bancos mais conhecidos? Estariam eles com o tempo de vida contado para acabar? Particularmente, entendo que ainda existe muita água para rolar!

É comum encontrar questionamentos contrários aos grandes Bancos. Porém, faça chuva ou faça sol, acredito que estarão sempre no topo, mantendo forte influência na economia do país. Vocês perceberão como os números por trás destes gigantes são maiores do que se imagina.

Basicamente, podemos avaliar a segurança e a saúde dos Bancos através de dois índices:

1. Índice de Basileia: é a relação entre o capital próprio e o capital de terceiros exposto ao crédito. Caso o índice do Banco seja 20%, por exemplo, para cada R$ 100,00 emprestados, o Banco dispõe de R$ 20 de capital próprio. O Banco Central exige o mínimo de 11%. Portanto, quanto maior, melhor.

2. Índice de Imobilização: determina a porcentagem do capital de terceiros que está imobilizada em bens sem liquidez imediata. Se o índice for de 30%, a cada R$100,00 em seu patrimônio, R$ 30 estarão imobilizados. Quanto maior, mais lenta será a disponibilidade do recurso. O Banco Central exige o máximo de 50%. Logo, quanto menor, melhor.

A seguir, será perceptível  que os Bancos Inter (BIDI), Banco do Brasil (BBAS) e Itaú (ITUB) apresentam os índices sob controle. É evidente que, a princípio, o índice de imobilização do Banco Inter apresenta vantagem sobre os demais em função do porte e dos ativos ou recursos disponíveis aos clientes. Mas é preciso ter cautela com a avaliação do Banco Inter, pois seu IPO (Oferta Inicial Pública) aconteceu recentemente.

Banco Inter (BIDI) – Valor de mercado: R$ 9.5B

Índice de Basileia e Imobilização

O índice Basileia foi de 21.2% em DEZ de 2015, 17.2% em DEZ de 2017 e 15.4% até agora; e com imobilização de 2.5% até agora.”

Evolução Patrimonial:

“Fonte: www.meusdividendos.com”

Banco do Brasil (BBAS) – valor de mercado: R$ 98.1B

Índice de Basileia e Imobilização:

O índice Basileia foi de 16.0% em DEZ de 2015, 19.6% em DEZ de 2017 e 18.4% até agora; e com imobilização de 14.5% até agora – vantagem sobre o Banco Inter.”

Evolução patrimonial:

“Fonte: www.meusdividendos.com”

Banco Itaú (ITUB) – valor de mercado: R$ 308.1b

Índice de Basileia e Imobilização:

O índice Basileia foi de 15.4% em DEZ de 2015, 18.8% em DEZ de 2017 e 16.6% até agora; e com imobilização de 23,8% até agora – também apresenta vantagem sobre o Banco Inter.”

Evolução patrimonial:

“Fonte: www.meusdividendos.com”

Os números apresentados impressionam, não? O Banco do Brasil tem um valor patrimonial 10x superior ao Inter. E, mesmo assim, é 3x menor que o Itaú.

Com um valor patrimonial de R$ 308B, fica fácil entender porque o Itaú é o maior Banco do país! 😉

Mas, para avaliar o lucro liquido de cada Banco, sugiro recorrer ao portal Bancodata, pois o Banco Inter, por exemplo, abriu capital há pouco tempo, tornando a análise do quadro de evolução injusta. De qualquer forma, o lucro líquido do Banco Inter em 2017 foi de R$ 48,8 milhões, enquanto Banco do Brasil e Itaú apresentaram lucro líquido de R$ 11,2 bilhões e R$ 21,8 bilhões respectivamente.

Percebam que as diferenças são grandes. Como já tenho posição em BBAS, BBSE, ITUB e ITSA, resolvi não arriscar novas posições em BIDI, mas entendo que o futuro do Banco Inter pode ser promissor – ainda assim, vale lembrar que o Banco está sendo investigado pelo MPDF em função de uma denúncia envolvendo o vazamento de dados de seus clientes (para complicar um pouco mais, o Banco sempre negou).

O meu objetivo foi demonstrar que a posição em grandes Banco tende ser muito salutar para uma boa diversificação de carteira. É claro que a decisão e a estratégia adotada é algo muito pessoal, variando de acordo com o entendimento de cada um.

Então, a resposta é SIM, claro que vale a pena! 😉

A miséria do jornalismo brasileiro

Quem assistiu o programa Roda Viva de ontem já sabe exatamente o que pretendo abordar. É lamentável constatar a péssima qualidade do jornalismo brasileiro. Mesmo cansado, resolvi separar alguns minutinhos para conhecer melhor as ideias do candidato (conferir argumentos referentes à segurança, saúde e educação) – infelizmente, perdi tempo assistindo uma entrevista inútil.

Desanima, não é mesmo?

Confiram também o texto de Franklin Ferreira:

“JESUS ERA UM REFUGIADO” E A MISÉRIA DO JORNALISMO BRASILEIRO
O Roda Viva de ontem foi o retrato exato da falência do jornalismo brasileiro. Corrupção endêmica, desemprego em alta, economia falida, falta de segurança, educação e saúde, e 80% das perguntas feitas pelos militantes disfarçados de jornalistas foram sobre governo militar, homofobia e racismo.

Entre as muitas pérolas hilárias ouvidas ontem – Wikipedia virou fonte jornalística e Jair Messias Bolsonaro foi acusado de ter defendido “metralhar” os bandidos da Rocinha – também “aprendemos” com o cheerleader da esquerda Bernardo Mello Franco, de O Globo, que Jesus Cristo foi… hã… um refugiado!

Deixando de lado o óbvio anacronismo, será que o jornalista não sabia que a Judeia e o Egito eram parte do único Império Romano no fim do século I a.C.?

E o programa de ontem ilustra o abismo que se criou entre a elite esquerdista e o povo comum.

Paulo Figueiredo, como citado por Rodrigo Constantino, resumiu muito bem: “Vocês viram o Bolsonaro no Roda Viva. Eu vi um brasileiro comum falando verdades a uma classe jornalística estúpida, ideológica, vagabunda, despreparada e soberba. Poucas vezes vi algo tão ilustrativo do momento em que vivemos”.

Hoje tem Youtuber fazendo trabalho mais sério que os jornalistas ligados aos grandes meios de comunicação, como Veja, O Globo, Estado de SP, TV Cultura e Folha de SP. Pois, como Constantino afirmou, “nossos jornalistas são filhotes […] das nossas universidades, fábricas de analfabetos funcionais e papagaios de slogans marxistas”.

O que se viu ontem foi a pá de cal no jornalismo brasileiro.

MFII11: Negociação suspensa

A semana foi marcada com a suspensão da negociação das cotas do Fundo MFII11. Trata-se de um evento inédito no mercado de Fundos Imobiliários e provavelmente ficará conhecido como a Quarta-feira Negra dos Fundos de investimentos Imobiliários no Brasil.

Sob suspeita de formação de pirâmide e atividade irregular, a CVM decidiu suspender a negociação das cotas deste fundo. Até entendo ser uma atitude correta, mas não custava alertar o mercado antes

Vale uma correção… A Empiricus alertou sim (Comunicado Extraordinário em agosto de 2017):

“Este informe tem como objetivo alertar os investidores/cotistas de MFII11 para venderem as suas cotas no patamar atual de preço (em torno de R$ 111 por cota). A Mérito Investimentos anunciou ontem a quarta emissão de cotas do MFII11…”
“No mês de maio, soltamos um relatório (publicado em 22/05/2017) recomendando aos investidores não comprarem as cotas do MFII11, pois entendíamos que o risco do fundo era muito elevado, dadas suas características similares a incorporadoras/construtoras. Portanto, incorrendo em riscos elevados como estouro de orçamento, atrasos de obras, queda de preços dos imóveis, distratos, entre outros…”

Nunca comentei nada sobre o assunto porque procuro acompanhar mais de perto os ativos que mantenho em carteira. Li alguns artigos sobre o MFII11, mas achei o modelo de negócio confuso e descartei qualquer possibilidade rapidamente. Um amigo já havia me avisado sobre a entrevista feita pelo professor Baroni da Suno – aliás, recomendo acompanhar o canal do Youtube da Suno.

– Confiram a entrevista com o gestor do fundo (Alexandre Despontin):

Confiram também a visão dos principais analistas de mercado:
https://www.sunoresearch.com.br/artigos/nos-avisamos-a-quarta-feira-negra-chegou-entenda-a-situacao-do-mfii11/
http://www.desmistificandofii.com/2018/07/19/qual-aprendizado-obter-com-a-suspensao-da-negociacao-do-mfii11/

Infelizmente, a situação do fundo é bastante delicada. Particularmente, não acredito que o investidor perca todo capital investido, mas dificilmente ficará livre de algum prejuízo.

Entendo que a CVM fez bem em cobrar uma resposta do fundo – é importante e fundamental manter a credibilidade do mercado. No entanto, poderiam ter feito um alerta antes, dando alguma chance de reação aos investidores. Apesar de ser algo inédito no mercado de Fundos Imobiliários, trata-se de um evento já conhecido no mercado de capitais. Resta apenas aguardar o desfecho.

Espero que o desfecho seja o melhor para os investidores.

Diversifiquem sempre e acompanhem os ativos de sua carteira!

Investir ou comprar um carro?

Há pouco tempo, fiz uma enquete no Facebook procurando identificar um pouco melhor o perfil dos seguidores. Também foi uma oportunidade para testar a ferramenta oferecida nativamente pelo Facebook (particularmente, considero fraca). De qualquer forma minha intenção foi conhecer um pouco melhor os participantes e aproveitar o momento para demonstrar como simples escolhas interferem bastante em nosso futuro financeiro.

O assunto é delicado e não há uma verdade única, mas é possível refletir sobre alguns pontos que são bem conhecidos e previsíveis. Concluída a enquete, no primeiro vídeo procurei demonstrar a importância e influência do dinheiro em nossas vidas. Dinheiro não é tudo, porém diz muito sobre nossa qualidade de vida no presente e muito mais no futuro.

O segundo vídeo, disponível em nosso canal do Youtube, trata sobre a enquete propriamente dita. Entendo que o resultado não foi muito surpreendente ou inesperado, mas, apesar da pequena dificuldade em avaliar os números precisamente (até pela baixa amostragem), confirmou minha suspeita – boa parte dos participantes ainda não investem.

Conforme prometido, no terceiro vídeo optei por demonstrar a diferença de patrimônio, ao final de 5 anos, caso meu amigo optasse por investir ao invés de trocar o carro. Não estou fazendo uma crítica (de forma alguma) – foi um bom negócio. Resolvi expor este exemplo para que vocês entendam que nossas escolhas no presente influenciam MUITO em nossa saúde financeira, seja no curto ou médio prazo. Algumas vezes, entendemos que é impossível investir porque a prioridade é outra – é evidente que o entendimento disto é muito pessoal.

Vamos ao que interessa – baseado nas informações que recebi (sem abrir cada detalhe)!

Suponhamos que o novo automóvel terá um custo total de R$ 60.000 (com o financiamento)

1. Troca de veículo

Entrada de R$ 21.000,00 (graças a venda do automóvel anterior)
Parcelas de R$ 650,00 durante 5 anos (60 meses) = total de R$ 39.000,00

2. Investimento conservador

Aporte inicial de R$ 21.000,00 (com a venda do automóvel)
Aportes mensais de R$ 650,00, durante 5 anos, com rendimento de 0,65% =~ R$ 78.480 (no final)

De imediato muitas pessoas imaginarão que a diferença, no final, foi pequena se comparado com o benefício e conforto oferecido com a troca do carro. Há quem coloque na ponta do papel as despesas de manutenção, deslocamento e etc. No entanto, vamos nos ater ao patrimônio conquistado no final do período. Quanto maior o patrimônio acumulado, menor se torna o nosso esforço (pequeno detalhe.. risos).

O segredo não está em quanto você ganha (apesar de afetar, claro) e tampouco se você conseguiu posicionar no “melhor investimento” para o período – percebam que simulei um rendimento conservador e perfeitamente viável (0,65%). O que realmente define o resultado final são as escolhas que fazemos no curto prazo.

No final de 5 anos, se meu amigo “tiver sorte”, contará com um bem avaliado em aproximadamente R$ 30.000. Por outro lado, de acordo com o segundo exemplo, contaria com um ativo financeiro avaliado em aproximadamente R$ 78,489. Ou seja, mais que o dobro (~R$ 40.000 acima). Em seguida, ele poderia começar um financiamento de um seminovo com maior tranquilidade, valendo-se ainda da remuneração do próprio investimento.

O que quero demonstrar é que, mesmo que não seja suficiente para enriquecer financeiramente, trará uma tranquilidade cada vez maior

Mas como foi que cheguei nos R$ 78.489?
Simulando na calculadora de juros compostos do Clubedospoupadores:

Ainda não está convencido, não é mesmo?

Vamos colocar um pouquinho mais de emoção (sem exagerar)…

Quem é capaz de assumir um compromisso de R$ 650,00 por 5 anos, pode optar perfeitamente por um investimento “moderado” como os Títulos do Tesouro Nacional (prefixado, por exemplo). O Tesouro Direto é considerado conservador, mas, dependendo da escolha, o risco aumenta um pouco caso necessite de resgate antecipado.

Para melhorar o resultado, sem comprometer a saúde financeira, demonstrarei uma simulação do “Tesouro Prefixado com Juros Semestrais 2029“. Apesar do vencimento maior, você contará com a remuneração dos juros semestrais.

De acordo com o simulador, em 2023, seu patrimônio bruto atingirá R$ 91.474,00. Pois é, o resultado foi ainda melhor (mesmo em uma opção conservadora/moderada). E, no fim do período (2029), terá atingido R$ 213.544,00.

Se avaliarmos friamente, este sacrifício começa fazer algum sentido!

Não estou afirmando que devemos abrir mão de ter um automóvel ou conforto maior. O objetivo foi demonstrar que, algumas vezes, nos baseamos apenas na realidade de curto prazo; e que determinadas escolhas impedem nossa evolução financeira, fazendo-nos reféns do presente para sempre.

É assim que, lentamente, conquistamos nossa independência financeira! 😉