Finalmente, o primeiro resultado do ano de 2018. Normalmente, procuro divulgar o resultado mensal no último final de semana, mas como o mês de janeiro encerrou no meio da semana, preferi adiar para o final de semana seguinte. Nem preciso dizer que começamos o ano com bastante agitação. Portanto, vamos aos resultados.
Inúmeros acontecimentos sacudiram o país…
Apesar da impopularidade do atual presidente, o país continua apresentando números positivos na economia. Em ano de comércio exterior morno, a balança comercial teve saldo recorde. Também contamos com um fluxo elevado de recursos estrangeiros (R$ 9,5 bilhões de reais). Segundo o portal G1, “Entre 2015 e 2017, o país fechou um total de 2,88 milhões de postos de trabalho. Apesar disso, o resultado do ano passado foi o melhor em três anos, ou seja, desde 2014 – quando foram criadas 420,69 mil vagas de trabalho“. A condenação do ex-presidente Lula (12 anos de prisão) também causou bastante barulho e euforia, levando o índice IBov quebrar recordes históricos. Aliás, em relação ao mercado financeiro, preparem-se para o próximo gatilho (19 de fevereiro – votação da Reforma da Previdência).
É claro que existem aspectos negativos de peso, como a possibilidade de mudar a Regra de Ouro para evitar crime de responsabilidade – algo que mancharia a imagem do país no exterior. De acordo com alguns analistas, o governo não fará isto em 2018 porque conta com uma verba do BNDES e por ser um ano de eleições – porém voltará em pauta em 2019 (aguardem e confiram). Outro dado que desanimou a população foi o reajuste do salário mínimo. Por mais revoltante que seja, o país ainda está em situação delicada. Logo, um reajuste mais expressivo resultaria em um efeito bola de neve, inclusive sobre o déficit da previdência, que está crescendo assustadoramente (subiu para R$ 268,8 bilhões em 2017). Para aumentar a tensão um pouco mais, o governo suspendeu no dia 18/01 a Medida Provisória nº 805/2017 que adiava o reajuste de servidores públicos federais para 2019. São estas incoerências que causam mais revolta na população. E, infelizmente, conforme já esperado, a agência internacional de risco Standard&Poor’s (S&P) rebaixou a nota de crédito soberano do Brasil de “BB” para “BB-” (algo já esperado).
No cenário internacional, alguns acontecimentos também chamaram atenção. O governo norte americano apresentou um corte de impostos expressivo, permitindo maior investimentos de empresas como a Apple – que, segundo algumas fontes, injetou mais de R$ 1 trilhão na economia. Já a Venezuela continua em uma condição bastante delicada, e por inúmeras razões, como a dificuldade de impressão, já anunciou a pré-venda de sua criptomoeda conhecida como Petro. O mais impressionante é que eles realmente acreditam que a criptomoeda, por si só, permitirá mudar a realidade do país – “a Venezuela avança como uma potência econômica” (este é preço da ignorância). A Bolívia também causou bastante polêmica com um decreto que “mudaria” (foi derrubado) o código do sistema criminal.
Confiram os principais números e acontecimentos sacudiram o país e o mundo:
“No mês, também foi autorizada a penhora on-line de aplicações em renda fixa e variável, nova Declaração da Receita Federal para operações (em espécie) envolvendo valor igual ou superior a R$ 30 mil, mudanças nas regras da Caderneta de Poupança (nada muito significativo) e pagamento do DPVAT diretamente com a seguradora Lider. Quer mais? (risos). Acreditem, o ex-presidente Fernando Collor será candidato à presidência também. Avaliando apenas os acontecimentos mais pertinentes do mês de janeiro, podemos ter ideia do que nos aguarda. Apertem os cintos porque este ano promete“.
O ano não começou bem para o mercado de criptomoedas. A CVM proibiu fundos de investir em criptomoedas no Brasil, mas afirma manter o assunto em estudo. De qualquer forma, inúmeros roubos e limitações da moeda estão colocando em questionamento tanto a segurança como a eficiência. O Japão, por exemplo, sofreu um ataque cibernético que reflete no maior roubo já conhecido (em R$ 1,6 bilhão). É um mercado que vem apresentando extrema volatilidade, algo que tende comprometer a saúde financeira de “investidores” novatos.
Em relação as criptomedas, conheçam as principais fraudes e ataques registrados até então:
ftp://ftp.registro.br/pub/gts/gts30/03-fraudes-ataques-criptomoedas.pdf
Felizmente, não fui surpreendido por imprevistos. Porém, como o peso dos impostos no início do ano é maior, fatalmente meu poder de aporte foi limitado.
“O resultado da carteira de renda variável continua excelente. No entanto, corro o risco de comprometer o resultado do próximo mês dependendo de como encerrar a operação de venda coberta – não respeitei a estratégia como deveria (entrarei em detalhes no próximo resultado)“.
Recebi o primeiro pagamento do Google AdSense no dia 04 de janeiro. Não sei se foi em função dos feriados de fim de ano, mas demorou aproximadamente 15 dias para constar o pagamento. Como o número de visualizações ainda é relativamente pequeno, recebi um crédito de R$ 350,22. No mesmo instante, levei uma mordida de R$ 90,00 – tarifa discriminada como “Tar Liquid Orpag Exterior“. Ainda houve uma cobrança de R$ 1,33 de I.O.F. Irritante, não? O que justifica uma tarifa tão alta? Infelizmente, não há muita alternativa.
Quanto aos investimentos…
“Com tantos acontecimentos de grande impacto no cenário político-econômico, é evidente que a evolução da carteira foi bastante expressiva. A valorização do valor de mercado superou do mês de dezembro. Lamento, apenas, não ter contado com poder de aporte maior. Não se anime demais; ainda é cedo para comemorar, acredito que ano será bastante volátil.“
Recebi proventos de ITUB3, ITSA3, HYPE3, BRCR11 (0,424%), FCFL11 (0,462%), PQDP11 (0,444%), KNRI11 (0,559%), RNGO11 (0,581%), SAAG11 (0,669%), GGRC11 (0,645%), MXRF11 (0,526%), KNCR11 (0,592%), HGRE11 (0,653%) e FIGS11 (0,922%). Com a “euforia” no cenário político-econômico, os FIIs foram beneficiados pela expectativa do mercado. O desempenho permanece excelente. Desta vez, o “pior” resultado foi do fundo BRCR11. Neste mês recebi as cotas subscritas do fundo GGRC11 – aliás, o fundo tem demonstrado eficiência e já adquiriu novos imóveis com contratos atípicos de 10 anos (em Betim e Aparecida de Goiânia). O fundo KNRI distribuiu rendimento extraordinário de 0,122% no dia 15/01. O rendimento mensal da carteira foi excelente, reforçado com o pagamento de dividendos e JCP de ITUB3, ITSA3 e HYPE3 (nada comparado ao presente de Natal da EZTEC… risos). Foi o que salvou o aporte mensal!
Com o rendimento da própria carteira, somado ao capital que me prontifico separar para investir mensalmente, comprei mais ações ou cotas de EZTC3 e BRCR11. Também realizei uma operação de venda coberta (“médio” risco), ainda em aberto e com vencimento em fevereiro. Novamente, o maior aporte foi para EZTC3. A distribuição entre os dois ativos foi bastante equilibrada. Conforme exibido anteriormente, minha capacidade de aporte em janeiro foi limitada.
Confiram a distribuição dos ativos, segundo o portal CEI (NÃO inclui o Fundo DI):
A composição atual ficou assim (gráfico do IrpfBolsa):
“Vale lembrar que o gráfico acima representa uma distribuição baseada no custo de aquisição, não no valor de mercado“.
O ano iniciou com grande movimento eufórico, levando a uma forte valorização dos principais ativos de renda variável (como FIIs e ações, por exemplo). O Ibov vem quebrando recordes seguidos. No curto prazo, dois gatilhos geram grande expectativa. O primeiro deles, confirmado recentemente, foi com a condenação unânime do ex-presidente Lula no TRF-4. O próximo gatilho será a votação da Reforma da Previdência. Por sorte, continua prevalecendo uma expectativa positiva para recuperação e crescimento econômico. Vale ressaltar que é importante ter consciência que, no curto prazo, oscilações são naturais e esperadas (com movimentos de repique, por exemplo).
Estou apenas demonstrando o potencial de crescimento, isto não é recomendação de investimento.