Férias em Gramado

Há pouco tempo atrás, escrevi sobre alternativas para aproveitar as férias sem gastar muito (ou nada). Compartilhei um pouco do que fiz, aproveitando as belezas dos parques da cidade, exercitando corpo e mente, sem preocupações com gastos financeiros – recomendo a todos. Mas, depois de alguns anos sem viajar, resolvi fazer algo diferente e programei, de improviso, uma viagem para Gramado. Sendo assim, descreverei como foi a experiência.

Para se ter uma ideia, esta é a visão da sacada do quarto em que ficamos hospedados (hotel Villa Bella):

sacada

Foi um passeio bastante agradável. É evidente que, diferente da experiência anterior, esta foi salgada. Os gastos variam de acordo com os passeios escolhidos ou conforto/luxo que cada um procura. Ao optar por uma viagem qualquer, a tendência natural é buscar o máximo de tranquilidade e conforto possível (dentro da realidade e interesse de cada um).

Infelizmente, nestas horas, você percebe a importância do dinheiro. O interessante é que sempre escuto o besterol de que dinheiro não é importante e “quem poupa não vive“. Será mesmo? 😉

No meu caso, o gasto foi um pouco maior porque não me programei antecipadamente e resolvi viajar de última hora.

Inicialmente, cotei a viagem pela CVC, que entregou um orçamento (Hotel Laghetto Toscana), sem incluir qualquer programação de passeios (apenas três diárias, café da manhã e traslado entre Porto Alegre e Gramado). Visitei Gramado quando criança (morei em Bento Gonçalves), mas minha lembrança era muito vaga. Então, solicitei uma proposta de passeio também. A CVC enviou outro orçamento adicional. O orçamento total ficou em R$ 6.342,08. Acabei descartando, pois achei a empresa pouco flexível.

A princípio, meu objetivo era passear durante o dia e relaxar bastante a noite!

Resolvi pesquisar por conta própria, procurando ofertas de passagens aéreas, hotéis em Gramado, passeios e empresas de turismo da região. Infelizmente, eu já havia entrado em férias e o tempo não estava a meu favor.

Inicialmente, fiquei dividido entre os hotéis Wish Serrano Resort e Villa Bella Conceito. A diferença de preço não era muito significativa. Mas, por “alguma razão” – que não sei explicar (risos) – o hotel Villa Bella impressionou mais. Logo, foi a minha escolha.

É claro que existem opções mais acessíveis ($$$) – ideal para quem deseja passar 1 semana ou mais, e explorar melhor as atratividades da Serra Gaúcha (o número de opções é gigantesco).

Ainda restavam duas pendências: “traslado entre Porto Alegre/Gramado e passeios“.

Uma opção seria alugar um carro. Mas, a cidade é pequena, vale à pena caminhar boa parte do tempo, o táxi não é caro e o transporte público funciona (inclusive para passeios turísticos). Vale lembrar que o hotel Villa Bella oferece transfer gratuito até o centro da cidade (nos horários marcados, claro). Dentre vários aspectos, este foi mais um ponto positivo para o hotel.

Não demorou muito e cheguei até a agência Brocker Turismo. Trata-se de uma agência de turismo muito conhecida na região, é parceira do hotel e tem loja dentro do aeroporto de Porto Alegre. Na viagem de ônibus até Gramado, um instrutor da Brocker explicou detalhes importantes para turistas. A agência é pontual, confiável e presta um serviço de excelente qualidade. É evidente que existem opções mais em conta. Caso esteja com tempo livre, vale à pena pesquisar um pouco mais.

Em relação aos passeios, eu poderia contratar os serviços da Brocker ou comprar passagens do Bustour. Particularmente, achei mais vantajoso comprar passagens para dois dias de Bustour e escolher os passeios conforme o nosso interesse. “O bustour é o meio de transporte para conhecer os melhores pontos turísticos e atrativos de Gramado e Canela. O único ônibus turístico hop on / hop off da Serra Gaúcha! São mais de 30 pontos de parada e você pode subir e descer quantas vezes quiser, nos pontos que tiver interesse e pegar o próximo ônibus para continuar o roteiro“.

Visitamos o Parque do Caracol, Museu de Cera | Harley Motor Show, Sapatus, Snowland e Mini Mundo. Também conhecemos alguns dos principais pontos turísticos que fazem parte do trajeto do Bustour. Eu gostaria de ter ido no Bondinhos Aéreos, mas, infelizmente, o tempo não ajudou e interditaram o local no dia, pois chovia com ventos fortes.

caracol

Prepare o bolso. O ideal é levar dinheiro em espécie também, pois nem todos os locais aceitam pagamento com cartão (seja débito ou crédito).

Apesar de não lembrar o valor exato, o ingresso para o Parque do Caracol foi barato. Vale ressaltar que, em inúmeros passeios, clientes Bustour contam com descontos ou brindes (nada muito significativo). É possível que você gaste dentro do parque também, com alimentação, Observatório Ecológico ou visitando a Estação do Sonho Vivo. É uma visão muito bacana – tem binóculo de grande alcance no observatório.

observatorio

Já o ingresso para os museus do grupo Dreamland não é barato (na ordem de R$ 120,00, por pessoa). Dentro dos museus, existem áreas restritas que você não pode fotografar. Neste caso, um fotógrafo profissional tira as fotos (“sem compromisso algum”). Caso você goste de algumas, é possível comprá-las.

Eu não pretendia entrar no Snowland. Mas, em um sorteio que participamos, enquanto caminhávamos no centro da cidade, minha namorada ganhou dois ingressos. Sendo assim, fomos conhecer. Aliás, os gaúchos trabalham com um marketing forte para divulgar seus projetos. É interessante. Você ganha brindes ou participa de sorteios só por dedicar alguns minutos de sua atenção, mesmo que não aprove o produto que estão divulgando. De qualquer forma, não dá para ficar parando à qualquer momento, senão você perde a chance de aproveitar outras coisas.

A estrutura do hotel Villa Bella também impressionou bastante.

Na maioria das vezes, quando começava anoitecer, a temperatura caia bruscamente, voltávamos para o hotel e jantávamos por lá. A temperatura se mantinha estável em todos os cômodos. O jantar não estava incluído na diária, mas os preços são bons. Tanto a lasanha bolonhesa quanto a sopa Capeletti são deliciosas. No segundo dia, resolvemos entrar na sauna a vapor. Saindo da sauna, entramos na hidro, com direito a espumante lá mesmo (custo adicional).

Em função dos custos elevados, não recomendo manter um passeio como este por muitos dias seguidos. De qualquer forma, a manutenção do hábito de poupar e investir, ao longo dos anos, tornará o esforço cada vez menor. Portanto, procure consumir moderadamente, dentro de sua realidade financeira, visando ampliar seu patrimônio para poder usufruir com maior qualidade no futuro.

Para que vocês tenham uma noção melhor dos principais passeios, compartilharei um vídeo do canal do Vittor Borges:

 

Petrobras: Acordo milionário nos EUA

Hoje, recebi uma notícia interessante para a Petrobras.

Segundo a Empiricus, a Petrobras confirmou à CVM que chegou a acordo com 11 demandantes da ação coletiva nos EUA relacionada a corrupção (Lava Jato). Trata-se de grandes investidores institucionais estrangeiros como Aberdeen e Abbey Life Insurance.

E, de acordo com a ADVFN, “A Petrobras já havia celebrado acordos para encerrar outras quatro ações individuais propostas na mesma corte, em outubro deste ano. Os valores dos acordos estão incluídos na provisão de US$ 364 milhões incluída no balanço do terceiro trimestre. Essas onze ações individuais foram consolidadas, para fins de julgamento, com outras doze ações individuais (além das quatro já extintas por acordo) e a class action (ação coletiva) movidas contra a companhia nos EUA. A companhia já alcançou acordo em mais da metade das ações individuais consolidadas com a ação coletiva. Os termos dos acordos são confidenciais e não constituem reconhecimento de responsabilidade por parte da Petrobras, que continuará se defendendo das demais ações em andamento“.

Uma das maiores descobertas no pré-sal: Petrobras finaliza venda de bloco

A Petrobras (BOV:PETR4) finalizou a operação de venda de sua participação no bloco exploratório BM-S-8, incluindo uma parte substancial de Carcará, uma das maiores descobertas de petróleo dos últimos anos no mundo, para a Statoil (NYSE:STO). A operação foi concluída com o pagamento de US$ 1,25 bilhão, correspondente a 50% do valor total da transação. O restante do valor será pago através em parcelas. A operação é parte importante do Plano de Desinvestimentos 2015-2016 informou a companhia. Fonte ADFVN.

Dinheiro traz felicidade?

Como mantenho um blog que trata sobre investimentos e educação financeira, muitas vezes sou questionado sobre este assunto: “dinheiro x felicidade“. É um tema que costuma ser bastante controverso e não existe uma verdade única, pois envolve questões pessoais, experiência adquirida e filosofia de vida. Sendo assim, compartilharei uma visão pessoal e farei algumas ponderações sobre aspectos que costumam influenciar neste entendimento.

É evidente que farei ponderações com base em educação financeira.

Conforme exposto em outras oportunidades: “O entendimento de riqueza não é igual para todos, então não se preocupe tanto com isto. O dinheiro perde valor quando *não* se tem liberdade, saúde e pessoas com quem partilhar“. Isto não quer dizer que dinheiro não seja importante. Pelo contrário, ele influencia diretamente sobre nossa qualidade de vida. Mas, não deve ser colocado à frente da família, ética, honestidade ou moral.

Como qualquer coisa na vida, “o segredo está no equilíbrio“.

O vídeo acima é interessante. Pessoalmente, acho impossível negar que existe uma ligação íntima entre dinheiro e felicidade.

Inúmeros pesquisadores costumam afirmar que dinheiro não traz felicidade. Neste momento, você deve estar se perguntando quanto ganham estes pesquisadores (risos). Aliás, a maioria deles conta com um padrão de vida estável ou acima da média. “Assim, fica confortável afirmar que dinheiro não traz felicidade”.

Infelizmente, muitos brasileiros vivem e trabalham apenas para pagar contas. O “sistema” atual e a falta de conhecimento sobre educação financeira induz acreditar que não existe alternativa. Não é verdade. Quando escrevo sobre enriquecimento financeiro, o objetivo consiste na conquista da independência financeira, maior tranquilidade e conforto – ou seja, qualidade de vida e liberdade. Não me refiro a simples aquisição de bens.

Atualmente, existe uma linha de pensamento que induz acreditar que o ideal seja “buscar a felicidade plena”, alocando todos os recursos disponíveis no presente, pois o futuro é incerto e a vida breve. É um pensamento perigoso. No papel tudo é lindo e perfeito – algumas pessoas gritariam Carpe diem, muitas vezes sem compreender o significado correto. Até a psicologia moderna vem trabalhando seguindo esta linha de pensamento. O interessante é que, ainda assim, o aspecto financeiro prevalece com grande intensidade. Chega ser contraditório, pois, na prática, é uma forma de estimular ainda mais o consumismo, desestimulando o planejamento de longo prazo (como poupança).

É reflexo de uma geração extremamente imediatista e consumista. Mais tarde, a vida costuma cobrar uma conta bastante salgada.

É importante compreender, primeiro, o significado de felicidade. A felicidade é um momento durável de satisfação (emoções e sentimentos), distanciando de fatores que causam sofrimento. Como ninguém tem controle direto sobre isto, a chave está em compreender e aceitar que a vida é feita de momentos de satisfação e sofrimento. A habilidade e a capacidade de lidar com estes momentos – no presente e futuro – vai determinar o grau de felicidade de cada indivíduo (independente do gosto pessoal). Do contrário, o risco de frustração tende ser predominante. Por esta razão, não existe um passo a passo para a conquista da felicidade. O resto é “conversa para boi dormir”.

Todos nós estamos sujeitos a momentos de felicidade ou tristeza, independente do poder aquisitivo. A depressão, por exemplo, pode atingir qualquer pessoa e não escolhe classe social. Mas, não se engane: “O sofrimento será menor para quem conta com recursos financeiros suficientes para arcar com os melhores tratamentos – é um benefício que se estende para toda família“.

Responda, para si mesmo, o que lhe causa maior satisfação (conforto, tranquilidade, bem estar, saúde, educação, segurança e/ou liberdade, por exemplo), mesmo que seja apenas necessidade básica. Em seguida, pense de que maneira você será capaz de conquistar e preservar tudo isto ao longo dos anos. Goste ou não, na maioria das vezes, a falta de dinheiro será um limitador.

Por esta razão, costumo questionar consumismo, defendendo o processo de enriquecimento gradativo.

Em alguns casos, o interesse pelo dinheiro é visto como algo “errado”. Algumas religiões pregam o desapego ao dinheiro ou bens materiais, mas, ao mesmo tempo, dependem do dízimo para se manter. Não estou questionando o dízimo, e sim comparando a importância do dinheiro de forma global.

Li, há pouco tempo, no blog novoinvestidor, o seguinte texto: “Ter dinheiro é algo correto, digno e nobre. Crescimento e prosperidade através de honestidade e integridade são valores desejáveis por qualquer pessoa de bom senso. Dinheiro é apenas um meio de troca. Alimentação, bebida, higiene, assistência médica, hospitalar, odontológica, vestuário são todas necessidades básicas que o ser humano necessita, que só acontecem através do… dinheiro“.

Dinheiro não é garantia de felicidade, mas sua falta, certamente, será garantia de infelicidade! 😉

Nossa história é definida por escolhas que tomamos no presente, sinalizando o que esperar para o futuro. E, apesar do futuro ser uma grande incógnita, é possível mensurar o que “colheremos” em função do que estamos “plantando”.

Ao contrário do que costuma ser dito, alguns acontecimentos são extremamente previsíveis. Nós envelheceremos e, inevitavelmente, perderemos energia e disposição física ao longo dos anos. A juventude ilude, mascarando fragilidades que estão por vir. Não há como escapar disto. Aos 40 anos de idade, já percebo tais diferenças. É fácil ignorar enquanto somos jovens e esbanjamos saúde.

Lembre-se que, ao perder energia e disposição, manter a qualidade de vida será um desafio cada vez maior. Portanto, aproveite a vida da melhor forma possível, sem desperdiçar a chance de se estruturar para contar com uma vida digna e tranquila.

Estude, trabalhe, poupe e invista!

Fazer trades é para poucos!

Li agora pouco, na fanpage do Bastter, uma reflexão – muito boa – sobre a ilusão do investidor amador em viver como trader. E, por realizar pesquisas constantes sobre o assunto (Investimentos e Bolsa de Valores), muitas vezes recebo anúncios de cursos que prometem técnicas matadoras, possibilitando o enriquecimento para quem se dedica e opera com disciplina. É algo realmente tentador. Porém, em função dos erros e acertos que já cometi, sou obrigado a concordar com as colocações do Bastter.

Não encare o trade como uma profissão qualquer. Não é! 😉

Fazer trades em horas vagas ou durante o expediente de trabalho tende lhe prejudicar profissionalmente (perda de eficiência ou produtividade) e levar a perdas financeiras significativas (dedicação insuficiente). Acredite, não é à toa que poucas pessoas sobrevivem na Bolsa.

Houve um período em que tentei realizar alguns trades, sem permitir que minha produtividade fosse afetada (apesar de atrapalhar um pouco), mas não compensou e perdi bastante dinheiro. O irônico é que conferi grandes lucros antes de ser castigado pelo mercado (risos). Acreditem, é complicado “brincar” com trades!

Invistam com consciência.