Resultado do mês de outubro (2020)

Mais um mês se encerra e continuamos presos (risos). O ano de 2020 não tem sido fácil, mas acredito que os maiores desafios ainda estão por vir. Não é de espantar que o cenário político-econômico permanece turbulento, principalmente com as eleições prestes a se realizar. Sem muitas delongas, vamos aos resultados.

Por aqui, as turbulências são quase sempre as mesmas e, muitas vezes, contam com uma ajudinha do próprio presidente. O comentário de que o governo atual teria acabado com a Lava Jato porque não há mais corrupção não pegou muito bem. Ironicamente, poucos dias depois do comentário, um senador foi pego com dinheiro na cueca.

Mas precisamos ser justos, existem algumas conquistas interessantes. Segundo o portal BBC, “depois de 22 meses de negociação entre os governos de Brasil e Estados Unidos, os dois países anunciaram na segunda-feira (19/10) a conclusão de três acordos comerciais inéditos“.

Aproveitando que as eleições estão há poucos dias de acontecer, deem uma olhada no Ranking do políticos para conhecer um pouco mais os candidatos:
https://www.politicos.org.br/Ranking

Já no cenário internacional fomos surpreendidos com a notícia de que o presidente norte americano Donald Trump testou positivo para o COVID, mesmo após noticiar ter tomado Hidroxicloroquina preventivamente. Aliás, ele foi tratado com outra medicação.

Também tivemos a triste notícia de que a pobreza na Argentina atingiu mais de 40,9% da população no primeiro semestre (cerca de 12 milhões de pessoas). Diante de tantas adversidades, a Uber Eats decidiu fechar seus negócios na Argentina, restando agora OrdersYa e Rappi. Sinceramente, neste momento, a saída da Uber Eats é o menor dos problemas.

A Argentina só dá bola fora. Com maior taxação sobre grandes fortunas (não aprendem nunca), o governo só conseguiu ampliar a crise ainda mais. Como era de se esperar, as grandes fortunas estão deixando o país. Dados do Ministério do Interior mostraram que cerca de 13 mil argentinos migraram para o Uruguai entre abril e setembro

Vários países estavam passando por um momento desafiador, mas a pandemia ampliou a dificuldade.

O impacto da pandemia pode ser sentido de diferentes maneiras de acordo com o segmento do mercado. Por aqui, a CVC (CVCB3), por exemplo, foi fortemente atingida. E, de acordo com a Suno, uma “auditoria da CVC apontou ‘incerteza’ para continuidade operacional“.

Como de costume, confiram os principais números e acontecimentos que sacudiram o país e o mundo (do redator chefe da Modal):

Neste mês, algumas empresas divulgaram os balanços referentes ao 3T20

É neste momento que me sinto tranquilo em saber que mais de 90% de minha carteira de renda variável está protegida por excelentes ativos (sólidos e resilientes), conseguindo passar pela crise sem grandes (ou nenhum) trauma.

A Weg, por exemplo, continua impressionando e cresceu 54% no 3T20. A Fleury também surpreendeu, registrando alta de 45% no lucro líquido. Por outro lado, o ano tem sido muito desafiador para a Ambev e afetou o resultado da empresa (crescimento de 2% no lucro líquido ajustado do 3T20, mas registrou queda de 35.6% no acumulado do ano). Já a Cielo apresentou uma redução de 71% no lucro líquido no 3T20.

Há poucos meses, tendo consciência do risco elevado, abri uma pequena posição em Cielo e, sem novos aportes, venho acompanhando desde então. Caso o futuro das criptomoedas se concretize como uma *moeda de troca confiável*, a empresa estará um passo a frente em relação às concorrentes – atualmente, as criptos ainda apresentam características de um ativo financeiro. Vale ressaltar que a saúde financeira da Cielo é preocupante.

Toda perda financeira que precisei lidar no ano de 2020 foi em decorrência de operações extremamente especulativas e risco elevado (trades). Não foi muito indigesto porque nunca comprometi outras posições – neste caso, só trabalhei com capital alocado à risco.

Para obter acesso ou acompanhar os balanços, recomendo o seguinte link:
https://financenews.com.br/?s=1t20
https://financenews.com.br/?s=2t20
https://financenews.com.br/?s=3t20

Quanto aos investimentos…

Recebi proventos de ITUB3, ITSA3, ODPV3, BRCR11 (0,49%), FCFL11 (0,47%), PQDP11 (0,38%), KNRI11 (0,39%), RNGO11 (0,58%), RBVA11 (0,71%), GGRC11 (0,50%), MXRF11 (0,64%), KNCR11 (0,28%), HGRE11 (0,43%), VISC11 (0,18%), HFOF11 (0,47%) e HGBS11 (0,14%). Apesar da turbulência constante, o rendimento da carteira permanece estável. Finalmente, depois de muitos meses sem distribuir rendimentos, o fundo PQDP11 entregou 0,38% e já provisionou 0,26% para novembro. De maneira geral, o retorno financeiro final continua excelente e contou com um pequeno reforço com o pagamento de dividendos e JCP de ITUB3, ITSA3 e ODPV3 (em ambos os casos o rendimento foi pequeno e bastante equilibrado).

Aproveitei o mês para fazer um pequeno rebalanceamento na carteira…

Não é de hoje que a direção do Banco Santander vem afirmando que pretende reduzir consideravelmente o número de agências físicas. Então, apesar dos dividendos generosos, esta era uma dúvida que assombrava o fundo SAAG11.

Recentemente, houve uma fusão entre os fundos SAAG11 e RBVA11, o que levou a conversão das cotas de SAAG11 em 0,83 cotas de RBVA11 – apesar da pequena diversificação de carteira, este é um fundo essencialmente de agências (Caixa Econômica e Santander). Para complicar um pouco mais, o Banco Santander manifestou que “não pretende renovar 55%” dos contratos (não sei se é um fato) e entrou em uma briga judicial para rever os aluguéis, mesmo se tratando de contratos atípicos. Como a situação do fundo está confusa e o futuro das agências físicas é duvidoso, preferi fechar a posição em RBVA11 e redistribuir entre outros ativos.

Para melhor compreensão em torno das incertezas por trás deste fundo, recomendo assistir:

Também reduzi levemente minha exposição em WEGE3. Ocorre que, com a forte valorização do ativo no ano (49% até 31/10/2020), o balanceamento da MINHA CARTEIRA, em relação a outros ativos de excelente qualidade, ficou desproporcional.

Com o rendimento da própria carteira, somado ao capital que me prontifico separar para investir mensalmente, comprei mais ações (ou cotas) de ITUB3, ITSA3 e HGRU11. O aporte mais expressivo foi direcionado ao fundo HGRU11 e para os demais a distribuição foi equilibrada.

Confiram a distribuição dos ativos, segundo o portal CEI (NÃO inclui o Fundo DI):

A disposição dos ativos permanece equilibrada porque, em meses anteriores, reforcei e priorizei as posições nos fundos imobiliários.

A composição atual ficou assim (gráfico do IrpfBolsa):

Vale lembrar que o gráfico acima representa uma distribuição baseada no custo de aquisição, não no valor de mercado

Em relação aos trades, fechei o mês negativo, mesmo após acumular vários dias com lucros consecutivos. Pois é, chega a ser irritante. Até o dia 20, operando com até 4 mini contratos (em média 2 mini contratos por operação), consegui acumular mais de R$ 2.000,00 inciando com um caixa de apenas R$ 300. Minha habilidade operacional evoluiu bastante (obtive uma margem de acerto elevada), mas estou falhando em limitar o prejuízo nos dias em que o mercado se movimenta contra a operação – é o famoso DEScontrole emocional (risos). Ainda assim, estou muito satisfeito pois agora sei exatamente qual é o próximo aspecto operacional que preciso melhorar.

De maneira geral, apesar do momento turbulento, continuo bastante satisfeito com o resultado da carteira e o rendimento excelente.

O objetivo aqui é meramente didático. Algumas estratégias (mais especulativas que comento) envolvem risco elevado, com potencial de ganho expressivo ou, em alguns casos, prejuízos imediatos. Então, estude sempre, consulte diferentes fontes de informação e tire suas próprias conclusões – a única recomendação que faço é: não façam trades na fase inicial (a tolerância aos erros será pequena)!

Estou apenas demonstrando opções de investimentos e o potencial de crescimento, isto não é recomendação de investimento!

Resultado do mês de agosto (2020)

Atrasei um pouco a publicação do resultado mensal por questões pessoais; não pude evitar. É incrível como o ano está chegando ao fim e continuamos em isolamento social. Tirando a expectativa das vacinas, não há muita novidade. Nas últimas semanas, tanto o home-office como alguns projetos pessoais tomaram bastante tempo. Apesar de alguns “contratempos” (sendo bonzinho) com os trades, não precisei lidar com imprevistos. Sem muitas delongas, vamos aos resultados.

Passamos por um mês repleto de incertezas e o mercado continua se mostrado bastante volátil. Conforme comentei no resultado anterior (julho), não acredito que o clima de otimismo dure muito tempo.

Existem fatores pontuais que podem influenciar temporariamente no humor do mercado, como foi o caso do anúncio da Reforma Administrativa. Mas é preciso ter cautela; quando o mercado muda de humor rapidamente, apenas pela expectativa de uma notícia, o risco aumenta na mesma proporção. O Ibov subiu expressivamente com a notícia da Reforma, mas mudou de direção (bruscamente), no mesmo dia, após a informação de que a Reforma não atingirá militares, juízes e parlamentares. Para tornar as coisas ainda mais incertas, há poucos dias, o país entrou oficialmente em recessão técnicaem função do isolamento social, era algo previsível e esperado.

Como de costume, confiram os principais números e acontecimentos que sacudiram o país e o mundo (do redator chefe da Modal):

Para obter acesso ou acompanhar os balanços, recomendo o seguinte link:
https://financenews.com.br/?s=1t20
https://financenews.com.br/?s=2t20

Quanto aos investimentos…

Recebi proventos de BBSE3, BBAS3, ITUB3, ITSA3, WEGE3, BRCR11 (0,46%), FCFL11 (0,53%), PQDP11 (0,0%), KNRI11 (0,41%), RNGO11 (0,60%), RBVA11 (0,67%), GGRC11 (0,47%), MXRF11 (0,64%), KNCR11 (0,34%), HGRE11 (0,46%), VISC11 (0,17%), HFOF11 (0,43%) e HGBS11 (0,12%). Como estamos vivenciando o ano em que o “mundo parou”, não há muita novidade para comentar. A performance da carteira permanece estável e o rendimento final do mês foi excelente, principalmente pelo presente (dividendos) que recebi do Banco do Brasil. E, ao que tudo indica, a partir de agora, a rentabilidade do fundo HFOF11 ficará mais em linha com a média dos FIIs. Nada mudou para o fundo PQDP11, permanece sem distribuir dividendos. De maneira geral, o retorno financeiro final continua excelente e contou com um pequeno reforço com o pagamento de dividendos e JCP de BBSE3, BBAS3, ITUB3, ITSA3 e WEGE3 (o rendimento mais expressivo foi de BBSE3 e BBAS3, nos demais ativos a distribuição foi equilibrada).

Com o rendimento da própria carteira, somado ao capital que me prontifico separar para investir mensalmente, comprei mais ações (ou cotas) de CIEL3 e KNCR11. De maneira geral, a distribuição foi bastante equilibrada. Minha capacidade de aporte foi reduzida em função dos trades malsucedidos – detalharei no final.

Para quem ainda não conhece os fundos KNCR11 e HGRE11, recomendo assistir os vídeos:

Confiram a distribuição dos ativos, segundo o portal CEI (NÃO inclui o Fundo DI):

A disposição dos ativos ficou mais equilibrada porque, desde o mês passado, reforcei e priorizei as posições nos fundos imobiliários.

A composição atual ficou assim (gráfico do IrpfBolsa):

Vale lembrar que o gráfico acima representa uma distribuição baseada no custo de aquisição, não no valor de mercado

Em relação aos trades…

Confesso que desanimei um pouco, MAS…

Parece que voltei para espiral de resultados negativos e este foi um dos piores meses. Tive prejuízo de aproximadamente R$ 1500. Não comprometi dinheiro que não possa perder, no entanto fiquei incomodado porque, fatalmente, impactou na capacidade de aporte mensal (valor que poderia somar ao aporte mensal).

Pode parecer pouco se analisarmos isoladamente. Porém, basta somar os valores ao longo do tempo e avaliar o impacto sobre os rendimentos para perceber o quão significativo é (principalmente se considerarmos o efeito dos juros compostos).

A minha expectativa – que pode não se concretizar – é virar o jogo a meu favor com operações automatizadas e ampliar “os dividendos” no futuro. E quando falo jogo, é no sentido literal. Você pode tentar encarar com uma atividade profissional como outra qualquer, mas não é. Se lhe agrada mais tratar como outro trabalho qualquer (NÃO É), então encare como um jogo profissional – o nosso controle é pequeno e dependerá de grande habilidade. O objetivo é jogar o melhor POSSÍVEL.

Não é como qualquer outra atividade profissional e o efeito do aprendizado também varia MUITO de pessoa para pessoa. Quando você investe em uma especialização ou curso de aperfeiçoamento, por exemplo, a tendência é executar determinada atividade com eficiência cada vez maior – a chance será grande. No caso dos trades, tudo isto é subjetivo. Na análise gráfica, até a leitura de algumas figuras será subjetiva – é muito conveniente dizer que identificou uma formação corretamente no lucro, mas se equivocou no prejuízo.

Insisto em dizer que não existe receita de bolo, o processo é extremamente complexo e até o instante de decisão (em questão de segundos) pode mudar completamente o resultado. Existem centenas de técnicas. Você pode optar por uma análise purista, trabalhar com indicadores, figuras, price action ou optar pela análise de fluxo. Pergunte ao seu “mentor” qual é a melhor opção! Ele lhe dirá que é aquela que você melhor se adapta (risos). Pois é, até descobrir, você já perdeu quase tudo.

Optar pela proteção do stop móvel, por exemplo, pode lhe tirar de excelentes operações antecipadamente – esteja certo de que estas operações serão fundamentais para compensar os erros seguintes (acontecerão). Estabelecer um stop loss curto (proteção) pode fazer com que você colecione pequenos prejuízos constantes (somados não serão tão pequenos) – por outro lado, um stop loss muito distante pode ser muito amargo. Aliás, identificar o stop loss ideal costuma ser mais difícil que parece. Não se iluda em acreditar que pode desprezar estas questões na expectativa de entradas perfeitas!

Em alguns momentos entenderemos que aceitar o prejuízo inicial foi um erro, pois inúmeras oportunidades “permitiriam” reverter. “Basta seguir a estratégia“. Parece simples, mas quando parar? O resultado dependerá do manejo de risco, sorte e bom senso. Infelizmente, em outros momentos (mais frequentes), veremos que o prejuízo inicial costuma ser menor e o mais fácil de digerir. E quando tudo isto fica realmente claro? No final do dia (risos). Depois de concluído, somos todos mestres.

Sei que este tipo de questionamento desagrada alguns. Ainda assim, prefiro tratar o assunto de forma direta, sem enrolação e mostrando a realidade. Para sua proteção, seja consciente em suas escolhas.

Sei que o momento, com a pandemia, é bastante delicado para muitos. Já recebi e-mail de seguidores afirmando a necessidade de “tirar dinheiro do mercado” – na maioria das vezes são pessoas com quase nenhuma experiência. Infelizmente, esta é a pior razão (e forma) para começar; é uma combinação (necessidade e inexperiência) perigosa.

Não estou dizendo que seja impossível e não pretendo desencorajar ninguém, até porque não persistiria tanto se achasse o contrário. O que comento são questões que observo também em outras pessoas, amigos, colegas de trabalho e profissionais do meio.

Sinceramente, um profissional com bastante didática, boa oratória e carisma, encontrará maior facilidade e viabilidade real de enriquecer vendendo material e treinamentos sobre o assunto – realizando ou não os trades. Levantem os custos dos principais cursos disponíveis no mercado e vejam o número de turmas formadas por ano. A procura é grande e frequente. Não será difícil identificar alguns educadores que faturam mais de R$ 1 milhão no ano apenas com o negócio de treinamentos on-line, operam com mais de R$ 100.000 de garantia e depois vendem o sonho de fazer fortuna começando com R$ 100.

O que quero dizer é que o enriquecimento depende de vários fatores, investir é apenas um instrumento que permitirá atingir os objetivos. Mas, o enriquecimento rápido depende da capacidade de gerar riqueza. O resto é historinha para boi dormir!

Para finalizar…

O desemprenho da carteira foi excelente, porém diminuí a eficiência com os erros dos trades. Preciso melhorar o manejo de risco!

De maneira geral, apesar do momento amargo para o mercado (não se iluda com algumas semanas de otimismo), continuo bastante satisfeito com o resultado da carteira e o rendimento excelente.

O objetivo aqui é meramente didático. Algumas estratégias (mais especulativas que comento) envolvem risco elevado, com potencial de ganho expressivo ou, em alguns casos, prejuízos imediatos. Então, estude sempre, consulte diferentes fontes de informação e tire suas próprias conclusões – a única recomendação que faço é: não façam trades na fase inicial (a tolerância aos erros será pequena)!

Estou apenas demonstrando opções de investimentos e o potencial de crescimento, isto não é recomendação de investimento!

Resultado do mês de julho (2020)

Eis que metade do ano se foi e o COVID-19 continua sendo o centro das atenções. Por sorte, o combate ao vírus está evoluindo e surgiram diferentes propostas de vacina (o Brasil participa de algumas) – aliás, já estuda-se a possibilidade de vacinação até o final do ano, mas não há confirmação oficial. De maneira geral, não há muita novidade no cenário interno, apesar do atual presidente testar positivo para o COVID-19 (já recuperado) e o ministro da economia apresentar uma proposta para tributação digital. No cenário internacional, a divulgação negativa do Produto Interno Bruto (PIB) norte americano, referente ao segundo trimestre deste ano, casou bastante estresse no mercado. Apesar de tantas turbulências, não fui surpreendido com imprevistos no mês. Sem muitas delongas, vamos aos resultados.

Quanto ao COVID-19, há muitos questionamentos em relação a contagem de contaminados e óbitos no Brasil (na maioria das vezes com intuito de desacreditar). Neste exato momento, estima-se um total de aproximadamente 94.130 mortos no país. Saberemos se os números estão “superestimados” ou não no final do ano, comparando a diferença do total de óbitos entre 2020 e 2019. Sei que não devemos tratar vidas como meros números, no entanto esta avaliação será importante para “mensurar” se a avaliação feita pelos Estados foi real e se as medidas tomadas para o combate à pandemia foram desproporcionais ou não.

Felizmente, o Brasil conta com parcerias internacionais que permitiram obter uma reserva elevada de doses experimentais de algumas vacinas. Segundo o portal UOL, “já são 120 milhões de doses da Chinesa Sinovac (desenvolvida com o Instituto Butantan) e mais 100 milhões da universidade de Oxford. Aliás, há relatos de que alguns profissionais de saúde participam(ram), de forma experimental, no primeiro processo de vacinação no país. A ciência continua lutando contra o tempo e existem outras frentes de pesquisas também. Em paralelo, por exemplo, existe um estudo apontando para uma diminuição significativa no contágio e número de óbitos com a aplicação da vacina BCG.

Em relação ao impacto econômico, é provável que ainda presenciaremos muitas turbulências. A conta final ainda não foi apresentada. O isolamento social tem se mostrado fundamental, mas, ao mesmo tempo, bastante negativo para a economia e tende ser ainda pior onde o lockdown se fez necessário.

Com fluxo menor e controlado de pessoas nas ruas, inúmeras empresas simplesmente perderam quase todo o seu faturamento. Pequenos negócios podem simplesmente fechar definitivamente; o que, infelizmente, leva à um índice de desemprego crescente. Os governos, no mundo inteiro, tentaram intervir oferecendo auxílios emergenciais – imprescindível para grande parte da população, porém provocará um endividamento interno bastante expressivo e certamente será cobrado no futuro.

Por consequência, a tendência é que venhamos conferir uma desaceleração acentuada na capacidade produtiva de diversos países. Ou seja, o otimismo do mercado “tende” mudar de direção. Após a divulgação da queda de 32% do PIB norte americano, no segundo trimestre deste ano, as principais Bolsas fecharam a semana “no vermelho”. Ainda assim, pela pontuação atual do IBov, percebe-se que o mercado “mantém o clima de otimismo”. Seja com for, mantenha a cautela, pois, com a desaceleração econômica global, dificilmente o resultado do PIB brasileiro será favorável.

Com o isolamento social, as transações digitais foram beneficiadas e chamaram a atenção. O governo brasileiro, preocupado com o endividamento interno (tanto pelos encargos de programas sociais como folha de pagamento), enxergou uma nova alternativa de tributação. Muitas pessoas associaram ao CPMF, mas Paulo Guedes enfatiza se tratar de uma tributação digital (comércio eletrônico). Particularmente, preferia não ter que arcar com mais impostos, no entanto considero plausível se for temporário (avaliando as particularidades do momento atual).

Infelizmente, a pandemia impôs esta situação toda!

Como de costume, confiram os principais números e acontecimentos que sacudiram o país e o mundo (do redator chefe da Modal):

No final de julho algumas empresas divulgaram seus balanços e, em função de um cenário tão desafiador, o resultado positivo surpreende e corrobora com a manutenção do clima de otimismo atual.

A Weg, por exemplo, surpreendeu com crescimento de 32% do lucro líquido no 2T20 – a valorização da ação também impressionou: no intervalo de 1 ano, WEGE3 apresentou uma variação de R$ 22 para R$ 66 (por ação). De forma semelhante, outra empresa que surpreendeu bastante foi a Engie, apresentando salto de 98% de lucro no 2T20. Por outro lado, o mesmo não pode ser dito de BB Seguridade (queda de 9% no lucro líquido), Fleury (prejuízo de R$ 73 milhões), Petrobras (prejuízo de R$ 2.7 bilhões) e Bradesco (queda de 40% no lucro líquido), por exemplo.

Assusta um pouco ver um grande Banco como o Bradesco apresentar uma queda expressiva no lucro líquido, porém é preciso aguardar o resultado dos demais Bancos para que possamos concluir se foi um caso isolado e específico.

Quanto a Oi, ainda é cedo e complicado tecer qualquer conclusão. A situação da empresa continua delicada (ainda em recuperação judicial), porém trata-se de um possível turnaround bastante interessante (e arriscado, risos). Atualmente, a empresa recebeu uma proposta, pela operação móvel, da gestora norte americana Digital Colony e outra proposta de R$ 16,5 bilhões de Tim, Claro e Vivo.

Conforme exposto em meses anteriores, minha aposta em OIBR3 está feita e não pretendo mudar (PM de R$ 0,80) – seja qual for o desfecho, trata-se de uma alocação que não afetará minha tranquilidade. Aliás, não é o meu caso, mas, para quem arriscou um swing trade (operação de médio prazo), o ativo já performou muito bem. Vale ressaltar que não é uma recomendação, até porque o posicionamento neste momento (euforia) é extremamente arriscado!

Também aproveitei o momento para abrir uma pequena posição em CIEL3. O aporte foi pequeno e acompanharei a evolução da empresa antes de reforçar a posição. Acredito na experiência de mercado construída ao longo dos anos e achei positiva a iniciativa de buscar aval do Banco Central (que já concedeu) para emissão de moeda eletrônica.

Para obter acesso ou acompanhar os balanços, recomendo o seguinte link:
https://financenews.com.br/?s=1t20
https://financenews.com.br/?s=2t20

Quanto aos investimentos…

Recebi proventos de ITUB3, ITSA3, EGIE3, ODPV3, BRCR11 (0,47%), FCFL11 (0,54%), PQDP11 (0,0%), KNRI11 (0,38%), RNGO11 (0,66%), RBVA11 (0,57%), GGRC11 (0,46%), MXRF11 (0,64%), KNCR11 (0,32%), HGRE11 (0,38%), VISC11 (0,18%), HFOF11 (0,94%) e HGBS11 (0,16%). Apesar do momento desafiador, a performance da carteira permanece bastante estável; não há mudanças significativas. Mesmo depois do relaxamento do isolamento social em algumas cidades, a performance dos FIIs de shopping continua sendo castigada. Particularmente, considero que não há muito o que esperar para 2020 (“o ano foi perdido”). A meta agora é preservar capital. O melhor rendimento continua com o fundo HFOF11, embora a previsão para o mês de agosto seja preocupante – fatalmente seria afetado. O retorno financeiro final continua excelente e contou com um pequeno reforço com o pagamento de dividendos e JCP de ITUB3, ITSA3, EGIE3 e ODPV3 (em ambos ativos o rendimento foi pouco expressivo, porém o rendimento de EGIE3 foi o mais alto).

Com o rendimento da própria carteira, somado ao capital que me prontifico separar para investir mensalmente, comprei mais ações (ou cotas) de FLRY3, CIEL3 e GGRC11. Conforme exposto anteriormente, após avaliar os riscos envolvidos e por entender que a precificação está injusta, decidi abrir uma pequena posição em CIEL3, onde foi direcionado o menor aporte. Nos demais a distribuição foi bastante equilibrada.

Para melhor compreensão dos riscos e vantagens, confiram uma análise interessante sobre a Cielo:

Após passar sufoco no mercado futuro por instabilidade na corretora/Banco (duas horas seguidas), solicitei transferência de custódia (formulário SVTM) do Banco Modal para outro Banco. Para quem me acompanha a mais tempo, não é novidade minha insatisfação com o Banco Modal (em grande parte pela dificuldade de comunicação). Ao contrário do que imaginei inicialmente, o processo foi rápido e totalmente online. Não foi preciso reconhecer firma. E, por não ter interesse em reforçar posições, aproveitei para solicitar o resgate dos fundos Alaska Black II e Fator Sinergia FIA – ambos D+30. Por incrível que pareça, o pior resultado foi do fundo Alaska Black II (com rendimento negativo) – preço pago por entrar com “grande atraso”.

Confiram a distribuição dos ativos, segundo o portal CEI (NÃO inclui o Fundo DI):

A disposição dos ativos ficou mais equilibrada porque, desde o mês passado, reforcei e priorizei as posições nos fundos imobiliários.

A composição atual ficou assim (gráfico do IrpfBolsa):

Vale lembrar que o gráfico acima representa uma distribuição baseada no custo de aquisição, não no valor de mercado

Em relação aos trades…

Novamente, alternei entre operações manuais e automatizadas com o robô no Metatrader5. Desta vez, o resultado foi ruim. Pois é, conforme comentei na postagem anterior (mês de junho), inúmeros fatores podem influenciar no resultado e, querendo ou não, existe uma pitada de sorte neste processo. Não abuse, o manejo de risco é tão importante quanto uma operação bem sucedida.

É fundamental ter um controle (limite) eficiente sobre as perdas! 😉

Discursos sobre psicologia positiva e mindset são comuns na Internet e podem até animar um pouco no início, mas não garantirão a consistência operacional – dependerá de habilidade e experiência (poucos conseguem) ou um processo automatizado muito eficiente; o resto é historinha para boi dormir (vender sonho é MUITO mais fácil que colocar em prática)!

A grande questão está em nosso comportamento diante de uma operação mal sucedida. Ou seja, como reagimos diante do prejuízo. Sempre alternaremos entre erros e acertos, não há como evitar. É importante e fundamental limitar as perdas (aceite dias negativos) e maximizar os acertos – é evidente que não será fácil colocar em prática.

O emocional costuma ser testado quando o dia começa negativo, pois sua meta ficará mais distante logo de saída (podendo aumentar a cada erro). Também é complicado identificar até que ponto faz sentido procurar reverter um prejuízo. Em alguns casos vale à pena tentar reverter, mas nem sempre será possível. E acredite, em um dia negativo (vai acontecer), o primeiro prejuízo será sempre o menor.

Em outras palavras: “a tentativa manual de corrigir os erros do robô funcionou MUITO BEM durante um período, mas não durou muito tempo e fez com que eu devolvesse todo lucro das operações do mês anterior e mais um pouco. Como o índice de acerto no mês anterior foi alto, operei com excesso de confiança em julho e encontrei dificuldade para aceitar o momento para encerrar as operações no dia.”

Aparentemente, seguindo a risca os sinais do robô (APFTrendPlus), o resultado tem sido positivo, mas não se mostrou tão eficiente. Porém, desta forma, consigo respeitar o controle de risco e o erro não custa tão caro (muitas vezes por teimosia). Por esta razão, vou rever minha conduta para o mês de agosto. Posso interferir na operação desde que não contrarie o sinal do robô (errando ou não).

De maneira geral, apesar do momento amargo para o mercado (não se iluda com algumas semanas de otimismo), continuo bastante satisfeito com o resultado da carteira e o rendimento continua performando muito bem.

O objetivo aqui é meramente didático. Algumas estratégias (mais especulativas que comento) envolvem risco elevado, com potencial de ganho expressivo ou, em alguns casos, prejuízos imediatos. Então, estude sempre, consulte diferentes fontes de informação e tire suas próprias conclusões – a única recomendação que faço é: não façam trades na fase inicial (a tolerância aos erros será pequena)!

Estou apenas demonstrando opções de investimentos e o potencial de crescimento, isto não é recomendação de investimento!

Resultado do mês de junho (2020)

O tempo está passando rápido e “pouca coisa realmente pertinente” tem mudado. Ao que tudo indica, em decorrência da pandemia, estamos “passando por um ano perdido”. É difícil mensurar o preço que será cobrado por isto. Aliás, o aumento no número de casos confirmados e óbitos tem causado bastante instabilidade nos mercados em todo mundo. No cenário interno, para variar um pouco, a cada mês que passa, a equipe do Governo sofre alterações – o conflito tem sido constante. Sem muitas delongas, vamos aos resultados.

Com o aumento no número de casos e óbitos (recordes), em função do avanço do Coronavírus, o clima de tensão nos mercados mundiais continua turbulento. Mas, é preciso manter a cautela; ainda é cedo para avaliar ou estimar as consequências que serão sentidas nos próximos meses ou anos. O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), por exemplo, estima uma retração de 6% do PIB brasileiro neste ano.

De maneira geral, apesar de tantas incertezas e desvalorização na semana, os mercados responderam com otimismo no mês. Sinceramente, fiquei até surpreso. No início do mês, por exemplo, o índice Ibov registrava 87.946 pontos aproximadamente – vale lembrar que, em abril (deste ano), atingimos a mínima de aproximadamente 63.500 pontos. E, no momento em que escrevo (dia 30/06/2020), o índice registra 95.681 pontos.

Como prevalece o clima de grandes incertezas (pelo impacto humano, social e econômico), toda cautela é pouco. Conforme exposto anteriormente, as estimativas futuras não dão sustentação para o clima de otimismo atual!

Quanto ao cenário interno, não há muita novidade. Acredito que, talvez por necessidade (resultado de tantos atritos internos), o Governo continua fazendo acordos com o Centrão. Também tivemos alterações na Secretaria de Cultura (saída de Regina Duarte) e Ministério da Educação (saída de Abraham Weintraub). Pouco tempo depois, o Governo nomeou Abraham Weintraub como diretor executivo do Banco Mundial, mas sua nomeação não foi bem vista entre funcionários do Banco – que, sem sucesso, tentaram barrar sua nomeação.

Fiquei um pouco desapontado com a resposta do Governo Federal diante deste momento tão difícil e delicado, mas também não concordo com a forma desproporcional como a mídia tradicional vem atacando o Governo.

Aliás, independente de qualquer Governo e diferente do que a esquerda brasileira sempre induziu acreditar, neste momento o papel da iniciativa privada tem sido muito mais atuante e positivo para o país do que da iniciativa pública. Por exemplo: “O Banco Itaú, fez doação de R$ 1 bilhão para o combate ao COVID-19; e a Weg produziu e entregou respiradores (assinou em março um contrato para obter a licença para produzir o ventiladores pulmonares com base técnica no aparelho de ventilação mecânica pulmonar Luft-3 da LEISTUNG) – dentre tantos outros, estes foram apenas alguns exemplos“.

Na contra mão de tantos esforços solidários, nossos “representantes” se negaram utilizar os recursos do fundão eleitoral em um momento tão crítico para o país. São nestes momentos que vemos de onde vem os maiores sacrifícios e esforços.

Portanto, na próxima vez que alguém lhe disser que os empresários só olham para o próprio umbigo, lembrem-se de quem está fazendo a diferença no momento mais grave e delicado do país! 😉

Vejam o exemplo da Weg:

Como de costume, confiram os principais números e acontecimentos que sacudiram o país e o mundo (do redator chefe da Modal):

Para obter acesso ou acompanhar os balanços, recomendo o seguinte link:
https://financenews.com.br/?s=1t20

Quanto aos investimentos…

Recebi proventos de ITUB3, CRFB3, BRCR11 (0,45%), FCFL11 (0,48%), PQDP11 (0,0%), KNRI11 (0,38%), RNGO11 (0,58%), RBVA11 (0,66%), GGRC11 (0,59%), MXRF11 (0,65%), KNCR11 (0,32%), HGRE11 (0,39%), VISC11 (0,23%), HFOF11 (0,82%) e HGBS11 (0,17%). Novamente, apesar do momento desafiador, a performance da carteira permanece bastante estável. Os fundos que apresentaram melhor “recuperação” no rendimento foram: GGRC11 e HFOF11 – aliás, preciso agradecer ao meu amigo Tanaka por chamar minha atenção para o fundo HFOF11. De maneira geral o retorno financeiro final da carteira continua excelente e contou com um pequeno reforço com o pagamento de dividendos e JCP de ITUB3 e CRFB3 (em ambos ativos o rendimento foi pouco expressivo).

Com o rendimento da própria carteira, somado ao capital que me prontifico separar para investir mensalmente, comprei mais ações (ou cotas) de GRND3 e KNCR11. Como, no mês passado, a Grendene pagou rendimentos “generosos”, decidi direcionar parte do aporte para a empresa e também por interesse em ampliar a posição no ativo. No entanto, o aporte mais significativo foi para o fundo KNCR11 que, apesar do rendimento inferior (se comparado com outros ativos da carteira), considero estar negociando com um preço bastante atrativo e, particularmente, vejo um potencial interessante de valorização (tanto da cota como dos rendimentos). São decisões pessoais.

O aporte mensal foi estrategicamente menor. Mantive parte dos recursos em poupança (para casos emergenciais), direcionei outra parte para trades na corretora Clear, reforcei as posições por meio do rendimento da própria carteira e mantive aproximadamente R$ 1.500 líquido na conta da Modalmais para concentrar nas operações de trade com mini contratos de índice.

Confiram a distribuição dos ativos, segundo o portal CEI (NÃO inclui o Fundo DI):

A disposição dos ativos ficou mais equilibrada porque, desde o mês passado, reforcei e priorizei as posições nos fundos imobiliários.

A composição atual ficou assim (gráfico do IrpfBolsa):

Vale lembrar que o gráfico acima representa uma distribuição baseada no custo de aquisição, não no valor de mercado

Em relação aos trades…

Dentre erros e acertos, operando manualmente ou com o robô, “fechei o mês” com lucro líquido de aproximadamente R$ 1.550 (somente com as operações).

É interessante ver como coincidências e sorte podem fazer parte do processo, não é apenas habilidade. É claro que a experiência, o controle emocional e o manejo de risco são fundamentais. Seja como for, mostrar resultados isolados não diz absolutamente NADA sobre uma estratégia ou consistência operacional. Você *sempre* encontrará um caso isolado para demonstrar. Alguém sempre ganhará em determinado momento! Portanto, não fique muito animado com os resultados divulgados em determinados cursos de trade (não provam NADA).

No primeiro dia (da primeira semana), o robô já começou com prejuízo de R$ 300. Para treinar e tentar reverter o resultado negativo, fiz 20 trades curtos no mesmo dia. Dos 20 trades, errei apenas dois. Porém, o custo operacional foi tão alto que terminei o dia no 0 a 0 – resumindo: “o custo operacional foi o prejuízo do dia (nada que me incomodasse)“. Confesso que, mesmo assim, fiquei surpreso e contente com o número de acertos. Acreditem, foi uma combinação de sorte (não conseguiria reproduzir isto todos os dias – risos) com manejo de risco! Uma coisa ficou clara: “operar desta forma seria inviável, mas foi uma experiência válida“.

Nos dias seguintes, alternei entre operações com o robô e manuais. Consegui atingir um ponto de equilíbrio que me permitiu fazer aproximadamente R$ 150 por dia no período da manhã (estabeleci como meta inicial). Muitas vezes o robô acertou as principais operações logo no início do dia. E, ao perceber um movimento forte, dentro de uma tendência bem definida, deixei o robô controlar a operação até o final. Desta forma, também obtive lucros acima da média. Por outro lado, em alguns casos mais arriscados, precisei interromper a operação antes do robô. O mais interessante foi manter este resultado em praticamente duas semanas seguidas, sem precisar ficar grudado na tela do computador – pude exercer outras atividades.

Tudo estava perfeito, até eu colocar na cabeça que tinha a “obrigação” de reverter todo e qualquer prejuízo do robô em lucro – ganhando todos os dias e fechando a meta. Pois é, parecia funcionar bem. Nos dias seguintes, eu “sempre” acertava movimentos mais longos também; e bastava operar no período da manhã. A segunda lição foi aceitar que é impossível fechar a meta perfeitamente todos os dias. Em alguns dias, a sorte não estará do nosso lado e, caso não aceite, o prejuízo tende aumentar no decorrer do dia.

Se você não admite que a sorte também faz parte do processo, então aceite que, em alguns dias, seu estado de espírito não ajudará! 😉

Aliás, em alguns dias (mais raros), pode ser que sua corretora lhe deixe em estado de pânico também. Hoje mesmo (dia 30), a Modalmais travou por mais de duas horas seguidas – haja sangue frio. A corretora alegou que a falha foi na B3, mas, estranhamente, a Clear não apresentou a mesma instabilidade. Por sorte, operei com o robô na Modalmais com apenas 3 mini contratos. O ambiente da corretora travou e vi um lucro de R$ 150 oscilar para prejuízo de quase R$ 700 (sem poder fazer nada e sem saber até onde iria – já estava rindo de nervosismo quando passou pelo meu stop loss à todo vapor). Quando o sistema normalizou, zerei minha posição com prejuízo de R$ 300. Como já havia realizado lucro de R$ 150 na Clear, decidi encerrar as operações no dia. Como eu disse, a sorte faz parte do processo e a ânsia por reverter um pequeno prejuízo pode resultar em um grande prejuízo.

E assim encerrei o mês positivo… são tantas emoções! (risos)

De maneira geral, apesar do momento amargo para o mercado (não se iluda com algumas semanas de otimismo), continuo bastante satisfeito com o resultado da carteira e o rendimento continua performando muito bem.

O objetivo aqui é meramente didático. Algumas estratégias (mais especulativas que comento) envolvem risco elevado, com potencial de ganho expressivo ou, em alguns casos, prejuízos imediatos. Então, estude sempre, consulte diferentes fontes de informação e tire suas próprias conclusões – a única recomendação que faço é: não façam trades na fase inicial (a tolerância aos erros será pequena)!

Estou apenas demonstrando opções de investimentos e o potencial de crescimento, isto não é recomendação de investimento!

Resultado do mês de abril (2020)

Mais um mês se encerra e o clima no cenário político-econômico permanece tenso e, infelizmente, o número de vítimas fatais do COVID-19 vem apresentando um ritmo bastante acelerado e alarmante. Pelo visto, o ano promete bastante turbulência pela frente – portanto, prudência é a palavra de ordem e nunca é demais. Sem muitas delongas, vamos aos resultados.

No cenário interno, quem seria capaz de imaginar que teríamos dois ministros “afastados” (um deles pediu demissão) no mesmo mês e em plena pandemia? Vale ressaltar que muitas autoridades, em diferentes esferas governamentais, negligenciaram os riscos ou politizaram a pandemia.

Acreditem, o mundo não está preocupado e nem interessado na disputa ideológica que vivemos. A preocupação é outra. De acordo com a revista Exame, por exemplo, “Trump insinua que pode restringir voos internacionais vindos do Brasil“. Aliás, em função do impacto econômico da pandemia e com a previsão de retração de 3,5% do PIB americano, os mercados internacionais responderam negativamente também. Diante deste cenário negativo, o índice da bolsa brasileira (IBov) encerrou o dia (30/04/20) com queda de 3,20%.

As divergências entre o atual governo e os Ministros da Saúde (Henrique Mandetta) e Justiça (Sérgio Moro) levaram à exoneração de ambos. Já demonstrei apoio inúmeras vezes ao atual governo, porém, tirando os membros de minha família, nunca tive ídolos e questiono igualmente sempre que considero válido. Estranhamente, observamos um movimento bastante similar para destruir a reputação de ambos os ministros. A visão de que o atual governo prima pela competência técnica está cada vez mais distante.

Entendo a preocupação do governo com os impactos econômicos (existe fundamento), mas a postura do presidente diante da pandemia influencia no comportamento de muitas pessoas. E, na minha opinião pessoal, o exemplo dado não tem sido positivo!

Quanto a COVID-19, tentei alertar ao máximo que pude. Infelizmente, meu temor vem se confirmando. O número de mortes pulou de 241 para 5.500 em um único mês. Parecia alarmismo ou histeria no início, mas continuar negando o problema é um insulto à inteligência.

Lembrem-se: o nosso bem maior é a saúde… NADA substitui! 😉

Para não desviar do propósito principal do blog ou mesmo da publicação do resultado mensal, compartilharei um texto da Empiricus que expõe pontos que refletem exatamente o que penso, preocupações e impactos econômicos (vale à pena separar alguns minutinhos):
https://sl.empiricus.com.br/p/pe131-bode/

Existe uma regra nos investimentos que levo como referência para quase tudo na vida: *você não consegue estar certo o tempo todo, então o mais importante é conseguir avaliar o grau de risco quando estiver errado – o que você pode perder?*”

Como de costume, confiram os principais números e acontecimentos que sacudiram o país e o mundo (do redator chefe da Modal):

Algumas empresas que mantenho posição em carteira apresentaram os balanços referentes ao período 1T20, como foi o caso da Weg (WEGE3com lucro líquido de +43%) e OdontoPrev (ODPV3 – apresentou geração de caixa recorde, com lucro líquido de +5%), por exemplo.

De maneira geral, o impacto do COVID-19 para o 1T20 ainda foi pouco significativo, mas será desafiador no decorrer do ano. Não posso deixar de expressar minha profunda admiração (de forma positiva) com a ação de empresas (dentre várias) como Itaú (doou R$ 1 bilhão para o combate ao vírus), Ambev (produziu e distribuiu álcool em gel) e Weg (está se estruturando para fabricar respiradores artificiais) neste momento de combate à doença.

Para obter acesso ou acompanhar os balanços, recomendo o seguinte link:
https://financenews.com.br/?s=1t20

Quanto aos investimentos…

Recebi proventos de ITUB3, ITSA3, ODPV3, BRCR11 (0,55%), FCFL11 (0,48%), PQDP11 (0,53%), KNRI11 (0,41%), RNGO11 (0,57%), SAAG11 (0,80%), GGRC11 (0,65%), MXRF11 (0,79%), KNCR11 (0,50%), HGRE11 (0,42%), VISC11 (0,31%), HFOF11 (0,70%) e HGBS11 (0,41%). Continuo satisfeito com o resultado da carteira, embora a performance dos fundos de shopping (PQDP11, VISC11 e HGBS11) tenha sido comprometida – conforme exposto no resultado anterior, este impacto negativo era previsível. Ainda assim, não pretendo modificar ou diminuir minha exposição aos fundos em questão; pelo contrário, entendo que o potencial futuro de valorização destas cotas supera o rendimento dos demais (vale lembrar que é uma visão pessoal). De maneira geral, o rendimento da carteira permanece excelente, sendo reforçado com o pagamento de dividendos e JCP de ITUB3, ITSA3 e ODPV3 (o “rendimento” mais expressivo foi referente à uma restituição de capital em dinheiro de BBSE3, nos demais casos foi pouco significativo).

Com o rendimento da própria carteira, somado ao capital que me prontifico separar para investir mensalmente, comprei mais ações (ou cotas) de ITUB3, ITSA3, ABEV3, BBAS3, BBSE3, MXRF11, VISC11 e HFOF11. Assim como no mês passado, aproveitei o pânico do mercado para reforçar algumas posições – mas é importante manter a cautela, pois o ano tende apresentar uma forte volatilidade. Os maiores aportes foram destinados para BBAS3 e ITUB3, e nos demais os aportes foram equilibrados.

Para quem for sócio da Petrobras (meu caso), recomendo assistir o vídeo da Suno Research:

Infelizmente, os efeitos negativos da pandemia – que é naturalmente recessiva – atingiram diferentes setores do mercado. Como abordei o assunto exaustivamente no resultado anterior, procurei ser mais objetivo neste.

Confiram a distribuição dos ativos, segundo o portal CEI (NÃO inclui o Fundo DI):

A disposição dos ativos ficou mais equilibrada porque, desde o mês passado, reforcei e priorizei as posições nos fundos imobiliários.

A composição atual ficou assim (gráfico do IrpfBolsa):

Vale lembrar que o gráfico acima representa uma distribuição baseada no custo de aquisição, não no valor de mercado

Em relação aos trades

Desde que o ano começou, NÃO tenho priorizado as operações de trade. Entretanto, ao identificar algumas oportunidades pontuais (como a saída do Ministro Sérgio Moro, infelizmente), fiz operações manuais, curtas e rápidas. Até então, por “sorte”, todas as operações foram lucrativas.

Conforme exposto em outras oportunidades, continuo dedicando bastante tempo e esforço na realização de ajustes finos no projeto APFTrend-Plus. Aliás, esta é uma das razões para estar ausente no Youtube nas últimas semanas – preciso estabelecer prioridades. Desta vez, quero certificar que é possível obter resultados realmente consistentes antes de continuar com as operações automatizadas na conta real, pois não quero “comprometer” minha capacidade de aporte desnecessariamente.

Aguardem, não desisti do projeto! 😉

Por outro lado, como holder, tenho reforçado minhas posições conforme identifico alguma oportunidade e disponho de recurso financeiro.

Tenho consciência de que o mundo está passando por um período bastante desafiador e, além da crise econômica e social, muitas vidas serão perdidas. Infelizmente, o mês encerra com quase 6.000 mortes no Brasil e não existe uma expectativa de recuo para as próximas semanas. Lamento muito tratar de números nestas condições; são perdas irreparáveis.

Também não estou aqui para atacar ou defender o governo algum, apesar de entender que o presidente poderia ter evitado mais um atrito em um momento tão delicado e crucial para o país. Na minha opinião, ele tinha este poder. Agora, não adianta gastar muita energia tentando apontar culpados. O fato é que o presidente poderia ter evitado mais este desgaste, que certamente trará repercussões que serão sentidas no decorrer do ano inteiro.

O discurso populista de impedir que pessoas morram de fome no futuro é valido, ninguém nega. Porém, só faz sentido para quem continua vivo e goza de saúde – o dinheiro, sem isto, não serve para nada. Apesar das dificuldades que estão por vir (e virão), a chance de continuar lutando é sempre melhor do que uma interrupção abrupta e sem retorno.

De maneira geral, apesar do momento amargo para o mercado (não se iluda com algumas semanas de otimismo), continuo bastante satisfeito com o resultado da carteira e o rendimento continua performando muito bem.

O objetivo aqui é meramente didático. Algumas estratégias (mais especulativas que comento) envolvem risco elevado, com potencial de ganho expressivo ou, em alguns casos, prejuízos imediatos. Então, estude sempre, consulte diferentes fontes de informação e tire suas próprias conclusões – a única recomendação que faço é: não façam trades na fase inicial (a tolerância aos erros será pequena)!

Desejo a todos um excelente feriado e dias melhores!

Estou apenas demonstrando opções de investimentos e o potencial de crescimento, isto não é recomendação de investimento!