Resultado do mês de março (2020)

O mês de março chega ao fim, deixando muitas dúvidas, expectativas e preocupações no ar. Aliás, quem seria capaz de imaginar o tamanho do estrago causado pelo COVID-19? Infelizmente, diferente do que imaginei no início, não vejo mais uma solução realmente eficaz no curto prazo. O momento pede união e muita cautela. Estamos de frente à um impasse jamais visto no mundo, com repercussões sociais, de saúde pública (vidas serão perdidas) e de grande impacto financeiro. O momento é delicado, requer medidas alinhadas tecnicamente (não há espaço para “politicagem”), rápidas e com a maior coesão possível entre as autoridades de cada país. É evidente que, diante do momento caótico, imprevistos assolam as vidas de TODOS cidadãos. Não podemos surtar, mas devemos ter “respeito” pela crise que já estamos diante – ou seja, não subestimem. Sem muitas delongas, vamos aos resultados.

Compartilhei diferentes artigos, informações e vídeos sobre o assunto (em nossa fanpage, blog e canal do Youtube).

Não acho que o presidente Bolsonaro esteja “completamente equivocado” quando defende a economia; o problema é que, na minha opinião (não sou dono da verdade), ele tem feito pronunciamentos irresponsáveis quando diminui a criticidade do momento ao comparar com uma simples gripezinha ou quando faz uma avaliação rasteira da letalidade da doença ou até mesmo das consequências econômicas. Sendo assim, não posso concordar.

Vale lembrar que a letalidade é maior entre os idosos, mas, conforme relatos de inúmeros médicos, NÃO é tão assintomática quanto se imaginava entre os mais jovens – que também entrarão na ‘disputa’ por UTIs e respiradores – , diminuindo ainda mais a expectativa de sobrevivência dos idosos ou demais casos de internação. Esta é uma das razões para alguns países, como Itália e Espanha, priorizar os respiradores por idade (visto que a expectativa de vida entre os mais jovens é maior). Não podemos ser egoístas, a vida de muitos idosos pode(ria) ser preservada. Existe alguma previsibilidade para o que está acontecendo!

O grande problema é que não existe uma vacina ou tratamento com eficácia comprovada (existem estudos), basta ver o número de mortes diárias (infelizmente, não presenciamos desaceleração ainda):
https://www.worldometers.info/coronavirus

Por se encontrar na fase inicial da contaminação e diante do alto potencial de propagação, para ganhar tempo (permitindo melhor planejamento e reestruturação dos sistemas de saúde), o mundo inteiro defende o modelo de quarentena horizontal (liberando apenas serviços essenciais), antes de reavaliar o avanço e efeitos da doença. Vale lembrar que, apesar de inúmeras teorias de conspiração (não ajudam em nada), esta tem sido a recomendação da OMS. É um desafio mundial.

Entendo que só assim será possível reavaliar friamente as medidas tomadas, permitindo revisar e estudar alternativas – seria possível, por exemplo, estudar os efeitos ou a possibilidade da aplicação da quarentena vertical (separando por grupos de risco) por região; ou avaliar a possibilidade de abrandar a quarentena e aplicar controles sanitários mais severos nas divisas dos Estados conforme a contaminação for contida em cada região.

Na fase inicial, diante do risco envolvido, entendo que NÃO seria prudente começar pela quarentena vertical – até pela dificuldade de aplicação no Brasil (nem sabemos se será viável na prática).

Percebam que não existe solução fácil…

É evidente que a implantação da quarentena implica, necessariamente, em uma crise financeira profunda no mundo todo. Logo, não é apenas uma questão interna.

Infelizmente, não acredito que uma crise financeira de grandes proporções possa ser evitada. Existem medidas conjuntas (Estado e iniciativa privada – grandes empresas) que podem amenizar os efeitos. O mercado financeiro foi dando sinais claros de que a expectativa futura mudaria de direção drasticamente. No final de janeiro, o IBov atingiu quase 120 mil pontos. Porém, a partir de fevereiro, encerramos o movimento de euforia e o mercado simplesmente chaveou abruptamente para pânico. Não foi apenas a expectativa do rompimento de uma possível bolha (antes fosse) ou pânico momentâneo por causa de uma gripezinha.

Não faz muito tempo que o Brasil saiu de uma recessão técnica e seguia uma trajetória otimista de crescimento econômico; é muito difícil aceitar perder tantas conquistas. Daí a preocupação do presidente.

Infelizmente, o momento é único e não há como fugir. Estamos lidando com números de guerra. Lamento que muitos ainda não tenham entendido a criticidade do momento. A única certeza que temos, até então, é que muitas vidas serão perdidas.

Insisto em dizer que não existe solução fácil. Implicações econômicas podem ser ainda mais devastadoras com a contaminação em descontrole, atingindo diferentes setores do mercado ao mesmo tempo e colapsando o sistema de saúde simultaneamente. É possível observar os efeitos disto em países que foram “forçados” a retomar a quarentena de forma mais severa e com prazo prolongado, impondo controles mais rígidos com ação da polícia e multas por descumprimento.

Em relação ao mercado de capitais, o momento pode ser “oportuno”. No entanto, caso você não conte uma com reserva de oportunidade, não acho prudente consumir todas as reservas de emergência, neste momento, destinando em aplicações financeiras. Não sabemos qual será a duração da quarentena e nem o impacto final sobre a economia. Ou seja, espero que não, mas a finalidade real da reserva de emergência pode se impor durante o ano. Não sejamos imprudentes!

Acabei prolongando um pouco o assunto, mas julgo que foi necessário. Meu objetivo não é criar pânico, apenas alertar e permitir melhor planejamento e proteção. Cuidem-se!

Como de costume, confiram os principais números e acontecimentos que sacudiram o país e o mundo (do redator chefe da Modal):

Para obter acesso ou acompanhar os balanços, recomendo o seguinte link:
https://financenews.com.br/?s=4t19

Quanto aos investimentos…

Recebi proventos de ITUB3, ITSA3, BBAS3, WEGE3, BRCR11 (0,52%), FCFL11 (0,55%), PQDP11 (0,58%), KNRI11 (0,43%), RNGO11 (0,48%), SAAG11 (0,72%), GGRC11 (0,53%), MXRF11 (0,80%), KNCR11 (0,39%), HGRE11 (0,42%), VISC11 (0,50%), HFOF11 (0,60%) e HGBS11 (0,50%). O momento tem sido bastante antagônico e delicado de avaliar. Os índices IBov e IFIX foram MUITO castigados no decorrer do mês – passamos por 6 circuit breaker no intervalo de uma semana. Ainda assim, por mais incrível que possa parecer, com descontos tão significativos, o momento é vantajoso para investidores de longo prazo. O rendimento da carteira surpreendeu positivamente e os dividendos dos principais fundos (quase todos) aumentou em função da forte desvalorização das cotas – início do pânico no mercado de capitais. Ao mesmo tempo que o momento preocupa, abre uma janela de oportunidade rara, permitindo aumentar as posições mais expressivamente e com grande desconto. É evidente que, no curto prazo e com os efeitos da quarentena horizontal, a cotação e o rendimento dos FIIs de shoppings (PQDP11, VISC11 e HGBS11) serão castigados. O fundo VISC11, por exemplo, estuda trabalhar com sua reserva financeira para oferecer algum rendimento aos cotistas no próximo mês. Vale lembrar que, com alguns shoppings fechados, determinados fundos não distribuirão rendimentos temporariamente. Conforme exposto, de maneira geral, o rendimento da carteira permanece excelente, sendo reforçado com o pagamento de dividendos e JCP de ITUB3, ITSA3, BBAS3 e WEGE3 (desta vez os rendimentos foram expressivos em ambos os ativos – nenhum deixou a desejar).

Até como investidor é difícil descrever a sensação do momento. Chega ser estranho avaliar. O rendimento da carteira foi excelente, mas a queda do valor de mercado da carteira impressionou (não foi pouco).”

Também não assustem com atrasos na distribuição de dividendos de alguns FIIs – os Fundos devem distribuir 95% do resultado semestral, porém não há obrigatoriedade na distribuição mensal! Então, é esperado que alguns fundos aguardem por um período maior para planejar sua distribuição corretamente.

Desta vez, não faz muito sentido comentar sobre os aportes mensais, pois aproveitei o pânico do mercado para rebalancear a carteira de renda variável. Fiz inúmeros aportes e em maior proporção. Tirando OIBR3 e PQDP11, aportei em praticamente todos os ativos que compõem a carteira.

Compreendo que poderia explorar a volatilidade de OIBR3, mas com tantos ativos de Blue Chips em “promoção” e dividendos generosos (oportunidade rara), preferi direcionar melhor os recursos disponíveis. É uma questão de avaliar preço e valor.

Aproveitei para reforçar posições em PETR3 e BBAS3. Até o mês de janeiro, não via como comprar um ou mais lotes naquela euforia do mercado. Estava apenas aguardando uma oportunidade para reforçar as posições contando com um preço mais justo.

Com a desvalorização dos principais ativos, estou avaliando também a possibilidade de reforçar posições no fundo PQDP11 – voltou a ficar atrativo.

Diante de tantas incertezas e forte volatilidade, também decidi não realizar operações de trade!

Saibam que não trabalho com reserva de oportunidade (não com este foco) e também não comprometi minha reserva de emergência. Apenas aproveitei o momento “caótico” para diminuir minha posição em um fundo DI que me desagradava faz algum tempo (performance e custos) para redistribuir em ativos mais promissores – aproveitando o momento de irracionalidade do mercado. Foi uma avaliação pessoal.

Confiram a distribuição dos ativos, segundo o portal CEI (NÃO inclui o Fundo DI):

Com o “início” da crise, a carteira de ações foi castigada de forma mais expressiva, mas aproveitei para rebalancear também.

A composição atual ficou assim (gráfico do IrpfBolsa):

Vale lembrar que o gráfico acima representa uma distribuição baseada no custo de aquisição, não no valor de mercado

No início do ano, por estar atento ao movimento eufórico do mercado de capitais (comentei no resultado de dezembro), pensei em trabalhar com alguma proteção de carteira. Basicamente, isto poderia ser feito aportando ou migrando parte do dinheiro para opções mais seguras (como dólar, ouro e prata, por exemplo) ou realizando operações de hedge.

MAS, a verdade é que nenhuma destas alternativas é tão simples quanto parece ou vendem por aí!

Mover recursos para opções mais seguras só faz sentido para grandes fortunas ou caso façamos com muita antecedência. Agora seria o pior momento, pois teríamos que realizar prejuízo de um lado para comprar outros ativos mais seguros e supervalorizados naturalmente no outro lado – prejuízo certo. Aliás, aproveitando o assunto, também se iludiu quem apostou que as criptomoedas poderiam ser utilizadas como reserva de valor.

– Outra alternativa seria realizar operações de hedge, comprando PUTs (opções de venda) mesmo sem ter o interesse em exercer o direito; ou fazendo swing trade com contrato futuro de índice da bolsa brasileira – ou seja, vendendo WIN. A compra de uma opção PUT seria o equivalente a fazer um seguro dos ativos que compõem a carteira, mas, assim como qualquer outro seguro, teria um custo periódico, comprometendo a capacidade de aporte mensal. Já a venda do contrato futuro WIN poderia ser uma proteção interessante, porém pediria uma “garantia” alta e a volatilidade do índice vem se mostrando gigantesca (com GAPs de assustar) e impõe um nível risco que para muitos investidores seria inaceitável (caso mantiver a operação aberta por dias consecutivos).

Pois é, eu sei que agora, com o “caos” já estabelecido, fica fácil enxergar as possibilidades e oportunidades perdidas. Mas, sem uma bola de cristal, é MUITO difícil acertar estes momentos e as “manobras financeiras” disponiveis. Então, na maioria das vezes, para evitar prejuízos maiores, o melhor é manter os aportes regulares.

É evidente que o momento é oportuno e *QUEM PUDER* reforçar os aportes de forma mais expressiva, será beneficiado mais adiante. É o que tenho feito. Como holders, não estamos com prejuízo, basta não desesperar e manter nossas posições.

De maneira geral, apesar do momento amargo para o mercado, continuo bastante satisfeito com o resultado da carteira e o rendimento da carteira foi excelente.

O objetivo aqui é meramente didático. Algumas estratégias (mais especulativas que comento) envolvem risco elevado, com potencial de ganho expressivo ou, em alguns casos, prejuízos imediatos. Então, estude sempre, consulte diferentes fontes de informação e tire suas próprias conclusões – a única recomendação que faço é: não façam trades na fase inicial (a tolerância aos erros será pequena)!

Estou apenas demonstrando opções de investimentos e o potencial de crescimento, isto não é recomendação de investimento!

Resultado do mês de agosto (2019)

Encerramos o mês com números positivos para a economia brasileira, mas passamos por algumas turbulências no cenário político – a imprensa brasileira adora jogar lenha na fogueira. Em relação aos investimentos, o mês foi excelente (o rendimento da carteira surpreendeu). Felizmente, de maneira geral, não precisei lidar com imprevistos. Sem muitas delongas, vamos aos resultados.

Existia uma perspectiva negativa em relação ao PIB brasileiro que, caso se confirmasse, retornaríamos para um quadro de recessão técnica. Para nosso espanto e felicidade, o PIB do segundo trimestre superou as expectativas ao apresentar crescimento de 0,40% (1% a mais em relação ao trimestre do ano anterior).

Para reforçar um pouco mais o clima de otimismo, segundo o PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínuo), o índice de desemprego (que continua alto) caiu de 12,5% para 11,8%. Parece pouco, mas estamos conferindo os primeiros sinais de recuperação econômica.

Outro acontecimento de grande impacto, foi o anúncio do interesse em privatizar 17 empresas brasileiras, dentre elas: “Correios, Eletrobras, Telebras, Casa da Moeda, Serpro, Dataprev e outras“. Com este anúncio, as ações de empresas como Eletrobras (ELET) e Telebras (TELB) apresentaram forte valorização nas últimas semanas. Só com a privatização da Eletrobras, por exemplo, o Governo estima um aumento de receita de R$ 16 Bi.

A especulação foi impressionante, acompanhamos uma flutuação agressiva de TELB3 – de R$ 23,00 até R$ 500,00 por ação, porém fechando em R$ 150 (haja estômago). No meu caso, fiquei apenas observando a volatilidade de TELB3, pois a liquidez é relativamente baixa, o spread continua alto e seria necessário estar posicionado no ativo antes do anúncio.

Da lista de empresas apresentada pelo Governo, fiquei na dúvida se faz realmente sentido privatizar a Casa da Moeda – no caso das demais, entendo ser a melhor opção.

Mas, nem tudo são flores…

A imprensa brasileira não dá descanso ao Governo Bolsonaro e coloca uma lupa gigante sobre cada problema que surge, mesmo que sejam sistêmicos (causas “naturais”, por exemplo). É evidente que estou me referindo às queimadas na Amazônia. O problema tomou uma repercussão mundial, desproporcional e prejudicial para a imagem do Brasil – gerou, inclusive, atrito entre Brasil e França.

Para não prolongar desnecessariamente o assunto, publiquei um artigo mostrando diferentes pontos de vista:

Como de costume, confiram os principais números e acontecimentos que sacudiram o país e o mundo (do redator chefe da Modal):

Mais algumas empresas divulgaram os balanços do segundo trimestre…

Pois é, o resultado foi bastante positivo para minha carteira. A EZTEC, por exemplo, divulgou um aumento do lucro líquido de 553% e fechou o mês sendo negociada perto de R$ 40,00 (uma forte valorização em 2019). A Petrobras também surpreendeu ao apresentar um aumento de 89% do lucro líquido.

Atualmente, muitos investidores estão apostando no turnaround (forte valorização, após reestruturação) de empresas como Via Varejo, Oi e Banco Inter. Infelizmente, a Via Varejo divulgou um prejuízo de R$ 154 milhões no 2T19. A situação mais estável e segura é do Banco Inter. Porém, dentre as opções, a assimetria que despertou maior interesse para especulações tem sido da Oi (obviamente, trata-se da opção mais arriscada).

Para ter acesso ou acompanhar os balanços, recomendo o seguinte link:
https://financenews.com.br/?s=2t19

Como o portal acionista.com.br passou a cobrar assinatura para exibir os balanços, passaremos a trabalhar com o financenews.com.br.

Quanto aos investimentos…

Recebi proventos de BBSE3, BBAS3, ITSA3, ITUB3, GRND3, WEGE3, BRCR11 (0,410%), FCFL11 (0,508%), PQDP11 (0,381%), KNRI11 (0,482%), RNGO11 (0,576%), SAAG11 (0,722%), GGRC11 (0,500%), MXRF11 (0,585%), KNCR11 (0,614%), HGRE11 (0,447%), VISC11 (0,578%) e HGBS11 (0,558%). De maneira geral, após o pequeno ajuste realizado no mês passado, houve uma leve melhora na performance da carteira. Porém, a performance final do mês de agosto foi a melhor até o momento. Desta vez, o pior resultado ficou com o fundo PQDP11, porém, em relação ao meu preço médio, a rentabilidade permanece excelente – aliás, o fundo recuou para um preço mais justo e condizente com sua avaliação patrimonial, oferecendo melhor rendimento para os próximos meses. Além disto, tivemos a excelente notícia de que o fundo KNCR11 liberou o público-alvo, antes restrito apenas para investidores qualificados. De maneira geral, o rendimento da carteira permanece excelente, sendo MUITO (risos) reforçado com o pagamento de dividendos e JCP de BBSE3, BBAS3, ITSA3, ITUB3, GRND3 e WEGE3 (o rendimento foi bastante expressivo – o Banco Itaú (por exemplo) pagou R$ 0,78 por ação).

Com o rendimento da própria carteira, somado ao capital que me prontifico separar para investir mensalmente, comprei mais ações (ou cotas) de CRFB3, WEGE3, ITSA3, OIBR3 e VISC11. Desta relação, o maior aporte foi para WEGE3 e o menor para ITSA3.

Conforme colocado, abri posição na Oi, mas com objetivo especulativo (gostei da assimetria risco x retorno) – na imagem com a composição atual da carteira fica evidente que minha exposição ao risco é bastante saudável.

Como o rendimento da carteira foi significativamente maior, optei pela abertura de posição no Fundo FATOR Sinergia FIA. Vale lembrar que, no final de julho, também abri posição no Fundo Alaska Black Ações II.

Confiram a distribuição dos ativos, segundo o portal CEI (NÃO inclui o Fundo DI):

A proporção em ações aumentou em decorrência da forte valorização do índice Ibov

A composição atual ficou assim (gráfico do IrpfBolsa):

Vale lembrar que o gráfico acima representa uma distribuição baseada no custo de aquisição, não no valor de mercado

Quanto ao meu projeto APFTrend-v2.0 (robô trades)…

A performance do robô, no início do mês, foi positiva – imaginei ter encontrado um ponto de equilíbrio entre gain (lucro) e loss (prejuízo). Infelizmente, não durou muito. O “jogo” virou na última semana e terminei com prejuízo novamente.

É claro que tudo isto é feito com um planejamento que não prejudique o resultado final da carteira, bem como a capacidade de aportes.

Vale lembrar que estou trabalhando na 20 revisão do projeto, onde estou incluindo um número maior de validações para diminuir o tempo de exposição à operações mal sucedidas. Em breve atualizarei o projeto.

A versão demo do robô (apenas binários) está disponível para download através do link:
http://aprendizfinanceiro.com.br/APFTrend-v2.0-demo.zip

Atenção, o projeto ainda está em fase experimental

De maneira geral, continuo bastante satisfeito com o resultado da carteira e, por mais estranho que possa parecer, também com a evolução do robô de trades (apesar do resultado negativo que se repete). Ainda assim, o ganho da capital da carteira continua superando minhas expectativas – foi o mais expressivo desde o início do ano. Vale lembrar que, no curto prazo, oscilações são naturais e esperadas (com movimentos de repique, por exemplo). Dentro de qualquer tendência, os papeis não se movimentam em linha reta.

O objetivo aqui é meramente didático. Algumas estratégias (mais especulativas) que comento envolvem risco elevado, com potencial de ganho expressivo ou, em alguns casos, prejuízos imediatos. Então, estude sempre, consulte diferentes fontes de informação e tire suas próprias conclusões – a única recomendação que faço é: não façam trades na fase inicial (a tolerância aos erros será pequena)!

Estou apenas demonstrando o potencial de crescimento, isto não é recomendação de investimento!

Resultado do mês de julho (2019)

Como o mês de julho encerrou no meio da semana, decidi apresentar o resultado mensal no primeiro final de semana de agosto. Para variar, presenciamos “pequenos” conflitos envolvendo o Governo atual – a imprensa brasileira não se cansa de procurar cabelo em ovo. Felizmente, não precisei lidar com imprevistos. Sem muitas delongas, vamos aos resultados.

Por coincidência, no mês em que o ministro Paulo Guedes anunciou o interesse em acabar com a adesão obrigatória a Conselhos de Classe, como OAB, CRM e CREA (por exemplo), surgiu um grande desentendimento entre o Presidente da República (Jair Bolsonaro) com o Presidente da OAB (Felipe Santa Cruz).

Quanto ao desentendimento, já escrevi minha opinião sobre o assunto:

Felizmente, fomos presenteados com notícias positivas…
O clima de otimismo prevalece!

Na última semana do mês, o COPOM (Comitê de Política Monetária) anunciou um corte na taxa básica de juros, reduzindo a Selic de 6.5% para 6.0% (a menor desde o início do regime de metas de inflação), deixando, ainda, entender a possibilidade de futuros cortes. Ou seja, demonstra maior controle sobre a inflação.

A redução da Selic é salutar para economia brasileira, mas nos leva buscar opções de investimentos mais sofisticados. Acredito que ampliará o interesse por Fundos Imobiliários, Debentures Incentivadas (títulos de crédito privado), Fundos Multimercados e Ações. Vale lembrar, que ideal é não girar patrimônio, apenas direcione os próximos aportes conforme o interesse.

Com intuito de aquecer a economia, o Governo Federal decidiu liberar saques, até o limite de R$ 500.00 (a partir de setembro), para contas ativas ou inativas do FGTS e PIS-Pasep. Confesso que esperava algo um pouco mais expressivo (em porcentagem, por exemplo), mas, ao mesmo tempo, sabia que seria um “grande desafio”, pois os saques comprometem alguns setores (como da construção civil) e, há pouco tempo, o Governo Temer havia permitido o saque completo de contas inativas.

Ainda, em relação ao FGTS, o Governo também propôs, para 2020, novas regras para os saques futuros, através de uma modalidade batizada como “saque-aniversário” (opcional). Pode ser uma opção interessante para quem dispor de saldo superior a R$ 20.000, podendo sacar 5% mais uma parcela adicional de R$ 2.900,00 – ou seja, um saque anual de, pelo menos, R$ 3.900.

https://noticiasconcursos.com.br/noticias-concursos/saque-do-fgts-governo-libera-dinheiro-para-trabalhadores-ativos-em-2019/

Particularmente, estou inclinado em aderir a nova modalidade de saques. Mas é preciso pensar bem, pois, ao aderir, não poderemos trocar de modalidade por dois anos (a partir da solicitação) – neste prazo, não será permitido o saque completo da conta, mesmo em caso de demissão. Por outro lado, ficaremos mais livres para trabalhar o dinheiro conforme o nosso interesse ou necessidade. É uma decisão muito pessoal, estou apenas mostrando as opções.

Já no cenário externo, após sofrer novo blecaute generalizado, a Venezuela continua chamando atenção – desta vez, inacreditavelmente, jogando a culpa em um ataque eletromagnético (é muita cara de pau… risos).

A Bolívia também chamou atenção. Segundo o portal BBC, “uma aliança entre a Rússia e a Bolívia prevê a construção de um complexo de tecnologia atômica a mais de 4 mil metros do nível do mar, na cidade de El Alto, vizinha da capital boliviana La Paz“. Na minha visão, seria mais sensato e “viável” (longo e médio prazo) investir em energia limpa, como eólica e solar – caminho que estamos tomando com a contribuição de empresas como a Engie e Weg.

Em se tratando de energia solar, recentemente, também presenciamos a entrada da Weg no varejo, ampliando um projeto de miniusinas solares em condomínios. Particularmente, acredito que estamos no caminho correto.

Como de costume, confiram os principais números e acontecimentos que sacudiram o país e o mundo (do redator chefe da Modal):

Aos entusiastas das criptomoedas, surgiu uma opção de investimento mais “segura” (autorizada pela CVM) – confesso que fiquei surpreso. O Banco BTG está disponibilizando um Fundo Multimercado, conhecido como HASHDEX DIGITAL ASSETS DISCOVERY FIC FIM, que gere ativos baseados em criptomoedas. Ainda assim, não se iluda, trata-se da modalidade mais arriscada atualmente.

No mês passado comentei sobre o lançamento de uma criptomoeda, pelo Facebook, chamada Libra. Segundo a revista Exame, “a empresa terá a missão de convencer o Congresso Americano que sua criptomoeda pode ser lançada sem prejuízos de privacidade e segurança“.

Quando pensei que o assunto (criptomoedas) encerraria, eis que surge a primeira tentativa de regulação no Brasil. Não sei como a Receita Federal “pretende fazer isto efetivamente”, mas “Investidores e corretoras que atuam com criptomoedas, como o bitcoin, passarão a ter de informar transações mensalmente à Receita Federal“. A ideia, na teoria, parece viável, mas, na prática, os brasileiros já estão enviando dinheiro para o exterior e operando em corretoras fora do alcance dos órgãos brasileiros – duvido muito que prestem conta sobre estas operações.

Segundo a Exame: Com a norma, as corretoras precisarão prestar à Receita informações de todas as transações de seus clientes, como nome dos envolvidos, valores, data e taxas. A obrigatoriedade também vale para pessoas físicas que investem neste mercado de forma independente, sem as corretoras, e cujas transações com as moedas ultrapassarem 30.000 reais em um determinado mês

Dos ativos que mantenho em carteira, foram divulgados os balanços (2T19) de Grendene (GRND3lucro líquido de R$ 118,0 milhões / 36,9% menor), Hypermarcas (HYPE3lucro líquido +21,3%), OdontoPrev (ODPV3lucro líquido +21,3%), Petrobras (PETR3lucro líquido de R$ 18,9 bilhões com a conclusão da venda da TAG, +89%) e Ambev (ABEV3 – lucro líquido de R$ 2.7 bilhões, +16%)

Para ter acesso ou acompanhar os balanços, recomendo o seguinte link:
https://financenews.com.br/?s=2t19

Como o portal acionista.com.br passou a cobrar assinatura para exibir os balanços, passaremos a trabalhar com o financenews.com.br.

Quanto aos investimentos…

Recebi proventos de PETR3, ITSA3, ITUB3, ODPV3, BRCR11 (0,398%), FCFL11 (0,510%), PQDP11 (0,476%), KNRI11 (0,480%), RNGO11 (0,686%), SAAG11 (0,725%), GGRC11 (0,476%), MXRF11 (0,613%), KNCR11 (0,533%), HGRE11 (0,461%), FLMA11 (0,425%), HGBS11 (0,776%) e FIGS11 (0,202%). Em relação ao mês passado, não há muita novidade. O desempenho da carteira continua excelente. Conforme esperado, o pior rendimento ficou com o fundo FIGS11 – além do término da RMG, seus imóveis estão passando por reforma. No encerramento do mês, o fundo KNRI11 adquiriu 12 andares do imóvel Torre IV do Condomínio São Luiz (SP) – edifício corporativo ocupado por renomadas empresas dos segmentos bancário. Aliás, falando em segmento bancário, o presidente do Banco Santander se manifestou afirmando que o fim dos caixas humanos no Brasil está próximo. Seja como for, não há razão para desespero; esta discussão não é nova. Portanto, apesar do excelente dividendo, não custa dar uma atenção especial para o fundo SAAG11. De maneira geral, o rendimento da carteira permanece excelente, sendo reforçado com o pagamento de dividendos e JCP de ITSA3, ITUB3, PETR3 e ODPV3.

Realizei ajustes na carteira com intuito de rebalancear algumas posições:

– Há algum tempo avalio o fundo VISC11 (shoppings), porém já estava exposto aos fundos PQDP11, HGBS11 e FIGS11. No resultado do mês anterior, comentei que deixaria o FIGS11 em quarentena. Pois bem, após avaliar o portfólio de cada fundo e o meu interesse em aportes mensais, decidi fechar a posição em FIGS11, abrindo outra em VISC11.

– O segundo ajuste foi em relação ao fundo FLMA11. Trata-se de um fundo monoativo, de excelente qualidade e bem localizado. Apesar de gostar do fundo, suas cotas vem sendo negociadas com um ágio quase impeditivo para reforçar posições. O meu preço médio, por exemplo, estava em R$ 2,40. Desprezar um lucro de aproximadamente R$ 1,6 por cota em um fundo com ágio tão elevado, não fazia sentido. Sendo assim, decidi fechar a posição e distribuir o dinheiro entre VISC11 e MXRF11.

Não sei se ficou claro, mas, neste caso, não se tratou de um trade!

Com o rendimento da própria carteira, somado ao capital que me prontifico separar para investir mensalmente, comprei mais ações (ou cotas) de ITSA3, HYPE3, RNGO11, SAAG11, KNRI11, VISC11, MXRF11 e BRCR11. É evidente que o número de operações e ativos foi maior em função do remanejamento em carteira tratado anteriormente e contou com uma ajuda do retorno financeiro da própria carteira. Os menores aportes foram destinados ao BRCR11 (uma única cota) e ITSA3, e os maiores para VISC11 e MXRF11.

Confiram a distribuição dos ativos, segundo o portal CEI (NÃO inclui o Fundo DI):

A proporção em ações aumentou em decorrência da forte valorização do índice Ibov

A composição atual ficou assim (gráfico do IrpfBolsa):

Vale lembrar que o gráfico acima representa uma distribuição baseada no custo de aquisição, não no valor de mercado

Durante o mês, abri uma pequena posição no Banco Inter (BIDI3) visando o longo prazo. Porém, depois de alguns dias, diante de tantas incertezas, decidi transformar em swing trade e fechei a posição com lucro superior a R$ 1,00 por ação. Pretendo analisar o caso com mais calma futuramente.

Em relação ao remanejamento de carteira, encerrei a posição em FIGS11 com um pequeno prejuízo e FLMA11 com lucro. Assim, pude abater o prejuízo e reduzir o imposto (DARF). Para tornar minha vida mais fácil e automatizar a apuração de IR, lanço todas as operações no programa IRPFBolsa.

Quanto ao meu projeto APFTrend-v2.0 (robô trades)…

Faltando poucos dias para encerrar o mês, obtive aproximadamente R$ 150 de lucro líquido. Com isto, decidi fazer um experimento com realização parcial. Infelizmente, com um número de contratos maior (apenas 3) e trades malsucedidos, terminei com prejuízo de aproximadamente R$ 450.

Me senti em uma verdadeira montanha-russa:

Fig1: Operação com lucro
Fig2: Operação com prejuízo

Na segunda figura (Fig2) o prejuízo parece menor porque fiz modificações no algoritmo para melhorar alguns padrões de entrada e saída. Mas, observem atentamente as setas (azul/compra e vermelho/venda).

Como está em fase experimental, acabo interferindo nas operações do robô e ajustando o algoritmo ao longo da semana. Não é fácil. Para avaliar melhor a performance do robô, neste mês acompanharei as operações apenas no final da tarde.

É claro que estou trabalhando com um capital alocado a risco para não comprometer os aportes mensais (bem como a evolução da carteira)

A versão demo do robô (apenas binários) está disponível para download através do link:
http://aprendizfinanceiro.com.br/APFTrend-v2.0-demo.zip

Aos interessados em testar o robô, recomendo começar pelas simulações – o projeto ainda está em fase experimental. É importante ressaltar que operações especulativas envolvem perdas esporádicas. Não há garantias de lucro. Portanto, mantenham cautela e jamais coloquem dinheiro que não possam perder (a única garantia é que pequenas perdas acontecerão inevitavelmente)!

De maneira geral, continuo bastante satisfeito com o resultado da carteira e também com a evolução do robô de trades (apesar do resultado negativo neste mês). Ainda assim, o ganho da capital da carteira continua superando minhas expectativas – tem sido expressivo. Vale lembrar que, no curto prazo, oscilações são naturais e esperadas (com movimentos de repique, por exemplo). Dentro de qualquer tendência, os papeis não se movimentam em linha reta.

Estou apenas demonstrando o potencial de crescimento, isto não é recomendação de investimento!

Resultado do mês de junho (2019)

O mês de junho surpreendeu de diferentes maneiras. Aliás, alguns acontecimentos são dignos de filme. Provavelmente, o vazamento ilegal de uma possível conversa entre o então Juiz Sergio Moro e procurador Deltan Dalla­gnol foi o assunto mais discutido. No entanto, muitos acontecimentos marcaram o mês. Felizmente, não precisei lidar com imprevistos. Sem muitas delongas, vamos aos resultados.

Conforme exposto, o vazamento ilegal de uma possível conversa entre Sergio Moro e procuradores da Lava Jato foi a desculpa que a defesa do ex-presidente (Lula) precisava para tentar desqualificar (indevidamente) todo o processo de condenação. Porém, na justiça brasileira, qualquer “documento” obtido de forma ilegal (como no ataque hacker) não pode ser incluído como prova – vale lembrar, também, que não há como comprovar a autenticidade do diálogo, visto que o hacker pode facilmente produzir diálogos em nome dos participantes.

Certamente, o ocorrido causou desconforto, mas não tem base suficiente para se manter. Tanto é verdade que, logo em seguida, o Mercado Financeiro praticamente ignorou o momento turbulento. E, sejamos sensatos, a defesa do ex-presidente não conseguiu refutar nenhuma das acusações até então (todas com provas contundentes).

O mercado continua otimista…

Ibov encerra o mês acima dos 100 mil pontos!

Já a discussão em torno a Reforma de Previdência parece não ter fim. Ao contrário do que a oposição prega, o maior prejudicado não é o mais pobre (pelo contrário) – aliás, acredito (opinião pessoal) que o maior embate acontece porque a reforma propõe o fim de privilégios em cargos públicos de alta renda (igualando ao teto do INSS).

Por mais incrível que possa parecer, ainda há quem questione o déficit…

Se você ainda tem dúvidas, sugiro assistir o seguinte vídeo:

O portal G1 publicou um estudo sobre o déficit nos principais Estados brasileiros e os números são assustadores. A pior situação ficou com o Estado de Minas Gerais com déficit de R$ 5.4 bi – fiquei surpreso em saber que a situação de Minas é mais delicada que do Rio Grande do Sul (déficit de R$ 3.8 bi).

Pois é, os números não mentem! 😉

Mas, a confusão (ou desinformação) tem sido tanta que alguns movimentos sociais convocaram uma greve geral *contra* a Reforma de Previdência e o Contingenciamento na Educação, embora tenhamos presenciado claramente oportunistas brigando por outras pautas (não é preciso dizer quais… risos)!

Confiram o compilado da greve produzido pelo canal Mamaefalei:

Em alguns aspectos entendo que o governo vem acertando, mas não acho que esteja lidando muito bem com conflitos internos, principalmente por permitir conflitos ideológicos. No mesmo mês, tivemos mais duas baixas – a demissão do general Santos Cruz da Secretaria de Governo e do presidente do BNDS, Joaquim Levy.

Na sexta-feira (28/06/2019), a MP 873, que proíbe o desconto em folha do imposto sindical, perderia a validade – particularmente, não concordo com a “contribuição” obrigatória! Mas, felizmente, o Ministro Barroso cassou a decisão que autorizava desconto em folha de contribuição sindical.

Apesar das turbulências internas, estamos cada vez mais próximos de ingressar na OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico). Além do apoio Norte Americano, o Reino Unido também manifestou apoio para o ingresso do Brasil na OCDE.

Por sorte, as notícias boas não param por aí. A semana encerrou com mais uma grande aliança. Segundo o Ministério da Economia, o acordo firmado entre o Mercosul e União Europeia pode aumentar o PIB brasileiro em até U$ 125 bi em 15 anos.

Como de costume, confiram os principais números e acontecimentos que sacudiram o país e o mundo (do redator chefe da Modal):

O mês está encerrando com forte valorização das principais criptomoedas (de certa forma indexadas pela criptomoeda Bitcoin). Para os simpatizantes deste mercado, o Facebook lançou mais uma criptomoeda conhecida como Libra e com grande potencial de crescimento, pois já conta com parcerias como Mastercard, Paypal, Ebay, Spotify e Uber, por exemplo.

De maneira geral, ainda é cedo para tecer conclusões sobre as criptomoedas. Acredito que, no caso da Libra, haverá algum tipo de regulação. Mas, o Bitcoin, por exemplo, cedo ou tarde, causará reação mais enérgica no mundo inteiro. A Receita Federal Brasileira já permite declarar a posição em Bitcoin, mas a verdade é que boa parte dos investidores não o fazem. E, tudo isto, sem considerar que muitos estão fazendo remessa não declarada para o exterior. Hoje, é impossível ter controle sobre todas operações envolvendo as criptomoedas – se o governo acredita que pode, é muita ingenuidade (não creio que sejam tão ingênuos assim… risos). Seja qual for sua visão, não ignore este fato.

Neste mês, finalmente, a Petrobras conseguiu concluir a venda da TAG (Transportadora Associada de Gás S.A.), com o pagamento de R$ 33,5 bi pela Engie.

O interesse claro na privatização dos Correios – reforçado com a demissão do presidente Juarez Aparecido – vem despertando a atenção de gigantes internacionais. Há rumores de que empresas como Amazon e Alibaba estão interessadas em comprar.

A Odebrecht também fez barulho com o maior pedido de recuperação judicial da história brasileira – de acordo com a Infomoney, a companhia divulgou R$ 51 bi de dívidas passíveis de reestruturação.

Finalmente, a “briga” pela Netshoes chegou ao fim. Segundo o portal Terra, “depois de passar semanas disputando a aquisição da Netshoes com a Centauro, a Magazine Luiza ganhou o deal, e concluiu o processo de aquisição“.

O balanço dos ativos que mantenho em carteira foram divulgado nos dois meses anteriores e, de maneira geral, o resultado foi positivo, tornando a situação da carteira de renda variável confortável e promissora.

Para ter acesso ou acompanhar os balanços, recomendo o seguinte link:
https://www.acionista.com.br/agenda/resultados-das-cias.html

Quanto aos investimentos…

Recebi proventos de BBAS3, CRFB3, ITUB3, BRCR11 (0,488), FCFL11 (0,511%), PQDP11 (0,481%), KNRI11 (0,477%), RNGO11 (0,578%), SAAG11 (0,722%), GGRC11 (0,536%), MXRF11 (0,599%), KNCR11 (0,620%), HGRE11 (0,470%), FLMA11 (0,420%), HGBS11 (0,538%) e FIGS11 (0,574%). O resultado foi modesto, mas o desempenho da carteira continua excelente. Devido a forte valorização dos últimos meses (e apenas por esta razão), o pior rendimento foi do fundo FLMA11 – o fundo continua excelente, porém, no atual momento, entendo que existam opções mais interessantes para direcionar novos aportes. Com o fim da RMG, é preciso ficar atento com o FIGS11, pois o fundo já divulgou rendimento de apenas 0,202% para o mês de julho – deixarei em quarentena (reduzi minha exposição no ano passado). Já o fundo BRCR11, com a nova ocupação do CENESP pelo Banco do Brasil, conseguiu reduzir a taxa de vacância do imóvel de 62,2% para 33,9%a vacância física do fundo passará a ser de 15% (o desempenho do fundo tende aumentar). De maneira geral, o rendimento da carteira permanece excelente, sendo reforçado com o pagamento de dividendos e JCP de BBAS3, CRFB3 e ITUB3 (pouco expressivo).

Conforme exposto inúmeras vezes, o posicionamento como holder é praticamente uma conduta obrigatória. E, para auxiliar na identificação de empresas sólidas e lucrativas, recomendo assistir o seguinte vídeo (Canal do Holder):

Com o rendimento da própria carteira, somado ao capital que me prontifico separar para investir mensalmente, comprei mais ações (ou cotas) de WEGE3, SAAG11 e BRCR11. O maior aporte foi para SAAG11 e o menor foi para BRCR11. Destinei o menor aporte ao fundo BRCR11 porque, apesar de gostar do fundo, já tenho uma exposição alta.

Confiram a distribuição dos ativos, segundo o portal CEI (NÃO inclui o Fundo DI):

A proporção em ações aumentou em decorrência da forte valorização do índice Ibov

A composição atual ficou assim (gráfico do IrpfBolsa):

Vale lembrar que o gráfico acima representa uma distribuição baseada no custo de aquisição, não no valor de mercado

Quanto ao meu projeto APFTrend-v2.0 (robô trades)…

Desta vez, o resultado do robô foi negativo, em aproximadamente R$ 400 (prejuízo). Ainda assim, tenho consciência que o objetivo é buscar assimetrias que ofereçam prejuízo pequeno e lucro maior, logo é importante avaliar o comportamento do robô ao longo do ano.

Não nego que fiquei um pouco preocupado e já até pensei em abandonar as operações de trade, mas não me dou por vencido facilmente. Decidi revisar o código e incluir alguns controles adicionais!

Precisei melhorar os pontos de entrada e buscar controles para limitar entradas tardias. Aproveitei o feriado de Corpus Christi e trabalhei arduamente nos ajustes do robô.

Comecei incluindo suporte ao algoritmo do indicador Trend Direction and Force (TDF). A grande vantagem do TDF é a possibilidade de mensurar a intensidade do movimento dentro da tendência através da “vetor val“. Em paralelo, inclui mais controles baseados no desvio padrão. Depois da alteração, consegui melhorar a eficiência do robô em 4x (infelizmente, apenas no final do mês).

A versão demo do robô (apenas binários) está disponível para download através do link:
http://aprendizfinanceiro.com.br/APFTrend-v2.0-demo.zip

Aos interessados em testar o robô, recomendo começar pelas simulações – o projeto ainda está em fase experimental. É importante ressaltar que operações especulativas envolvem perdas esporádicas. Não há garantias de lucro. Portanto, mantenham cautela e jamais coloquem dinheiro que não possam perder (a única garantia é que pequenas perdas acontecerão inevitavelmente)!

De maneira geral, continuo bastante satisfeito com o resultado da carteira e também com a evolução do robô de trades (apesar do resultado negativo neste mês). Ainda assim, o ganho da capital da carteira continua superando minhas expectativas – tem sido expressivo. Vale lembrar que, no curto prazo, oscilações são naturais e esperadas (com movimentos de repique, por exemplo). Dentro de qualquer tendência, os papeis não se movimentam em linha reta.

Estou apenas demonstrando o potencial de crescimento, isto não é recomendação de investimento!

Resultado do mês de maio (2019)

Como de costume, passamos por outro mês agitado (risos), marcado por manifestações em prol e contra algumas medidas do governo. Prevalece o clima de otimismo, porém os últimos balanços econômicos indicam que a economia brasileira apresentou retração. Felizmente, o mercado vem demonstrando um forte otimismo, até pelas negociações que estão surgindo (compartilharei algumas). Sem muitas delongas, vamos aos resultados.

As manifestações sacudiram o país…

A primeira, foi um protesto dos estudantes quanto ao contingenciamento na educação – infelizmente, ficou nítida a infiltração da oposição para defender pautas de interesse próprio. Particularmente, entendo que o impacto era previsível e também considero que o governo não escolheu um bom momento ou setor para contingenciamento. Acredito que existem alternativas mais interessantes e menos polêmicas.

Ainda assim, a maior manifestação foi em apoio ao governo, defendendo pautas como a “Reforma da Previdência” e o “Pacote anticrimes” do Ministério da Justiça, por exemplo. Infelizmente, custou mais uma divisão na direita brasileira – alguns grupos estão demonstrando um extremismo preocupante. O MBL se opôs a manifestação, acreditando se tratar do movimento organizado pelo grupo Lobos Patriotas (agendado para o mesmo dia) e causou bastante reação quando se posicionou contrário ao movimento (a forma como se posicionaram causou revolta e reação). Ainda assim, particularmente, vejo que membros como Kim Kataguiri, Arthur do Val e Fernando Holiday defendem ativamente as principais pautas da manifestação. Portanto, apesar de discordar em alguns pontos, não os condeno e considero como grandes aliados.

Quem mais faria isto? Ninguém nunca havia feito algo parecido!

Além da polêmica em torno das manifestações, a decisão do STF em criminalizar a homofobia e transfobia também chamou atenção e preocupa. No meu entendimento, existe uma certa subjetividade no entendimento do “crime”, mas o que causa maior espanto é o fato do STF estar legislando (e não é a primeira vez).

Acredito que a manifestação do dia 26, ao demonstrar uma conscientização da população em relação a importância das reformas, acalmou os ânimos do mercado, levando a queda de preço do dólar e recuperação do índice Ibov. Ainda é cedo para comemorar, pois existe tensão no cenário externo.

Também não podemos negar que a economia brasileira apresentou uma pequena retração – alguns analistas afirmam que o acidente em Brumadinho influenciou no resultado. Segundo o portal Valor, “O orçamento da União para 2019 previa que o Brasil cresceria 2,5% este ano, mas hoje as projeções caminham para algo menor do que 1%. O recuo de 0,2% no Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre reforçou essa percepção“.

Como de costume, confiram os principais números e acontecimentos que sacudiram o país e o mundo (do redator chefe da Modal):

Não sei se a retração econômica influenciou, mas o governo está avaliando liberar recursos de contas do FGTS e PIS-Pasep (mesmo as ativas) para estimular a economia. Espero que liberem!

Vale lembrar que, para quem for MEI, encerrou o prazo para a entrega da declaração DASM (sem multa). Solicitei o CNPJ como MEI no ano passado, no entanto outros projetos tomaram meu tempo e não tive faturamento algum. “Mesmo assim, isto não nos isenta da declaração – acessei o portal do empreendedor e declarei com todos os valores zerados.

Novamente, nas últimas semanas do mês, muitas empresas divulgaram seu balanço e alguns fatos relevantes pertinentes…

A Engie Brasil Energia (EGIE3), por exemplo, anunciou a entrada no segmento de gás natural brasileiro ao adquirir participação na Transportadora Associada de Gás S.A. (TAG). Aliás, o desempenho da Engie permanece excelente.

Mas, nem tudo são flores… Adivinhem quem está tentando vender a participação da TAG para Engie? Ninguém menos que a Petrobras. Por ser uma estatal, o STF simplesmente suspendeu a negociação, alegando a necessidade de um processo de licitação. Então, não é à toa que defendemos as privatizações!

Dos ativos que mantenho em carteira, foram divulgados os balanços de Ambev (ABEV3 – lucro líquido +6,2%), BB Seguros (BBSE3 – lucro líquido +11,7%), Eztec (EZTC3 – lucro líquido +11,8%), Carrefour BR (CRFB3 – lucro líquido +28,8%), Engie (EGIE3 – lucro líquido +15,6%), Itaúsa (ITSA3 – lucro líquido +3,6%), Petrobras (PETR3 – lucro líquido -42%) e OdontoPrev (ODPV3 – lucro líquido +18,9%).

A avaliação da Petrobras ainda pede cautela. O lucro líquido apurado pela Petrobras foi de -42% no ano (sim, foi negativo), porém comparado com o último trimestre, houve um ganho de +92%

Para ter acesso ou acompanhar os balanços, recomendo o seguinte link:
https://www.acionista.com.br/agenda/resultados-das-cias.html

No mês passado comentei sobre o interesse da Magazine Luíza (MGLU3) pela Netshoes. Para o meu espanto, a Centauro também entrou na briga, elevando a oferta para cerca de U$ 108 milhões. Ambas as empresas estão apostando alto na capacidade de reestruturação.

Pois é, mas a Magazine Luíza não parou por aí. Além da negociação com a Netshoes, está fechando acordo para venda de eletro no Carrefour. Infelizmente não sou sócio da MGLU3 (perdi uma excelente oportunidade). De qualquer forma, entendo que o negocio pode oferecer bons frutos ao grupo Carrefour (CRFB3) – tenho uma pequena exposição em CRFB3.

Outra empresa que abri posição “recentemente” e vem surpreendendo é a Weg (WEGE3). A empresa lançou um novo modelo de turbina de energia eólica, com potência de 4 MW. Decidi aportar na Weg por se destacar no mercado de motores elétricos, que considero muito promissor. E para minha surpresa (ainda mais agradável), a empresa começou uma parceria com a Embraer para construção de aeronaves com motor elétrico.

Quando parecia não haver mais espaço para novas negociações no mês, eis que o grupo Fleury (FLRY3) conclui a aquisição da dona da Lafe (laboratório de análises clínicas) por U$ 170 milhões. Aliás, não podemos esquecer também da proposta de fusão entre Fiat e Renault.

Faz algum tempo que não vejo o mercado tão otimista e promissor! 😉

Quanto aos investimentos…

Recebi proventos de BBAS3, FLRY3, GRND3, ITUB3, ODPV3, PETR3, BRCR11 (0,672%), FCFL11 (0,535%), PQDP11 (0,396%), KNRI11 (0,486%), RNGO11 (0,576%), SAAG11 (0,740%), GGRC11 (0,508%), MXRF11 (0,619%), KNCR11 (0,573%), HGRE11 (0,471%), FLMA11 (0,393%), HGBS11 (0,548%) e FIGS11 (0,790%). O desempenho dos FIIs permanece bastante estável e satisfatório. O pior rendimento foi do fundo FLMA11 – acredito que seja em função da forte valorização no mês (R$ 3,6 por cota). O rendimento do fundo PQDP11 também decepcionou um pouco, mas os fundamentos permanecem positivos e tem oferecido um ganho de capital expressivo – este foi um dos motivos que me levou realizar um pequeno ajuste na carteira em jul de 2018. De maneira geral, o rendimento da carteira permanece excelente, sendo *reforçado* com o pagamento de dividendos e JCP de BBAS3, FLRY3, GRND3, ITUB3, ODPV3 e PETR3 (desta vez, superou o rendimento dos FIIs).

Confiram qual foi remanejamento realizado em jul de 2018:

Com o rendimento da própria carteira, somado ao capital que me prontifico separar para investir mensalmente, comprei mais ações (ou cotas) de FLRY3, EGIE3, SAAG11, BRCR11 e KNRI11. O maior aporte foi para FLRY3 e o menor para KNRI11. Fora o aporte no fundo KNRI11, a distribuição foi bastante equilibrada. Felizmente, contei com uma capacidade de aporte maior.

Confiram a distribuição dos ativos, segundo o portal CEI (NÃO inclui o Fundo DI):

A proporção em ações aumentou em decorrência da forte valorização do índice Ibov

A composição atual ficou assim (gráfico do IrpfBolsa):

Vale lembrar que o gráfico acima representa uma distribuição baseada no custo de aquisição, não no valor de mercado

Conforme venho compartilhando, minha atuação principal é como holder. No entanto, tenho avaliado a possibilidade de especular o mercado futuro através de trades com mini contratos de dólar. Meu objetivo, caso bem sucedido, é aumentar minha capacidade de aporte.

O resultado dos trades com o robô no MT5 foi positivo, porém insignificante. Como estou encerrando os ajustes na programação do robô, acabei perdendo algumas oportunidades interessantes e finalizei o mês com um ganho de apenas R$ 115,00. Não seria tão ruim caso não gerasse uma despesa de R$ 110 (risos). Ou seja, fechei com lucro líquido de apenas R$ 5 (risos). Nunca achei que seria fácil, tenho consciência. Mas, apesar do fraco resultado, fiquei muito satisfeito com a otimização que consegui realizar ao longo do mês.

De maneira geral, continuo bastante satisfeito com o resultado da carteira e com a evolução do robô de trades. Vale lembrar que, no curto prazo, oscilações são naturais e esperadas (com movimentos de repique, por exemplo). Dentro de qualquer tendência, os papeis não se movimentam em linha reta.

Estou apenas demonstrando o potencial de crescimento, isto não é recomendação de investimento!