Trade ou Hold?

Esta é uma questão bastante comum e, muitas vezes, repleta de opiniões divergentes. Na realidade, não são estratégias mutuamente exclusivas. Porém, tenho percebido que os melhores resultados – onde me incluo também – são obtidos em posicionamentos como holder. Conforme nos evoluímos como operador, operações de trade podem ser bem vindas (auxiliando, inclusive, na remuneração da carteira).

Seja qual for a sua visão ou escolha, acredite: “é uma questão mais comportamental do que técnica!” 😉

Normalmente, quando começamos a estudar sobre o assunto, ficamos fascinados com os números e gráficos, focando mais na análise técnica (ou gráfica), sem compreender bem os fundamentos deste mercado – este costuma ser o nosso primeiro e maior erro.

Além disto, não precisamos ser treinados para lidar com vitórias. Mas, costumamos ser péssimos perdedores. E, Infelizmente, por melhor que você seja, não é possível ser vencedor em todos os trades. Por esta razão, repito: “trata-se de uma questão muito mais comportamental“. Sei que parece algo óbvio… o tempo lhe mostrará se é tão obvio assim (risos).

Sendo assim, compartilharei um vídeo com minha visão sobre o assunto:

Mercado de Capitais: Conceitos fundamentais

Separei alguns vídeos interessantes que tratam os principais conceitos por trás do Mercado de Capitais. Por mais que você conheça ou domine o assunto, recomendo assistir os vídeos – sempre existe um detalhe que desconhecemos ou não recordamos mais. Para quem está começando, o conteúdo é rico em informações, bastante didático e, certamente, vale a apena separar alguns minutinhos.

Os conceitos que serão apresentados, a seguir, são fundamentais para que o investidor compreenda realmente este mercado, conhecendo as regras e ferramentas disponíveis, sem criar a ilusão de lucro rápido e fácil. Infelizmente, boa parte dos investidores (já fiz parte) entram na Bolsa de Valores, pela primeira vez, sem saber de fato como funciona o Mercado de Capitais.

Errar é humano. Mas, pode ser mais inteligente aprender com o erro dos outros! 😉
Antes de entrar na Bolsa de Valores, entenda o que de fato ela é e para que serve!

O primeiro vídeo trata sobre o Mercado de Capitais como um todo e explica detalhadamente o que são ações, tipos disponíveis (ordinárias ou preferenciais), para que servem e as diferenças de mercado (mercado primário, secundário e balcão).

A primeira videoaula é bastante completa. Porém, caso a diferença entre o Mercado Primário e Secundário não tenha ficado claro ainda, sugiro assistir os próximos vídeos:

Perceberam que, diferente da crença predominante, a Bolsa de Valores não é um cassino?
Cada um de nós escolherá como se posicionar: “como JOGADOR (especulador) ou SÓCIO (investidor)“.

Resultado do mês de novembro (2017)

Desta vez, atrasei um pouco na publicação do resultado porque “precisei” viajar no último final de semana do mês. Em linhas gerais, não há grandes novidades no cenário político-econômico brasileiro. A economia permanece estável, mas o número elevado de incertezas continua gerando turbulências no mercado. Neste mês, fiz pequenos ajustes em minha carteira de investimentos e aproveitei as férias para reforçar algumas posições e também investir em minha saúde. Portanto, vamos aos resultados.

Inúmeras reformas estão em pauta, mas estão cercadas de incertezas e muita pressão. Até agora o Governo conseguiu, sob protestos, aprovar a reforma trabalhista, que já sofreu novas alterações. A Caixa também anunciou a liberação do FGTS e Previdência adaptados as novas regras. Particularmente, considero a proposta interessante, porém, ao contrário do que muitos acreditam, considero pouco impactante. O Governo vem se articulando para tentar apoio para aprovar a reforma da Previdência e Ministerial – acredito que a reforma da Previdência seja a mais importante, impactante e também a mais difícil. Toda esta incerteza tem causado certo estresse no mercado (sem confirmar a expectativa), fazendo com que o índice IBovespa apresente um resultado negativo nos últimos dias.

Algumas pesquisas de intenção de voto, para as eleições de 2018, estão apontando a liderança do ex-presidente Lula. Estranhamente, inúmeras manifestações, compartilhadas na Internet, demonstram o contrário. Aliás, a situação do Lula não é das melhores – há poucas semanas, por exemplo, o MP pediu o bloqueio de R$ 24 milhões dele e de seu filho. Aproveitando o assunto, recentemente, o Luciano Huck anunciou sua desistência. Particularmente, acredito que seria uma disputa interessante. Mas, para nossa surpresa, o nome que surgiu foi do Dr Rey. Vamos aguardar. Provavelmente, veremos turbulências ainda mais fortes no próximo ano. Apertem os cintos, pois 2018 promete (risos).

Felizmente, apesar de tantas turbulências, os indicadores econômicos continuam melhorando, apresentando redução da Inflação para 4,03%, crescimento do PIB em 2,51% e aumento na produção industrial em 2,96%. Com isto, naturalmente a taxa Selic cai e investimentos de Renda Fixa apresentam uma performance “menos atrativa”. Por outro lado, cresce o interesse por investimentos em Fundos Imobiliários ou renda variável em geral.

Novamente, inúmeros acontecimentos sacudiram o país e o mundo, principalmente nesta última semana:

Para “variar um pouco”, o movimento de euforia do Bitcoin (BTC) continua chamando a atenção e, durante a semana, a cotação ultrapassou U$ 10.000. É preciso ter cautela, pois a volatilidade permanece extremamente elevada – nos últimos dias conferimos flutuações de aproximadamente R$ 10.000. Não aposte uma parte muito significativa de seu patrimônio. Já compartilhei minha visão sobre o assunto: “acredito no futuro do Blockchain, porém vejo muitas limitações para o futuro do BTC“. Na forma como a “moeda” é apresentada hoje, não me interessa.

Por sorte (e com a ajuda das férias – risos), não precisei lidar com imprevistos, reforcei algumas posições e aproveitei as promoções da Black Friday para presentear minha mãe e comprar alguns itens essenciais para mim (algo que já vinha me planejando antecipadamente).

Quanto aos investimentos…

Houve pequenas alterações na carteira. Repensei minha posição no ETF IVVB11 e decidi encerrar. Apesar do resultado positivo, no meu entendimento, para formação de patrimônio, existem opções mais interessantes e também não pretendo reforçar posições em ETFs (logo, perdeu o sentido). Preferi reforçar algumas posições e optei por uma nova (pequena) em CARREFOUR BR (CRFB3). Por fim, fiz um novo position trade em opções de compra (com vencimento em janeiro) da Petrobras, mas não detalharei neste momento.

Recebi proventos de ITUB3, BBAS3, GRND3, BRCR11 (0,416%), FCFL11 (0,511%), PQDP11 (0,389%), KNRI11 (0,543%), RNGO11 (0,560%), SAAG11 (0,605%), GGRC11 (0,680%), MXRF11 (0,624%), KNCR11 (0,660%), HGRE11 (0,592%) e FIGS11 (0,926%). O desempenho dos FIIs permanece estável. A princípio, o “pior” resultado continua sendo do fundo PQDP11, mas isto se deve a expressiva valorização de suas cotas. O fundo GGRC11 distribuiu, aos cotistas (na proporção de 127%), o direito/preferência de subscrição. O rendimento mensal da carteira continua muito bom, reforçado com o pagamento de dividendos e JCP de ITUB3, BBAS3 e GRND3 (em torno de R$ 295).

Com o rendimento da própria carteira, somado ao capital que me prontifico separar para investir mensalmente, comprei mais ações ou cotas de ITUB3, ITSA3, HYPE3, GRND3, EZTC3, CRFB3, BRCR11, HGRE11, MXRF11 e GGRC11. O aporte mais expressivo foi para o fundo GGRC11 e o menor para EZTC3. Nos demais, a distribuição foi equilibrada. Como entrei em férias, “não fiz nenhuma viagem programada” (apenas visitamos os pais de minha namorada) e encerrei a posição no fundo Multimercado, a capacidade de aporte foi expressivamente maior. Aproveitei para reforçar diferentes posições.

Encerrei a posição no fundo Macro Multimercado LP porque, conforme minha suspeita anterior, as regras mudaram realmente, limitando o aporte seguinte em R$ 1.000.000,00). Sinceramente, fiquei um tanto desapontado com a atitude do Banco Bradesco, pois o Banco mudou as regras no meio do caminho – não me parece muito correto, pois eu já estava posicionado (sob regras diferentes). Redistribuí o valor do resgate entre os FIIs.

Confiram a distribuição dos ativos, segundo o portal CEI (NÃO inclui o Fundo DI):

A composição atual ficou assim (gráfico do IrpfBolsa):

Vale lembrar que o gráfico acima representa uma distribuição baseada no custo de aquisição, não no valor de mercado“.

Diante do que foi exposto, não é de espantar que o índice Ibovespa continue volátil. Ainda assim, a composição da carteira tem oferecido resultados espetaculares. Felizmente, apesar de tantas turbulências e impopularidade do atual governo, continua prevalecendo uma expectativa positiva para recuperação e crescimento econômico. Vale ressaltar que é importante ter consciência que, no curto prazo, oscilações são naturais e esperadas (com movimentos de repique, por exemplo).

Estou apenas demonstrando o potencial de crescimento, isto não é recomendação de investimento.

É seguro investir na Alcateia Investimentos?

Hoje, durante algumas pesquisas, acabei conhecendo uma empresa (grupo de investimentos), conhecida como Alcateia Investimentos, que promete uma taxa de retorno mensal entre 8 e 10%. Trata-se de mais uma proposta extremamente tentadora e bastante duvidosa.

No Youtube, encontrei depoimentos típicos de quem ficou cego e apaixonado por qualquer outro sistema MMN milagroso. Não adianta questionar ou alertar, pois, na maioria das vezes, quem apoia publicamente já está participando do “negócio” e, neste caso, está interessado em conquistar novos membros (risos). É difícil, para quem está participando, aceitar a possibilidade de ter entrado em um barco furado.

É sempre a mesma coisa…

Da forma como vendem, faz parecer que a rentabilidade é “garantida”, para todos os participantes, baseando-se em operações (trades) de altíssimo risco. Então, a equipe por trás dos trades deve ser, além de ninja, a melhor do mundo. Não conheço nenhum fundo capaz de alcançar uma rentabilidade próxima da prometida.

Mesmo que opcional, outro ponto bastante curioso é a adoção do modelo MMN. A arquitetura do negócio encoraja cada “investidor” buscar novos membros. A estrutura pode até formar um desenho um pouco diferente do “tradicional”, mas o sistema se alimenta de um modelo de pirâmide também.

Investimento é coisa séria pessoal! 😉

Sejam investidores, não apostadores. O fato da empresa pagar no início do negócio não lhe assegura a continuidade no futuro. Ao longo do tempo, sua convicção tende lhe cegar e causar um prejuízo imensurável até então. NÃO EXISTE DINHEIRO FÁCIL!

Checar o CNPJ da empresa não quer dizer absolutamente nada. Vejam só (consulta na Receita Federal):

Percebi que muitos se contentaram apenas com este resultado, mantendo uma falsa sensação de segurança.

E se eu mostrar um alerta da CVM (Comissão de Valores Mobiliários)… Você ignoraria?
http://www.cvm.gov.br/noticias/arquivos/2017/20170419-1.html

A CVM lançou um alerta sobre a atuação irregular e, mesmo assim, algumas pessoas ignoram e tentam justificar. Não terminará bem para grande maioria. Só pelo alerta, encerrei qualquer avaliação adicional.

Não se iludam. Não vale a pena!

Será que devo investir em criptomoedas?

Durante as últimas semanas (quase regularmente), minha caixa de e-mail tem sido bombardeada por propagandas envolvendo estratégias de ganho rápido com as criptomoedas, incluindo projeções de ganho de até 15.000%. A decisão de investimento é algo muito pessoal e o que costumamos fazer é mostrar apenas o caminho para que a escolha seja a mais consciente possível. Nada além disto. Como tenho presenciado o interesse súbito de pessoas que nunca investiram antes e a tentativa, questionável, da Empiricus em refutar qualquer possibilidade de bolha (por benefício próprio), resolvi abordar o assunto de uma maneira diferente.

A primeira pergunta é: Será que estamos diante de outra grande bolha?

Ninguém sabe ao certo, nem mesmo a Empiricus. Entretanto, é importante frisar que existem características marcantes sinalizando uma forte possibilidade.

Você realmente sabe o que é uma bolha especulativa? Não é preciso aprofundar muito, uma consulta rápida na Wikipedia já esclarece o básico e essencial: “Uma bolha especulativa, bolha financeira, bolha econômica, entre outros nomes, é uma situação na qual o valor de um ativo se desvia fortemente do valor intrínseco correspondente desse mesmo ativo. Tal situação pode também ser descrita como uma situação em que os preços dos ativos parecem basear-se em uma visão distorcida ou inconsistentes sobre o futuro. Preços em uma bolha econômica podem flutuar de forma irregular, e torna-se. impossível prever a capacidade de oferta e demanda sozinho“.

Agora, sejamos realistas… não há nada de familiar acontecendo? Podemos julgar que oscilações próximas de R$ 10.000, em dois meses, são esperadas e “saudáveis”? Como diria o Bastter: “engane-se como quiser!“.

É possível lucrar com este movimento eufórico? É evidente que sim (e de diferentes maneiras), mas será que você tem experiência e habilidade suficientes para lidar com isto? Conhecer os riscos não é o suficiente. Não acredite que o sucesso de uma operação depende APENAS de identificar o momento exato de compra e venda – aliás, é outra ilusão. Do contraŕio, é provável que você seja surpreendido no futuro. Caso a bolha se confirme, por exemplo, o impacto sobre a carteira dependerá do grau de exposição e capacidade de encerrar a posição antecipadamente. E, para o azar de muitos, não é tão simples quanto parece. Muitas pessoas não conseguem sequer perceber a diferença entre investir e apostar. O estrago tende ser maior quando as duas coisas se confundem (investir e apostar).

O meu objetivo, por exemplo, é acumular patrimônio diversificado em valor (Holder). Ou seja, preciso lidar com ativos estáveis e que inspirem o maior grau de confiança “possível”, mesmo lidando com diferentes níveis de risco (o importante é que tenho como avaliar). Neste quesito, hoje, as criptomoedas não passam de uma aposta – não há elementos concretos que permitam fazer avaliação confiável de valor (sei apenas que flutua loucamente, diferente de qualquer outra moeda). Investir em criptomoedas também significaria diminuir ou deixar de aportar em ativos que demonstram um potencial de evolução sólido e consistente. Uma simples mudança de atitude parece algo inofensivo, mas é o suficiente para mudar o nosso foco. Não é algo que desejo.

Talvez, alguns leitores até questionem a operação arriscada que fiz com Opções no mês passado. Por incrível que pareça, é diferente. Apesar de ter sido uma pequena “aposta”, existia embasamento forte para a escolha. As empresas não foram escolhidas aleatoriamente. Diante de denúncias gravíssimas no cenário político, houve uma forte desvalorização de excelentes ativos (contrariando o resultado financeiro). Sabendo que, no longo prazo, cotação segue lucro, pude enxergar algumas assimetrias interessantes (mesmo sem procurar) – em ativos que já sou sócio e acompanho há muito tempo. Esperei o mercado acalmar um pouco antes de iniciar um position trade, prevendo ainda a possibilidade de exercer. Contei com artifícios do mercado para reforçar minha carteira. A operação foi lucrativa, possibilitando uma capacidade de aporte ainda maior no mês passado. Não deixei de atuar como holder. Perceberam a diferença?

Na semana passada, ao acessar o facebook, pude observar uma discussão “interessante” sobre trade com BTC. Alguém comentou, na postagem de um amigo, que havia “finalizado uma operação com BTC para realizar lucro” – dois face traders (risos). O primeiro problema é que não se discute estratégia de trade em rede social, até porque poderia afetar na eficiência (ao tornar público). Em relação ao meu amigo, a escassez de tempo livre é outro aspecto que influenciará negativamente, pois comprometerá na agilidade de reação. A discussão em si foi o que mais chamou atenção. A resposta dada para a operação foi: “Não, você não pode vender… está barato ainda“. Pronto, a partir daí, não existe mais uma estratégia. Certamente, virou torcedor. Parece tolice, porém confundirá na forma como nos posicionamos. Diante de uma situação como esta o custo do aprendizado só dependerá de você, e o tombo costuma ser grande! 😉

Quem está correto? Não importa… Apenas preserve o seu patrimônio.
Ganhar dinheiro é relativamente difícil, mas perder é extremamente fácil!

A grande questão não está nas criptomoedas, mas sim na tecnologia que existe por trás. Tudo isto é uma opinião pessoal, claro. Duvido que os Bancos deixem de existir. É muito mais provável que os Bancos ofereçam produtos integrados ao Blockchain (ou tecnologia similar), do que sejam substituídos. Existe uma questão de PODER que é muito forte“.