Petrobras dispara após OPEP e ação da PF

As ações da Petrobras (BOV:PETR3) dispararam ontem (+16,1%), registrando os maiores ganhos do Ibovespa (BOV:IBOV), após rumores de que a OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) e a Rússia poderiam congelar a produção de petróleo para tentar segurar a queda no preço da commodity no mercado internacional. No campo nacional, a prisão decretada de João Santana, marqueteiro da campanha de reeleição da presidente Dilma Rousseff e acusado de receber pagamentos pelo esquema de desvio de dinheiro da Petrobras, aumenta as chances do prosseguimento do processo de impeachment contra a presidente ou então da cassação do seu mandato no Tribunal Superior Eleitoral. A queda da presidente Dilma é vista como positiva pelo mercado. – Fonte ADVFN.

Mas, é evidente que depois de uma alta tão expressiva como a de ontem (em +16%), é normal que a cotação, hoje, também sofra um movimento “corretivo” (com a realização de lucros). Neste instante (13h), o IBovespa opera em queda de 1,37%. É preciso ter cautela e aguardar o movimento durante a semana.

Ainda é cedo para conclusões. 😉

Vale à pena comprar ações da Petrobras?

Se há uma questão difícil de responder, é esta.

Ela deve ser vista sobre dois ângulos: o investidor que está estudando uma possível entrada; e o investidor que está posicionado e não sabe o que fazer (com receio).

O primeiro aspecto que todo investidor deve levar em consideração é o risco envolvido, não assumindo riscos que não puder suportar. O ideal é selecionar ações de boas empresas: “dívida sob controle, lucros consistentes e evolução patrimonial”. Logo, este já seria um critério de eliminação para a compra de ações da Petrobras (dívida em descontrole, dois anos de prejuízo e “falhas administrativas”). No entanto, neste caso em especial, o risco que se assume frente o potencial de ganho torna “este investimento interessante”. Entenda que é arriscado, mas podemos limitar os riscos.

Não estou recomendando a compra, farei apenas uma reflexão. E digo isto porque acredito – posso estar errado – que vale à pena investir, mas é preciso avaliar os prós e contras. Vale lembrar que investimentos em ações são de risco elevado. Portanto, não haja por impulso.

Neste momento de crise, há um derretimento de ações de grandes empresas que apresentam excelentes resultados. A queda tem sido provocada pela tensão do mercado como um todo, reflexo de uma péssima repercussão da política socioeconômica (desemprego, inflação alta, PIB negativo e etc), desdobramento dos escândalos envolvendo a Petrobras, expectativa sobre a produção chinesa, estouro da bolha da bolsa chinesa, queda de preço do barril do petróleo e crise econômica internacional. Com tudo isto junto, o efeito da especulação acaba sendo devastador e qualquer notícia agita o mercado facilmente. Particularmente, acredito que o momento merece grande cautela, mas, ao mesmo tempo, pode ser oportuno para investidores conscientes.

Agora vamos direto ao ponto. A situação da Petrobras é bastante delicada (horrível), mas há fatores que diferenciam das demais empresas. O primeiro, diz respeito ao impacto direto sobre o PIB, respondendo por 5% da economia: “A crise, na Petrobras, escancarou a dependência que a economia brasileira tem da maior empresa do país em receita, em áreas como emprego, renda, balança comercial, contas públicas e no Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos no país) – Fonte ‘O Globo‘”. E, ironicamente, o outro fator diz respeito a seu controlador, que é a União Federal (com 50,26%). Como o governo é o sócio majoritário, sua flexibilidade econômica é muito maior (infelizmente, foi exatamente isto que a fez afundar – dívida de R$ 506 bilhões). Sem estes fatores, não seria sensato investir na empresa.

Então, sendo prudente (na operação), acredito que o risco seja aceitável e “pode ser controlado”. A princípio, o valor da cotação está realmente “baixo” (muito descontado), mas não há garantias de que não possa ficar pior. Logo, não “aposte” sua maior alocação financeira nisto. Diversifique de forma equilibrada, investindo apenas o dinheiro que não lhe fizer falta no longo prazo. Do contrário, não compre ações. Não podemos e nem devemos nos desesperar com as oscilações frequentes e agressivas. O ideal é estabelecer um planejamento que permita obter ganhos razoáveis no caso de sucesso, e perder pouco caso a operação dê errado. Para isto acontecer, cada um deve investir de acordo com sua capacidade.

Fazendo uma análise das cotações, você pode até imaginar que o ideal seja adquirir ações preferenciais (PETR4), negociadas a um preço abaixo das ordinárias (PETR3) e, no futuro, você teria ainda preferência nos dividendos. Na prática esta preferência quase não existe. E como o futuro da Petrobras é muito incerto, a aquisição de ações ON lhe oferece um nível de segurança maior porque confere os mesmos benefícios do majoritário em caso de troca de controle.

A decisão é pessoal e cabe a cada investidor decidir se vale à pena ou não. Cada um é responsável pelas escolhas que fizer. Aos que optarem pela compra de ações, na minha opinião, o momento não é favorável para trades. Sei que a volatilidade é bem vinda para adeptos de trade, mas o problema é que o mercado tem reagido de forma agressiva e pouco previsível. Se está difícil para profissionais, para o amador é ainda pior. Este não é um momento para “fazer gracinha”.

Para adeptos de “B&H” acredito que a compra será interessante se trabalhar com um bom manejo de risco.

De volta à realidade… queda acentuada no primeiro dia de negociação

O ano mal começou e o primeiro dia de negociação (04/01) na bolsa foi bastante amargo.

Não é muito fácil encarar, mas estamos sujeitos.

As principais bolsas de valores do mundo despencam em seu primeiro dia de negociação, em 2016, após uma forte queda no mercado chinês. O índice SSI (SSI:000001) registrou queda de 6,9% e as operações foram encerradas antecipadamente em Xangai depois de dados fracos da indústria desanimarem os investidores. A queda nos índices acionários DAX (DBI:DAX) em Frankfurt, FTSE 100 (FTSE:UKX) em Londres e CAC-40 (EU:PX1) em Paris mostram a mesma preocupação com a desaceleração na atividade manufatureira da China. – Fonte ADVFN.

Com isto presenciamos hoje, no primeiro dia de negociação, uma queda de 2,79% do IBovespa a 42.141 pontos.
ibov1-2016

Ironicamente, a única alta que presenciei hoje em minha carteira de ações foi de Petrobras (PETR3), com +1.17%. O resto foi um desastre, com “-3.59% em ABEV3“,  “-2.02% em GRND3“,  “-5.96% em ITUB3“,  “-5.64% em EZTC3“,  “-3.39% em BBAS3” e  “-6.17% em BBSE3“. Assim fica fácil entender o gráfico acima. 😉

É evidente que não estou contente com o resultado, mas isto não é motivo para ficar “emocionado”. Quem investe em renda variável está sujeito. Acredito que ainda passaremos por fortes flutuações no primeiro trimestre. Por esta razão, o ideal é investir visando o longo prazo. Quem precisou desaplicar o dinheiro hoje (por exemplo), foi obrigado a amargar um grande prejuízo.

Conforme exposto há poucos dias, o que define cotação, no curto prazo, é a relação entre expectativa e realidade:
http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2016/01/bolsa-da-china-despenca-e-assombra-mercados-de-todo-o-mundo.html

Foi apenas o primeiro dia de negociação. Ainda há muito por vir.

Petrobras conclui venda bilionária de ativo

Definitivamente, 2015 não foi um bom ano para economia brasileira e muito menos para Petrobras. Mas, é perceptível que a empresa vem se empenhando fortemente para mudar o quadro em que se encontra.

A Petrobras (BOV:PETR4) finalizou a operação de venda de participação de 49% da Gaspetro para o grupo japonês Mitsui (TSE:8031). A Gaspetro é a holding que consolida as participações societárias da Petrobras nas distribuidoras estaduais de gás natural. A transação foi concluída com o pagamento de R$ 1,93 bilhão pela Mitsui e aprovada pelo CADE. Segundo a Petrobras, a operação faz parte do Programa de Desinvestimentos previsto no Plano de Negócios e Gestão 2015-2019 e permitiu o atendimento da meta de US$ 0,7 bilhão estabelecida para 2015. – Fonte ADVFN.

Mantenho minha posição como sócio (visando longo prazo), com participação de 15,60% de minha carteira de ações.

Moody’s coloca Petrobras contra a parede

E o Ibovespa segue como uma montanha russa. O ano está encerrando com fortes flutuações. Mas, com um cenário político e econômico como este, não poderia ser diferente.

Ontem, a Petrobras fechou, em alta, acima de 10%. É natural que alguns traders aproveitem para “realizar lucro”, provocando uma pequena queda no dia seguinte. E, como se não bastasse, a agência Moodys’s deu uma forcinha a mais (para baixo)…

A agência de classificação de risco Moody’s rebaixou todas as notas de crédito da Petrobras (BOV:PETR4) em um nível para Ba3, um degrau apenas acima dos papéis altamente especulativos. Para piorar, a perspectiva da nota é negativa. Segundo a agência, as notas refletem os elevados riscos de refinanciamento da dívida da companhia em face da deteriorização das condições da indústria do petróleo, ficando cada vez mais difícil levantar capital através da venda de ativos. – Fonte ADVFN

Mantenho minha posição de sócio em PETR3 (sem novos aportes). Acredito em forte recuperação para quem visa longo prazo.