Principais eventos do mês de maio

Conforme dito anteriormente, o mês (maio) promete e tem sido bastante agitado (sob diferentes aspectos). Aliás, os acontecimentos políticos da semana passada que o digam! (risos).  😉

Dá-lhe emoções…

A economia continua apresentando resultados negativos (aumentando a volatilidade no curto prazo), mas o mês está sendo interessante para muitos investidores. É difícil até para avaliar. Confiram!

Confesso que, diante do desfecho no cenário político da semana passada (a “primeira etapa” do impeachment), eu esperava um resultado melhor para o índice IBovespa, que fechou em queda de 2,7% em 13/05/16. Há quem acredite que o movimento se deu em função da “realização de lucros” de grandes investidores, pois grande parte da expectativa gerada pelo pedido de impeachment já havia refletido sobre o mercado – basta ver a valorização do IBovespa desde o anúncio. Particularmente, acredito que o resultado negativo dos indicadores da economia brasileira “falou mais alto”.

Segundo a Empiricus, “O IBC-Br relativo ao primeiro trimestre de 2016, veio bem pior do que as projeções, sugerindo a aceleração no ritmo de contração econômica. O indicador apontou retração de 1,44% no trimestre, bem abaixo das projeções (de queda de 0,05%)”.

O governo também pretende flertar com o Congresso a permissão para um déficit próximo de R$ 130 bilhões este ano. E, para complicar um pouco mais, no primeiro trimestre de 2016, a Petrobras apresentou prejuízo de R$ 1,2 bilhões, contra lucro de R$ 5,3 bilhões no mesmo período do ano passado. Vale lembrar que, há poucos dias, sofremos outro rebaixamento da nota de crédito brasileira pela agência de classificação Fitch.

Ainda há muito por vir. Apertem os cintos.

Os reflexos da crise econômica são nítidos. O índice de desemprego continua assombrando, e muitas empresas (de diferentes portes) estão se adaptando para sobreviver. Na semana retrasada fui ao Habib’s e pedi alguns Bib’s Dog. Disseram que estava em falta, alegando aguardar a próxima entrega. Na semana passada tentei novamente, mas só consegui comprar no dia seguinte. É evidente que estão reduzindo os pedidos, para controlar prejuízo. Já o Walmart, no ano passado, alegou ter reduzido o número de lojas “estrategicamente” (apenas). Será mesmo? O jeito tem sido dançar conforme a música. Hoje, vi uma promoção do Giraffas (tamojunto) oferecendo 25% de desconto para quem trouxer um amigo (vale para ambos). Estes são apenas alguns exemplos que recordei logo de imediato. Infelizmente, muitas empresas estão fechando as portas.

A partir de agora compartilharei alguns pontos positivos que estou conferindo neste mês.

No dia 10 de abril comentei sobre a experiência que tive com o pagseguro e a intenção de aquirir uma máquina de cartão para minha namorada, que é esteticista e deseja oferecer diferentes meios de pagamento aos clientes. Como o suporte da empresa pagseguro foi muito precário e amador (estressante), descartei a solução “Moderninha”. Só para constar: “perdi a compra que havia feito”.

Experiência com o pagseguro

Sendo assim, optamos pela sumup (modelo TOP), com desconto especial apenas até o mês de maio. O cadastro foi muito tranquilo, a entrega rapidíssima (por e-sedex) e a instalação não apresentou dificuldade alguma. Infelizmente, o bluetooth do celular não apresentou compatibilidade com a máquina e precisamos parear pelo cabo de áudio. De qualquer forma, foi simples e não vejo como um problema. Em menos de meia hora já havíamos feito teste de pagamento. A princípio, posso dizer que superou nossa expectativa.

sumup-top

Se houver surpresas ao longo do tempo, compartilharei. Por enquanto, estou otimista.

Em relação aos investimentos…

Para quem costuma dizer que o B&H não é eficiente, recomendo rever os conceitos o quanto antes. No dia 04/05/16 recebi bonificação de ações de empresas como EZTEC e ITAUSA. Ou seja, o número de papéis aumentou sem custo algum. Não demorou muito e, no dia 10/05/16, a EZTEC pagou um dividendo relativamente “gordo”. Grandes investidores lucraram bastante. Ainda não é o meu caso (sou um pequeno investidor), mas um dia chego lá.

Tente avaliar o impacto disto ao longo dos anos e seguido de repetidos aportes.

Fiquei muito contente com o resultado, claro. Agora preciso descobrir como lançar, no IrpfBolsa, as ações que recebi por meio de bonificação. Já fiz contato com a equipe do sistema, mas ainda não retornaram o e-mail.

Conforme os relatórios da Empiricus, já era esperado o pagamento de amortização do FII BRCR11 (com R$ 400 milhões em caixa para distribuir entre os cotistas). Por outro lado, como consequência, isto derrubou a cotação do fundo (algo esperado também). Obtive um bom rendimento neste mês, apesar de contar com poucas cotas. Pretendo reinvestir no fundo.

Nem é preciso comentar sobre os rendimentos dos fundos DI ou títulos do tesouro (TD). Estão excelentes.

Em breve compartilharei como foi minha primeira experiência na Bolsa (com prejuízo) e o que você não pode fazer (risos)!

Análise fundamentalista: Aprenda a analisar empresas antes de investir!

A bolsa de valores é comparada, muitas vezes, a um cassino por acreditar-se que o resultado “depende apenas de sorte”. Isto é “relativo” e dependerá da forma como cada um se posiciona: como “jogador ou investidor”. Assuma uma posição de investidor e seja consciente em suas decisões!

Os vídeos, a seguir, auxiliarão adeptos do B&H a compreender e escolher empresas que apresentam resultados positivos, com expectativa de crescimento e lucros consistentes, de tal forma que facilite, também, na identificação e exclusão de empresas sem boas perspectivas futuras.

https://www.youtube.com/watch?v=eZHPelH3FvU

Como investir em renda variável implica em risco maior, é essencial estabelecer critérios que limitem perdas.

Para isto, basear-nos-emos na análise fundamentalista, através da avaliação do balanço patrimonial, demonstrativo de resultados (DRE) e demonstrativo de fluxo de caixa.

Para compreender melhor o que é e no que consiste a análise fundamentalista, assistam este vídeo:

O objetivo principal é a identificação de empresas lucrativas, com dívida sob controle e que ofereçam o melhor “retorno sobre investimento” (ROE) possível. Para facilitar nesta análise, podemos nos valer de indicadores fundamentalistas que permitam estimar possíveis ganhos futuros, precificação e valor de mercado.

Nossas decisões serão baseadas, essencialmente, na representação de “valor”, não no preço de negociação. “Preço é quanto pagamentos, valor é o que levamos”. Esta é uma das bases do Value Investing.

Como inúmeros fatores podem influenciar no resultado, a tomada de decisão deve ser baseada na avaliação de “diferentes indicadores em conjunto”, não individualmente.

Os indicadores fundamentalistas mais conhecidos, para precificação, são: P/L (Preço sobre Lucro), P/VPA (Preço sobre Valor Patrimonial por Ação) e DY (Dividend Yield).

É comum utilizar o P/LPA como termômetro para identificar se o preço de uma determinada ação está sobrevalorizado (caro) ou não, pois representa o número de anos necessários para obter o valor pago pela ação por intermédio dos lucros distribuídos. Logo, quanto menor, melhor. Segundo a Empiricus, a média brasileira é de 12, americana 10 e chinesa 100 (aproximadamente). É perceptível que o P/L Chinês atingiu níveis preocupantes.

O VPA representa o valor contábil de cada ação (valor intrínseco), portanto também é utilizado na avaliação do preço atual de uma ação. Sendo assim, quanto maior o valor, melhor. Já o P/VPA é empregado na comparação entre empresas para identificar qual apresenta maior expectativa de crescimento. A princípio, “quanto maior, melhor”. Significa que o mercado está aceitando pagar um prêmio maior para o patrimônio liquido da empresa. Mas, existe um limite para esta interpretação. Um P/VPA muito alto representa risco maior – em momentos de crise, a desvalorização desta ação tende ser mais acentuada.

Uma ponderação interessante sobre patrimônio liquido, valor de mercado e valor justo:
http://www.estrategista.net/o-patrimonio-liquido-o-valor-de-mercado-e-o-valor-justo/

A análise do dividend-yield não é tão simples quanto aparenta e costuma ser feita de forma equivocada. É necessário levar em consideração o payout (porcentagem dos lucros que é distribuído) e outros fatores, como o reinvestimento na empresa e sua evolução financeira. Não adianta investir em empresas com maior distribuição de dividendos (DY maior) se a evolução financeira for comprometida. Neste caso, a capacidade de manter os dividendos, ao longo dos anos, tende diminuir. Por outro lado, uma “empresa de crescimento”, com payout moderado, tende remunerar melhor, ao longo dos anos, do que outra com dividend-yield maior e menor potencial de crescimento. Compartilharei, mais adiante, vídeos do Bastter, que tratam detalhadamente sobre este assunto.

Por hora, confiram esta análise sobre empresas de crescimento e distribuição de dividendos:
http://www.bastter.com/mercado/grupos/forum.aspx?g=226&t=694899

Todos estes dados podem ser levantados pelo site www.fundamentus.com.br, do grupo Uibo:
http://www.fundamentus.com.br/detalhes.php?papel=BBAS3&x=0&y=0
http://www.fundamentus.com.br/detalhes.php?papel=ABEV3&x=0&y=0

Conforme exposto, devemos avaliar diferentes indicadores antes da tomada de decisão. Sendo assim, tenho preferência pela análise horizontal e vertical (alternadamente), comparando a evolução do patrimônio líquido, consistência do lucro líquido, margem a partir de 20%, ROE superior a taxa de juros da economia e dívida sob controle (baixa alavancagem). É um “excelente filtro” para seleção de empresas. Neste quesito, os quadros do Bastter são muito bons.

É verdadeiro dizer que este tipo de análise não garantirá que o resultado futuro seja o mesmo, mas diz muito sobre a solidez de uma empresa quando os dados são consistentes e persistentes no decorrer dos anos“.

A capacidade lucrativa de uma empresa pode ser estimada pela “margem” e “ROE“.

A “margem” expressa o quanto da receita é convertido em lucro (lucro liquido/receita liquida). Quanto maior a margem, melhor. Demonstra a capacidade de manter a empresa lucrativa diante de situações adversas, como diante de crises. É também um bom parâmetro comparativo de vantagem competitiva entre empresas de um mesmo setor.

Já o “ROE” determina a capacidade da empresa em gerar lucros a partir do patrimônio líquido (lucro liquido/patrimonio líquido). Ou seja, determina a rentabilidade sobre o patrimônio. O ideal é que seja superior a taxa de juros da economia.

A avaliação do nível de endividamento é importantíssima, e pode ser feita pelo acompanhamento da evolução ou controle da dívida ao longo dos anos. Podemos utilizar como indicador a divisão da dívida bruta pelo patrimônio líquido, sendo que o resultado ideal deve ser inferior a 0,5%.

Para tal análise, tenho utilizado como referência a seguinte metodologia (do canal do Bastter):

O vídeo acima trata detalhadamente como analisar de forma simples, didática e eficiente. Apesar de ser “um pouco longo”, recomendo separar alguns minutinhos de seu tempo, pois será muito instrutivo.

O quadro, exibido pelo site, é subdividido em “evolução patrimonial”, “capacidade lucrativa” e “solidez da empresa (caixa e dívida)”. Confiram alguns exemplos: AMBEV, EZTEC e VALE.

O essencial, para separar o joio do trigo, foi abordado. Para conhecer o “potencial de geração de caixa” de uma empresa é comum avaliar, também, o EBITDA (lucro antes dos impostos, juros, amortizações e depreciações).

Petrobras: uma incógnita

O futuro da Petrobras é uma grande incógnita, mas acredito que, no longo prazo, a realidade mude. Por esta razão, mantenho, em minha carteira de investimentos, uma “pequena posição” em ações ordinárias (PETR3).

Vale à pena comprar ações da Petrobras?

A empresa já ocupou a 12ª posição dentre as maiores empresas do mundo e, em março de 2014, passou a ocupar a 124ª posição. Não sei qual é a posição hoje, mas sabemos que é a empresa com a maior dívida do mundo, em R$ 506 bilhões.

https://www.youtube.com/watch?v=x4v14fVgko0

A cotação fechou, nesta sexta feira (15/04/16), em R$ 11,95. Diante do cenário político e econômico de grande turbulência é possível conferir uma volatilidade muito acentuada. Em comparação com poucos meses atrás, o preço das ações ordinárias ou preferências simplesmente dobrou.

Mas, atenção. A situação da Petrobras ainda é bastante delicada e novas entradas, neste momento, significam riscos maiores.

Mudanças no cenário político x expectativa do mercado

Conforme dito anteriormente, o mercado tem reagido de forma contundente as movimentações no cenário político. Não é difícil perceber que o mercado teme a continuidade do atual governo. O assunto é polêmico e é visto, muitas vezes, como religião. Não se iluda, analise fatos.

Sinais mais claros… impossível!

Quando a crise financeira estava tomando proporções preocupantes, para não tomar ações impopulares, o governo fingiu desconhecer o tamanho da crise e negou qualquer preocupação. Não entrarei em detalhes. Os debates, no período de eleição, não deixam dúvidas sobre o que foi dito.

Para demonstrar como o mercado tem recebido as notícias envolvendo o ex-presidente Lula ou as flutuações no processo de Impeachment, compartilharei o preço de fechamento de alguns ativos de peso (no grid de ações), nos dias de maior intensidade desta semana.

1. Resultado do fechamento desta segunda-feira (04/04), quando a defesa do governo colocou em dúvida a sustentação do processo de Impeachment da presidente.

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Por mais incrível ou inacreditável que pareça, não é montagem. Neste dia, encontrar algum ativo com fechamento positivo foi um desafio (todos na cor do PT).

Ai fica a pergunta: não existe razão para este temor do mercado?

 

 

 

2. Resultado do fechamento de hoje (sexta-feira – 08/04), quando surgiram notas desfavoráveis ao governo, como o pedido de anulação da nomeação de Lula.

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Volto a dizer: “não é montagem (risos)”.

A diferença é expressiva, não é mesmo? Este comportamento tem se repetido ao longo das últimas semanas. A expectativa do mercado, na mudança do cenário político, é grande.

Uma simples coincidência? Foi ao acaso? Certamente não. Este foi um exemplo desta semana apenas. O resultado de semanas anteriores impressionam do mesmo jeito.

 

Então, quando o EX-presidente Lula afirma ser peça fundamental para a solução dos problemas econômicos, não sei se é piada! Será que o mercado confia nisto também? Acho difícil! 😉

Quando a economia de um país entra em colapso, TODOS perdem.

Lula e Dilma em apuros: Ações brasileiras disparam em NY

O que vem acontecendo é tão absurdo que chega a parecer um filme. Não sabemos qual será o desfecho disto. Mas, para o bem do país, não pode terminar em pizza.

As ADRs das ações brasileiras listadas na bolsa de valores de Nova Iorque, como Petrobras (NYSE:PBR), Vale (NYSE:VALE) e Bradesco (NYSE:BBD) disparam no pre-market desta quinta-feira após a Justiça liberar gravações de conversas telefônicas do ex-presidente Lula no âmbito da operação Lava Jato. Em uma das ligações interceptadas na tarde de ontem, Lula conversa com a presidente Dilma Rousseff combinando a entrega do termo de posse para o Ministério da Casa Civil. Segundo o juiz Sérgio Moro, a conversa mostra uma manobra para evitar uma possível prisão de Lula, já que como ministro, teria foro privilegiado. – Fonte ADVFN.

Mais informações em:
http://www.financista.com.br/noticias/governo-dilma-lula-trinca-antes-de-comecar-e-rali-do-impeachment-chega-a-ny