Como declarar o direito de subscrição adquirido no final do ano?

Resolvi escrever sobre o assunto porque tem sido uma dúvida recorrente, muito pertinente e o prazo para entrega da declaração (ano calendário 2019) está chegando ao fim (em 30 de junho de 2020).

Infelizmente, existem algumas situações no Mercado de Capitais em que as regras para declaração não são muito claras, mas é preciso informar para a Receita Federal.

No caso do direito de subscrição recebido no final do ano (que será exercido no ano seguinte), a recomendação tem sido declarar a situação em “Bens e Direitos” da seguinte maneira (similar ao que é feito para declarar “crédito em trânsito“):

  1. Código 99 (outros), com a descrição como “Direito de Subscrição”;
  2. Como se trata de um direito de subscrição, o valor da situação do ano anterior (em 2018) será preenchido como 0 (zero) e na situação atual (em 2019) o investidor informará o valor debitado de sua conta para exercer o direito recebido (custo de aquisição);
  3. Na discriminação, não existe uma regra obrigatória, apenas informe qual é o código do ativo (final 12) ou o nome do fundo e a quantidade adquirida.

Confiram também a discussão no fórum do Bastter:
https://bastter.com/mercado/forum/871666/subscricoes-em-fim-de-ano

Cursos de trade permitem virada de chave na vida?

Resolvi escrever este texto depois de assistir um vídeo do canal do Youtube do Japa Rico que tratava sobre o descontentamento dos alunos do Cangaceiro Trader. Pelo que percebi, muitas pessoas se frustraram com a promessa de virada de chave na vida com assinatura de conteúdo premium do Cangaceiro Trader. Então, resolvi compartilhar minha visão.

Confiram o vídeo na íntegra:

Como não acompanho o canal do Cangaceiro Trader, não posso questionar o conteúdo dele. Mas, no momento delicado em que vivemos, acho importante fazer alguns alertas e considerações para que vocês não se iludam acreditando em uma curva de aprendizado rápida para conquistar resultados consistentes. Muita calma nesta hora…

Independente do material vendido na Internet (seja quem for), é importante parar de acreditar em atalhos. Não existe “virada de chave” rápida entre traders iniciantes (praticamente impossível). Não custa lembrar que o número de variáveis é gigantesco e sucesso virá para poucos.

A experiência, o aprendizado e o conhecimento são gradativos. As perdas no início deste processo são a única certeza que existe! Mais de 90% das pessoas que buscam ou conquistaram o sucesso nos trades, já passaram por isto. Aliás, nunca conheci alguém que tenha conseguido resultados consistentes no primeiro ano.

Na realidade, não conheço ninguém realmente próximo a mim (que conheça pessoalmente) que tenha conquistado o sucesso como trader. Depois de quase dois anos, é a primeira vez que estou conseguindo atingir resultados satisfatórios com mini contratos.

Logo, até essa conversinha de que é possível começar com pouquíssimo dinheiro é verdadeira enquanto estiver no campo da teoria. Na prática, as coisas mudam um pouco.

Já obtive acesso a cursos de trade da Toro Radar, Empiricus e cursos gratuitos de excelente qualidade no Youtube (como do próprio Japa Rico e Coringa Econômico). Porém, o número de estratégias é gigantesco e varia de pessoa para pessoa – depende de qual você se familiarizará mais e apresentará maior habilidade. Ou seja, até você se encontrar de fato, terá que passar por diferentes momentos de lucro e prejuízo.

Não existe uma receita de bolo garantida para todas as pessoas. Minha primeira experiência com mini dólar (por exemplo) foi interessante. Obtive sucesso em todas as operações em uma semana e meia. Parecia simples e fácil. Infelizmente, não durou muito tempo.

Com pouquíssimo dinheiro fiz R$ 1.600 de lucro neste período. Acreditei que já estava dominando as operações e que meu controle emocional estava perfeito para lidar com os “erros” (quando o prejuízo aparece). Então, é comum, no início, ser corajoso quando está perdendo e medroso quando está ganhando – infelizmente, neste momento, quando erramos o risco de perder todos os ganhos iniciais e se ver obrigado aportar mais para continuar operando é enorme.

Da mesma forma que foi rápido e fácil ganhar R$ 1.600 em poucos dias, foi ainda mais para perder R$ 4.000 no fim do mês.

É possível conquistar a consistência sim, mas não seja ingênuo de achar que este aprendizado será “barato” (NÃO É).

Vou repetir a frase do Ricardo Brasil (do canal Ganhando a Vida Adoidado): a “Bolsa de Valores” (mercado de renda variável) é o lugar onde o aprendizado é o mais caro do mundo.

Resultado do mês de maio (2020)

Mais um mês encerra e continuamos limitados pelo COVID-19. Não há uma previsão exata para o fim do isolamento social por aqui e o índice de contaminação segue em curva exponencial crescente. Aliás, infelizmente, o que mais encontramos são achismos e muita desinformação. Falar sobre o cenário político-econômico hoje é garantia de conflito ideológico, pois o confinamento amplia as emoções e paixões exacerbadas – parece que o foco de discussão de alguns grupos é meramente político. De qualquer forma, as consequências econômicas já estão sendo sentidas e são amargas. Muitas empresas, para evitar demissões ou fechamento (por exemplo), aderiram ao Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda oferecido pelo governo federal – passei por isto também; não está fácil para ninguém. Sem muitas delongas, vamos aos resultados.

O desalinhamento entre o governo federal e seus ministros é tão grande que, em menos de um mês de posse (17 de abril até 15 de maio de 2020), presenciamos a saída do segundo ministro da Saúde (Nelson Teich) em plena pandemia. Estamos falando de trocas estratégicas de grande impacto em curtíssimo espaço de tempo e em um momento de grande turbulência política, social e econômica. Na minha opinião pessoal, a justificativa de que outras administrações faziam alterações mais frequentes não serve como desculpa, pois entendo que o momento é extremamente delicado, único e o governo atual sempre prometeu uma conduta diferente e oposta à tudo que víamos até então. Inúmeras alianças atuais seriam impensáveis no início.

Não vou estender este assunto, pois, conforme exposto no início, tratar sobre o cenário político-econômico hoje é garantia de conflito ideológico, pouco produtivo e não mudará a realidade dos fatos.

Quanto ao impacto econômico imediato… Apesar de alguns contratempos, o governo tem feito sua parte! 😉

Visando socorro às empresas de pequeno e médio porte, para evitar demissões em massa, o governo federal lançou um programa de reposição salarial, permitindo que empresas reduzam temporariamente (até 3 meses) a renda de seus funcionários em 25%, 50% ou 70%. Como a reposição tem um teto proporcional ao seguro desemprego, as empresas tendem aplicar reduções mais significativas para rendas menores (até dois salários, por exemplo), visto que, neste caso, a complementação do governo será quase total. Para o funcionário, quanto maior a renda, menor será a reposição e maior será a perda.

O programa de reposição salarial é uma medida emergencial e tende evitar consequências ainda mais graves no mercado de trabalho, pois, com a redução do consumo e sem este apoio financeiro, algumas empresas seriam obrigadas a demitir ou fechar as portas por incapacidade de lidar com seu quadro de funcionários. Portanto, é um benefício que atinge empregado e empregador (todos ganham). A empresa em que trabalho, por exemplo, aderiu ao programa.

Outro programa oferecido pelo governo é o Auxílio Emergencial – trata-se de suporte financeiro para trabalhadores informais, microempreendedores individuais (MEI), autônomos e desempregados (infelizmente, há vários relatos de dificuldade com a liberação do recurso). Aproveitando o ensejo, segundo o portal G1, “a Caixa Econômica Federal libera nesta segunda-feira (dia 1 de junho) as transferências e saques em dinheiro da segunda parcela do Auxílio Emergencial depositada em poupanças sociais digitais“.

São medidas necessárias. Mas, não se engane, o custo deste socorro será alto e a conta será paga por todos os cidadãos.

Como de costume, confiram os principais números e acontecimentos que sacudiram o país e o mundo (do redator chefe da Modal):

Em relação ao mercado de capitais, o clima de pessimismo parece ter dado “uma trégua” (cuidado) e os principais índices mundiais vem respondendo de forma positiva. Ainda assim, fiquem atentos, o momento atual continua bastante incerto e as consequências econômicas só ficarão evidentes quando tudo isto passar e cada país analisar com calma as “contas” acumuladas em consequência da paralisação (é inevitável). No momento há muita especulação.

Para que se tenha melhor compreensão dos desafios que estão por vir, segundo relatório da Focus, “analistas do mercado estimam queda de 6,25% para o PIB brasileiro em 2020. Foi a décima sexta queda seguida do indicador,(relatório focus)“. 

Resumindo: não se permita mover por emoção!

Algumas empresas que mantenho posição em carteira apresentaram os balanços referentes ao período 1T20, como foi o caso de Ambev (QUEDA de 55,6% do lucro líquido ajustado), Fleury (QUEDA de 36,6% do lucro líquido), Petrobras (PREJUÍZO líquido de R$ 48,5 bilhões devido à baixa contábil) e Carrefour Brasil (QUEDA de 4% do lucro líquido, apesar do crescimento de 6,9% de EBITDA). Reafirmo: “o cenário é e continuará bastante desafiador por algum tempo”. Até os principais Bancos, como Banco do Brasil e Itaú (por exemplo), registraram queda no lucro líquido (vale ressaltar que não é prejuízo).

Para obter acesso ou acompanhar os balanços, recomendo o seguinte link:
https://financenews.com.br/?s=1t20

Quanto aos investimentos…

Recebi proventos de ITUB3, GRND3, BRCR11 (0,47%), FCFL11 (0,47%), PQDP11 (0,0%), KNRI11 (0,41%), RNGO11 (0,57%), RBVA11 (0,70%), GGRC11 (0,49%), MXRF11 (0,69%), KNCR11 (0,37%), HGRE11 (0,39%), VISC11 (0,28%), HFOF11 (0,76%) e HGBS11 (0,17%). Não há muita novidade. Conforme esperado, o isolamento social afetou diretamente muitos fundos. O fundo Parque Dom Pedro Shopping (PQDP11), até que se tenha maior visibilidade quanto ao impacto no fluxo de caixa, optou em não distribuir rendimentos temporariamente. Porém, não entrem em desespero, lembrem-se de que os fundos são obrigados a distribuir 95% do resultado semestralmente – tudo depende do planejamento do fundo (a distribuição mensal é praticamente uma cortesia). De maneira similar, outros fundos de shopping como VISC11 e HGBS11 também apresentaram resultados ruins. Quanto a disposição da carteira, percebam que houve um pequeno “ajuste” (não foi manual): saiu o Fundo Santander Agências (SAAG11) e entrou Rio Bravo Renda Varejo (RBVA11) – na realidade, o que aconteceu foi a fusão entre os dois fundos (criando um dos maiores fundos imobiliários do país), convertendo as cotas na proporção de 0.83 RBVA11 para cada SAAG11. De maneira geral, mesmo com tantas turbulências e impactos negativos, o rendimento da carteira permanece excelente, sendo reforçado com o pagamento de dividendos e JCP de ITUB3 e GRND3 (para minha surpresa, o “rendimento” mais expressivo foi da Grendene).

Com o rendimento da própria carteira, somado ao capital que me prontifico separar para investir mensalmente, comprei mais ações (ou cotas) de FLRY3 e KRNI11. De maneira geral, a distribuição foi bastante equilibrada. Porém, em função de tantas incertezas, tanto no mercado de capitais como na visão macroeconômica do país e por questões de segurança, considerei prudente manter parte do capital dedicado para novos aportes na caderneta de poupança (pelo baixo risco e disponibilidade imediata). Não pretendo fazer isto com frequência, minha intenção é dispor de um pequeno recurso de rápido acesso e quase nenhuma volatilidade.

Aos mais entusiastas do Banco Inter, recomendo assistir o seguinte vídeo:

Confiram a distribuição dos ativos, segundo o portal CEI (NÃO inclui o Fundo DI):

A disposição dos ativos ficou mais equilibrada porque, desde o mês passado, reforcei e priorizei as posições nos fundos imobiliários.

A composição atual ficou assim (gráfico do IrpfBolsa):

Vale lembrar que o gráfico acima representa uma distribuição baseada no custo de aquisição, não no valor de mercado

Em relação aos trades

Desde o início do ano, consegui evoluir bastante o indicador APFTrend-Plus e reescrevi o Expert Advisor (EA) do zero para explorar melhor as “sinalizações” do indicador (é o que busco).

Até então, vinha priorizando tanto a codificação do indicador como do EA, sem realizar operações de trade com minicontratos na conta real. É evidente que toda a avaliação operacional vinha sendo realizada no testador de estratégias do Metatrader5. Existem muitos detalhes que podem passar desapercebidos entre os desenvolvedores e analistas – dependendo da forma como o testador é chamado, o resultado pode ser completamente diferente.

Como estou ficando satisfeito com a evolução do projeto, pretendo retomar as operações na conta real nos próximos dias e, em breve, compartilharei um vídeo com maiores detalhes sobre o assunto.

De maneira geral, apesar do momento amargo para o mercado (não se iluda com algumas semanas de otimismo), continuo bastante satisfeito com o resultado da carteira e o rendimento continua performando muito bem.

O objetivo aqui é meramente didático. Algumas estratégias (mais especulativas que comento) envolvem risco elevado, com potencial de ganho expressivo ou, em alguns casos, prejuízos imediatos. Então, estude sempre, consulte diferentes fontes de informação e tire suas próprias conclusões – a única recomendação que faço é: não façam trades na fase inicial (a tolerância aos erros será pequena)!

Estou apenas demonstrando opções de investimentos e o potencial de crescimento, isto não é recomendação de investimento!

Resultado do mês de abril (2020)

Mais um mês se encerra e o clima no cenário político-econômico permanece tenso e, infelizmente, o número de vítimas fatais do COVID-19 vem apresentando um ritmo bastante acelerado e alarmante. Pelo visto, o ano promete bastante turbulência pela frente – portanto, prudência é a palavra de ordem e nunca é demais. Sem muitas delongas, vamos aos resultados.

No cenário interno, quem seria capaz de imaginar que teríamos dois ministros “afastados” (um deles pediu demissão) no mesmo mês e em plena pandemia? Vale ressaltar que muitas autoridades, em diferentes esferas governamentais, negligenciaram os riscos ou politizaram a pandemia.

Acreditem, o mundo não está preocupado e nem interessado na disputa ideológica que vivemos. A preocupação é outra. De acordo com a revista Exame, por exemplo, “Trump insinua que pode restringir voos internacionais vindos do Brasil“. Aliás, em função do impacto econômico da pandemia e com a previsão de retração de 3,5% do PIB americano, os mercados internacionais responderam negativamente também. Diante deste cenário negativo, o índice da bolsa brasileira (IBov) encerrou o dia (30/04/20) com queda de 3,20%.

As divergências entre o atual governo e os Ministros da Saúde (Henrique Mandetta) e Justiça (Sérgio Moro) levaram à exoneração de ambos. Já demonstrei apoio inúmeras vezes ao atual governo, porém, tirando os membros de minha família, nunca tive ídolos e questiono igualmente sempre que considero válido. Estranhamente, observamos um movimento bastante similar para destruir a reputação de ambos os ministros. A visão de que o atual governo prima pela competência técnica está cada vez mais distante.

Entendo a preocupação do governo com os impactos econômicos (existe fundamento), mas a postura do presidente diante da pandemia influencia no comportamento de muitas pessoas. E, na minha opinião pessoal, o exemplo dado não tem sido positivo!

Quanto a COVID-19, tentei alertar ao máximo que pude. Infelizmente, meu temor vem se confirmando. O número de mortes pulou de 241 para 5.500 em um único mês. Parecia alarmismo ou histeria no início, mas continuar negando o problema é um insulto à inteligência.

Lembrem-se: o nosso bem maior é a saúde… NADA substitui! 😉

Para não desviar do propósito principal do blog ou mesmo da publicação do resultado mensal, compartilharei um texto da Empiricus que expõe pontos que refletem exatamente o que penso, preocupações e impactos econômicos (vale à pena separar alguns minutinhos):
https://sl.empiricus.com.br/p/pe131-bode/

Existe uma regra nos investimentos que levo como referência para quase tudo na vida: *você não consegue estar certo o tempo todo, então o mais importante é conseguir avaliar o grau de risco quando estiver errado – o que você pode perder?*”

Como de costume, confiram os principais números e acontecimentos que sacudiram o país e o mundo (do redator chefe da Modal):

Algumas empresas que mantenho posição em carteira apresentaram os balanços referentes ao período 1T20, como foi o caso da Weg (WEGE3com lucro líquido de +43%) e OdontoPrev (ODPV3 – apresentou geração de caixa recorde, com lucro líquido de +5%), por exemplo.

De maneira geral, o impacto do COVID-19 para o 1T20 ainda foi pouco significativo, mas será desafiador no decorrer do ano. Não posso deixar de expressar minha profunda admiração (de forma positiva) com a ação de empresas (dentre várias) como Itaú (doou R$ 1 bilhão para o combate ao vírus), Ambev (produziu e distribuiu álcool em gel) e Weg (está se estruturando para fabricar respiradores artificiais) neste momento de combate à doença.

Para obter acesso ou acompanhar os balanços, recomendo o seguinte link:
https://financenews.com.br/?s=1t20

Quanto aos investimentos…

Recebi proventos de ITUB3, ITSA3, ODPV3, BRCR11 (0,55%), FCFL11 (0,48%), PQDP11 (0,53%), KNRI11 (0,41%), RNGO11 (0,57%), SAAG11 (0,80%), GGRC11 (0,65%), MXRF11 (0,79%), KNCR11 (0,50%), HGRE11 (0,42%), VISC11 (0,31%), HFOF11 (0,70%) e HGBS11 (0,41%). Continuo satisfeito com o resultado da carteira, embora a performance dos fundos de shopping (PQDP11, VISC11 e HGBS11) tenha sido comprometida – conforme exposto no resultado anterior, este impacto negativo era previsível. Ainda assim, não pretendo modificar ou diminuir minha exposição aos fundos em questão; pelo contrário, entendo que o potencial futuro de valorização destas cotas supera o rendimento dos demais (vale lembrar que é uma visão pessoal). De maneira geral, o rendimento da carteira permanece excelente, sendo reforçado com o pagamento de dividendos e JCP de ITUB3, ITSA3 e ODPV3 (o “rendimento” mais expressivo foi referente à uma restituição de capital em dinheiro de BBSE3, nos demais casos foi pouco significativo).

Com o rendimento da própria carteira, somado ao capital que me prontifico separar para investir mensalmente, comprei mais ações (ou cotas) de ITUB3, ITSA3, ABEV3, BBAS3, BBSE3, MXRF11, VISC11 e HFOF11. Assim como no mês passado, aproveitei o pânico do mercado para reforçar algumas posições – mas é importante manter a cautela, pois o ano tende apresentar uma forte volatilidade. Os maiores aportes foram destinados para BBAS3 e ITUB3, e nos demais os aportes foram equilibrados.

Para quem for sócio da Petrobras (meu caso), recomendo assistir o vídeo da Suno Research:

Infelizmente, os efeitos negativos da pandemia – que é naturalmente recessiva – atingiram diferentes setores do mercado. Como abordei o assunto exaustivamente no resultado anterior, procurei ser mais objetivo neste.

Confiram a distribuição dos ativos, segundo o portal CEI (NÃO inclui o Fundo DI):

A disposição dos ativos ficou mais equilibrada porque, desde o mês passado, reforcei e priorizei as posições nos fundos imobiliários.

A composição atual ficou assim (gráfico do IrpfBolsa):

Vale lembrar que o gráfico acima representa uma distribuição baseada no custo de aquisição, não no valor de mercado

Em relação aos trades

Desde que o ano começou, NÃO tenho priorizado as operações de trade. Entretanto, ao identificar algumas oportunidades pontuais (como a saída do Ministro Sérgio Moro, infelizmente), fiz operações manuais, curtas e rápidas. Até então, por “sorte”, todas as operações foram lucrativas.

Conforme exposto em outras oportunidades, continuo dedicando bastante tempo e esforço na realização de ajustes finos no projeto APFTrend-Plus. Aliás, esta é uma das razões para estar ausente no Youtube nas últimas semanas – preciso estabelecer prioridades. Desta vez, quero certificar que é possível obter resultados realmente consistentes antes de continuar com as operações automatizadas na conta real, pois não quero “comprometer” minha capacidade de aporte desnecessariamente.

Aguardem, não desisti do projeto! 😉

Por outro lado, como holder, tenho reforçado minhas posições conforme identifico alguma oportunidade e disponho de recurso financeiro.

Tenho consciência de que o mundo está passando por um período bastante desafiador e, além da crise econômica e social, muitas vidas serão perdidas. Infelizmente, o mês encerra com quase 6.000 mortes no Brasil e não existe uma expectativa de recuo para as próximas semanas. Lamento muito tratar de números nestas condições; são perdas irreparáveis.

Também não estou aqui para atacar ou defender o governo algum, apesar de entender que o presidente poderia ter evitado mais um atrito em um momento tão delicado e crucial para o país. Na minha opinião, ele tinha este poder. Agora, não adianta gastar muita energia tentando apontar culpados. O fato é que o presidente poderia ter evitado mais este desgaste, que certamente trará repercussões que serão sentidas no decorrer do ano inteiro.

O discurso populista de impedir que pessoas morram de fome no futuro é valido, ninguém nega. Porém, só faz sentido para quem continua vivo e goza de saúde – o dinheiro, sem isto, não serve para nada. Apesar das dificuldades que estão por vir (e virão), a chance de continuar lutando é sempre melhor do que uma interrupção abrupta e sem retorno.

De maneira geral, apesar do momento amargo para o mercado (não se iluda com algumas semanas de otimismo), continuo bastante satisfeito com o resultado da carteira e o rendimento continua performando muito bem.

O objetivo aqui é meramente didático. Algumas estratégias (mais especulativas que comento) envolvem risco elevado, com potencial de ganho expressivo ou, em alguns casos, prejuízos imediatos. Então, estude sempre, consulte diferentes fontes de informação e tire suas próprias conclusões – a única recomendação que faço é: não façam trades na fase inicial (a tolerância aos erros será pequena)!

Desejo a todos um excelente feriado e dias melhores!

Estou apenas demonstrando opções de investimentos e o potencial de crescimento, isto não é recomendação de investimento!

Convulsão política e econômica!

Desde o início do ano o país vem apresentando um cenário político-econômico bastante instável e difícil de analisar. O surgimento do vírus COVID-19 sacudiu o mundo e está levando à uma crise econômica sem precedentes. Como se não bastasse, o cenário interno do Brasil está se tornando extremamento perigoso.

Durantes as eleições de 2018, também manifestei apoio ao atual presidente, não havia outra maneira. Diante das opções apresentadas, não me arrependo. Não era o candidato de minha preferência, mas era a única opção que enxergávamos para mudar o rumo do país. A renovação política também engrandece e fortifica a democracia.

O otimismo era enorme. Estávamos conferindo uma equipe técnica de peso – parecia que as coisas seriam diferentes (existia uma luz no fim do túnel). Infelizmente, o comportamento explosivo e impulsivo do atual presidente levou a grandes mudanças em sua equipe e alianças. Após um ano de governo, a equipe já não é mais a mesma e é difícil enxergar resquícios do que vimos anteriormente.

Sendo assim, as expectativas futuras precisam ser revistas…

A situação tomou proporções inimagináveis inicialmente, com a quebra da aliança política que o governo contava no congresso, “levando” o presidente abandonar o PSL – ou seja, governando sem partido ou alianças essenciais para aprovar as propostas do governo. Não é à toa que, atualmente, o governo se viu obrigado em criar novas alianças com o centrão. Foi o que restou.

Na minha opinião pessoal, o governo Bolsonaro não soube negociar os interesses políticos e, sempre que contrariado, optou pela ruptura. Perdeu apoio entre influenciadores digitais, fritou membros e ministros do próprio governo. Em pleno momento de pandemia, o governo perdeu dois ministros de grande influência (Mandetta e Sérgio Moro) e posição estratégica. A saída de Sérgio Moro (Ministério da Justiça) poderia ser evitada, mas foi um conflito que o presidente não se importou em evitar.

Ambos estão brigando para defender quem tem razão, mas a verdade é que quem tem o poder para manter ou derrubar é o presidente. Novamente, o governo optou pela ruptura. Atenham-se aos fatos, pois frases ditas no ar não tem significado ou relevância alguma.

Aliás, dentre várias razões, uma das justificativas alegadas pelo presidente para o descontentamento com Ministro da Justiça foi a falta de resposta para o atentado sofrido durante as eleições.

Porém, vale lembrar que, em 07/2019, tanto o atual presidente quanto o MPF, aceitaram que o caso do Adélio Bispo fosse encerrado (não recorreram):
https://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/2019/07/16/mpf-e-bolsonaro-nao-recorrem-e-processo-contra-o-agressor-adelio-bispo-e-encerrado.ghtml

Logo, existem questões que estão fora do alcance da população ou grande mídia. É inútil especular possibilidades. Melhor nem tentar aprofundar o assunto, pois seriam suposições inúteis. O que quero dizer até aqui é que todo o desgaste atual vem sendo causado pelo próprio governo.

E se você acha que acabou por aqui, saiba que o Ministro Paulo Guedes também está sofrendo atrito com o governo. Infelizmente, isto coloca em grande risco a trajetória otimista do mercado de capitais que visualizava o cumprimento de uma pauta liberal. Perceberam os riscos?

Segundo a Empiricus, “O grande plano econômico em vigência, hoje, é o chamado Plano Pró-Brasil, desenvolvido pela ala militar do governo, anunciado pela Casa Civil, que sequer teve o aval do Ministro da Economia, Paulo Guedes.

Para maiores detalhes sobre o que foi dito, sugiro a leitura do artigo:
https://sl.empiricus.com.br/p/pe131-bode/

Não pretendo, com isto, criar polêmica, apenas compartilhar um pouco de minha preocupação e informar. Gostei do artigo publicado pela Empiricus e considero o conteúdo relevante para o momento em que vivemos.

Tenham cautela, pois ainda existe espaço bastante relevante para piorar! Apertem os cintos, este ano promete!