Algoritmos: Programação de robôs de trade (videoaula)

Sei que o intervalo de tempo entre um vídeo e outro está longo, mas não estou com muita disponibilidade de tempo livre e, infelizmente, no final de semana passado o HD (disco rígido) principal do meu computador danificou definitivamente. Logo, precisei refazer a instalação do sistema operacional e recuperar o backup de minhas aplicações e projetos. Isto sem falar que ainda estou codificando e otimizando meu robô de trade.

Antes de tratar sobre a codificação de indicadores ou robôs propriamente, começaremos falando sobre lógica de programação (algoritmos). Para quem pretende criar seu próprio indicador ou EA no Metatrader, este conhecimento é fundamental.

Para melhor compreensão, é importante entender primeiro o conceito de entrada (INPUT) e saída (OUTPUT).

Entrada: Recebimento de dados para processamento (associação direta, leitura de um arquivo ou dados fornecidos pelo teclado)

Saída: Resultado final do processamento (escrita em disco ou exibição em tela).

Com este entendimento, fica mais simples compreender o que é um algoritmo e como escrever o nosso próprio código.

Um algoritmo nada mais é que uma sequência lógica de instruções (código) que determinam como dados recebidos (entrada) serão tratados pelo computador.

Resumindo, o algoritmo é uma sequência lógica de instruções que utilizaremos para solucionar determinado problema. A sequência lógica pode ser apresentado em diagrama (fluxograma) ou por um bloco de código (prévia para codificação).

https://www.lucidchart.com/pages/pt/modelos-e-exemplos-de-fluxogram

Como o nosso objetivo principal é a codificação de indicadores ou assistentes especializados (robôs), o foco deste artigo será voltado aos blocos de código. A figura anterior (fluxograma), foi utilizada como reforço para demonstrar como funciona a lógica de programação.

Porém, é através do algoritmo que aprendemos a programar… 😉

http://aprendizfinanceiro.com.br/awrp/wp-content/uploads/2019/03/Algoritmo-videoaula.doc

O primeiro passo, será identificar as “variáveis” necessárias para nosso programa.

As variáveis representam áreas de memória que identificam um dado específico (onde guardaremos o dado recebido para posterior referência – seja por arquivo, teclado ou associação direta).

Por exemplo (associação direta – atribuindo valores):

candle_maior=10
candle_abertura=5
candle_fechamento=8
candle_menor=3

Foram utilizadas 4 variáveis para guardar o valor do “último negócio” realizado no MT5, onde candle_abertura representa o preço de abertura da barra e candle_maior a máxima da barra. As demais variáveis são autoexplicativas.

“Aliás, sempre utilize nomes sugestivos para associar rapidamente a finalidade da variável

O exemplo anterior foi de variáveis simples, mas podemos trabalhar com vetores (array) para armazenar múltiplos valores na mesma variável – permite ter acesso a informações passadas a qualquer momento (histórico).

Caso precisássemos armazenar os preços negociados nas últimas 100 barras, por exemplo:

candle_maior[0]=10
candle_abertura[0]=5
candle_fechamento[0]=8
candle_menor[0]=3

candle_maior[n]=…
candle_abertura[n]=…
candle_fechamento[n]=…
candle_menor[n]=…

candle_maior[99]=6
candle_abertura[99]=5
candle_fechamento[99]=3
candle_menor[99]=2

O valor que aparece entre colchetes (“n”) é um índice que identificará cada barra. Como, no MQL5, o primeiro índice começa em 0, o último (em 100 barras) será 99.

Também precisamos identificar o tipo de dado:
1. lógico: boleano (verdadeiro ou falso)
2. data_hora: formato data e hora
3. numérico: inteiro ou flutuante
4. textual: caractere ou string

Por exemplo:

inteiro i = 0
boleano candle_alta = verdadeiro
flutuante maior_preco = 0.0
flutuante candle_fechamento[]

Neste artigo, para receber dados por teclado, convencionaremos que a instrução será “leia“. E, para exibir os dados, convencionaremos “exiba“.

Entendida a declaração das variáveis, podemos começar a definir a lógica de processamento – “99% do sucesso de todo código (instruções) depende desta definição (onde as comparações serão feitas)”.

Estruturas condicionais:

São blocos de código onde validaremos se o conteúdo das variáveis atendem nossas necessidades: “se condição_verdadeira; faça

– Qual seria o algoritmo necessário para descobrir se um candle é de alta ou baixa?

flutuante candle_abertura=0.0, candle_fechamento=0.0
boleano candle_alta = falso
leia candle_abertura
leia candle_fechamento

se candle_abertura < candle_fechamento; então
candle_alta = verdadeiro
exiba “fechamento”+candle_fechamento+“ alta”
senão
candle_alta = falso
exiba “fechamento”+candle_fechamento+“ baixa”
fim-se

Na realidade, defini candle_fechamento como boleano de propósito, pois no MQL5 poderia ter feito a comparação pela própria variável.

flutuante candle_abertura=0.0, candle_fechamento=0.0
leia candle_abertura
leia candle_fechamento

boleano candle_alta = (candle_abertura < candle_fechamento)

se candle_alta == verdadeiro; então
exiba “fechamento ”+candle_fechamento+“ de alta”
senao
exiba “fechamento ”+candle_fechamento+“ de baixa”
fim-se

Caso pareça muito confuso, respire fundo e leia novamente!

Não é obrigatório dominar tudo que foi demonstrado, mas saiba que é o básico para que possamos otimizar o código para as nossas necessidades. Do contrário, a contratação de um programador será a única alternativa.

Em relação a programação, o que fiz, no exemplo anterior, pode gerar alertas de compilação ou resultado inesperado em algumas linguagens de programação. Percebam que, na exibição, fiz uma soma entre strings com um valor flutuante (são tipos diferentes).

Logo, o ideal é realizar a conversão para um tipo comum. Neste caso, o mais lógico, no momento da soma, seria converter candle_fechamento para string.

Este processo de conversão é conhecido como casting:

exiba “fechamento ”+(string) candle_fechamento+“ de alta”

A partir deste momento, a instrução exiba entenderá que está somando (concatenando) strings. Em algumas linguagens (não é o caso da MQL), ‘a+1’ é igual ‘b’!

Vale lembrar que tenho colocado verdadeiro ou falso em negrito porque representa um valor reservado para identificar o resultado lógico da variável boleana. Não se preocupe muito com isto agora, mas é fundamental que você saiba interpretar os exemplos dados (como está sendo processado).

É evidente que muitas vezes faremos mais de uma comparação na mesma expressão, obrigando que duas ou mais condições sejam atendidas (AND) ou apenas uma (OR).

-É aqui que entra a interpretação da tabela verdade:

se (a > b AND b > c): será processado quando ambas forem verdadeiras
se (a>b OR b>c): será processado se qualquer uma das condições for verdadeira.

Confiram uma videoaula específica sobre estruturas condicionais:

Estruturas de repetição (loop):

Uma estrutura de repetição é basicamente um bloco de instrução em que uma determinada operação deverá ser executada repetidas vezes até atingir o resultado esperado.

Poderíamos utilizar um loop para descobrir qual é o maior preço de fechamento das últimas 100 barras, por exemplo.

inteiro i=0
flutuante maior_preco=0.0
flutuante candle_fechamento[]
...
para (de i=0 até 99); faça
leia candle_fechamento[i]
se (candle_fechamento[i] > maior_preco); então
maior_preco = candle_fechamento[i]
fim-se
fim-para

exiba maior_preco

A variável maior_preco foi inicializada em 0 (menor preço possível) e será substituída no primeiro preço acima de 0. Nas comparações seguintes, ela será atualizada cada vez que o valor de candle_fechamento[i] for maior que o conteúdo de maior_preco.

Se não utilizássemos uma estrutura de repetição (loop) teríamos que escrever cada comparação individualmente – em muitos casos, seria inviável.

se (candle_fechamento[0] > maior_preco); então
maior_preco = candle_fechamento[0]
fim-se

se (candle_fechamento[1] > maior_preco); então

se (candle_fechamento[99] > maior_preco); então
maior_preco = candle_fechamento[99]
fim-se

Mais uma videoaula específica sobre estruturas de repetição (bastante didático):

Cuidado para não tornar os laços infinitos (no exemplo anterior, o limite foi fixado em 99 – repetição de 100x), pois, caso fique infinito, o processamento não terminará e causará o travamento da aplicação.”

Para finalizar, também podemos trabalhar com reaproveitamento de código e melhor organização estrutural disponibilizando funções.

Chamadas de funções:

Quando precisarmos executar uma mesma operação várias vezes em diferentes partes do código, ao invés de repetir o mesmo bloco de código várias vezes, podemos separar o código responsável por este processamento e chamá-lo sempre que for necessário (com uma única chamada, informando os dados necessários).

flutuante função calc_media (flutuante maxima, flutuante minima); início
flutuante resultado = (maxima + minima)/2
retorne resultado
fim-função

flutuante maxima=0.0, minima=0.0, media=0.0
leia maxima
leia minima
media=calc_media(maxima,minima)

exiba media

Percebam que cada função representa um bloco de código separado. Caso o processamento da função, ao final do seu processamento, ofereça algum retorno (resultado final), deveremos configurar o tipo de dado que será retornado (no exemplo foi flutuante).

Confiram uma videoaula específica sobre funções (bastante didático):

No MQL5, a posição da função, em relação a sua chamada, não importará. Não é algo muito comum porque a interpretação do código é sequencial e o compilador, teoricamente, precisa conhecer a função antes de uma chamada no bloco de código principal.

Espero que o conteúdo lhe auxilie no aprendizado!

– Quem não se familiarizar com lógica de programação, precisa contratar um programador para MQL5 – sua curva de aprendizado pode ser longa.

– Outra opção é buscar soluções comerciais onde você apenas alimenta as opções do robô de acordo com o tipo de lógica já programada – aqui Brasil, a Smartbot oferece este serviço.

Será que o país perde R$ 4,6 bi ao não tributar acionistas de Itaú, Bradesco e Santander?

Pois é, se o Leão é Manso, então a CONTRAF-CUT não é muito “inteligente”… na maioria das vezes, estes Bancos citados remuneram por JCP, onde há tributação de IR no ato do pagamento aos acionistas.

Confiram o artigo que recebi como sugestão de leitura:
http://spbancarios.com.br/02/2019/pais-perde-r-46-bi-ao-nao-tributar-acionistas-de-itau-bradesco-e-santander

Logo, no JCP, a distribuições dos lucros favorece as empresas diminuindo o IR, mas o encargo fica com o acionista que será taxado em uma alíquota de 15%. E, no caso dos dividendos, a distribuição acontece sobre o lucro líquido da empresa, após o pagamento de todos os seus tributos (como IR e outras contribuições).

https://www.sunoresearch.com.br/artigos/entenda-o-jcp/?fbclid=IwAR34RMX-nTEQkf-Fii_D6Gw99uQ8-Of3JyFTuVj9c8cG-GtqkfJLDznzpNw

Portanto, o governo já arrecada em ambos os casos – seria bitributação!

Além disso, faria com que inúmeros investidores percam o interesse pela relação risco x retorno do país, direcionando capital para países com menor volatilidade ou, como nossa taxa de juros é alta, direcionando para renda fixa.

Gostaria de saber de onde saem estes cálculos…

Não acreditem em qualquer coisa, questionem! 😉

Sócrates encontra professor da USP

Recebi o texto ontem e, pela excelente reflexão do momento em que vivemos, resolvi compartilhá-lo.

SÓCRATES ENCONTRA PROFESSOR DA USP

“Sócrates, enviado para 2017 em um vórtice temporal, cai em São Paulo, no meio de um manifesto, e encontra um militante esquerdista

– Olá, excelente rapaz! 
  Do que se trata toda essa gente reunida?
– Olha, velhote desinformado, 
  estamos lutando contra a elite por justiça!
– Sim, eu realmente sou um desinformado, 
  eu sou quem não sabe, 
  mas estou muito feliz de encontrar você, 
  que realmente sabe! 
  Peço que me ensine, é possível?
– Sim, claro, sou da USP, 
  tem muita coisa que você precisa aprender!
– É um grande dia, excelente rapaz! 
  Finalmente encontrei alguém sábio que me ensinará!

  Primeiro, gostaria de saber o que é a elite, 
  depois o que é justiça e por último 
  por qual aplicação de justiça estão lutando. 
  Pode ser nessa ordem?

– Sim, isso é fácil!
– Perfeito! O que é a elite!?
– A elite são os ricos, 
  que têm muito dinheiro, muitos bens.
– Então, o critério para discernir a elite 
  é a quantidade de  dinheiro, de bens,
  que possui, certo?
– Sim, é esse mesmo!
– E a partir de que ponto um homem é considerado rico,
  participante da elite?
– A classificação disso é através classes sociais, 
  que são A, B, C, D, E e F!
  A classe A é quem tem mais, 
  e vai diminuindo para quem tem menos,
  até a classe F, que é praticamente miserável e 
  não tem nada... é por eles que lutamos!
– Certo, 
  como eu posso identificar quem é a elite nesses termos?
– São as classes A, B e C,
  mas é só ver quem ganha mais de 2.300 
  por mês, que já é elite!
– Entendi, e os outros todos não são elite, certo?
– Sim, o critério é esse.
– Quem ganha mais de 2.300 por mês é a elite, 
  e a elite é malvada, certo?
– Certo!
– E quem ganha menos de 2.300 por mês não é da elite, 
  e não é malvado, correto também?
– Sim, é exatamente isso! 
  O senhor está aprendendo muito bem! 
  Qual seu nome?
– Meu nome é Sócrates, excelente rapaz!
– Certo, Sócrates! Está aprendendo muito bem.
– Você é formado em uma universidade, não é isso?
– Sim! Sou inclusive professor! Da USP, como eu disse!
– Que dia maravilhoso para mim, excelente rapaz! 
  Encontrei finalmente um sábio! 
  Quanto ganha um professor da USP?
– Eu ganho 10 mil…
– Então...você é da elite e é malvado?
– Não… é que… olha… eu luto pelo povo e… 
  eu quero só o bem dele!
– Mas você disse que o critério era esse…
– Eu sei, parece estranho, 
  mas são nossos representantes que vão
  acabar com essas diferenças sociais!

– Estou me esforçando para compreender: 
  quem são seus representantes?
– São os políticos!

– Quanto ganha um político hoje, rapaz?
– Depende: 
  deputado ganha cerca de 39 mil por mês, 
  um senador uns 33 mil…
– Então eles são da elite também!
– São, sim… mas são eles que vão fazer o bem para o povo!
– Mas você me disse que a elite só faz o mal, 
  e que o critério é que quem ganha mais de 2.300 
  por mês é mau...
  tanto você quanto seus representantes são da elite, 
  devo supor que são maus,
  segundo suas próprias palavras… 
  ou será de outra forma?

– Estou desconfiando que você é um infiltrado, velho! 
  Como pode duvidar do que estou dizendo?
– Eu estou tentando aprender, você disse que me ensinaria. 
  Mas, afinal, você é um homem mau e seus representantes 
  também são maus,
  ou esse critério estará errado?
– Eu não sou mau! 
  Lula é santo! Que espécie de perguntas são essas?
– Chama-se lógica, rapaz, 
  eu só estou examinando seu próprio critério…  
  se o critério estiver certo, você e seus representantes
  são maus, se forem bons então o critério está errado… 
  não será dessa forma?
– Está bem, talvez o critério esteja errado, 
  pois eu sou um homem bom, 
  e meus representantes também são bons, 
  afinal estou lutando pela justiça, 
  pelo bem, por algo bom!

– Muito bem, rapaz! E qual a luta de vocês?
– Lutamos contra os maus… quer dizer, a elite…
– Nos critérios que você me colocou?!
– Sim!
– Oras, estão lutando contra si mesmos?!
– Não! Bem, talvez o critério esteja errado mesmo…
  não sei mais!

– Mas, me diga, o que é justiça?
– Justiça é que todos ganhem o mesmo salário! 
  Para não haver desigualdade, sabe?
– Mesmo os que não trabalham?
– Não, só os que trabalham, claro…
– Então já não são todos... Concorda?
– Bem, quis dizer todos que trabalham; 
  os que não trabalham ganham bolsas, 
  essas bolsas é para que não fiquem sem nada…
– Essas bolsas são como um salário?
– Sim! Recebem uma vez por mês!
– E de onde sai o dinheiro dessas bolsas, rapaz?
– Impostos! As pessoas trabalham e pagam impostos, 
  o estado redistribui a renda, 
  e paga as bolsas.
– Então quem paga as bolsas é quem trabalha, 
  e é justo que quem não trabalha receba salário por 
  não trabalhar, e quem está trabalhando
  pague salário a quem não trabalha?
– Sócrates, você está me deixando confuso…

– Apenas me responda, 
  a justiça consiste em pagar salário para quem não trabalha,
  é isso?
– Não… é redistribuir a renda…
– Mas, no final da sua redistribuição, 
  isso é o que acontece, ou não?
– Sim, é… mas…tudo parece estranho, eu sei. 
  Mas, quando fizermos o comunismo, tudo vai ser diferente,
  tudo vai ser justo e ninguém vai ser miserável,
  não vai dar pra você entender agora… 
  a elite é poderosa e controla tudo!
– Rapaz, até agora tudo que você me disse foi contraditório, 
  não?
– Sim, foi! É que você precisa esperar o comunismo acontecer!
  Aí, sim, tudo vai fazer sentido!
– Oras, rapaz, então esse tal comunismo,
  deve ser maravilhoso... onde aconteceu?
– Cuba, Coreia do Norte, Rússia, Alemanha Oriental…
– Então esses lugares devem ser o paraíso! 
  Conte-me como são!
– Olha, as coisas não vão tão bem, 
  alguns lugares já abandonaram o comunismo, 
  mas os outros permanecem em luta!
– Rapaz, que surpresa! 
  Por que afinal abandonaram algo tão maravilhoso?
– Não deu certo, mas continuamos tentando! 
  É culpa do capitalismo!
– E os outros lugares?
– Cuba e Coreia do Norte continuam comunistas!
– Que maravilha! E como são esses lugares?
  Estão bem? Todos são prósperos? 
  Não existem mais classes?
– Pra falar a verdade, não estão bem não. 
  Cuba e Coreia do Norte estão passando fome, 
  mas isso é por culpa do capitalismo!
– Oras, mas um modelo tão bom, pelo qual vocês lutam, 
  não faria apenas bem?
– É que os dirigentes não fizeram o comunismo como pensávamos, 
  eles deturparam, fizeram outra coisa…
– Mas você me disse há pouco que eles eram bons…
– Eu disse mas… bem, nunca se sabe!
– Será que talvez vocês não estejam errados?
– Talvez, Sócrates…
– E por que esses países têm dirigentes?
– Eles têm poder militar, e muito capital…
– Oras, você me disse que não haveria classes sociais…

– No comunismo existem apenas as classes política 
  e do proletariado!
– Então existem ainda classes, correto?
– Não tenho como discordar agora…
– Meu rapaz, 
  não me parece que você esteja lutando por algo bom, 
  pois seus exemplos foram todos maus, 
  e não me parecem confiáveis seus representantes como bons, 
  pois sempre terminam por trair o povo, 
  e mesmo seus critérios não me parecem bons,
  pois não se sustentam agora,
  nem nos exemplos que me forneceu.
– O senhor está me deixando sem resposta. 
  Eu preciso estudar mais…

– Eu agradeço pela conversa, 
  mas vou continuar procurando alguém realmente sábio,
  que possa me ensinar algo de sua sabedoria.

Um grupo de garotos se aproxima e cumprimenta o professor.

– Quem é este homem, professor?
– Um velho chamado Sócrates, que eu estava ensinando, 
  mas agora estou um pouco confuso…
– Por que está confuso professor?
– Ele discordou de algumas ideias minhas, 
  e eu não consegui sustentá-las…

O grupo de garotos grita:

– ATENÇÃO, TODO MUNDO! ESSE É UM VELHO FASCISTA! RACISTA!
  MISÓGINO! SEXISTA! HOMOFÓBICO!

(texto de Ricardo Roveran)

Qualquer semelhança não é mera coincidência! 😉

Programação de Robôs de trade: Introdução

Dei início a produção de videoaulas, no canal do Youtube, sobre programação de Robôs de Trade no Metatrader5. Para evitar euforia desmedida e ilusão, decidi fazer uma introdução demonstrando e refletindo sobre os riscos reais de cada operação.

Muitas vezes também fico eufórico…
Logo, para puxar o freio de mão, vamos aos alertas:

Nossa mente é traiçoeira… É muito fácil ficar iludido quando enxergamos as “possibilidades” de ganho, mesmo conhecendo os riscos envolvidos. Lidar com a euforia nos lucros é fácil e prazeroso, mas lidar com os prejuízos não é para qualquer um.

Pelo que percebi, na maioria das vezes, quem mais defende operações especulativas ou esquemas fraudulentos (pirâmides) são justamente pessoas com recurso financeiro limitado, mas querem acreditar que podem atuar “profissionalmente” (quando possível) neste mercado e acelerar sua independência financeira. O mais triste é que em quase todos os casos que conheço ocorre o inverso – perdem o que não tem.

Demonstrarei como nossa mente pode ser traiçoeira:

Continuando…

Minha primeira experiência na Bolsa foi complicada. Vi a possibilidade de ganho rápido e fiquei cego. Ganhei muito dinheiro em poucas semanas. Na época, mesmo com pouca experiência, consegui realizar várias operações lucrativas. Era tão frequente que não consegui assimilar que poderia ser apenas sorte. A confiança foi aumentando naturalmente. Conferir o lucro rápido mexe com o emocional. Mas, presenciar um grande prejuízo mexe infinitamente mais (risos). Chegou em um momento que me perdi entre operações como holder ou trader. Foi ladeira abaixo. Vários colegas de trabalho seguiram o mesmo caminho. Sabem quantos obtiveram sucesso? NENHUM!

Voltei para o mercado sem a intenção de especular e estudei mais. O foco principal tem sido a atuação como Holder. No início, não parecia tão vantajoso. Porém, 5 anos depois vi um resultado que, no início, nem imaginei.

Com mais experiência e influenciado por outros colegas, resolvi “especular moderadamente” o mercado futuro. Para variar, a grande maioria fala com muita paixão sobre algo que requer muita frieza – não combina. Alguns destes colegas falam em crescer e atuar profissionalmente. O mais engraçado é que estes argumentos são repetitivos. Novamente, sabem quantos estão com lucros consistentes? NENHUM.

Como tenho compartilhado minha experiência como investidor amador, resolvi dar mais uma chance aos trades, sem perder o foco no B&H. A combinação do controle emocional, disciplina e manejo de risco é algo muito complicado. Nas duas primeiras semanas de operação manual consegui um lucro de R$ 1.500. Porém, na semana semana seguinte, perdi R$ 3.000. Manter o controle emocional tendo que operar em horários picados no trabalho ou no intervalo do almoço é impossível (prejuízo certo).

Desisti de operar manualmente…

Decidi codificar um robô no MT5. O resultado tem sido bom, porém manter o equilíbrio entre lucro/prejuízo não é fácil. Aparentemente, o robô está conseguindo entregar um resultado positivo, mas preciso tomar cuidado para não cair em “game-over” em momentos que o robô não consegue acertar. Pois é. O próximo passo tem sido incluir RNA (redes neurais artificiais). Ainda estou afinando a configuração, usando o FANN (Fast Artificial Neural Network). O grande problema é que, muitas vezes, o mercado não é bem comportado e a inteligência artificial acaba perdendo movimentos que não poderia deixar passar e minha relação risco x retorno fica desvantajosa.

O meu objetivo, caso bem sucedido, é conseguir uma remuneração adicional de carteira – reinvestindo os lucros por B&H.

Para finalizar, recomendo que assistam o vídeo:

Faça as operações de forma consciente! 😉

Dessalinização: o que é verdade ou mentira?

Agora que estamos sob “nova direção“, surge a discussão de que a parceria com Israel, na busca de uma alternativa tecnológica realmente eficiente, não passa de uma manobra política. Para variar, a oposição tem dado uma forcinha para tornar a discussão mais acalorada. Mas, afinal de contas, o que é verdade ou mentira?

Um dos primeiros argumentos é de que a Embrapa detêm a tecnologia necessária para a dessalinização. Desde o período da disputa eleitoral esta discussão está no ar e recentemente o MBL compartilhou um artigo informando que a “Embrapa desmente dessalinização e derruba mais uma narrativa

https://www.mblnews.org/notas/embrapa-desmente-dessalinizacao-derruba-narrativa/

Para variar, novamente, há quem questione a credibilidade do MBL (normalmente quem se identifica com a ideologia de esquerda) – até agora não vi artigos enganosos (achismo não quer dizer nada).

Mas, se você ainda tem alguma dúvida sobre o assunto, confira o que a Embrapa diz em seu perfil do Twitter:

https://twitter.com/embrapa/status/1080887887024013313

Portanto, este argumento não tem sustentação. E, sendo racional, o país estaria mantendo a tecnologia em segredo por décadas à espera do “momento certo” para diminuir o sofrimento de uma parcela tão grande da população? Por mais incompetente que fosse, não existe lógica alguma!

Além destes fatos, gostaria de compartilhar uma reflexão baseada em uma conversa que meu pai teve com um amigo…

A água do subsolo nordestino não é salgada, é salobra – trás alguma quantidade de sal.

As soluções aventadas até agora não atenderam as necessidades, tanto é assim que o problema persiste.

Não adianta dizer que “existe” (não há confirmação) no país há mais de “quinze anos” tecnologia se problema continua. Logo, precisamos buscar outras.

Numa visão racional, é um processo em andamento de busca. A ideologização é sectária, quando precisamos de troca de ideias na busca de solução.

Se me perguntar, essa ou aquela é a melhor solução, direi : Não sei, vejamos os resultados. Aquela que melhor responder às nossas necessidades, deve ser adotada. René Descartes dizia que devíamos duvidar de tudo.

Nesse contexto, devemos, a princípio, duvidar da estação de Israel. Mas, devemos testá-la e, no mínimo, obteremos novos conhecimentos.

A primeira estação, de pequeno porte, será doada. Se houver interesse, iremos pagar pela tecnologia. O processo está em tratativas, não têm nada certo.

A esquerda está agitada em face dos erros cometidos em relação ao Nordeste:

– A estrada de ferro Transnordestina até hoje não se concretizou, é apenas fato político; e

– A transposição do São Francisco não se completou e já apresenta um sem número de problemas, tais como:

“assoreamento das margens em Minas Gerais que devia ter sido resolvido antes de tudo. Em alguns trechos, ele é atravessado a pé. A construção apresenta grandes defeitos de engenharia. Basta ver que nem terminou a obra e já está se desfazendo. O canal construído é uma lâmina de plástico sobre a qual foi colocada uma camada de 5cm de concreto, que não está suportando”

Dentre vários, mais outro fato político difícil de solução.


Não importa sua visão política, escolha o lado da população! 😉