Faz algumas semanas que ensaio escrever sobre este assunto, mas estou com uma pequena dificuldade para administrar o tempo livre, e por participar de inúmeros projetos que estão correndo simultaneamente. Não está fácil para ninguém! (risos).
Na semana retrasada entrei em contato com a gerente de minha conta, no Banco do Brasil, para reclamar sobre o tempo de espera para liberação de operações pelo Home Banking (até quatro horas) – em transferências, por exemplo. Recebi, como recomendação, trabalhar com um token de segurança (via celular). Não ficou claro se o Banco mudou a política de acesso estrategicamente ou se é uma “desculpa” para forçar a utilização do token. Em fim, meu contato não foi muito conclusivo e também não mudei nada.
Infelizmente, até o momento, não consegui atingir meu objetivo: “questionar e diminuir o tempo de espera para liberação do computador”. A gerente aproveitou a ligação para questionar o investimento que mantenho no Banco, indicando migrar parte do dinheiro para o CDB ou previdência privada, com a justificativa de maior rentabilidade (enquanto ainda levantava informações sobre minha aplicação). Poucos dias antes, fiz uma consulta no site do Banco para comparar os investimentos disponíveis e não confirmei as vantagens que ela apresentava (não, na mesma proporção). Obviamente, não me convenceu. Poucos dias depois, o meu pai recebeu uma proposta muito parecida. Curioso, não?
Recentemente, tenho percebido que muitos Bancos estão empurrando o CDB como alternativa de investimento mais rentável. No meu caso, é provável que a motivação principal da gerente seja o cumprimento de metas. Afinal, o Banco lucra mais com o CDB ou Fundo DI (pago uma taxa de administração de 1% ao ano)? De acordo com a Cetip, “o CDB representa, para quem aplica, uma importante alternativa de diversificação de risco e, para os bancos, um dos principais instrumentos de captação de recursos“.
Não vi muita vantagem, pois conto com uma boa diversificação e tenho outros objetivos – diversificando entre FIIs e ações. Não significa que o CDB não seja um bom investimento.
Vejam a posição da Empiricus em relação ao momento político, econômico e influência dos Bancos:
O vídeo é bacana. Porém, tome cuidado para não fazer avaliações precipitadas ou prematuras. Assim como inúmeras outras empresas, eles também trabalham com marketing “agressivo” (basta ver a qualidade do vídeo), suficiente para despertar seu interesse em quase todos os relatórios produzidos. São bons. Eu assino alguns, gosto muito do conteúdo e recomendo. Vejo como um investimento para reforçar e aperfeiçoar o nosso conhecimento em educação financeira e investimentos.
Mas, você deve ser criterioso e cauteloso.
É importante que você seja capaz de identificar qual relatório melhor se adapta ao seu perfil, mantendo os pés no chão. Sem esta clareza, você correrá risco de perder dinheiro, e a responsabilidade será sua. Não é tão simples como fazem parecer. Neste aspecto, acho que a Empiricus peca um pouco.
No Brasil, as duas principais casas de análise independente são: Empiricus e Toro Radar. No entanto, há alternativas de grande peso voltadas a produção de conteúdo educativo. O Bastter, por exemplo, produz material de altíssima qualidade, com uma comunidade bastante ativa. A eficiência do método é cristalina. Aliás, acredito que é o melhor ponto de partida, permitindo conquistar uma base de conhecimento muito sólida (algo fundamental). O foco é diferente do que costuma ser tratado pelas casas de análise, mas o método abordado é mais simples e os resultados são evidentes. Não há recomendação de investimento – a decisão cabe ao investidor. Vale à pena conferir alguns de seus vídeos.
Voltando aos relatórios da Empiricus…
Não lembro, ao certo, se o conteúdo de introdução aos investimentos é fornecido através da assinatura “Você investidor” ou “Investimentos para leigos“. Ganhei acesso temporário ao “Investimentos para leigos“, a partir de outra assinatura. O conteúdo é didático, essencial para iniciantes e bastante instrutivo. Neste caso, não vejo restrições – a não ser pelo custo de aquisição, que não é caro.
As dúvidas surgirão depois.
Você será assediado por vários relatórios, como “Vacas leiteiras” (dividendos e JCP), “MicroCAPs” (ativos com grande potencial de valorização), “Long & Short” (apostando na queda de um ativo e na alta de outro) e etc. Não dá para assinar todos de uma só vez. O custo seria alto e a nossa capacidade de aproveitamento limitada (por diferentes razões). Algumas estratégias oferecem um grau de risco elevado e, dependendo do seu perfil ou recursos financeiros, será inviável. Nem sempre isto é tratado com clareza.
É fácil ficar frustrado se a escolha não for bem feita. Portanto, não se precipite.
Recentemente, eles começaram cobrir uma lacuna que estava pendente: renda fixa. Não é a toa que estão questionando tanto os Bancos. Conforme exposto anteriormente, o material produzido é de boa qualidade. Mas, em alguns momentos, a dificuldade de escolher o relatório será equivalente a encontrar uma agulha em um palheiro. Você prefere aproveitar a Oportunidade de Uma Década (em RF) ou o Tsumoney do mercado de ações? (risos). Percebeu que existe um apelo de marketing muito forte? Todas as estratégias ou relatórios parecem revolucionários e imperdíveis. Não é bem assim.
Atualmente, assino os relatórios Fundos de Investimentos Imobiliários e MicroCaps. E, através da assinatura “MicroCaps” (um pouco salgada), ganhei o Trader Pro. Não estou seguindo as recomendações do “Trader Pro” porque estou apenas aperfeiçoando o conhecimento em análise técnica. Aliás, os cursos, em vídeo aula, são excelentes. Quero aprender um pouco mais sobre o mercado e este material tem auxiliado bastante.
Mas, cuidado com o apelo de marketing. Não se iluda.
Na divulgação do relatório MicroCaps, por exemplo, você será induzido acreditar que a multiplicação de dinheiro é simples, rápida e “não requer um investimento inicial alto“. Simulações históricas demonstrarão que você seria capaz de multiplicar o valor a cada operação realizada, a partir de R$ 500. Na primeira operação você transformaria R$ 500 em 3.855, na segunda R$ 3.355 em 14.997 e assim sucessivamente, até atingir R$ 40.000. A relação risco/retorno parece interessante. Isto não acontecerá (nem chegará perto). Os eventos foram separados a dedo. O relatório é realmente bom, mas a propaganda empregada é bastante questionável.
Apesar de real, a simulação foi realizada com base em dados passados. Assim, ficou fácil separar apenas os movimentos vencedores. Infelizmente, no presente, não há como reproduzir o mesmo movimento. Na prática é impossível. Logo, o relatório fornecerá uma relação de ativos (vários) com grande potencial ou probabilidade de valorização. Estou falando de aproximadamente 10 ações. Vale lembrar que algumas operações encerrarão com prejuízo (como aconteceu). Então, se você mantiver a lógica dos R$ 500 iniciais, para fazer algum sentido, o capital necessário seria de aproximadamente R$ 5.000. Ou você distribuiria os R$ 500 entre as 10 ações? É evidente que não. Bem diferente do que vocẽ imaginou no início, quando leu a descrição do relatório.
O índice de acerto, neste ano (2016), foi alto. Não posso reclamar, mas o risco é relativamente alto. Não é uma opção indicada para quem está começando ou dispõe de recursos limitados.
Neste caso, similar aos trades, você estará trabalhando com capital alocado a risco.
É importante compreender estas particularidades.
Olá!
Afinal, qual foi o nível de acerto deles em 2016?
O índice de acerto deles pode ser considerado alto. Mas, é uma avaliação complicada. O problema está na forma como cada um compõe a carteira e no impacto direto e imediato que as recomendações geram sobre a cotação dos ativos.
Neste final de semana vou escrever melhor sobre o assunto.
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