Até pouco tempo, minha visão, como comprador, sobre o pagseguro da UOL era de um serviço eficiente e que poderia ser bem explorado por pequenos empreendedores. Não só recomendaria, como estava prestes a avaliar com minha namorada, que é esteticista e pensava em adquirir a máquina de cartão da empresa. Mas, recentemente, descobri que o serviço não é tão eficiente quanto parece e peca no suporte aos usuários (tanto compradores, como vendedores).
Aliás, falar sobre empreendedorismo é algo que está na moda hoje. Mas, cuidado. Como de costume, existe um abismo entre teoria e prática. Não estou afirmando que empreender não seja bom. Longe disto. O grande problema é buscar no empreendedorismo a solução para o desemprego atual – não é uma boa condição para começar.
Voltando ao tema…
As vantagens na utilização de um “intermediador em transações financeiras” são grandes, pois oferece maior segurança para ambas as partes (compradores e vendedores) e flexibilidade de pagamento (diferentes formas) “sem complicações”. A responsabilidade da transação financeira é do intermediador, algo que facilita muito.
Os dois serviços mais conhecidos no Brasil são: pagseguro e mercadopago. Acredito que o pagseguro seja o mais utilizado por boa parte das lojas virtuais de pequeno porte. Mas, independente da escolha, disponibilizar uma opção para transferência, diretamente em conta, pode ser vantajoso para ambos também, pois facilitará na identificação do pagamento e o vendedor não terá que arcar com as taxas de operação. É uma opção a mais.
A atuação do pagseguro na negociação entre compradores e vendedores é eficiente. Mas, vai “um pouco” além (deveria). O serviço oferecido é de intermediador financeiro. E o que acontecerá caso a sua transação com o pagseguro falhar? Acredite, parece que a empresa não se preocupa muito.
Fiz uma compra recentemente (via pagseguro) e, para acelerar a identificação do pagamento, optei por transferência bancária (no mesmo banco) – é quase instantânea. Normalmente, não é preciso informar o pagamento manualmente, mas fiz isto depois de dois dias.
No quinto dia fiz contato com o pagseguro. Não importa o tipo de problema, o nível de atendimento será o mesmo. Como o papel do pagseguro é intermediar transações financeiras, solicitei o encaminhamento ao setor financeiro da empresa. Pasmem, a própria atendente toma a decisão de como vai conduzir o incidente (não repassa – talvez nem saiba) e segue a risca o roteiro de atendimento. Depois disto, enviei um arquivo pdf do comprovante de pagamento e fiz contato novamente. O atendimento foi exatamente igual ao anterior, parece automatizado. É óbvio que o sistema não vai mais identificar automaticamente.
Neste momento, você pode estar se perguntando porque não tentei contactar a ouvidoria. O motivo é simples: “no pagseguro não existe uma ouvidoria”. E por que existiria? É só um intermediador financeiro! (risos). Por curiosidade, fiz uma consulta no site reclameaqui e o resultado não me surpreendeu – reforçou ainda mais.
Em minha opinião, uma falta de comunicação como esta é inadmissível para o tipo de serviço em questão. Sendo assim, não recomendo a aquisição da maquina de cartão do pagseguro (ou Moderninha), pois o nível de atendimento é muito fraco e existem alternativas de peso no mercado.
Se a empresa não quer investir, outras serão beneficiadas. Simples assim! 😉
Há pouco tempo li alguns artigos sobre startups como payleven e sumup. Achei interessante. Mas, ainda pretendo comparar com o mercadopago antes.
Confiram o comparativo de algumas soluções:
http://br.mobiletransaction.org/parcelamento-cartao-credito/
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