Conforme exposto anteriormente, o momento atual merece cautela, pois o desfecho dos acontecimentos, no cenário político, ainda é incerto. O movimento eufórico, conferido na semana passada, se deu em função de uma “possível” mudança no cenário político do país. Mas, ao que tudo indica, ainda passaremos por fortes turbulências e a expectativa agora mudou um pouco de direção (para pior).
O índice IBovespa registrou, hoje (15/03/2016), queda de 3,56%. Infelizmente, sem uma sustentação concreta para a expectativa gerada na semana passada, o mercado voltou a castigar empresas e investidores. As ações do Banco do Brasil encerraram em queda de 20,54%.
Diante dos últimos acontecimentos, acho interessante que você, investidor ou simpatizante do site, reflita sobre as implicações do que vem acontecendo no país, até para compreender o impacto disto sobre sua vida e investimentos.
O comentário independe de visão política – não importa se é de esquerda ou de direita, muito menos se você apoia ou não a conduta do governo do PT. Mas, compartilharei a visão que tenho sobre os acontecimentos e preocupações com o futuro econômico, algo que afeta diretamente o cotidiano de cada cidadão brasileiro.
Para quem lida com investimentos a mais tempo ou se mantém informado sofre os acontecimentos econômicos, o que vem acontecendo atualmente não é novidade e nem surpreende tanto. E também não exagero ao dizer: “tudo isto era esperado”. Mesmo assim, confesso que o resultado tem superado minhas expectativas – assusta um pouco.
Antes da reeleição da presidente Dilma, a Empiricus compartilhou uma tese, conhecida como “O Fim do Brasil”. Naquela época, 9 alertas foram levantados, e concretizados pouco tempo depois. Os argumentos foram fundamentados em fatos e resultados econômicos. Foi perceptível que a empresa também estava fazendo um trabalho de marketing para atrair novos assinantes (algo normal), mas a precisão dos números colocados assustava. É preciso reconhecer: a análise foi muito bem feita, com forte embasamento econômico e matemático. Não foi por acaso que eles acertaram todos os alertas. Tentei encontrar elementos que refutassem aqueles números, mas não consegui. Portanto, não é uma questão ideológica ou de visão política.
No momento em que o alerta aconteceu, o país já estava fora dos eixos e a um passo de entrar em colapso econômico. O processo de estagflação já havia começado e quem acompanhava o cenário econômico sabia disto. Ou seja, medidas emergenciais deveriam ser tomadas muito antes. Mas, existia um “probleminha”. Não era interessante reconhecer uma crise financeira na entrada em ano de eleições, pois afetaria o resultado nas urnas. Óbvio, não?
Não sei quantos de vocês recordam, no debate com o candidato Aécio, a presidente afirmou categoricamente que a inflação estava sob controle e não existia razão para preocupação. Afirmou o mesmo sobre o índice de desemprego. Minha lembrança disto é clara porque fiquei estarrecido com o cinismo da afirmação. Em menos de uma semana, depois de reeleita, o governo elevou a taxa Selic como “medida de controle da inflação”. Vocês acreditam que a PRESIDENTE não sabia disto? Impossível.
Já esperávamos pela elevação da taxa de juros, aumento do índice de desemprego e também a queda da capacidade produtiva do país (PIB negativo). Estamos oficialmente vivenciando um período de estagflação: inflação alta e PIB negativo. Ao contrário do que muitos imaginam, isto vem evoluindo desde o segundo mandato do governo Lula. O que está acontecendo não é uma culpa exclusiva da presidente Dilma. Aliás, agora ela sabe muito bem o significado de “herança maldita”. Infelizmente, para complicar um pouco mais, a crise econômica mundial também respingou por aqui.
Muita coisa aconteceu. Talvez por populismo, afirmando que o país estava finalmente livre do FMI, o governo do PT preferiu quitar a dívida externa – que apresentava juros menores – e terminou por elevar a interna, a juros muito maiores. Atualmente o país precisa lidar com uma dívida que está se tornando impagável (alguns trilhões) e com um governo extremamente gastador. O descontrole é tanto, que a nova tese da Empíricus se chama “O Calote”.
E o que isto tem a ver com cada um de nós? Muita coisa, pois afeta nossas vidas diretamente.
Para o investidor, é um excelente termômetro que auxiliará na seleção do investimento “ideal” para direcionar os próximos aportes ou extrair o melhor de alguns dos seus investimentos. Ou seja, é uma oportunidade rara para quem conta com recurso financeiro suficiente para lidar com a crise sem muito sofrimento e ainda lucrar com ela no futuro.
Também facilita a compreensão do movimento do mercado financeiro. Esta semana – primeira do mês de março (2016) – encerrou com a queda do dólar e alta expressiva do índice Ibovespa. Não foi por acaso. O mercado reage com a expectativa de ganho futuro. A ação da Polícia Federal (PF) fez com que o mercado acreditasse que o cenário político e econômico sofrerá mudanças, “saindo” da inércia em que se encontra. A expectativa estava muito negativa, basta ver como os ativos de renda variável vinham sendo fortemente castigados. Por este motivo, os investidores que já possuíam ativos de empresas sólidas foram surpreendidos pela “alta inesperada” desta semana (foi surpreendente).
Até então, a única certeza que se tinha é que o governo não estava atuando de forma eficiente para controlar a inflação e nem os gastos públicos. Muito pelo contrário. A tentativa do ajuste fiscal tem sido frustrante e a intenção do governo em incentivar o crédito novamente tende a aumentar ainda mais o descontrole inflacionário. O aumento da taxa de juros, por exemplo, é uma ferramenta utilizada para reduzir o consumo interno e, com isto, frear a inflação. Mas, para acalmar os ânimos e incentivar o crédito, o governo tem estudado uma possível redução da taxa de juros. Sendo assim, o mercado já “sabia”, dentro deste contexto, o que esperar do ano de 2016. Por isto os resultados eram tão negativos. A ação da PF fez surgir uma grande expectativa de mudança, mesmo sem saber se o efeito será favorável ou não.
Para o investidor, continuo acreditando que o momento ainda pede cautela. Não sabemos qual será o desfecho. O que esperar se, nas próximas semanas, este movimento perder força e não houver sustentação? É simples e não precisa ser vidente para saber: “o dólar volta a subir e o índice Ibovespa desce ladeira abaixo”. Conforme exposto, significaria a manutenção de medidas já conhecidas e indesejadas. Para quem se posicionou no início do ano, o momento é excelente. Mas, quem estiver comprando ações agora, está assumindo um risco relativamente maior.
Não se iluda em acreditar que isto afeta apenas investidores. Na realidade, muitos até se beneficiam (aumentando suas posições), mas toda a sociedade é castigada e paga por isto de alguma forma. As crises são cíclicas e a duração de cada uma depende de medidas acertadas.
Com a inflação em descontrole, o poder aquisitivo do cidadão acaba sendo comprometido. Por mais incrível que pareça, é justamente a população mais carente que sente, com maior intensidade, os efeitos da crise. Até que surja uma mudança mais efetiva, tende a piorar gradualmente. A renda do cidadão e o auxílio do governo não acompanham a evolução da taxa de juros ou inflação. O índice de endividamento do brasileiro vem crescendo e isto gera inúmeras consequências. O mercado, por se sentir mais exposto, introduz critérios e limites de crédito mais rígidos, diminuindo ainda mais o poder aquisitivo de uma grande parcela da população. As altas taxas de juros são excelentes para investidores, mas acabam com a tranquilidade de devedores (pessoa física).
O momento não está para brincadeira.
Sei que é difícil afastar a visão política ou ideológica do assunto. Seja como for, não faz a menor diferença. Não é a sua ou a minha visão política que muda a realidade dos fatos. O que foi exposto se atém apenas em causa e consequência. Sabendo disto, não vejo espaço para apoiar.
As Letras de Crédito Imobiliário (LCI) são papeis de renda fixa com lastro em créditos imobiliários garantidos por hipoteca ou alienação fiduciária de um bem imóvel. Ou seja, o investidor, ao comprar um título de crédito, passa a ser o credor de um banco (emprestando dinheiro). É um investimento “similar” ao CDB.
Trata-se de um investimento bastante vantajoso, sem risco de rentabilidade negativa, livre de IR e, por ser um empréstimo feito aos bancos, não há cobrança de taxas administrativas. Entretanto, “as corretoras” podem ou não cobrar taxa custódia. A rentabilidade costuma ser proporcional ao CDI (pós-fixada), mas existem opções, mais raras, com rentabilidade pré-fixada ou atrelada a inflação (IPCA).
A LCI tende ser classificada como renda fixa pós-fixada visto que, por depender da variação da taxa DI (CDI), desconhecemos a rentabilidade exata. É complicado mensurar sua “performance”, pois as condições de negociação são variáveis e dependem do Banco escolhido.
Tais características fazem da LCI um investimento interessante para perfis mais conservadores e que desejam lidar “indiretamente” com empreendimentos imobiliários.
Normalmente, os riscos e as desvantagens estão associados a liquidez (capacidade de resgate), aporte inicial (no mínimo R$ 1.000) e crédito (capacidade do Banco honrar os pagamentos). No entanto, dependerá do Banco escolhido e das condições acordadas. A aplicação mínima no Banco do Brasil, por exemplo, é de R$ 1.000,00 e o resgate pode acontecer depois de 90 dias de carência (mesmo que parcial). Desta forma, é evidente que o “rendimento” oferecido por grandes Bancos tende ser inferior, negociando a um percentual menor do CDI.
De acordo com a Cetip, a taxa DI neste momento está em 14,13%. Atualmente, os grandes Bancos tem oferecido, em média, 85% do CDI. Neste cenário, seu rendimento anual será de 14,13 * 0,85, totalizando 12,01%. Considerando a isenção de IR, este rendimento é muito bom. Lembre-se de que um bom investimento consiste na relação harmônica entre risco e retorno.
De uma maneira geral, o risco é pequeno e o investidor ainda conta com a proteção do FGC (Fundo Garantidor de Crédito). Mas, caso precise recorrer ao FGC, esteja ciente de que o processo é lento (trâmites legais). Ao escolher um Banco, não se prenda apenas a rentabilidade. Evite Bancos pequenos. Há uma estimativa de que 2015 encerrou em prejuízo para 22 bancos pequenos.
A principal razão que leva investidores optar pela LCI por meio de uma corretora, e não diretamente em seu Banco, é a possibilidade de investir em LCI de bancos alternativos que ofereçam maiores rendimentos ou opções mais flexíveis – normalmente, são bancos pequenos.
Cuidado. Não se prenda exclusivamente às rentabilidades, elas são dinâmicas. De acordo com os “seus critérios de investimento”, procure manter uma carteira diversificada o “suficiente” para explorar naturalmente um pouco das oportunidades que serão apresentadas ao longo do tempo, sem pular de galho em galho na tentativa de explorar o máximo possível do momento.
Já os Fundos de Investimento Imobiliários (FII), são fundos fechados, constituídos por condomínios de investidores, administrados por instituições financeiras e são fiscalizados pela CVM. O objetivo consiste na aplicação de recursos financeiros em negócios com base imobiliária, como empreendimentos imobiliários, imóveis prontos ou títulos como CRI, LH, LCI ou cotas de outros FIIs.
Há inúmeras vantagens. Uma delas é a possibilidade de se tornar coproprietário de um imóvel sem a necessidade de desembolsar o valor integral e com maior tranquilidade, visto que a responsabilidade de administração, bem como o controle de ocupação ou aluguel, é do fundo. O nosso trabalho se resume em identificar fundos bem administrados, de tal forma que possamos contar com uma renda mensal (creditada na conta corrente de nosso Banco ou Corretora) e ainda lucrar com a valorização das cotas (acompanham a valorização dos imóveis).
Por lidar com o mercado imóveis, é um investimento com foco no longo prazo.
Mas, atenção. É fundamental estabelecer o objetivo principal do investimento!
A seleção dos fundos pode ser feita mantendo o foco na negociação das cotas (lucrando com a venda) ou visando uma renda recorrente (aluguéis). Vale lembrar que, com a venda das cotas, será taxado IR de 20% sobre o ganho de capital. Este é um entendimento importante porque, apesar de controverso, o FII apresenta características próprias – um misto de renda fixa e variável.
Particularmente, procuro selecionar fundos de primeira linha e que paguem “bons dividendos”. Em média, estão rendendo 10% ao ano + inflação. O meu foco não é negociar cotas, portanto não me preocupo muito com as oscilações de curto prazo (são pouco voláteis). Mas, acompanho o trabalho dos fundos para avaliar sua eficiência ao longo do tempo. Como o meu objetivo é contar com renda recorrente, a venda da cota se daria apenas por algum fator mais específico, como uma “emergência financeira” ou ao constatar uma queda efetiva na eficiência do fundo.
São considerados excelentes opções de renda recorrente porque, diferente dos investimentos em renda fixa mais conhecidos, o consumo frequente do rendimento não comprometerá o “principal”. No DI, por exemplo, o “principal” reduzirá lentamente em função dos “resgates” constantes. Já no FII, a remuneração será proporcional ao lucro líquido do fundo (FFO – Funds From Operation) – que distribui 95% do resultado (semestre) – em relação a quantidade de cotas do investidor. Logo, após o consumo, a quantidade de cotas permanecerá a mesma, preservando o potencial de ganho.
É fácil perceber também que o risco é relativamente maior se comparado ao da LCI. Os FIIs são mais adequados para investidores moderados ou arrojados que desejam, com menor capital, lidar “diretamente” com empreendimentos imobiliários. Ou seja, aos que aceitam maior exposição aos riscos inerentes ao mercado de imóveis, como “desvalorização”, “inadimplência” e “vacância”.
A diversificação é fundamental para diluir os riscos envolvidos.
Para compor uma carteira com bons fundos, mantenha-se informado sobre os gestores e respectivos empreendimentos. Esta consulta pode ser feita diretamente no site da Bovespa ou contratando o suporte de casas de consultoria e análise econômica. A última opção é a mais simples.
Há dois tipos de fundo: papel (títulos, como CRI,LCI ou outros fundos imobiliários) ou tijolo (imóveis físicos, tais como escritórios, escolas, shoppings, hospitais e etc). O ideal é diversificar, distribuindo entre fundos de primeira linha, sejam eles “papel” ou “tijolo“. Mas, na minha opinião, e de acordo com o propósito deste tipo de investimento, não faz sentido direcionar uma alocação financeira maior em fundos de papel. Se for do interesse trabalhar com características marcantes da renda fixa, é mais sensato e vantajoso investir diretamente em LCI.
Por acompanhar a valorização real do imóvel, os fundos de tijolo “tendem” a oferecer um ganho de capital superior, bem como maior remuneração. As vantagens são visíveis. A remuneração é isenta de imposto e provém, em grande parte, da distribuição de aluguéis que são corrigidos anualmente por índices que seguem a inflação (como o IGP-M ou IPCA). Mas, no curto prazo, embute um risco um pouco maior. Ao investir em fundos de tijolo, a taxa de desocupação ou a manutenção dos imóveis (como retrofit), refletirá negativamente sobre os aluguéis e diminuirá os rendimentos. Já a desvalorização do imóvel surtirá efeito imediato sobre o preço das cotas.
Como as cotas são negociadas em Bolsa, os preços ficam expostos a volatilidade do mercado. Esta é mais uma das características que reforçam a interpretação de FII como renda variável.
Os FIIs também são tidos como investimentos de “baixa liquidez”. Por ser um fundo fechado, não há resgates e o investidor precisa negociar suas cotas diretamente na Bovespa. Portanto, a venda das cotas desejadas pode levar mais de um dia e o retorno da venda será proporcional a cotação do dia. E, dependendo do momento, poderá resultar em lucro ou prejuízo. Mas, não se assuste.
Ainda assim, é evidente que negociar algumas cotas é mais simples e rápido que negociar um imóvel inteiro. Neste aspecto, o problema da liquidez chega a ser relativo e pouco relevante.
https://youtu.be/5ra2JVB6J_Y
Assim como no mercado de ações, os FIIs também contam com um índice, conhecido como IFIX, responsável por medir o desempenho dos principais fundos. É uma ótima referencia para avaliar a performance dos fundos no período. Infelizmente, o resultado tem sido negativo.
Tenho investido em FIIs visando uma renda passiva recorrente no futuro, e para auxiliar na seleção e avaliação dos fundos, assino o relatório de “Fundos de Investimentos Imobiliários” da Empiricus – muito bom, diga-se de passagem. Dentre as opções abordadas, seleciono aquelas que me agradam mais. O investimento em hospitais, por exemplo, é algo que evito. Respeitando os meus critérios, levo em consideração o preço da cota em relação ao retorno do investimento (dividendos) e também a capacidade do fundo em gerar caixa recorrente. Se houver margem de valorização, melhor ainda. E, para minimizar os riscos, mantenho a diversificação em equilíbrio (8 fundos até o momento).
A volatilidade, por si só, não influencia diretamente sobre minhas decisões. Utilizarei, a seguir, o fundo BRCR11 (FII BTG Pactual Corporate Office Fund) como referência para demonstrar o quanto as características de renda fixa e variável se confundem. É um pouco complicado (risos).
Eis um fundo que tem passado por um período conturbado, seguido de grande desvalorização. Mas, percebam que, há dois anos, ele tem pago “R$ 1,01” por cota. Por inúmeras razões, a cotação caiu bastante nos últimos meses, fechando na sexta-feira passada (26/02/16) a “R$ 89,36”. Para efeito de comparação, cada cota custava “R$ 105,79” em 18/08/15. E, naquela data, comprei cotas. Era uma opção interessante, visto que já estava pagando acima de 0,90% ao mês. Com a desvalorização, esta operação resultou, isoladamente, em “uma pequena perda”. Mas, não efetivei (não vendi).
Se, naquele mês, eu acreditava ser vantajoso investir no fundo, não é agora – pagando acima de 1% – que devo desfazer minha posição. Pelo contrário. O meu objetivo não consiste na negociação das cotas. O fundo continua apresentado resultados financeiros satisfatórios. Logo, não há indícios que sinalizem uma possível redução dos rendimentos (crescentes desde 2011). Levando tudo isto em consideração, ao contrário do que parece, o fundo ficou ainda mais atrativo, permitindo a aquisição de um número maior de cotas e oferecendo rendimentos superiores.
É importante acompanhar o fundo escolhido para compreender o que de fato acontece. Em função do acúmulo de notícias e acontecimentos ruins para a economia, o mercado de renda variável sofreu bastante nos dois primeiros meses do ano de 2016.
Sabendo que o fundo BRCR11 continua apresentando excelentes resultados, comprei mais algumas cotas a “R$ 88,49” cada (em 10/02/16). Não foi uma atitude impulsiva. Os rendimentos continuam excelentes e a cotação voltou a subir. A queda anterior foi uma oportunidade para fazer mais aportes. E o custo de aquisição da cota, em relação aos rendimentos pagos, ainda é excelente.
É por esta razão que a definição do objetivo principal é tão importante.
Percebam que não é uma avaliação muito simples de ser feita. Então, acho interessante contratar uma consultoria especializada (os preços são acessíveis). Não estou ganhando nada por recomendar isto, estou apenas compartilhando uma constatação de um benefício que é certo.
Por fim, não olhem para o mercado de FII como se fosse ações, pois as diferenças não são pequenas. Os FIIs são menos voláteis, repassam 95% do resultado financeiro apurado a cada seis meses, são mais “previsíveis” e os rendimentos são mais regulares também. Por isto são excelentes alternativas para quem deseja conquistar uma renda passiva recorrente.
Aos que já investem em ações, por meio de uma corretora, o ideal manter a negociação das cotas (FII) na própria corretora, evitando assim despesas adicionais (como taxa de custódia). De uma maneira geral, os custos com as operações em bolsa serão maiores se o investidor optar pelo Banco. O Banco do Brasil, por exemplo, cobra “R$ 20,00” por ordem executada (“ordem” é um evento de compra ou venda). Outro diferencial das corretoras é o suporte diferenciado de investimentos.
Resumindo…
A escolha do investimento é uma questão pessoal. Tanto os FIIs quanto as LCIs são excelentes opções. Dentro de uma visão de longo prazo, eu “acredito” que os FIIs sejam opções mais interessantes para quem deseja contar com renda passiva recorrente e como forma de diversificação de médio risco. Mas, isto não impede o investimento em LCIs também.
Apesar do momento econômico turbulento, lembre-se que o mercado de imóveis segue movimentos cíclicos, seja em relação a negociação dos imóveis propriamente ou as taxas de ocupação. Então, o momento ideal para se investir é conferido quando bons ativos estão sendo negociados a preços descontados. E períodos de crise propiciam isto. O dinheiro pode ser aplicado projetando um ganho futuro maior em função do espaço de valorização que se abre. No caso dos FIIs, significa também uma oportunidade para adquirir uma quantidade maior de cotas, melhorando a remuneração – desde que o investidor escolha bem. Mais tarde, quando o mercado se mostrar mais atrativo novamente, os preços certamente atingirão patamares mais elevados, levando a custos de aquisição muito maiores.