Cyber pandemia

Hoje, dia 19/09/21, assisti um vídeo muito interessante do canal Dinheiro com Você, tratando sobre o assunto Cyber Pandemia. O assunto é muito interessante, mas deixa muitas perguntas no ar.

Gostaria de compartilhar a minha visão, experiência (atuo na área) e algumas dicas técnicas.

Os ataques cibernéticos são uma realidade incontestável. Mas, o que separa a realidade da teoria de conspiração? E o que podemos fazer para nos proteger? Acreditem, não é tão complexo como vendem na Internet. A chave está na palavra “informação”.

Sem sombra de dúvidas, com a pandemia do SARs-COV-2 (ou COVID19), o home-office (trabalho em casa) ampliou a proporção do problema. No entanto, o problema já existia e continua explorando uma fragilidade antiga: “excesso de exposição desnecessária e desinformação”.

Já trabalho focado em acesso de Internet e “segurança da informação” (perfil de acesso) faz algumas décadas e o conflito sobre os diferentes níveis de acesso ainda é o mesmo de décadas atrás. Na realidade, conforme o tempo passou, aceitamos níveis de exposição cada vez mais altos. O fato é que a tecnologia vem avançando em ritmo muito mais acelerado que a segurança da informação.

Recentemente, visando ampliar a segurança da informação (dados), o governo brasileiro criou a LGPD (Lei de Proteção de Dados Pessoais). A iniciativa é boa, mas pouco efetiva na prática. Todos nós sabemos que devemos tomar cuidado com dados pessoais, como não divulgar o CPF (por exemplo). Porém, diferentes sistemas armazenam este tipo de informação e compartilham entre si. Na realidade atual, saber exatamente de onde um vazamento de informação partiu é praticamente impossível. Uma proteção realmente efetiva é contratar um serviço de monitoramento como o Serasa Premium (antigo Serasa Antifraude). Aliás, se você for MEI e trabalha com diferentes plataformas digitais é provável que já exista alguma exposição na Dark Web.

Ainda assim, o foco do cyber ataque em massa é outro…

De maneira geral, as pessoas anseiam por acesso a qualquer informação sem se preocupar com os riscos envolvidos. Até hoje, poucas empresas entendem (principalmente os Governos) a diferença fundamental que existe entre acesso doméstico e acesso corporativo – que, aliás, é a chave de todo o problema. Não subestimem a importância disto! Espero que fique claro no final deste artigo.

Para melhor compreensão, entendam que uma rede de computadores pode ser subdivida em rede privada ou rede local (acesso interno apenas) e rede pública (endereços com exposição remota (na Internet)). O “grande problema” (ou também, em algumas situações, vantagem) é que as duas redes podem coexistir simultaneamente.

A Internet provê uma infinidade de ferramentas que são consideradas essenciais nos dias atuais. A grande questão reside na decisão de como ou quando trabalhar com estas ferramentas sem expor desnecessariamente a segurança da rede privada (dispositivos internos de sua casa ou escritório – de impressora à servidores de aplicação).

E, como se não bastasse, ainda existe um movimento de ampla exposição através da Internet das Coisas (IOT) – são equipamentos domésticos ou também dispositivos de casa inteligente com exposição direta à Internet (quando cada equipamento apresenta um IP público). Não se iluda, poucos administradores de rede se preocupam com o isolamento físico destas redes.

Estão percebendo onde quero chegar?

A liberdade e a facilidade de acesso são inversamente proporcionais a segurança! Quanto mais fácil, livre e amplo for o acesso, mais sensível será a sua rede.

Com a pandemia, o problema se agravou. Para facilitar o acesso remoto aos funcionários, as empresas disponibilizaram acesso remoto à rede local por meio de VPNs (redes virtuais privadas). Não se preocupem com os aspectos técnicos que estão envolvidos, apenas entendam que uma VPN permite conectar o computador de sua casa à rede do escritório ou interconectar redes distantes geograficamente. Acreditem, este ainda NÃO é o maior problema.

Por mais incrível que possa parecer, o grande problema está na forma como os acessos remotos são concedidos (tanto da rede local para Internet como da Internet para a rede local). Infelizmente, é o seu colaborador que abrirá as portas da sua empresa para o mundo (no pior sentido)!

Talvez, muitos de vocês pensem que já entenderam a situação, mas duvido muito!

Pela emergência do momento, muitos administradores concederam acesso direto ao ambiente de rede da empresa quando na verdade deveriam ter permitido acesso restrito apenas ao computador interno em que cada colaborador costuma trabalhar (sem incluir compartilhamentos de rede). Assim, o perfil de acesso interno permaneceria exatamente o mesmo. A pressão costuma ser grande entre gestores e desenvolvedores de software.

Pois é, facilitar o acesso globalmente é sempre mais fácil, rápido e extremamente inseguro!

Mas, o problema não parou aí.

Muitas empresas intercalaram o trabalho presencial com o home-office. Então, internamente, também surgiu uma demanda muito maior por liberação de ferramentas de comunicação em grupo e vídeo conferência. Dependendo do número de empresas parceiras ou perfil de filial, foi necessário tratar mais de uma ferramenta para o mesmo propósito.

Infelizmente, não é tão fácil tratar tantas alternativas de acesso correndo contra o tempo!

Novamente, para facilitar o vida dos administradores e tratar a urgência do momento, inúmeras empresas, governos e instituições, afrouxaram os controles de acesso que eram “granular” (nem sempre) para permitir a utilização completa das diferentes ferramentas que vinham sendo solicitadas. Não se trata de achismo, presenciei inúmeras vezes o que estou dizendo.

Ainda assim, tudo isto só ampliou um problema que já existia.

Bem antes da pandemia, por exemplo, um grande hospital da cidade em que moro sofreu ataque de ransomware e precisou paralisar todos os seus sistemas por mais de um dia. Na época (por indicação do meu cunhado), fui contactado pela equipe de TI do hospital – não estou falando apenas sobre algo que ouvi dizer.

Um ransomware atua de forma “semelhante” a um vírus (com maior apelo financeiro), procurando se replicar explorando vulnerabilidades na rede e encriptando áreas de dados que costumam ser liberadas apenas mediante pagamento em criptomoedas. Ou seja, o foco principal é o sequestro digital. Percebam que, com maior apelo financeiro, a tendência é que o desenvolvimento de novos ransomwares aumente cada vez mais.

Vale lembrar que qualquer administrador de redes, com mais de 3 anos de experiência, acompanhou o estrago causado pelo primeiro ransomware, em 2017, com alcance mundial que foi identificado como WannaCry. Apesar do alto poder de replicação em rede, o alcance na America Latina não foi tão grande. Logo, este já seria o motivo suficiente para começar as teorias de conspiração.

Infelizmente, as pessoas costumam ignorar os riscos até que o problema bata a sua porta!

No Brasil, a repercussão aumentou depois da divulgação do incidente em Instituições Públicas Federais como o Tribunal de Justiça. Porém, a verdade é que as esferas estaduais e municipais também foram afetadas, mas nem sempre divulgam. Agora a “atenção mundial” tomou grandes proporções porque o governo norte-americano também vem sofrendo as consequências deste tipo de ataque com maior frequência.

Acredite você ou não, a solução pode ser mais “simples” que parece e está na compreensão correta de perfil de acesso. Dentro de uma rede corporativa, o perfil de acesso de Internet não pode ser equivalente ao perfil de acesso doméstico. O difícil é conscientizar grande parte dos colaboradores e até alguns gestores.

Não estou afirmando que seja impossível, mas este tipo de incidente costuma ser bastante raro entre grandes Bancos porque o acesso de Internet dos colaboradores é extremamente restritivo, incluindo o controle de acesso aos recursos locais dos equipamentos de trabalho. Segundo informação de outros administradores de rede que conheço, o mesmo pode ser observado no perfil de acesso nas redes do Exército Brasileiro.

Por outro lado, o que vemos nas demais instituições públicas e algumas empresas é justamente o inverso (restringem muito pouco, isto quando restringem).

Confiram algumas medidas simples:

  • Sistemas críticos não deveriam permitir exposição direta à Internet.
  • Sistemas críticos não podem permitir a entrada de conexões novas de endereços de rede que sejam dinâmicos.
  • Sistemas críticos precisam ter navegação (saída de Internet) extremamente restritiva (liberação pontual por whitelist).
  • A atualização do Sistema Operacional ou aplicações críticas deve ser tratada pontualmente e autorizada no instante exato.
  • O segmento de rede de dispositivos IOT (Internet das Coisas) não pode estar conectado ao segmento de rede principal de sua empresa.
  • Se houver alguma demanda por acesso mais flexível, crie um segmento de rede a parte e completamente isolado para este propósito.
  • Conscientize seu colaboradores de que não estão em casa.

Vou repetir: é o seu colaborador que abrirá as portas da sua empresa para o mundo (no pior sentido)!

Você pode contar com a melhor consultoria do mundo, porém se alguém com acesso irrestrito permitir a instalação de um ransomware em sua rede, terá que lidar com uma paralisação de alguns dias até estabilizar todos os sistemas novamente.

Day trade: o preço médio é aliado ou inimigo?

Se as operações de “day trade“, por si, já são extremamente arriscadas e com impacto emocional natural, imaginem o “nível de emoção” que existe para os adeptos do preço médio.

Mas, afinal o que é o preço médio?

Imagine que você tenha comprado um ativo por R$ 100 e sua expectativa de valorização é até R$ 150. Ou seja, neste caso, você optou por uma operação de long (operando comprado), com um “contrato”, objetivando um lucro de R$ 50 (150-100).

Infelizmente, ao invés do mercado buscar os R$ 150, o preço do ativo recuou para R$ 50. Neste momento, o seu prejuízo na operação é de R$ 50.

A partir deste momento, existem duas possibilidades (tirando a possibilidade de aguardar):

  1. O movimento do mercado já atingiu o seu stoploss (limite de perda) financeiro ou técnico e você decide efetivar prejuízo;
  2. O movimento ainda não atingiu o seu stoploss e você está convicto de que o movimento ainda é de alta e o mercado fez apenas um pullback (uma correção que antecede a continuação do movimento). Neste cenário, alguns traders simplesmente ajustam a sua posição comprando mais um ativo (mais um contrato). Ao fazer isto, o preço da sua posição se torna “mais favorável”, pois o preço da posição será a média das operações – por isto se chama preço médio.

De acordo com o exemplo anterior, feito o preço médio, você estará posicionado com dois contratos ao preço de R$ 75 ((100+50)/2). Na prática, é como tivesse realizado uma ordem com 2 contratos ao preço de R$ 75 a posição inicial era de R$ 100, agora ficou em R$ 75.

Sim, é bastante tentador e, ao mesmo tempo, muito arriscado.

Agora, com o preço médio de R$ 75, se o mercado voltar aos R$ 100 anterior (início da posição), o seu lucro no movimento será de R$ 25. Porém, neste momento, posicionado com dois contratos, o lucro final será os mesmo R$ 50 esperado no início da operação.

Parece muito bom e mais fácil, não é mesmo? Cuidado, nem tudo é o que parece!

De fato, pode ser uma boa opção para quem sabe o que está fazendo e consegue seguir fielmente o manejo de risco. Ocorre que, ao fazer isto, podemos dobrar nossa expectativa de ganho OU PREJUÍZO. Ou seja, de acordo com a movimentação do mercado, após R$ 100 o seu lucro será o dobro da expectiva inicial, e abaixo de R$ 50 o prejuízo também dobrará.

Como o risco aumenta significativamente, na maioria das vezes, afetará o nosso controle emocional – é aí que mora o perigo. Quanto maior for o preço médio, maior será a dificuldade para lidar ou aceitar o stoploss definido lá no início da posição (na primeira ordem). É preciso ser extremamente disciplinado para não permitir “quebrar a conta”.

Por esta razão, o ideal é evitar ao máximo, mas, se optar em fazer, que seja à favor da tendência!

O risco seria absurdamente maior se, no exemplo anterior, o preço médio fosse realizado dentro de uma tendência de baixa (observada a e confirmada partir de uma, LTB por exemplo).

Alguns traders insistem em dizer que esta é uma prática muito comum em grandes instituições financeiras. No entanto, não me parece muito honesto comparar com o posicionamento de uma pessoa física. O pequeno investidor não está tão bem assessorado (não conta com uma equipe de analistas), não dispõe das mesmas ferramentas, nem do altíssimo volume financeiro e também não está sujeito aos mesmos dispositivos de controle de risco que são aplicados por estas instituições. Lembrem-se: somos sardinhas e nosso objetivo principal é sobreviver.

Resultado do mês de junho (2021)

Sentiram saudades? (risos). Estive sumido por alguns meses porque me concentrei em alguns projetos pessoais e também por entender que não havia muita novidade relevante para comentar. Estava ficando repetitivo; porém, neste mês, a proposta da reforma tributária tem causado bastante barulho (tributação de dividendos). E, finalmente, ao que tudo indica, com maior disponibilidade de vacinas, estamos avançado no combate à pandemia – aliás, espero que 2022 já inicie com esta questão superada. Quanto aos investimentos: minha capacidade de aportes nos meses anteriores foi limitada, mas mantive controle sobre as despesas e projetos pessoais e, sendo assim, não precisei lidar com grandes imprevistos. Neste mês, realizei operações de trade com maior frequência e elevei minha margem operacional visando ampliar minha tranquilidade diante a volatilidade do mercado brasileiro. Sem muitas delongas, vamos aos resultados.

Infelizmente, o país superou a marca de 500.000 mortes pelo COVID-19. Durante o ano, alguns amigos (ou conhecidos) foram internados e, em alguns casos, perderam a batalha para o vírus. Algumas pessoas influentes e com grandes recursos financeiros também perderam a batalha, como foi o caso do fundador e presidente do portal ReclameAqui (Maurício Vargas, 58 anos), do ator do filme Minha Mãe é uma Peça (Paulo Gustavo, 42 anos) e do ator do programa de televisão A Praça é Nossa (Kleber Lopes, 39 anos), por exemplo. Durante o ano, diante de um combate tão ineficiente, surgiram novas cepas e tanto taxa de contaminação como a letalidade da doença aumentaram – a questão da idade ou situação de comorbidade deixou de ser um diferencial de risco.

Não acho justo responsabilizar o Governo “diretamente”, no entanto não consigo deixar de entender que sua atuação, além de ineficiente, foi prejudicial no combate à pandemia. Ficou nítido que o mundo precisou se adaptar de acordo com o avanço da doença. Voltar atrás ou rever decisões, com responsabilidade e consciência, é uma virtude. É normal rever conceitos conforme novos fatores são apresentados. Internamente, o problema do Brasil foi manter posição irredutível e desfavoráveis diante de um momento tão crítico, estimulando conflitos ideológicos, formação de grupos antivacina ou contrários ao uso de máscaras e, em alguns casos, estimulando até aglomerações. É incrível, mas simples atitudes podem fazer grande diferença e não demanda muito esforço ou dinheiro. O que aconteceu por aqui não faz sentido… talvez seja uma questão de orgulho ferido!

Felizmente, fui vacinado no mês de junho! Sei que a vacina não impede a contaminação, mas também sabemos que reduz o risco de desenvolver a forma mais grave da doença. Basta ver que os países com vacinação mais adiantada já se dão ao luxo de diminuir as restrições impostas até pouco tempo.

O momento atual do país é bastante antagônico. Se, por um lado, com o novo Governo, surgiu a esperança de avanço com propostas liberais e medidas anticorrupção; por outro lado, na prática, o que estamos conferindo é a manutenção de velhos hábitos e decisões políticas também. As desculpas para justificar a ineficiência são bastante semelhantes as que víamos em governos de esquerda – sempre existe um fator externo que impede o trabalho do Governo. A responsabilidade é sempre terceirizada.

De fato, não há mais envio de dinheiro para patrocinar projetos duvidosos no exterior ou perdão de dívidas. No entanto, inúmeras medidas tem enfraquecido o processo de combate a corrupção e não há nenhum projeto realmente eficiente para diminuir o tamanho do Estado ou controlar os gastos públicos. Pelo contrário. Tanto a reforma da previdência como a administrativa, por exemplo, não atingem os setores mais privilegiados da administração pública. Logo, é pouco provável que o impacto sobre os cofres públicos seja satisfatório o suficiente. Não é de espantar o esforço do Governo em encontrar outras alternativas de arrecadação (mais impostos). Já que não consegue cortar o problema na base, sobra apenas criar novos impostos. Então, surge aí a discussão sobre a reforma tributária.

O Governo apresentou uma reforma tributária prevendo a tributação de dividendos. Para melhor compreensão, vou compartilhar o vídeo do canal Clube do Valor com detalhes sobre o assunto:

Concordo com todos os pontos expostos no vídeo acima!

O país trabalha com um sistema de tributação complexo e aplica as taxas mais altas do mundo. Então, mesmo que o JCP seja algo particular do Brasil (só existe aqui), é uma compensação mínima e justa para as empresas (que, aliás, sofrem uma carga tributária altíssima – dos produtos até a folha de pagamentos). E, se você justificar que a alíquota sobre os lucros nos Estados Unidos é de 20%, então compare também o risco país e a confiança na moeda. Em momentos de grande incertezas, dificilmente veremos uma corrida por real. Na visão dos investidores, o que vale é a relação risco/segurança x retorno. O risco Brasil é altíssimo. Na prática, recebemos serviços de terceiro mundo pagando taxas de primeiro.

O mais irônico é saber que os países mais desenvolvidos não oferecem tantas mordomias ou super salários na iniciativa pública. Vocês já leram o livro “Pai Rico, Pai Pobre“? Faz tempo que li, mas se não me engano, o “Pai Pobre” de Robert Kiyosaki era funcionário público. Inicialmente, pode parecer que não fez sentido algum, pois no Brasil é uma posição de grande destaque e, em muitos casos (não são todos), com salários altíssimos e “estabilidade de emprego”. A comparação se deu pelo fato de que, em países desenvolvidos, a possibilidade de enriquecer de forma mais expressiva é mais viável para empreendedores. Então, resumidamente, o livro praticamente mostra que o caminho mais rápido para o enriquecimento é através do empreendedorismo e acúmulo de ativos. Pois é, certamente o autor desconhece a realidade brasileira!” 😉

O que realmente me incomoda na tributação dos dividendos é justamente a relação risco x retorno. O mercado brasileiro é extremamente volátil. A minha carteira de renda variável, por exemplo, continua apresentando uma performance excelente, mas o valor de mercado, mesmo quando o IBov atingiu 130.000 pts, é inferior aos 115.000 pts de 2019. Duvida? Então, acesse o resumo do mês dezembro de 2019.

Como de costume, confiram os principais números e acontecimentos que sacudiram o país e o mundo (do redator chefe da Modal):

Inúmeras empresas apresentaram o balanço referente ao 1T21, como foi o caso de Ambev, Banco do Brasil, Itaú e Carrefour. Em março de 2021, o grupo Carrefour surpreendeu com a compra do grupo BigBrasil por R$ 7.5 bilhões. Apesar do momento desafiador, algumas empresas apresentaram resultados impressionantes.

Para obter acesso ou acompanhar os balanços de 2021:
https://financenews.com.br/?s=1t21

Quanto aos investimentos e resultado da carteira…

Recebi proventos de BBAS3, ITUB3, CRFB3, BRCR11 (0,55%), FCFL11 (0,58%), PQDP11 (0,07%), KNRI11 (0,48%), RNGO11 (0,59%), HGRU11 (0,58%), GGRC11 (0,58%), MXRF11 (0,66%), KNCR11 (0,38%), HGRE11 (0,54%), VISC11 (0,32%), HFOF11 (0,60%) e HGBS11 (0,17%). A performance da carteira tem se mostrado estável, apesar do momento turbulento. Agora existe mais um fator de instabilidade: impeachment do presidente (não acredito que vá adiante). É evidente que não há muito o que esperar dos FIIs de shopping enquanto o controle para evitar aglomerações estiver valendo. E, falando em shopping, similar ao que aconteceu com o fundo ABCP11, a situação do fundo PQDP11 complicou bastante após notificação da CVM quanto a irregularidades no enquadramento tributário. De maneira geral, o retorno financeiro final continua excelente e contou com um pequeno reforço com o pagamento de dividendos e JCP de BBAS3, ITUB3 e CRFB3 (o rendimento mais expressivo foi do Banco do Brasil).

Em função de questões pessoais (como despesas domésticas) e projetos pessoais (operações de trade), não fiz aportes na carteira de renda variável nos últimos meses. Na realidade, no início de junho, fiz uma retirada de R$ 5.000 (de um fundo DI) para trabalhar com uma margem de garantia maior nas operações de trade no mercado futuro. Entendo que uma margem menor é ideal na fase inicial de aprendizado, porém é um grande limitador e acaba despertando o impulso de alavancar acima do suportado e, com isto, qualquer movimento contrário causa emoção quando não deveria. Sinceramente, depois de elevar a margem, minha tranquilidade operacional mudou da água para o vinho!

Alternando entre operações manuais e automatizadas, operei com o robô APFTrend (projeto pessoal) e consegui encerrar com lucro mensal de 100% da margem de garantia (R$ 5.000):

Apesar do excelente resultado, ainda existem alguns pontos que preciso trabalhar. Por duas vezes, não aceitei um movimento contrário de grande amplitude e fiz preço médio após confirmar um sinal forte de reversão. Utilizei vários fatores como critério. O movimento de reversão foi lindo, mas o risco foi desnecessário e desproporcional. Se, ao invés de fazer o preço médio, eu entrasse na reversão com “posição” equivalente (tamanho de mão), o lucro seria no mínimo 5x maior com risco MUITO menor.

Com os lucros diários acumulados, reinvesti o valor em dois fundos de Renda Fixa (LP Inflação e LP Prefixado). Optei pelos fundos de RF LP para repor a retirada que fiz anteriormente – não devolvi para o fundo DI porque o rendimento destes fundos de RF vem apresentado performance superior faz tempo. Basicamente, distribuí R$ 3000 entre os dois fundos e consumi os outros R$ 2000.

Confiram a distribuição dos ativos, segundo o portal CEI (NÃO inclui o Fundo DI):

O momento eufórico fez com que a valorização das ações mudasse a proporção da carteira.

A composição atual ficou assim (gráfico do IrpfBolsa):

Vale lembrar que o gráfico acima representa uma distribuição baseada no custo de aquisição, não no valor de mercado

A imagem acima é gerada pelo programa IRPFBolsa (para apuração de IR). Vale um alerta para quem trabalha com este software: como as últimas versões passaram apurar desdobramentos ou bonificações de forma automática e de forma retroativa, é necessário remover qualquer definição manual para que o software apure corretamente a posição em carteira – particularmente, entendo que a equipe de desenvolvimento deveria ter aplicado o ajuste automático a partir da data em que o recurso foi incluído ou pular períodos com lançamento manual. Inicialmente, achei que fosse apenas um erro de apuração estatística, mas não é. Agradeço ao meu amigo Tanaka por ter alertado sobre esta mudança.

O objetivo aqui é meramente didático. Algumas estratégias (mais especulativas que comento) envolvem risco elevado, com potencial de ganho expressivo ou, em alguns casos, prejuízos imediatos. Então, estude sempre, consulte diferentes fontes de informação e tire suas próprias conclusões – a única recomendação que faço é: não façam trades na fase inicial (a tolerância aos erros será pequena)!

Estou apenas demonstrando opções de investimentos e o potencial de crescimento, isto não é recomendação de investimento!

Resultado do mês de janeiro (2021)

Enfim, o primeiro resultado do ano. Não há como negar que 2020 foi um ano bastante agitado, desafiador e extremamente turbulento. Finalmente, já surgiram as primeiras opções de vacinação contra a Covid-19 no Brasil e, com isto, avançamos bastante no combate à pandemia. Lamento apenas pelo desgaste e desinformação que foi gerado por questões ideológicas (tanto da direita como da esquerda). Mas, posso dizer que janeiro (2021) foi um mês particularmente especial: casei e concluí a mudança de residência. Por incrível que pareça, não precisei lidar com grandes imprevistos. Sem muitas delongas, vamos aos resultados.

Segundo o El País, “o governo brasileiro já firmou parceria com a empresa AstraZeneca e a Universidade de Oxford; e ainda assegurou o acesso da população brasileira, por meio do Programa Nacional de Imunização, à vacina Coronavac, resultado de parceria entre a Sinovac e o Instituto Butantan“.

Aliás, já surgiu uma terceira opção para o Brasil. A Johnson&Johnson anunciou que disponibilizará sua vacina (com 66% eficácia contra casos moderados e graves da doença). Tudo dependerá da negociação com o Ministério da Saúde.

As notícias são positivas e agora ganhamos armas mais potentes para vencer esta batalha. As condições poderiam ter sido melhores se o governo brasileiro tivesse apresentado uma posição mais clara e eficiente para o combate da pandemia. Infelizmente, o que vimos foi justamente o inverso. Tanto é verdade que perdemos a chance de comprar 70 milhões de doses da Pfizer (com mais de 95% de eficiência) com entrega a partir de dezembro de 2020.

Enquanto inúmeros países iniciaram os tramites para vacinação no final de 2020, o Brasil preferiu focar em “medidas preventivas” (com medicamentos para reforçar o sistema imunológico) e não demonstrou esforço algum para combater fake news sobre o assunto.

É inacreditável, parte da população estava temendo mais a vacina que a própria doença. Sejamos realistas, o risco da doença é infinitamente maior do que de qualquer vacina disponível atualmente. A desinformação foi tanta que presenciamos inúmeros influenciadores digitais desafiando a doença e incentivando aglomerações – foi o caso da influenciadora Ygona Moura que faleceu pouco tempo após contrair a doença.

E se você acha que as questões ideológicas influenciaram pouco, não esqueça que no início da pandemia vimos influenciadores como o Bernardo Kuster convocando manifestações usando uma máscara escrito “foda-se“. É perigoso quando a ideologia sobrepõe a razão.

Agora, com uma variação mais agressiva da doença e com a situação caótica em Manaus, as autoridades se viram obrigadas a mudar de conduta. É com a imunização em massa que conseguiremos evitar novas mortes, processos lockdown e diminuir também o índice de desemprego, possibilitando assim uma recuperação econômica mais rápida.

Como de costume, confiram os principais números e acontecimentos que sacudiram o país e o mundo (do redator chefe da Modal):

Conforme comentei em resultados anteriores, nos últimos meses, foquei em meu casamento e mudança de residência. É evidente que surgiram gastos adicionais e, algumas vezes, não planejados inicialmente. Ainda assim, posso dizer que não precisei lidar com grandes imprevistos financeiros porque já havia me programado para lidar com diferentes condições ou surpresas.

No meio do mês, voltei a realizar algumas operações de trade e otimizei bastante o código do projeto APFTrend-Plus. Tenho alternado entre operações manuais e automatizadas. Pois é, o meu desafio continua o mesmo (risos). Minha margem de acerto está alta, mas meu manejo de risco ainda está fraco. Tenho acertado semanas seguidas, porém ainda tenho dificuldade para limitar o impacto dos poucos dias negativos (destruindo os ganhos anteriores).

De maneira geral, estou bastante satisfeito com os últimos ajustes aplicados no código do Robô. Incluí um controle de veredito (opção verdict). Além dos controles internos codificados diretamente (estratégias), incluí uma confirmação final antes de confirmar a entrada na operação.

O sistema de veredito é baseado em um contador interno que poderá ser decrementado de acordo com condições desfavoráveis (começando em 150). Se o algoritmo indicar Short e o HiLO indicar compra, o veredito será decrementado em 15. Se, no final das comparações (são várias), o veredito for inferior à 1, o Short será ignorado. O mesmo se aplica ao Long.

Para obter acesso ou acompanhar os balanços de 2020, recomendo o seguinte link:
https://financenews.com.br/?s=1t20
https://financenews.com.br/?s=2t20
https://financenews.com.br/?s=3t20
https://financenews.com.br/?s=4t20

Quanto aos investimentos e resultado da carteira…

Recebi proventos de ABEV3, EGIE3, HYPE3, ITUB3, ITSA3, ODPV3, BRCR11 (0,54%), FCFL11 (0,47%), PQDP11 (0,28%), KNRI11 (0,40%), RNGO11 (0,79%), HGRU11 (0,56%), GGRC11 (0,49%), MXRF11 (0,67%), KNCR11 (0,49%), HGRE11 (0,62%), VISC11 (0,48%), HFOF11 (0,71%) e HGBS11 (0,32%). O momento continua desafiador, porém a performance da carteira continua estável e apresentou uma leve melhora. Ainda assim, prefiro manter a cautela porque entendo que os indicadores econômicos não justificam a euforia atual (que vem diminuindo). De maneira geral, o retorno financeiro final continua excelente e contou com um pequeno reforço com o pagamento de dividendos e JCP de ABEV3, EGIE3, ITUB3, ITSA3 e ODPV3 (os rendimentos mais expressivos foram de Engie, Hypera e Ambev).

Apesar da capacidade de aporte reduzida (ultimas despesas com a mudança de residência e casamento), realizei um pequeno aporte no fundo HFOF11 e realizei pequenas operações de trade no mini índice.

Confiram a distribuição dos ativos, segundo o portal CEI (NÃO inclui o Fundo DI):

O momento eufórico fez com que a valorização das ações mudasse a proporção da carteira.

A composição atual ficou assim (gráfico do IrpfBolsa):

Vale lembrar que o gráfico acima representa uma distribuição baseada no custo de aquisição, não no valor de mercado

Quanto aos trades

O meu desafio continua o mesmo. A minha margem de acerto foi alta, porém continuo pecando no controle de risco. O segredo não está em quanto conseguimos acertar, mas sim na capacidade de preservar o lucro obtido e minimizar as perdas seguintes (que farão parte do processo).

Resumidamente: concluí o mês com resultado operacional negativo em -R$ 2000. Por incrível que pareça, antes disto, com apenas R$ 300, consegui atingir lucro de R$ 1500 (em aproximadamente duas semanas) por duas vezes seguidas. No entanto, devolvi todo lucro e precisei repor a garantia poucos dias depois. É aí que mora a ilusão do lucro ou dinheiro fácil.

De maneira geral, apesar do momento amargo para o mercado (não se iluda com algumas semanas de otimismo), continuo bastante satisfeito com o resultado da carteira e o rendimento excelente.

O objetivo aqui é meramente didático. Algumas estratégias (mais especulativas que comento) envolvem risco elevado, com potencial de ganho expressivo ou, em alguns casos, prejuízos imediatos. Então, estude sempre, consulte diferentes fontes de informação e tire suas próprias conclusões – a única recomendação que faço é: não façam trades na fase inicial (a tolerância aos erros será pequena)!

Estou apenas demonstrando opções de investimentos e o potencial de crescimento, isto não é recomendação de investimento!

Resultado do mês de dezembro (2020)

Até que enfim chegou 2021. Apesar do atraso na publicação (novas prioridades – mudança de endereço e casamento), gostaria de começar desejando a todos um Feliz Ano Novo. O ano de 2020 ficou para trás e passamos por fortes turbulências que serão lembradas para sempre: “de crises político-econômica (com proporções mundiais) à pandemia do Covid-19“. O ano não foi fácil, mas fomos vencedores e é vida que segue. Sem muitas delongas, vamos aos resultados.

Pois é, passamos por um ano repleto de desafios, conquistas e também de muitas perdas irreparáveis. O impacto causado pela pandemia e os conflitos ideológicos serão lembrados para sempre. Felizmente, pude lidar com tudo isto de uma forma mais leve porque Deus colocou uma mulher muito especial em minha vida pouco tempo antes da tempestade que estava por vir!

Quase duas décadas depois, nos reencontramos e percebemos que as afinidades não só se mantiveram, elas aumentaram. Passamos por este período de turbulência juntos e decidimos nos casar no início de janeiro de 2021.

Como as prioridades mudaram, no final de novembro de 2020, decidi que não faria novos aportes e nem operações especulativas (trades). Temporariamente, direcionei todos os recursos para a mudança de endereço, acessórios para a nova casa e preparativos para o casamento.

É claro que, em função dos riscos de contaminação por Covid-19, não fizemos festa, optamos por um jantar entre família para aproximadamente 15 pessoas.

Nas próximas linhas, demonstrarei como foi a performance da carteira durante o ano de 2020, minhas expectativas e as movimentações mais relevantes.

Como de costume, confiram os principais números e acontecimentos que sacudiram o país e o mundo (do redator chefe da Modal):

Falando diretamente sobre investimentos ou especulação…

Já demonstrei inúmeras vezes que não sou um grande entusiasta das criptomoedas (apesar de estar repensando), entretanto não podemos ignorar que a valorização das criptos superou qualquer outro ativo do mercado tradicional. Hoje, dia 9 de janeiro, um bitcoin equivale a R$ 223.900,00. O que mais impressiona é saber que a cotação, ao longo de 2020, atingiu mínimas inferiores a R$ 30.000. Trata-se da flutuação mais agressiva que pudemos presenciar durante o intervalo de 1 ano. Nada superou – nem dólar, prata ou ouro.

Durante o ano, tive uma pequena exposição ao mercado de criptoativos através da corretora BitMex (oferece uma plataforma de negociação que permite negociar contratos futuros de criptoativos). Nunca comentei sobre assunto porque foi um experimento mais arrojado que fiz com um amigo (sócio em alguns projetos).

Em relação a posição na BitMex, cheguei a realizar pequenos trades para me familiarizar com a plataforma. Porém, no final do ano, depois da forte valorização dos criptoativos, optei por encerrar a posição e realizar lucro. O lucro que obtive destinei para carteira de renda variável de minha esposa – não dava para desperdiçar essa chance.

Como a flutuação dos criptoativos tem sido a mais agressiva atualmente e estamos presenciando máximas históricas, decidi que não farei mais nenhum experimento neste mercado enquanto a cotação do BTC estiver acima de R$ 150.000.

O índice IBov também surpreendeu positivamente (e muito)…

No resultado de dezembro de 2019, incluí uma imagem demonstrando que o índice Ibov encerrou aquele ano em 115.645,34 pontos. Pois é, mesmo com as turbulências da pandemia (até hoje), o Ibov agora está em 125.076,63.

Cuidado, pois isto não significa, necessariamente, que superamos patamares do ano passado, mas sim a confirmação de um novo momento de forte euforia.

Em momentos extremamente eufóricos (em qualquer mercado), mantenha cautela e siga com a estratégia de aportes regulares, procurando aplicar a melhor distribuição possível. Se bem definido, apesar do risco envolvido, o rebalanceamento de carteira pode ser uma opção interessante – caso não se sinta confortável, não faça. E não esqueça que os aportes em maior volume são melhor aproveitados em momentos de pânico, não o inverso. Ninguém fica feliz com a abertura de posições relevantes próximo de uma forte realização de lucros. Então, não se deixe levar pelo entusiasmo do clima eufórico. Resumindo: Não se deixar levar pela emoção!

Durante o ano passado, a economia foi castigada e os mercados reagiram com agressividade porque “o mundo estava parando“. Acredito que parte da euforia atual reflete a expectativa de recuperação econômica depois da confirmação da eficiência das vacinas contra a Covid-19, evitando assim novos lockdown.

Inúmeros países já iniciaram o processo de vacinação. Infelizmente, por aqui, ainda prevalecem as questões ideológicas e interesses políticos (desde o início foi assim). Diante de um conflito ideológico tão forte (seja de direita ou esquerda), o que mais se observa são fake news antivacina ou tentativas de diminuir o impacto e riscos da pandemia.

Seja como for, avaliar a situação econômica do país e fazer projeções é um grande desafio…

Por um lado, estima-se que a dívida pública brasileira supere 100% do PIB (Produto Interno Bruto) nos próximos meses, principalmente depois dos gastos emergenciais (inevitáveis) durante a pandemia – não se iluda com comparações de economias extremamente desenvolvidas. A CONTA vai chegar e o peso para o Brasil tende ser maior!

Por outro lado, o país mostrou números favoráveis referente ao 4T20. Segundo o IBGE (PIM-PF), a indústria cresceu 1,1% em outubro/20, em relação ao mês anterior com ajuste sazonal. Destaca-se que esta é a 6ª alta seguida, com expansão da transformação (1,2%). Por categoria de uso, destaque para a alta de 7,0% nos bens de capital, que, após o crescimento de 45% no 3T20, com os dados de outubro, o carregamento estatístico indica elevação de cerca de 15% para o último trimestre do ano. Com isso, a produção industrial já superou em 2,3% o nível de produção do período pré-pandemia.

Para obter acesso ou acompanhar os balanços de 2020, recomendo o seguinte link:
https://financenews.com.br/?s=1t20
https://financenews.com.br/?s=2t20
https://financenews.com.br/?s=3t20
https://financenews.com.br/?s=4t20

Quanto aos investimentos e resultado da carteira…

Recebi proventos de ABEV3, BBAS3, ITUB3, PETR3, ODPV3, BRCR11 (0,57%), FCFL11 (0,46%), PQDP11 (0,27%), KNRI11 (0,41%), RNGO11 (0,59%), HGRU11 (0,53%), GGRC11 (0,55%), MXRF11 (0,57%), KNCR11 (0,34%), HGRE11 (0,43%), VISC11 (0,39%), HFOF11 (0,53%) e HGBS11 (0,29%). Diante do clima eufórico, o desempenho da carteira apresentou uma leve melhora, mantendo a performance estável. Conforme esperado, com a possibilidade de novas contenções cada vez mais distante, a performance dos FIIs de Shopping vem apresentando melhora gradativa. De maneira geral, o retorno financeiro final continua excelente e contou com um pequeno reforço com o pagamento de dividendos e JCP de ABEV3, BBAS3, ITUB3, PETR3 e ODPV3 (os rendimentos mais expressivos foram de Ambev e Petrobras – presentão de Ano Novo).

Confiram a distribuição dos ativos, segundo o portal CEI (NÃO inclui o Fundo DI):

A disposição dos ativos permanece equilibrada porque, em meses anteriores, reforcei e priorizei as posições nos fundos imobiliários.

A composição atual ficou assim (gráfico do IrpfBolsa):

Gráfico de novembro – não houve novas operações em dezembro

Vale lembrar que o gráfico acima representa uma distribuição baseada no custo de aquisição, não no valor de mercado

Para demonstrar mais detalhadamente a “evolução” da carteira (pela valorização), compartilharei o resultado do ganho por ativo (em relação ao preço médio):

PapelP. médioP. mercado%Setor
ABEV317,0016,53-2,77Consumo nâo Cíclico
BBAS320.8339,7991,07Financeiro
BBSE327.0129,8910,60Financeiro
BRCR1199.5491.80-7,77Financeiro e Outros
CRFB317.4519.5011,75Consumo não Cíclico
EGIE340.5144.269,25Utilidade Publica
EZTC315.5940.44159,43Consumo Cíclico
FCFL1190,28117.7030.38Financeiro e Outros
FLRY321.8427,3925,42Saúde
GGRC11123.95139,8912,86Financeiro e Outros
GRND37.048,3418,39Consumo Cíclico
HGBS11218.44215,93-1,15Financeiro e Outros
HGRE11141.88150,155,83Financeiro e Outros
HYPE333.5735.315,18Saúde
ITSA39.2912,5034,62Financeiro
ITUB321.2928,9936,19Financeiro
KNCR11102,7088,64-13,69Financeiro e Outros
KNRI11149.01159,557,07Financeiro e Outros
MXRF1110.3110,461.45Financeiro e Outros
ODPV313.9314,584,63Saúde
OIBR30.822,43196,44Comunicações
PETR310,6431,59196,84Petroleo, Gás e Biocombustíveis
PQDP111334.222990124,10Financeiro e Outros
RNGO1184,2371,94-14,59Financeiro e Outros
SAAG11121.3900Financeiro e Outros
VISC11117.29117.02-0.23Financeiro e Outros
WEGE321,2989,79321,74Bens Industriais

Alterações da carteira:
– Posições abertas: HFOF11, HGRU11 e CIEL3
– Posições encerradas: SAAG11

Conforme exposto no Resultado de Outubro, por diferentes razões, decidi encerrar a posição no fundo SAAG11 poucos meses depois da fusão com RBVA11. Logo em seguida, aproveitei o momento para abrir posição no fundo HGRU11 e também para revisar a distribuição de carteira (rebalanceamento).

A posição em CIEL3 tem caráter especulativo (médio risco) e não realizei novos aportes após a abertura de posição.

De qualquer forma, não se prendam demais aos preços como métrica principal. Percebam que a apuração não é tão simples quanto parece…

No decorrer de 2020, com a pandemia, o índice Ibov apresentou uma queda muito expressiva e a performance da carteira despencou rapidamente. Se não me engano, passamos por 6 Circuit Break no mesmo mês. Cada Circuit Break que surgia parecia representar um novo apocalipse e aproveitei para reforçar as posições! Logo, o preço médio da carteira aumentou um pouco. E, se analisarmos o preço de mercado atual, mesmo aos 125.000 pts, a maioria dos ativos ainda não retornou aos patamares de DEZ 2019.

Nos últimos dois anos, inúmeros ativos, como BBAS3 e EZTC3 (por exemplo), estão distantes de suas máximas históricas. Ainda assim, o momento pede cautela – com a expectativa de recuperação econômica, o mercado vem se movimentando com forte euforia, mas ainda não sabemos quais serão as consequências reais que a pandemia impôs para as economias mundiais.

No momento, não tenho realizado operações especulativas.

Durante o mês de novembro (2020), dezembro (2020) e janeiro (2021) realizei revisões e melhorias no indicador APFTrend. Minhas férias estão terminando e pretendo focar nas operações de trade automatizadas. Em breve, trarei novidades sobre o Robô.

Até então, no decorrer de aproximadamente dois anos, só posso dizer que a busca da consistência operacional no day trade tem custado caro. A minha tranquilidade só não foi abalada porque minha posição como holder oferece o suporte que preciso para insistir no processo sem sofrer quaisquer perdas patrimoniais reais ou relevantes. Apenas comprometi uma parte da minha capacidade de aporte. Para quem está começando ou tem pouca experiência, não recomendo.

Para finalizar…

Há algum tempo, comentei sobre a evolução gradativa da receita ($$$) de minha conta no Google AdSense. Infelizmente, “desandou”. Desde que a empresa fez alterações no algoritmo e aplicou mudanças internas, minha receita despencou. Preciso separar um tempo para entender o que aconteceu e qual pendência preciso resolver.

Desejo que 2021 seja um ano mais leve, próspero e repleto de felicidades, realizações e muita saúde para todos.

O objetivo aqui é meramente didático. Algumas estratégias (mais especulativas que comento) envolvem risco elevado, com potencial de ganho expressivo ou, em alguns casos, prejuízos imediatos. Então, estude sempre, consulte diferentes fontes de informação e tire suas próprias conclusões – a única recomendação que faço é: não façam trades na fase inicial (a tolerância aos erros será pequena)!

Estou apenas demonstrando opções de investimentos e o potencial de crescimento, isto não é recomendação de investimento!