Rombo na Petrobras: Péssima notícia

Recebi, agora pouco, um e-mail da ADVFN tratando do prejuízo que a Petrobras registrou no terceiro trimestre deste ano. A informação também foi divulgada no jornal Bom dia Brasil.

– De acordo com a ADVFN:

A Petrobras registrou prejuízo líquido de R$ 16,45 bilhões no terceiro trimestre deste ano, crescimento de 337% em relação ao prejuízo do mesmo período do ano passado. As perdas já se acumulam em R$ 17,33 bilhões nos primeiros nove meses de 2016.

A companhia justificou o péssimo resultado do trimestre com menores vendas de gasolina no mercado interno, menores exportações de derivados, baixa contábil de ativos no valor de R$ 15,7 bilhões, o plano de demissões voluntárias, acordos de ações judiciais contra a empresa nos EUA, a valorização do Real e o preço do petróleo no mercado internacional.

Apesar do prejuízo, a companhia viu um crescimento de 256% no fluxo de caixa livre, para R$ 29,6 bilhões nos primeiros nove meses deste ano (e pelo sexto trimestre consecutivo), com queda de 31% nos investimentos no período.

A parcerias e desinvestimentos já alcançaram 65% da meta do Plano 2015-16, com um valor total de transações já assinadas de US$ 9,8 bilhões.”

Petrobras: Bilhões vindos do Governo à vista?

A Petrobras estaria negociando com o Governo o recebimento de até US$ 20 bilhões pela revisão do contrato de Cessão Onerosa, compensando perdas com a queda no preço do petróleo no mercado internacional. A Petrobras enviou comunicado ao mercado ontem, após o fechamento do mercado, avisando que o eventual valor devido à companhia ainda não foi definido, muito menos a forma de ressarcimento. O processo foi iniciado a partir das declarações de comercialidade das áreas contratadas, ocorridas entre dezembro de 2013 e dezembro de 2014. Os valores deverão ser pactuados a partir de laudos de certificadores independentes, contratados pela companhia e ANP. – Fonte ADVFN.

Confiram, na íntegra, a reportagem:
http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2016/11/1829193-acerto-com-uniao-podera-render-ate-us-20-bilhoes-para-petrobras.shtml

Resultado do mês de outubro (2016)

Sei que o mês encerra apenas na segunda feira, mas, conforme prometido, procuro publicar o resultado mensal no último final de semana do mês. Continuo satisfeito com o resultado de meus investimentos (seja em renda fixa ou variável), não tive nenhuma surpresa desagradável e continuo otimista com o cenário político e econômico. A PEC 241 tem causado um pequeno alvoroço, sem repercutir negativamente na economia (pelo contrário, a expectativa é positiva) – aliás, no meu entendimento, há muita discussão inútil e sem embasamento algum.

Começarei comentando sobre a PEC 241. O objetivo central é estabelecer limites para o aumento de despesas em termos globais. Obviamente, o mercado financeiro não reagiu negativamente porque é uma proposta que visa e “força” um planejamento estratégico financeiro mais sério e responsável – algo completamente diferente do que vinhamos observando até então. A crise econômica que o país enfrenta é fruto de um governo extremamente gastador e ineficiente. No ápice da crise econômica, com perda de recursos financeiros, índice de desemprego altíssimo (ainda continua) e taxa de juros crescente, algumas categorias do funcionalismo público sofreram reajustes salariais significativos e outras brigam até hoje. Vale lembrar que a média salarial do setor público é expressivamente superior a do setor privado. Em 2012, por exemplo, o salário de um motorista na Câmara foi reajustado de R$ 6.000 para R$ 10.000. É fácil perceber o peso que estes reajustes representam para os cofres públicos. Imaginem se incluirmos despesas com auxílios adicionais (em funções muito bem remuneradas), consultorias, viagens e etc. Já no setor privado é impossível permitir tantos benefícios indiscriminadamente. Do contrário, a empresa quebra. Mas, no setor público esta preocupação praticamente não existe – basta repassar a diferença para a população.

Então, pense bem sobre as razões reais que motivam os movimentos contrários a PEC.  😉

Felizmente, o resultado deste mês continua positivo e não fui surpreendido com gastos adicionais, apesar do susto que passei com uma compra internacional, no cartão de crédito, que eu não realizei (risos). Dentre várias razões, das quais já comentei em outras oportunidades, este é mais um motivo que reforça minha aversão ao cartão de crédito. Sempre solicito, ao banco, inibir a função de crédito. Porém, não atentei para o segundo cartão que tenho e nunca utilizei. O setor de segurança do Banco do Brasil tem se mostrado bastante eficiente. Estou satisfeito. Fui contactado rapidamente, a compra não foi efetivada e cancelei o cartão. Ponto positivo para o Banco.

Quanto aos investimentos…

Recebi proventos de ITSA3, ITUB3, BRCR11 (0,800%), FCFL11B (0,621%), PQDP11 (0,636%), KNRI11 (0,684%), RNGO11 (0,858%), SAAG11 (0,707%), TRXL11 (0,444%), FVBI11B (0,630%), XPGA11 (1,084%), KNCR11 (0,996%) e EDGA11B (0,695%). O pior resultado continua sendo do fundo TRXL11. No mês anterior, cometi um engano e inclui o rendimento de alguns ativos previstos para este (já corrigi). O rendimento oferecido pelos FIIs não mudou muito e continua excelente. Além disto, recebi bonificação do Banco Itaú (incremento de 10% na quantidade de ações).

A cotação do fundo PQDP11 recuou porque a Empiricus removeu o fundo de sua carteira de longo prazo, influenciando no encerramento de posição de alguns investidores. A recomendação de saída foi embasada no baixo rendimento (em função do preço da cota), apesar dos fundamentos permanecerem sólidos. No resultado do mês anterior, comentei sobre isto também. Mas, na minha opinião, a recomendação da Empiricus foi infeliz. Se o fundo continua bom e perdeu atratividade temporariamente (preço alto), bastava diminuir sua exposição na carteira. Não encerrei minha posição e não pretendo tão cedo.

Outro fato recente foi a solicitação da XP Gestão a renúncia da gestão do fundo RNGO11, que é administrado pela Rio Bravo. A renúncia foi aceita e a Rio Bravo manifestou capacidade para acúmulo de funções, podendo exercer a função de gestão também. Com isto, foi convocada uma votação em assembleia para decidir se aprova ou não.

Com o rendimento da própria carteira, somado ao capital que me prontifico separar para investir mensalmente, comprei mais ações ou cotas de BBSE3, ITUB3, CARD3, BRCR11, KNRI11, SAAG11 e XPGA11. O menor aporte foi para CARD3 e XPGA11, nos demais a distribuição foi maior e bem equilibrada.

A composição atual ficou assim (gráfico do IrpfBolsa):

carteira-10-2016

Felizmente, a valorização da carteira continua crescente e o resultado vem superando minha expectativa. No entanto, é preciso ter consciência que, no curto prazo, oscilações são naturais e esperadas (com movimentos de repique, por exemplo). Dentro de uma tendência de alta, os papeis não se movimentam em linha reta.

Estou apenas demonstrando o potencial de crescimento, isto não é recomendação de investimento.

Petrobras volta a investir na Argentina e Bolívia

Até então, a Petrobras vinha tomando medidas eficientes, mas não sei o que pensar desta vez. Espero que não seja mais um negócio “enrolado”. A “Bolívia já tomou” refinaria brasileira e a Petrobras também arcou com prejuízo em negociação de refinaria e ativos na Argentina.

A Petrobras (BOV:PETR4) informou hoje pela manhã que adquiriu 33,6% da concessão de Rio Neuquen, na Argentina, e de 100% do ativo de Colpa Caranda, na Bolívia, por um valor de US$ 56 milhões, após ajustes. Segundo a companhia, os ativos de Rio Neuquen e Colpa Caranda têm valor estratégico. A Petrobras também anunciou a conclusão de todas as etapas envolvidas na transação de venda da participação de 67,19% na Petrobras Argentina para a Pampa Energía. – Fonte ADVFN.

Petrobras fecha acordo de US$ 350 mi nos EUA

A notícia é de ontem, mas merece ser compartilhada (mesmo com pequeno atraso). Todas as pendências da empresa estão sendo resolvidas com eficiência e o mercado está reagindo na mesma proporção, com cotação na faixa dos R$ 19,00.

“A Petrobras (BOV:PETR4) aprovou a celebração de acordos para encerrar quatro ações individuais propostas perante a Corte Federal de Nova Iorque. Esses acordos, cujos termos são confidenciais, não constituem qualquer reconhecimento de responsabilidade por parte da Petrobras, que continuará se defendendo nas demais ações em andamento e têm como objetivo eliminar incertezas, ônus e custos associados à continuidade dessas disputas. A companhia prevê uma provisão para os acordos no terceiro trimestre deste ano no valor de US$ 353 milhões. Essas ações individuais tramitam em conjunto com 23 outras ações similares e uma ação coletiva movidas contra a companhia perante a Corte Federal de Nova Iorque. No momento, a Petrobras afirma não ser possível fazer estimativa confiável sobre o desfecho da ação coletiva. – Fonte ADVFN“.