Petrobras: companhia decide deixar setor petroquímico

Em comunicado ao mercado, a Petrobras esclareceu que pretende sair integralmente do setor petroquímico, visando à redução da alavancagem financeira, preservação do caixa e concentração em investimentos prioritários, como a produção de petróleo e gás no Brasil em áreas de elevada produtividade e retorno. O plano já está previsto no Plano de Negócios e Gestão 2017-2020. No entanto, até o momento, não foi iniciado processo para alienação da participação acionária detida na Braskem. A Petrobras detém 36,15% do capital total da Braskem, segunda maior acionista da companhia, atrás apenas da Odebrecht, com 38,32% de participação – Fonte ADVFN.

Experiência com a Empiricus

A Empiricus é uma das casas de análise financeira mais conhecidas do país, e suas teses – muitas vezes polêmicas – costumam fazer bastante barulho. Gosto do material produzido, Já assinei dois relatórios (Fundos de Investimentos Imobiliários (FIIs) e MicroCaps) e ganhei acesso a outros por um período de experiência. Atualmente, mantenho apenas a assinatura de FIIs. Como é comum encontrar questionamentos quanto a eficiência das recomendações, compartilharei um pouco de minha experiência para demonstrar algumas vantagens, desvantagens, cuidados e como extrair o melhor dos relatórios. Particularmente, acredito que alguns não valem a pena.

O material produzido é de qualidade. No entanto, a escolha da assinatura merece cautela.

Antes de prosseguir, gostaria de frisar o seguinte: NÃO EXISTE DINHEIRO FÁCIL! 😉

Conforme exposto em outras oportunidades, minha primeira experiência em renda variável foi desastrosa (o custo do aprendizado foi alto). Para ter sucesso como investidor, estude bastante. Como quase tudo na vida, procure subir degrau por degrau. Opte por investimentos coerentes com o seu conhecimento, habilidade e realidade financeira.

As chances de sucesso diminuem para quem segue recomendações de investimento cegamente (seja qual for a fonte).

A única maneira segura e eficiente para tirar proveito dos “melhores momentos” é acumulando patrimônio diversificado em valor (direcionando os novos aportes conforme o interesse). Ou seja, procure manter uma exposição equilibrada em diferentes ativos. NUNCA GIRE PATRIMÔNIO, pois os custos envolvidos geram perdas significativas e a “previsão” de rentabilidade futura é uma estimativa complexa e repleta de variáveis. Não gaste muita energia buscando as melhores rentabilidades, elas mudam.

Se você tem interesse em determinado mercado ou classe de ativos, mas acredita que precisa de um auxílio adicional para a tomada de decisão, a assinatura de alguns relatórios da Empíricus “pode” ser útil, desde que o objetivo principal seja obter maiores informações para melhor avaliar os ativos de seu interesse. Não se iluda com possibilidades de ganhos rápidos.

O material produzido pela Empiricus costuma ser de “boa qualidade”, mas, ao mesmo tempo, pode iludir com grande facilidade – estão surgindo estratégias bastante questionáveis (acho lamentável). “Não estou afirmando que todos os relatórios sejam assim“.

O marketing da empresa sempre foi agressivo (normal). No entanto, está se tornando cada vez mais apelativo e, como cliente, estou ficando incomodado. Para ser mais claro, vejam alguns e-mails que recebi recentemente: “A Oportunidade dos 265%, Fique Rico Andando de Uber, Ganhos de até quatro dígitosO Algoritmo Que Te Fará Lucrar 3,4 Vezes Mais Do Que A Bolsa (41% em 40 dias)“. Até o “botão” para aderir ao plano é apelativo: “QUERO LUCRAR 41 POR CENTO EM 40 DIAS“. Há também inúmeros apelos para “a última chamada“, como se fosse sempre a “última” chance para assinar (dramático… risos).

Apesar de existir uma estratégia técnica por trás, esteja ciente de que estão vendendo possibilidades. O problema é que, em alguns casos, está beirando a enganação. No último e-mail, por exemplo, ofertaram uma estratégia que podetransformar 2 mil reais em 144 mil em 45 dias“. Na prática, a possibilidade disto se concretizar é mínima.

Compartilharei minha experiência, com exemplos reais…

O primeiro relatório que assinei foi “MicroCaps” e já descrevi como funciona o marketing adotado para conquistar novos assinantes. Gostei da proposta e separei um capital alocado a risco. Para maior controle, criei uma conta separada na corretora MyCAP apenas para este propósito. E, ao mesmo tempo, comecei a atuar como holder em outra corretora.

Ao contrário do que é “vendido”, a estratégia pede um investimento inicial alto. No ano, a primeira assinatura terá um custo de aproximadamente R$ 1.500 e em torno de R$ 950 a cada renovação. Não ignore estes valores na apuração dos resultados. Como a estratégia não trabalha com vidência (risos), será inviável (para não dizer impossível) operar um ativo por vez. Logo, os aportes serão distribuídos entre aproximadamente 10 ações (varia um pouco), lembrando que algumas operações encerrarão com prejuízo. Com volume em dinheiro inferior a R$ 5.000, você encontrará dificuldade para distribuir entre os ativos ou mesmo compensar os custos da própria assinatura. Digo isto porque operei acima deste valor e senti dificuldade na distribuição.

Parecia fácil, não? Infelizmente, não é.
Os relatórios são bons,  mas a propaganda é bastante questionável.

Presenciei valorizações superiores a 100%. O problema é conseguir este grande feito sobre a carteira inteira!

Em função das características dos ativos selecionados (baixo volume e liquidez, por exemplo), este relatório fica restrito ao teto de 500 pessoas. Ainda assim, cada recomendação de compra ou venda exerce forte influência sobre a cotação. Parece tolice, mas tende influenciar no resultado final.

No início, na tentativa de potencializar os ganhos, pensei em realizar trades no dia de cada recomendação de compra. Em pouco tempo, desisti da ideia. Nunca consegui comprar as ações antes do gap (resultante da “valorização artificial”). Minha disponibilidade de tempo, durante a semana, é pequena e o movimento simultâneo de vários investidores torna a disputa muito mais acirrada. Aliás, esta é uma forte razão para não fazer trades seguindo recomendação de analista – um SMS recebido com atraso já lhe coloca em desvantagem imediata.

Em frequência menor, para reforçar a confiança nas recomendações do analista responsável, já conferi o posicionamento mais expressivo de algum sócio da Empiricus (avisam e, depois, mostram até as notas de corretagem). Em função do baixo volume de negociações, quando o posicionamento acontece, é comum presenciar uma valorização ainda mais forte dos ativos. Isto torna a “brincadeira” mais arriscada – é difícil mensurar a intensidade do movimento corretivo.

Seguir as recomendações não é tão simples quanto parece e o resultado tende ser pessoal e relativo.

Para melhor compreensão, confiram como algumas operações foram encerradas (outras ainda estão em aberto):

Ação MEU ganho (%) Motivo da *recomendação de venda*
BEMA3 -10,29 Encerrou apurando LUCRO na operação
ROMI3 -53,82 Encerrou após apurar resultados inferiores (indicadores) a expectativa de longo prazo
PMAM3 -57,93 Encerrou após apurar resultados inferiores (indicadores) a expectativa de longo prazo

Apesar do “ganho real negativo”, a operação com BEMA3 foi encerrada “apurando lucro”.
Por incrível que pareça, até esta avaliação é relativa…

O resultado das operações é avaliado de acordo com a diferença entre o preço de abertura e fechamento de cada recomendação (antes do gap). Quando assinei o relatório, a recomendação de compra de BEMA3 já havia acontecido alguns meses antes e a cotação estava distante do preço de abertura. Como, naquele período, a cotação estava abaixo do “preço teto” (valor máximo estimado para compra) e a avaliação dos relatórios continuava positiva, comprei algumas ações visando o longo prazo. Infelizmente, deu errado.

Pouco antes da TOTVS comprar a Bematech, a cotação de BEMA3 despencou, gerando muito estresse. Após a confirmação da compra, a cotação voltou aos patamares anteriores e, diante deste cenário, a Empiricus recomendou a venda de BEMA3, julgando não haver mais espaço para movimentações relevantes. O mais interessante é que ficou acordado que “os acionistas da Bematech receberiam 0,0434 TOTVS3, a cada 1 BEMA3 que detivessem + R$ 9,35 em dinheiro“, e a Empiricus não se pronunciou quanto a isto. Fiquei tranquilo porque minha exposição era pequena.

Mas, para complicar um pouco mais, estive envolvido em vários projetos onde trabalho e li a recomendação de venda de ROMI3 apenas “dois dias depois do alerta”. A operação foi encerrada prevendo prejuízo, e ampliei o meu por ter encerrado com atraso. No caso de PMAM3, o momento inadequado da compra ampliou o meu prejuízo também – o ideal seria montar a posição antes do gap (dificilmente conseguimos) ou aguardar pelo movimento corretivo.

Vale lembrar que o movimento simultâneo de inúmeros investidores reflete diretamente na cotação – são 500 investidores disputando um mesmo ativo, que é extremamente volátil e fora de foco (pouco negociado)“.

Ainda assim, “o valor final da carteira NÃO DIMINUIU“. O prejuízo foi “localizado” (em operações específicas) e a valorização das demais ações manteve a carteira equilibrada e “pouco lucrativa”. Entretanto, o objetivo da estratégia é muito mais “ambicioso”. Naturalmente, comecei a questionar os custos e o risco assumido frente os benefícios colhidos.

No ano passado, ignorando as recomendações do período, optei por position trade em Petrobras e Vale:

Ação Meu ganho (%) Motivo da venda
PETR4 +33,13 Atingiu o objetivo de médio prazo
PETR3 +55,94 Atingiu o objetivo de médio prazo
VALE5 +79,62 Atingiu o objetivo de médio prazo

O resultado foi excelente e reinvesti em FIIs, visando diminuir a volatilidade da carteira e incluir um rendimento mensal para potencializar os próximos aportes. Utilizei os relatórios de FIIs como referência para auxiliar na escolha dos fundos.

Nos meses seguintes, meu grau de satisfação com as MicroCaps diminuiu e resolvi priorizar os FIIs. Sendo assim, ajustei a carteira e encerrei algumas operações por conta própria:

Ação Meu ganho (%) Motivo da venda
FESA4 +20,93 Compra de FIIs a partir do lucro da operação
SNSL3 +33,74 Compra de FIIs a partir do lucro da operação
SGPS3 +23,71 Compra de FIIs a partir do lucro da operação
PTBL3 -2,66 Não correspondeu aos meus interesses ou expectativa (aproximadamente 2 anos)

Até mesmo a avaliação destes resultados pode ser relativa (risos). No meu caso, o balanço final foi positivo (lucrativo). Mas, não é possível deduzir isto observando apenas as tabelas que exibi, pois não deixei claro qual foi a proporção em dinheiro empregada em cada operação. Isto faz toda a diferença.

De qualquer forma, aproveitei o momento para ajustar a carteira antes de solicitar a transferência de custódia da MyCAP para a corretora Rico (farei no início de fevereiro). Estou encerrando com 3 cotas de FIIs e apenas duas ações da carteira MicroCaps (após avaliar os balanços, achei o resultado interessante).

Seguir as recomendações para a escolha dos FIIs também pode ser outro dilema! 😉

Apesar de lidar com investimento de longo prazo, após dois anos, a carteira de FIIs da Empiricus mudou absurdamente. Há fortes indícios de que o objetivo principal da carteira é bater o índice IFIX. Não é uma meta de investimento que me interessa seguir. Achei fora de propósito recomendar a venda das cotas do fundo PQDP11, por exemplo. Então, não estou seguindo a risca tudo que é recomendado.

Como o relatório é rico em informações, considero uma “excelente fonte de pesquisa”. Infelizmente, alguns aspectos tem incomodado. As recomendações mudam de direção sem aviso prévio, por exemplo. Em uma semana encontramos uma recomendação de compra em aberto, e na semana seguinte pode surgir uma recomendação de venda. Esta transição poderia ser melhor tratada. As questões que influenciam nesta decisão não mudam de uma hora para outra. Não tenho o menor interesse em fazer trades com FIIs, nem vejo sentido.

Há vários meses atrás, avaliei a possibilidade de comprar cotas do fundo EDGA11B. A situação do fundo não era das melhores, porém os relatórios demonstravam um potencial interessante. Em função dos riscos envolvidos, resolvi fazer um aporte menor. Pasmem, na semana seguinte, a avaliação mudou e recomendaram “venda“. Para variar, dependendo do fundo, a recomendação influencia no preço da cota. A Empiricus poderia, perfeitamente, ter alertado que estava reavaliando a recomendação do fundo. Mantive minha posição e coloquei o fundo em quarentena (observando, sem novos aportes).

Conclusão…

Os relatórios que assinei são profissionais e muito bem escritos. Acredito que, em alguns casos, a assinatura vale a pena. Em relação às estratégias mais apelativas, prefiro manter distância (está beirando a enganação). No meu caso, o custo da assinatura MicroCaps tem sido incompatível com o volume em dinheiro que aceito (ou posso) arriscar. Quanto aos FIIs, o que me incomoda é a falta de transparência na transição das recomendações. Pretendo manter a assinatura de Fundos Imobiliários – a relação custo x benefício continua satisfatória.

Se houver interesse, seja criterioso com a escolha do relatório. Estude e não siga as recomendações cegamente!

Petrobras ganha na Justiça direito de vender campos

Segundo a ADVFN, “Com decisão favorável Justiça, a Petrobras poderá prosseguir com processo de cessão dos direitos de exploração, desenvolvimento e produção de petróleo e gás natural de um conjunto de campos em águas rasas, localizados nos estados do Ceará e de Sergipe. São nove concessões, com produção média de 13 mil barris diários de óleo equivalente, 0,5% da produção total da companhia. A assinatura dos contratos definitivos, no entanto, dependerá do pronunciamento de mérito pelo Tribunal de Contas da União sobre os ajustes requeridos por essa autoridade na sistemática de desinvestimentos da Petrobras“.

Aguardem, em breve compartilharei como tem sido minha experiência com a Empiricus.

Petrobras quebra recorde histórico de produção

Mais uma noticia positiva para os sócios! 😉

A produção média de petróleo da Petrobras no Brasil em 2016 atingiu recorde histórico anual, alcançando a marca de 2,14 milhões de barris por dia (bpd), 0,75% acima do resultado do ano anterior e em linha com a meta prevista para o período. A companhia afirma que, pelo segundo ano consecutivo, cumpre o planejamento previsto. A média anual da produção operada na camada pré-sal também foi a maior da história, atingindo a marca de 1,02 milhão barris de óleo por dia e superando a produção de 2015 em 33%. – Fonte ADVFN.

Para maiores informações, leiam a matéria na íntegra:
http://www.valor.com.br/empresas/4832608/petrobras-bate-recorde-na-producao-em-dezembro-e-atinge-meta-de-2016

Petrobras dispara: motivo desconhecido

Esta foi a nota que recebi hoje cedo (ADVFN Newsletter). Inicialmente, não “entendi” a forte alta conferida ontem (o resultado do índice IBovespa também impressionou), mas acredito que o fator preponderante foi o excelente resultado da Balança Comercial Brasileira.

Segundo a ADVFN, “As ações da Petrobras dispararam ontem, chegando ao pódio das maiores valorizações do índice Ibovespa (ON, +6,3% e PN, 5,7%), mas grande parte dos analistas não sabe explicar o motivo de tamanhos ganhos no dia. Nenhum fato relevante foi publicado pela companhia durante o pregão de ontem que pudesse justificar tal disparada. No entanto, circulam rumores pelo mercado de que a Petrobras esteja preparando um novo reajuste no preço dos combustíveis. No final do ano passado, a companhia publicou a nova política de precificação da gasolina e do diesel nas refinarias, contando com o preço de importação desses derivados, adicionando uma margem de risco e tributos. Esse processo seria revisto mensalmente para definição dos preços praticados no mercado nacional, com o último reajuste ocorrido no início de dezembro passado“.

Segue o jogo! 😉