Em momentos de grandes incertezas (risco elevado), investidores no mundo todo tendem rever suas posições de maior risco e buscam proteção em ativos mais seguros.
Este movimento costuma gerar histeria entre os pequenos investidores, mas pode ser bastante oportuno! 😉
Confiram a minha opinião sobre o assunto:
Sim, considero que o mercado abriu uma excelente janela de oportunidade.
Em momento de histeria, o mercado oferece oportunidades raras, permitindo a compra de ações de Blue Chips (ações de primeira linha) à preços desproporcionais. Não se trata de quedas corriqueiras.
Porém, é preciso ter cautela…
Até o presente momento, a Bolsa Brasileira está seguindo o movimento das principais Bolsas no mundo. Entretanto, a propagação do vírus, no Brasil, está começando chamar a atenção, tornando difícil mensurar o impacto interno nas próximas semanas (refletirá diretamente na B3) – dependerá da nossa capacidade em controlar o avanço da doença.
“Eu acredito/espero que esta ‘crise’ encerre até o meio do ano. De qualquer forma, não é apenas uma questão financeira. Vidas estão em jogo e espero que o impacto interno seja o menor possível – precisamos zelar por nossas crianças e idosos.”
Mais um mês se encerra (atrasei para publicar o resultado), testando as convicções de alguns “aspirantes a Holder“. Depois de muito tempo de euforia, o mercado decidiu nos testar – definitivamente, não foi um mês fácil. No cenário político-econômico interno não há muita novidade; para variar continuamos com a imprensa tradicional concentrada em avaliar cada fala do atual presidente e ignora a “farra dos anteriores”. De forma geral, o mês foi marcado pelas incertezas geradas ao redor do mundo com a propagação do vírus Covid 19 (ou Coronavírus). Felizmente, não precisei lidar com imprevistos. Sem muitas delongas, vamos aos resultados.
É impressionante o posicionamento da imprensa brasileira, diante do atual governo, analisando e questionando cada fala do presidente Bolsonaro como acontece em alguns sites de fofoca. Em termos macro, o desempenho do atual governo vem se mostrando eficiente, mas não significa que todas as medidas sejam as mais adequadas ou corretas. Há de se convir que existem pontos mais importantes e questionáveis, muitas vezes ignorados pela imprensa tradicional.
Nossa imprensa demonstra um viés ideológico muito forte. Não sei se a motivação real é ideológica ou econômica – não podemos esquecer que o atual governo cortou diferentes incentivos econômicos para este grupo. Percebam que pouco foi dito sobre a viagem dos ex-presidentes Lula e Dilma, com seus assessores, para a Europa. Inicialmente, pode parecer insignificante, mas são despesas descabidas e com dinheiro do contribuinte (é ainda mais absurdo quando lembramos que Lula foi condenado, em diferentes instâncias, pela justiça brasileira).
No entanto, os holofotes do mundo todo ficaram voltados para o Covid 19 (ou Coronavírus):
“Incertezas na relação comercial entre a China (que já apresenta desaceleração econômica) e o resto do mundo deram início à um processo de pânico no mercado de capitais. Neste momento, é comum que investidores busquem proteção em ativos mais seguros (gerando fuga de capital), como é o caso do dólar, ouro e prata.“
Como de costume, confiram os principais números e acontecimentos que sacudiram o país e o mundo (do redator chefe da Modal):
Desde o início do ano, inúmeras empresas divulgaram os balanços referentes ao 4T19.
A Itaúsa (ITSA3), por exemplo, anunciou um aumento do lucro líquido de 37,6% em comparação com o 4T18 e também sua distribuição de dividendos e JCP. O lucro líquido do grupo Fleury (FLRY3) apresentou crescimento de 12% em relação ao mesmo período no ano passado, anunciando a distribuição de dividendos (expressiva) no valor de R$ 0,62428363855 por ação. Aliás, aproveitando o assunto, contaremos com distribuição de rendimentos generosos para o mês de março de empresas como Itaúsa (ITSA3), Banco Itaú (ITUB3) e Banco do Brasil (BBAS3).
Das empresas que selecionei para compor minha carteira, também fui surpreendido positivamente pelos grupos Carrefour (CRFB3 – comprou 30 lojas da rede Makro) e Hypera (HYPE3 – que, no início março, fez a maior aquisição de sua história). Só lamento por não ter reforçado mais expressivamente minha posição em HYPE3 ao longo de 2019 – minha bola de cristal falhou (risos).
Recebi proventos de ITUB3,BBSE3,EZTC3,PETR3,BRCR11(0,52%), FCFL11 (0,43%), PQDP11(0,21%), KNRI11(0,41%), RNGO11(0,45%), SAAG11(0,68%), GGRC11(0,75%), MXRF11(0,68%), KNCR11(0,48%), HGRE11(0,37%), VISC11(0,46%), HFOF11(0,54%) eHGBS11(0,48%). Levando em consideração meu preço médio, o rendimento da carteira continua excelente. Em função do pânico no mercado de capitais, a projeção do rendimento para os próximos meses tende aumentar. E, conforme exposto no mês anterior, abri posição no fundo HFOF11. De maneira geral, o rendimento da carteira permanece excelente, sendo reforçado com o pagamento de dividendos e JCP de ITUB3,BBSE3, EZTC3 e PETR3 (os rendimentos mais expressivos foram de Petrobras-PETR3eBB Seguridade–BBSE3).
Com o rendimento da própria carteira, somado ao capital que me prontifico separar para investir mensalmente, comprei mais ações (ou cotas) de ITUB3 e HFOF11. O maior aporte foi para HFOF11 – como gostei do fundo, preferi reforçar a posição nele.
“No final do mês, a Receita Federal liberou o software para preenchimento e entrega da Declaração de IR. Fiquem atentos com alguns fundos. Recebi, por e-mail, o informe de rendimentos do fundo GGRC1 (escriturador VORTX). O mesmo ocorreu com o fundo VISC11 (escriturador BRL Trust) – ponto positivo para BRL Trust que protegeu o acesso ao pdf com senha (os 4 primeiros números do CPF). Finalmente, está surgindo uma iniciativa para facilitar o acesso aos informes. Tanto o Itaú quanto a BTG Pactual também ofereceram opções de acesso eletrônico aos informes.“
Confiram a distribuição dos ativos, segundo o portal CEI (NÃO inclui o Fundo DI):
A composição atual ficou assim (gráfico do IrpfBolsa):
“Vale lembrar que o gráfico acima representa uma distribuição baseada no custo de aquisição, não no valor de mercado“
Quanto aos trades…
Como iniciei o ano levando uma “surra” do mercado (operando mini índice), resolvi puxar o freio de mão e rever alguns procedimentos!
Faz algum tempo que não compartilho muita informação sobre o assunto e nem atualizações do robô APFTrend porque decidi focar na otimização do projeto visando maior segurança nas operações, bem como resultados mais consistentes. Portanto, sejam pacientes… Em breve compartilharei mais detalhes sobre esta empreitada.
Por outro lado, como holder, o resultado permanece surpreendente! 😉
No final do mês de fevereiro, os principais ativos do mercado de capitais foram castigados pelo movimento de pânico atual. Logo, o índice Ibov apresentou uma queda bastante expressiva – queda de 7%, na quarta feira, após o feriado de Carnaval.
De maneira geral, apesar do momento amargo para o mercado, continuo bastante satisfeito com o resultado da carteira. O rendimento da carteira, no mês de fevereiro, foi excelente e, de acordo com os valores provisionados pelo portal do CEI, o mês de março promete surpreender muito mais (esta é uma das vantagens do posicionamento como Holder).
Resumindo: momentos de pânico abrem uma janela de oportunidade rara para reforçar as posições comprando ativos DE QUALIDADE em promoção.
“O objetivo aqui é meramente didático. Algumas estratégias (mais especulativas que comento) envolvem risco elevado, com potencial de ganho expressivo ou, em alguns casos, prejuízos imediatos. Então, estude sempre, consulte diferentes fontes de informação e tire suas próprias conclusões – a única recomendação que faço é: não façam trades na fase inicial (a tolerância aos erros será pequena)!“
Estou apenas demonstrando opções de investimentos e o potencial de crescimento, isto não é recomendação de investimento!
Será que o momento atual de pânico no mercado de capitais é tão assustador quanto parece? Na minha opinião, abre uma janela de oportunidade rara.
Resolvi compartilhar minha visão sobre o assunto…
Neste momento de pânico, inúmeros geradores de conteúdo também compartilharam sua visão. Por acaso, resolvi assistir um vídeo do canal Economista Sincero e achei que vale a pena compartilhar.
Sei que o momento é de pânico, mas procurem manter a calma.
Desejo uma ótima semana para todos e bons investimentos!
Ao organizar seus alfarrábios, meu pai encontrou um texto que escreveu, há algum tempo, ao ser instigado por um amigo. Decidi compartilhá-lo:
As FFAA e o Estado
A Nação resulta do processo de identificação do “nós”, naquilo que temos em comum (língua, usos, costumes, crenças, valores etc), enquanto o Estado, visto objetivamente, é a Nação politicamente organizada em um espaço físico, segundo princípios e normas legais.
Desde as épocas mais remotas, até mesmo alguns animais montavam suas “forças de defesa” para garantir a preservação do grupo. Não tinham território fixo, mas tinham uma necessidade comum – a sobrevivência.
Com o homem, o processo guarda semelhança. Entretanto, pela identificação do “nós” (do que tinham em comum), os grupos cresceram, gerando as Nações que, ao sedentarizarem, dividiram tarefas, criaram riquezas e despertaram a cobiça dos outros.
Para defesa daquelas sociedades e suas riquezas, nasceram os exércitos.
Permito-me aqui uma pequena digressão.
– Por falta de um exército bem organizado, aparelhado e treinado, o Egito foi ocupado por séculos, pelos “hicsos” (semitas oriundos das planícies árabes).
– A ideia da nação é tão substanciosa que, durante a visita do rei da Espanha ao Brasil, a apresentação oficial foi: Juan Carlos de (segue-se uma sequência de sobrenomes), Rei da Espanha e príncipe de Astúrias. Convém lembrar que Astúrias é uma região do norte da Espanha, cuja resistência ao domínio mouro vivifica e condensa o espírito daquela nação que luta e não se entrega, por quase sete séculos, preservando suas crenças e seus valores.
– No caso do Brasil, vale lembrar que o embrião do Exército Nacional surge na luta contra invasores estrangeiros – paralelamente com a formação da nacionalidade brasileira – ainda que sob o domínio do “Estado Português”. Aquele “exército” foi o cadinho onde se formou a “Nação Brasileira” (mescla do negro, do índio e do branco) lutando algumas vezes na contramão dos interesses lusos.
Retomemos o assunto afirmando que, pela evolução social e divisão de tarefas, aquelas sociedades se estratificam, despertando as paixões internas (a cobiça, a intriga, o ódio, a mentira, os interesses conflitantes etc)
Fez-se necessário organizar a conduta dos homens e grupos.
Segundo Espinosa, “O Estado não é resultado da ação racional dos homens, mas do choque de suas paixões. Sozinhos, os homens não podem sobreviver. Ao se unirem e formarem o Estado, simplesmente trocam seus medos e esperanças individuais por um medo e uma esperança comunitária.“
O Estado é, de fato, a nação politicamente organizada sobre um território na busca da preservação e desenvolvimento da sociedade nacional, de suas riquezas e seus valores.
Para Augusto Comte, “Qualquer sistema de sociedade, derivado de um punhado de homens ou vários milhões, tem por objetivo definitivo dirigir para um fim geral de atividade todas as forças particulares. De fato não há sociedade senão onde se exerce uma ação geral e combinada. Em qualquer outra hipótese, há somente aglomeração de certo número de indivíduos sobre o mesmo solo. Esse é o traço que distingue sociedade humana daquela dos outros animais que vivem em grupos.“
Pela mobilização do *Poder Nacional*, usa-se a *Política* como um instrumento de formulação dos *Objetivos Nacionais* e a *Estratégia* como um meio de consecução daqueles objetivos no atendimento do interesse social.
O Estado, visto como organizador social, é um “ente ideal” que se expressa na Constituição e age através do Governo – “ente real” – que, por sua vez, se manifesta (na concepção de Montesquieu) pelos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, atuando de forma harmônica e independente.
Significa dizer que o Estado é o elo entre dois entes reais – a Nação (a quem resguarda) e o Governo (a quem limita o poder, como forma de impedir a tirania).
Visto como pessoa jurídica, o Estado é real e assume (por ser perene) as responsabilidades legais pelos danos, mandos e desmandos do Governo (entendido como seus membros) que, por ser transitório, facilmente encontra forma de furtar-se às responsabilidades que lhe cabem. Mas quem paga a conta é a Nação (o contribuinte).
Por tais considerações, a dupla nacionalidade é mais uma hipocrisia das sociedades modernas, além de aberração jurídica.
Lamentavelmente, tais figuras híbridas povoam o Governo até mesmo nos mais altos escalões.
Os membros do Executivo e Legislativo, embora eleitos pela vontade do povo (ou pela sua manipulação) através do voto, trazem consigo ideologias e interesses pessoais ou de grupos – desconhecidos pela maioria dos cidadãos comuns – e refletem, muitas vezes, apenas as paixões humanas em detrimento das demandas e interesses nacionais.
Não podemos esquecer que:
– O Governo existe para servir ao Estado, e este, para preservar e desenvolver a Nação;
– O Estado é perene enquanto o Governo é transitório. Logo, não se confundem;
– A subordinação das Forças Armadas ao Executivo é administrativa, posto que a Constituição de 1988 permite aos outros poderes a convocação das Forças Armadas na garantia do Estado e as define como Instituições Nacionais Permanentes;
– As FFAA devem confrontar o Governo que se sobreponha à Nação, afastando todo aquele que impeça a realização dos sonhos e do desenvolvimento social, desde que atuem sem vinculação político-partidária, preservem a estrutura do Estado e nele não se instalem. Tal ação deve se embasar num racionalismo espinosano (o conhecimento pela busca da causa), sob pena de que os desencontros e as escaramuças, próprios da vida político-partidária, levem as FFAA a cruzarem o Paranoá arrotando “Alea jacta est” (a sorte está lançada). Não se pode esquecer que a mão interesseira que afaga hoje é a mesma que apedreja amanhã (experiência histórica), pois os interesses políticos são normalmente efêmeros, circunstanciais e volúveis.
Donde se conclui que os militares são instrumentos da Nação, a serviço do Estado e administrados pelo Governo (Executivo).
Quanto as bases que sustem a instituição não há discussão – Disciplina e Hierarquia.
A lealdade e a obediência são aspectos da disciplina, quando voltadas para Instituição, sua hierarquia e seus valores, desprezando-se o caráter pessoal. A lealdade quando pessoal é, antes de tudo, submissão e, quando institucional, a face mais polida da disciplina intelectual.
Mais um ativo da carteira que continua trazendo bons frutos…
Segundo a ADVFN, “A BB Seguridade (BBSE3) teve lucro ajustado de R$ 1,133 bilhão no quarto trimestre, uma alta de 34,9% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Em relação ao terceiro trimestre, houve crescimento de 4,8%. Os dados foram divulgados na manhã desta segunda, 10. “
Conforme exposto nos resultados mensais, BBSE3 é um dos ativos que mantenho em carteira com visão de longo prazo.