Black Friday: Compra consciente x oportunidade

Nas últimas semanas de Black Friday, ofertas tentadoras podem causar grande inquietação nos consumidores. Não é para menos, inúmeras ofertas extremamente tentadoras saltarão aos nosso olhos (risos). Mas, pode ser uma oportunidade rara e favorável se soubermos explorá-las de forma consciente. Apenas evitem sair comprando aleatoriamente.

Algumas ofertas começaram poucas semanas antes.
Também tirei proveito do momento, mas não foi uma escolha aleatória…

No início deste mês (por exemplo), o celular da minha mãe começou apresentar diferentes problemas. Não é de espantar, ela está com este aparelho faz aproximadamente 4 anos. Como o aniversário dela está próximo, combinei com minha irmã a compra de outro novo para presenteá-la. Logo, por que não tirar proveito desta “oportunidade rara”? Basta fazer uma escolha consciente e, de preferência, através de um portal de um grupo forte, grande e bem conhecido – não estou disposto em fazer grandes malabarismos na tentativa de fugir de possíveis golpes.

Baseado no tipo de utilização dos recursos do celular e perfil, encontramos um modelo com especificação de hardware muito acima de sua necessidade, mas com um preço completamente acessível. Não costumo incluir ofertas, nos artigos que escrevo, justamente porque o intuito principal é desestimular o consumismo. No entanto, desta vez, resolvi compartilhar uma oferta (do celular que comprei) para demonstrar o impacto de cada escolha e por entender que se trata de uma excelente relação custo x benefício. Não é uma recomendação de compra.

Você pode imaginar: “certeza, ele comprou um iPhone com diferença de aproximadamente R$ 1.000” (risos). Será?

Ledo engano. Seria um gasto desnecessário e desproporcional ao perfil da minha mãe. Até encontrei uma oferta com esta característica, porém, conhecendo bem o perfil dela, é óbvio que seria possível encontrar um excelente equipamento com PREÇO FINAL ABAIXO DA DIFERENÇA exemplificada. Isto se chama consumo inteligente. Tenho certeza que ela ficará muito satisfeita com um celular Octa-core, com 2Gb de RAM, 16Gb de memória interna, tela de 5.5”, câmera de 13MP e uma bateria de 3300 mAh. Pois é, estou falando de um Samsung Galaxy J7 que está custando R$ 620,10.

Já encomendei…


http://compre.vc/v2/3227c72ab19
http://compre.vc/v2/3224d5fa298

Para quem estiver interessado em acompanhar ofertas de anunciantes confiáveis:
https://blackfriday.compre.vc/?sourceId=35885144

Espero que minha mãe fique feliz com a “surpresa” (risos), e que esta dica possa ser útil para outras pessoas. Desejo um ótimo final de semana a todos!

É melhor alugar o nosso imóvel diretamente ou por imobiliária?

É incrível a polêmica que uma simples questão, como esta, é capaz de gerar. Durante a semana, colegas de trabalho começaram uma discussão sobre o assunto (para variar) – é interessante constatar o que realmente motiva a visão de cada um. Na maioria das vezes, percebemos que os argumentos são muito mais em defesa de escolhas já executadas, do que um critério frio e racional. Em relação ao tema, já vivenciei as duas situações. Novamente, não existe uma verdade única, mas é possível ponderar sobre algumas variáveis ou situações que tornam uma escolha mais favorável (ou flexível) que outra. Não é uma questão de certo ou errado.

Na postagem anterior, comentei sobre a ajuda que prestei à minha namorada para localizar um novo imóvel. Como esperado, na maioria das vezes, os imóveis eram anunciados por meio de uma imobiliária. A flexibilidade de negociação, neste caso, é muito engessada (muito mais do que os proprietários imaginam). Na maioria das vezes, exigiam fiador (em alguns casos, mais de um) ou seguro fiança (muito caro). De maneira geral, a flexibilidade de negociação foi mínima.

Confiram algumas ponderações interessantes sobre as diferenças:
https://www.creditooudebito.com.br/alugar-direto-via-imobiliaria/

O que surpreendeu foi ter encontrado vários apartamentos há mais de 2 anos sem alugar e, mesmo assim, a imobiliária não cedia em nada. O descaso era evidente. Será que os proprietários faziam ideia do interesse de locação? Duvido muito. Trata-se de uma relação comercial que, fatalmente, será influenciada pelo interesse da imobiliária. Então, como garantir que não exista conflito de interesse, se o lucro da imobiliária faz parte do negócio? Algumas vezes, na tentativa de flexibilizar a negociação, pedi que uma proposta fosse levada até o proprietário (que é o “maior interessado”). O “curioso” foi que não obtivemos respostas em NENHUMA DAS TENTATIVAS. Seguimos em frente. Durante algumas semanas, mapeamos condomínios de nosso interesse e, em seguida, perguntávamos ao porteiro (ou síndico) se existia algum imóvel disponível e que pudesse ser tratado diretamente com o proprietário. Vejam só… assim que encontramos um imóvel com a relação custo x benefício justa, fechamos negócio na PRIMEIRA TENTATIVA. Bem diferente, não? Não é uma questão de opinião, estou relatando um fato concreto.

No meu entendimento, a principal razão que motiva o proprietário alugar seu imóvel por meio de uma imobiliária é a comodidade em questão, transferindo a responsabilidade de administração e locação. Não deixa de ser justo. Porém, algumas pessoas comparam com a contratação de um seguro.  Não é uma comparação legítima. O seguro é uma garantia sobre o valor do bem. A imobiliária, de acordo com o art. 667 do Código Civil, fica obrigada a indenizar por quaisquer prejuízos advindos de uma conduta culposa (por parte da imobiliária). É bem diferente de uma seguradora, até porque comprovar a conduta culposa pode se tornar um belo desafio.

Sendo assim, não é de espantar que exista um mito de que pela imobiliária a preservação do imóvel será maior. Esta visão é muito relativa. Conheço proprietários que gostam de conversar com o possível inquilino para ter uma “ideia melhor” do perfil (faixa de idade, emprego, interesse no imóvel, número de filhos e etc). Logo, sendo seu o imóvel, alugar (ou não) é uma decisão sua. Já constatei, pessoalmente, um caso em que uma inquilina, ao conversar com o proprietário, afirmou que faria reformas no imóvel na primeira oportunidade. Muito simples, o proprietário recusou o aluguel (risos). A imobiliária dificilmente será tão criteriosa, basta o inquilino satisfazer a burocracia exigida ($$$).

Não importa qual a escolha, para maior segurança (tanto do proprietário como do inquilino), um contrato deve ser firmado entre ambas as partes – é possível consultar um advogado para auxiliar na elaboração do primeiro contrato, que servirá como modelo para os próximos (é simples). Também é recomendado assinar um termo de vistoria, comprovando em quais condições o inquino recebeu o imóvel (tudo previsto no contrato de locação). Em alguns casos, para ampliar as garantias, o inquilino pode oferecer uma carta de fiança do Sindicato – no caso de agentes da PF, por exemplo. pode ser feito pelo SINPEF.

Mesmo que o aluguel seja negociado diretamente com o proprietário, todas as questões contratuais serão tratadas normalmente. A vantagem é a flexibilidade de negociação, podendo inclusive rever algumas cláusulas contratuais.

Agora entendo porque o Bastter é tão famoso por suas voadoras. Algumas pessoas utilizam argumentos tão esdrúxulos, sem o mínimo conhecimento de causa. Ontem, me disseram que não vale a pena alugar um imóvel pelo risco usucapião. Se isto fosse possível (mesmo que minimamente), ninguém seria louco de colocar seu imóvel para alugar (com ou sem imobiliária). Imaginem como seria para os fundos imobiliários lidar com isto (risos) – até as empresas brigariam pelo direito usucapião. Vejam a colocação feita no portal jus.com.br (é fácil encontrar outras referências).

O principal requisito para sua configuração, além do tempo, é de ordem subjetiva: é o chamado “animus domini”, que configura a posse “ad usucapionem”. Ou seja, a pessoa deve se comportar em relação ao bem como se fosse seu dono.

Quando existe um contrato de locação, existem duas posses: a posse indireta (detida pelo proprietário/locador) e a posse direta (detida pelo locatário). Nesse caso, o locatário não possui o bem com intenção de dono, pois a relação jurídica que existe entre ela e o locador/dono obriga que o bem seja restituído a esse último após um determinado tempo (ainda que a locação subsista por mais 30 anos).

Tenho consciência que não é uma decisão muito simples.
Não existe uma verdade única. Trata-se de mais uma questão bastante relativa.

Inúmeros fatores influenciarão na escolha, incluindo aspectos pessoais.

Na minha opinião, a comodidade do aluguel via imobiliária será indiscutível se o proprietário desejar alugar um imóvel presente em outra cidade, pois a nossa disponibilidade de tempo e deslocamento para tratar uma negociação (ou imprevistos) será muito menor. Afetará até na qualidade de vida.

Por outro lado, com imóvel na mesma cidade, existem proprietários que colocam o imóvel para alugar diretamente e sem placa de indicação, avisando apenas o porteiro e síndico. Não é tão raro. De certa forma, acaba sendo um nível de “filtragem” adicional. Ahhhh, mas ninguém faz isto! Adoro este tipo de afirmação (risos). Se fosse para escrever o que todo mundo já faz com “grande eficiência” (questionável), a existência deste blog não faria sentido algum. Aliás, o engraçado é que foi exatamente nesta condição que minha namorada encontrou um imóvel para alugar.

Procure estudar sobre educação financeira, investimentos e deixe de seguir o *movimento de manada*. Quanto mais simples for o seu planejamento financeiro, melhores serão os resultados. A mudança tem que partir de nós mesmos.

É MUITO simples, se você almeja resultados diferentes, pare de “fazer tudo igual”! 😉

Comprar a casa própria ou viver de aluguel?

Discutir educação financeira tende ser uma tarefa bastante árdua e desafiadora (risos). É preciso romper uma barreira cultural ou de tradições passadas entre diferentes gerações. Quando o tema é “comprar uma casa ou viver de aluguel“, cada um tem uma convicção forte e difícil de ser questionada. Não existe uma resposta única ou ideal. Não é a primeira vez que escrevo sobre o assunto e evito discutir, mas percebo que parte da população não conhece tão bem (ou despreza) as variáveis que estão em jogo. Entendo que a escolha é relativa, no entanto existem fatores econômicos e pessoais que devemos ponderar antes de tomar qualquer decisão.

Trata-se de um tema naturalmente polêmico, complexo e delicado. Até mesmo para produzir este conteúdo, selecionando os principais vídeos (sem abrir espaço para grandes emoções) e ponderando sobre diferentes variáveis, precisei de uma dedicação especial durante a semana. Acredito que foi possível levantar aspectos bem interessantes.

Quando expomos alguns fatores econômicos, mostrando valores, é comum ver pessoas torcendo o nariz, alegando ser algo reprovável por grande parte da população e, muitas vezes, distante da realidade financeira. Ironicamente, é aí que reside o primeiro “equívoco” e ponto de grande polêmica, pois o objetivo da educação financeira visa justamente romper tais barreiras, permitindo a preservação do patrimônio, bem como uma evolução financeira “gradativa e sólida“. Ou seja, são decisões de longo prazo (não significa que seja fácil). O maior problema é que, sem perceber, boa parte da população faz escolhas com visão de curto prazo, o que impede visualizar alternativas mais interessantes e favoráveis no decorrer da vida. Aceite, na maioria das vezes, a evolução financeira é gradativa e o tempo será sempre o seu melhor amigo (cuide bem dele).

Se você acredita piamente que nada disto é real ou não faz sentido, então deve acreditar também que uma pessoa, ao nascer pobre, está fadada a podreza para o resto da vida – o que não é verdade (exemplos não faltam)“.

Chega ser curioso observar o conflito de argumentos. Muitos tentam reforçar suas teses apelando para atitude coletiva e comum, mesmo concordando que a grande parle da população tem dificuldade para mudar o padrão de vida. Seja qual for a razão, isto por si só é bastante contraditório.

Felizmente, a Internet vem mudando este cenário, tornando acessível o conteúdo sobre educação financeira.

Quanto a aquisição da casa própria, existe uma infinidade de possibilidades e razões para a escolha, mas será que realmente sabemos trabalhar o tempo e o dinheiro da melhor maneira possível e a nosso favor? Já adianto que considero fundamental a aquisição da casa própria, apenas não posso negar que algumas condutas influenciarão tanto no sucesso da negociação como na qualidade de vida no futuro. O maior desafio é identificar QUANDO E COMO COMPRAR A CASA. É evidente que existem casos extraordinários que pedem ação imediata para solucionar uma “situação emergencial” – normalmente, quando o tempo não está mais a nosso favor ou a “necessidade falar mais alto”. Não existe uma verdade única.

O objetivo NÃO é conduzir ninguém para uma escolha fixa e única, atém-se apenas em mostrar diferentes perspectivas. Para quem estiver indeciso e avaliando cada situação, vale a pena refletir um pouco mais. Infelizmente, ao ignorar tudo isto, alguns perceberão o peso real de suas escolhas muito tempo depois e com menos opções disponíveis! A vida é assim, colheremos o que plantamos (justo).

Compartilharei a opinião de vários especialistas e blogueiros que atuam neste meio há muitos anos (são nomes com trabalhos bem conhecidos), não é meramente uma questão de opinião pessoal. Para melhor compreensão e reflexão, separei em dois blocos – alguns pontos de vista são até questionáveis, mas, em todos, existe fundamentação baseada em educação financeira.

1. Como minha visão é bastante alinhada com a do André Bona, começarei compartilhando a opinião dele.




Dependendo da fase da vida, o peso dado para determinadas escolhas será diferente.

Existem MUITAS variáveis. Viver de aluguel tende ser mais vantajoso de acordo com o tempo de permanência no imóvel, estágio profissional (principalmente no início), objetivo de vida (como foco nos estudos) ou condição familiar (com parentes na mesma cidade ou considerando a renda familiar), por exemplo. Algumas questões pessoais certamente influenciarão. De maneira geral, o número de variáveis e possibilidades costuma ser muito maior do que aparenta inicialmente.

Não acredita? Buscando melhor perspectiva de vida, minha namorada deixou o interior de MS e dividiu o aluguel de um apartamento entre três amigas. Por mais de dois anos, elas dividiram o aluguel de um imóvel grande, relativamente novo, bem localizado e com o valor absurdamente INFERIOR ao padrão da região (foi um achado; praticamente uma “barata branca”). Nos conhecemos poucos anos depois. Sem sombra de dúvidas, nenhuma delas teria condições de negociar a compra de um apartamento daquele padrão; muito menos naquela fase.

No exemplo anterior, será que o dinheiro pago no aluguel foi jogado fora? Claro que não. Valeu cada centavo. Foi o custo de um padrão de vida relativamente confortável, seguro e economicamente viável (uma vez que puderam dividir tranquilamente). Ainda que seja uma oportunidade rara, jamais estará disponível a você se todos os esforços estiverem concentrados apenas na aquisição da casa própria. Em um primeiro momento, pouquíssimas pessoas acreditariam que uma oportunidade assim seria possível.

Nem tudo são flores… No caso de minha namorada, após alguns anos, suas amigas tomaram rumos diferentes e o proprietário percebeu a insanidade que cometeu e pediu um reajuste insano também (risos). Ela deixou o apartamento, e ajudei na escolha de outro imóvel. Reconheço que, ao ser pego de surpresa, a experiência é desagradável e estressante. Achar outra “barata branca” às pressas é raro (quase impossível).

Em aproximadamente 8 anos, ela passou por duas mudanças. Na última, encontramos um imóvel menor, em condomínio fechado, bastante agradável e com excelente localização – próximo do centro da cidade (com fácil acesso), farmácias e a poucos metros de uma rede atacadista. Foi outro tiro certeiro (vale cada centavo). E o mais importante: “totalmente compatível com a nossa realidade financeira“.

Inicialmente, a ideia de comprar um imóvel com tais características pode ser até tentadora. Porém, o custo de aquisição, nestas condições, é bastante salgado, podendo ser facilmente desproporcional a qualidade do imóvel propriamente (você acaba pagando um “belo” adicional pela localização). O maior problema, no nosso caso, é que não desejamos morar por décadas seguidas neste imóvel e também NÃO entendemos que seja o patrimônio que almejamos no futuro. Novamente, optamos em pagar pela qualidade de vida que a localização oferece; também não faz sentido elevar o custo de vida por um patrimônio que NÃO almejamos. Entrar em um financiamento agora? Nem pensar.

Para fazer escolhas de impacto financeiro e pessoal de longo prazo, não seria mais lógico evitar projeções com base imediatista? Como diz o ditado: “O apressado como cru“. Então, por que escolher um imóvel de qualidade questionável (proporcional ao poder aquisitivo “do momento”), olhando para a renda atual, desprezando a capacidade de evolução profissional e financeira neste mesmo intervalo de tempo? No curto prazo, tudo parece óbvio, bem definido e com limites fixos (não são), por exemplo. Não é bem assim.

Neste intervalo de tempo, muita coisa pode acontecer…

– Há muitos anos atrás, no início da carreira, meu pai acreditou que seria melhor construir uma casa no interior de MG. Naquele momento, além de viável, parecia uma decisão acertada. Ele dedicou tempo e dinheiro neste projeto – uma forma de “garantir” conforto e segurança no futuro. Mas, o rumo foi outro. O que de pior poderia acontecer, não é? A região sofreu com uma enchente severa e a casa ficou coberta pela água (era possível ver apenas o telhado). Após uma reforma essencial, o jeito foi vender. E, fora os passeios de férias, nunca mais voltamos para a cidade.

– Recentemente, minha prima precisou mudar de cidade porque trabalhava em uma filial que encerrou sua atividade na região. Na prática, não sobrou muita alternativa. A decisão ficou entre procurar um novo emprego onde morava, ou mudar para SP. Ou seja, independente da renda, não existiam “opções” (risos). Fora a insegurança da mudança, não havia impedimento ou negócios pendentes (como um imóvel para ser negociado às pressas, por exemplo) – assim o impacto da decisão foi minimizado.

– Fuja de crenças limitantes. Com foco, esforço e dedicação, em menos de 10 anos, sua realidade pode sofrer grandes mudanças. Aliás, conheço um Analista de Sistemas que, em seu “primeiro emprego”, recebia praticamente uma renda de estagiário. Mesmo recebendo pouco, ele persistiu. Ao longo de 6 anos, ele passou por várias correções espontâneas que elevaram sua renda em aproximadamente 5 vezes o valor inicial, isto sem incluir as fontes de renda alternativa com o passar do tempo. Pois é, era algo inimaginável inicialmente.

Será que escolhas tão impactantes no início da carreira, tomando como base a renda inicial, não se tornariam incoerentes ao longo dos anos? Você corre risco de aceitar uma condição de negociação que jamais aceitaria poucos anos depois, mas lhe pareceu a melhor ou a única possível naquele momento.

O comentário sobre reajuste ou correção salarial foi necessário para evitar o bloqueio mental nos próximos vídeos, em função dos valores exemplificados. O segredo não está em quanto você ganha, mas o que você faz com o dinheiro em cada fase da vida!

O importante não são os valores em dinheiro, e sim nossa conduta. A base da educação financeira é muito mais comportamental, mostrando o benefício progressivo de simples mudanças de hábito. Somente desta maneira, quando investimos primeiramente em nós mesmos, o padrão vida tende elevar, mantendo hábitos “saudáveis” e adaptando nossa “movimentação financeira” (ampliará naturalmente).

Se você cultivar o hábito de poupar e investir, uma renda maior permitirá aportes cada vez maiores, diminuindo o tempo necessário para conquistar a liberdade financeira. Por outro lado, se você cultivar o hábito de adquirir bens fazendo empréstimo atrás de empréstimo, a tendência é que, com uma renda superior, seus empréstimos sejam cada vez maiores por entender que é capaz de conquistar bens de padrão superior (vivendo de ilusão, enquanto suportar).

2. Confiram a opinião dos demais especialistas e blogueiros:





Parece muito distante de sua realidade? Não sobraram muitas opções?

Muita calma nesta hora! 😉

Inicialmente, pode parecer que os exemplos reflitam apenas a realidade de pessoas ricas. Aliás, é outro pensamento um tanto questionável, ainda mais se levarmos em consideração que uma pessoa realmente rica é capaz de fazer a escolha que julgar mais interessante (ou vantajosa) a qualquer momento e sem mudar sua realidade financeira (isto inclui a possibilidade executar as duas opções simultaneamente). Esta questão praticamente não existe entre pessoas ricas.

Algumas condutas, preservadas ao longo dos anos, tendem mudar nosso padrão de vida, preservando nossas conquistas e viabilizando o que parecia distante alguns anos antes. É sobre isto que a educação financeira trata.

Existem alternativas de baixíssimo custo para aquisição da casa própria, como programas do Governo Federal. Tudo bem. Talvez pareça a melhor ou única opção VIÁVEL HOJE, mas será um compromisso de algumas décadas para adquirir um passivo de muitas cifras e, neste caso (pelas características envolvidas), o potencial de valorização costuma ser baixo.

E qual é flexibilidade de um imóvel adquirido via programa habitacional?

Existe urgência? O tempo não é mais o seu aliado? Considera justo estabelecer o potencial financeiro de quase uma vida inteira baseado no poder aquisitivo do momento? Só você poderá responder. Reflita sobre o assunto.

Resumindo: “A previsibilidade do futuro é muito limitada. Não faz o menor sentido tomar decisões de longo prazo precipitadamente. Tome cuidado com ARGUMENTOS sobre realidade financeira. A nossa realidade não é estática e, dependendo de algumas escolhas, pode variar para melhor ou pior. O segredo está na sabedoria de identificar o melhor momento possível para uma posição tão importante e impactante.

Na medida em que nossos recursos financeiros aumentam, entendo que é interessante planejar a aquisição da casa própria sim. Existe uma infinidade de possibilidades. Seja como for, em determinado momento da vida, desejamos maior tranquilidade e não é muito agradável ficar a mercê do proprietário.

Apenas evite tomar decisões precipitadas.