Estratégia de investimento: conquista do primeiro objetivo

Uma pessoa disciplinada é capaz de alcançar este objetivo antes do que imagina, principalmente se mantiver o hábito de reaplicar. Acredite, não é uma realidade tão distante. E se for “jovem”, com poucos compromissos ou responsabilidades, aproveite o momento e faça os maiores aportes que puder (no futuro, dificilmente terá a mesma oportunidade).

Mas, para que todo este esforço faça algum sentido, é preciso ser capaz de manter o patrimônio em crescimento. Há limites e momento certo para consumir parte do dinheiro.

Alcançado o primeiro objetivo, possibilidades mais promissoras surgirão. Não desperdice a chance. A estratégia visa tanto ao enriquecimento quanto a conquista da liberdade financeira. Apesar de parecer um montante mais imponente, ainda há um longo caminho para percorrer. Não permita que o impulso consumista fale mais alto. Portanto, ainda não é hora de pensar no carro 0 km dos sonhos – carro não é investimento, é despesa.

Apesar da afirmação parecer um tanto relativa, procure usar o “bom senso”.

Entenda e aceite que a aquisição de “bens de consumo” deve ser compatível com o “patrimônio acumulado. Ou seja, ela não pode comprometer uma parte muito significativa, sem que haja uma forte razão. Não basta caber no orçamento. Do contrário, a tendência é que tanto o poder aquisitivo quanto o patrimônio diminuam, não permitindo a evolução financeira. O que buscamos é a conquista de uma renda passiva, bem como a formação de um patrimônio com valor agregado.

É a evolução do patrimônio e reserva financeira que dita o poder aquisitivo – não basta ter dinheiro. Uma “pessoa realmente rica” não deixa de ser rica por ter comprado um Audi esportivo.

Mesmo que o seu objetivo final não seja o enriquecimento financeiro, acredito que o sonho de todo trabalhador seja conquistar um padrão de vida que ofereça maior tranquilidade e conforto. E, para viabilizar isto, a recomendação tem sido construir uma reserva financeira que corresponda a, pelo menos, 6 meses de salário (2 anos é o ideal). É praticamente uma margem de segurança.

Com R$ 50.000 disponível, investir em fundos de baixo risco, como o Referenciado LP DI, passa a ser uma possibilidade bastante interessante. Ainda assim, não se prenda apenas a rentabilidade. Avalie o custo do aporte inicial, taxa de administração, taxa come-cotas e o histórico de rendimento.

Vejamos algumas possibilidades, por exemplo:
http://www37.bb.com.br/portalbb/tabelaRentabilidade/rentabilidade/gfi7,802,9085,9089,10.bbx?tipo=2&nivel=1000
https://www.itau.com.br/investimentos-previdencia/fundos/rentabilidade/

Vale lembrar que não estou fazendo recomendação de investimento, corretora ou banco. Apesar de citar algumas vezes, meu objetivo se atém em mostrar possibilidades e demonstrar uma sequência lógica que facilite no entendimento. A escolha final é pessoal.”

Concluído o primeiro objetivo, é possível raciocinar com a manutenção de um bom investimento por longos anos ou, quem sabe, uma vida inteira. Mas, a essência da estratégia deverá permanecer, mantendo frequente os aportes mensais e dispondo de algum valor na Poupança para não abrir mão da flexibilidade (liquidez).

Com isto, podemos atualizar o próximo objetivo para R$ 100.000. Mas, não assuste. Esteja certo de que o primeiro foi o mais desafiador. A boa notícia é que o esforço necessário para os próximos R$ 50.000 será menor, pois o benefício dos juros compostos será mais intenso (não estamos mais partindo do zero). E vai melhorar ainda mais a cada ano.

Jamais perca o hábito de poupar e (re)investir. Este processo será mantido por toda vida. Conforme, o patrimônio evoluir começaremos a usufruir com mais qualidade e tranquilidade. Seja paciente.

Alguns investidores adotam um perfil muito conservador e não aceitam elevar sua margem de risco. Se este for o seu caso, mantenha o foco em investimentos de renda fixa ou fundos de investimentos de baixo risco. Por outro lado, não existe uma regra que determine o momento certo para adotar um perfil moderado ou arrojado.

Até algum tempo atrás, eu era muito reticente com investimentos mais arriscados, como o Mercado de Ações. Hoje, vejo que – com muito estudo e dedicação – é possível tirar proveito destes investimentos. Minha recomendação é: estude muito, comece aos poucos e não subestime os riscos. E, ao optar por investimentos de renda variável, aceite que pequenas e limitadas perdas farão parte de sua trajetória (principalmente entre traders). O importante é que os ganhos superem as perdas.

Mas… aceitar um risco maior, não significa ser imprudente.

Tenho visto recomendações de investimento envolvendo riscos desnecessários e difícil de mensurar. O bitcoin, por exemplo, apresenta vantagens interessantes, como facilidade de movimentação (em transações), mas é muito arriscado para ser visto como alternativa de investimento.

O número de admiradores do bitcoin vem crescendo de forma espantosa e muitas pessoas estão visualizando como excelente oportunidade de investimentoé um grande erro. O bitcoin é uma criptomoeda, com pequena aceitação e vem tentando ganhar espaço nas negociações pela Internet – o que é bom. Mas, infelizmente, tem se mostrado uma moeda bastante especulativa. A volatilidade é muito agressiva. É possível conferir diferença superior a R$ 100 no “intervalo de uma semana”. Não há como falar em investimento sólido e seguro com estas características. NÃO recomendo como investimento.

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