Hoje cedo, ao verificar “Eventos em Dinheiro Provisionado” (do portal CEI), fiquei surpreso com o saldo provisionado para este mês, pois foi expressivamente superior ao de meses anteriores. Quem surpreendeu foi a EZTEC – não tinha lido o fato relevante sobre o pagamento de dividendos até então.
Contanto com uma conta de reservas de lucros “privilegiada” (pelo que entendi, com aproximadamente um bilhão em caixa), a EZTEC decidiu distribuir generosos dividendos. A empresa pagará R$ 2,67 por ação – um belo presente de Natal! 😉
Como continuo bastante satisfeito com os resultados da empresa, que vem demonstrando grande eficiência, aproveitarei para reforçar minha posição.
Separei alguns vídeos interessantes que tratam os principais conceitos por trás do Mercado de Capitais. Por mais que você conheça ou domine o assunto, recomendo assistir os vídeos – sempre existe um detalhe que desconhecemos ou não recordamos mais. Para quem está começando, o conteúdo é rico em informações, bastante didático e, certamente, vale a apena separar alguns minutinhos.
Os conceitos que serão apresentados, a seguir, são fundamentais para que o investidor compreenda realmente este mercado, conhecendo as regras e ferramentas disponíveis, sem criar a ilusão de lucro rápido e fácil. Infelizmente, boa parte dos investidores (já fiz parte) entram na Bolsa de Valores, pela primeira vez, sem saber de fato como funciona o Mercado de Capitais.
Errar é humano. Mas, pode ser mais inteligente aprender com o erro dos outros! 😉 Antes de entrar na Bolsa de Valores, entenda o que de fato ela é e para que serve!
O primeiro vídeo trata sobre o Mercado de Capitais como um todo e explica detalhadamente o que são ações, tipos disponíveis (ordinárias ou preferenciais), para que servem e as diferenças de mercado (mercado primário, secundário e balcão).
A primeira videoaula é bastante completa. Porém, caso a diferença entre o Mercado Primário e Secundário não tenha ficado claro ainda, sugiro assistir os próximos vídeos:
Perceberam que, diferente da crença predominante, a Bolsa de Valores não é um cassino? Cada um de nós escolherá como se posicionar: “como JOGADOR (especulador) ou SÓCIO (investidor)“.
Desta vez, atrasei um pouco na publicação do resultado porque “precisei” viajar no último final de semana do mês. Em linhas gerais, não há grandes novidades no cenário político-econômico brasileiro. A economia permanece estável, mas o número elevado de incertezas continua gerando turbulências no mercado. Neste mês, fiz pequenos ajustes em minha carteira de investimentos e aproveitei as férias para reforçar algumas posições e também investir em minha saúde. Portanto, vamos aos resultados.
Inúmeras reformas estão em pauta, mas estão cercadas de incertezas e muita pressão. Até agora o Governo conseguiu, sob protestos, aprovar a reforma trabalhista, que já sofreu novas alterações. A Caixa também anunciou a liberação do FGTS e Previdência adaptados as novas regras. Particularmente, considero a proposta interessante, porém, ao contrário do que muitos acreditam, considero pouco impactante. O Governo vem se articulando para tentar apoio para aprovar a reforma da Previdência e Ministerial – acredito que a reforma da Previdência seja a mais importante, impactante e também a mais difícil. Toda esta incerteza tem causado certo estresse no mercado (sem confirmar a expectativa), fazendo com que o índice IBovespa apresente um resultado negativo nos últimos dias.
Algumas pesquisas de intenção de voto, para as eleições de 2018, estão apontando a liderança do ex-presidente Lula. Estranhamente, inúmeras manifestações, compartilhadas na Internet, demonstram o contrário. Aliás, a situação do Lula não é das melhores – há poucas semanas, por exemplo, o MP pediu o bloqueio de R$ 24 milhões dele e de seu filho. Aproveitando o assunto, recentemente, o Luciano Huck anunciou sua desistência. Particularmente, acredito que seria uma disputa interessante. Mas, para nossa surpresa, o nome que surgiu foi do Dr Rey. Vamos aguardar. Provavelmente, veremos turbulências ainda mais fortes no próximo ano. Apertem os cintos, pois 2018 promete (risos).
Felizmente, apesar de tantas turbulências, os indicadores econômicos continuam melhorando, apresentando redução da Inflação para 4,03%, crescimento do PIB em 2,51% e aumento na produção industrial em 2,96%. Com isto, naturalmente a taxa Selic cai e investimentos de Renda Fixa apresentam uma performance “menos atrativa”. Por outro lado, cresce o interesse por investimentos em Fundos Imobiliários ou renda variável em geral.
Novamente, inúmeros acontecimentos sacudiram o país e o mundo, principalmente nesta última semana:
Para “variar um pouco”, o movimento de euforia do Bitcoin (BTC) continua chamando a atenção e, durante a semana, a cotação ultrapassou U$ 10.000. É preciso ter cautela, pois a volatilidade permanece extremamente elevada – nos últimos dias conferimos flutuações de aproximadamente R$ 10.000. Não aposte uma parte muito significativa de seu patrimônio. Já compartilhei minha visão sobre o assunto: “acredito no futuro do Blockchain, porém vejo muitas limitações para o futuro do BTC“. Na forma como a “moeda” é apresentada hoje, não me interessa.
Por sorte (e com a ajuda das férias – risos), não precisei lidar com imprevistos, reforcei algumas posições e aproveitei as promoções da Black Friday para presentear minha mãe e comprar alguns itens essenciais para mim (algo que já vinha me planejando antecipadamente).
Quanto aos investimentos…
“Houve pequenas alterações na carteira. Repensei minha posição no ETF IVVB11 e decidi encerrar. Apesar do resultado positivo, no meu entendimento, para formação de patrimônio, existem opções mais interessantes e também não pretendo reforçar posições em ETFs (logo, perdeu o sentido). Preferi reforçar algumas posições e optei por uma nova (pequena) em CARREFOUR BR (CRFB3). Por fim, fiz um novo position trade em opções de compra (com vencimento em janeiro) da Petrobras, mas não detalharei neste momento.“
Recebi proventos de ITUB3, BBAS3, GRND3, BRCR11 (0,416%), FCFL11 (0,511%), PQDP11 (0,389%), KNRI11 (0,543%), RNGO11 (0,560%), SAAG11 (0,605%), GGRC11 (0,680%), MXRF11 (0,624%), KNCR11 (0,660%), HGRE11 (0,592%) e FIGS11 (0,926%). O desempenho dos FIIs permanece estável. A princípio, o “pior” resultado continua sendo do fundo PQDP11, mas isto se deve a expressiva valorização de suas cotas. O fundo GGRC11 distribuiu, aos cotistas (na proporção de 127%), o direito/preferência de subscrição. O rendimento mensal da carteira continua muito bom, reforçado com o pagamento de dividendos e JCP de ITUB3, BBAS3 e GRND3 (em torno de R$ 295).
Com o rendimento da própria carteira, somado ao capital que me prontifico separar para investir mensalmente, comprei mais ações ou cotas de ITUB3, ITSA3, HYPE3, GRND3, EZTC3, CRFB3, BRCR11, HGRE11, MXRF11 e GGRC11. O aporte mais expressivo foi para o fundo GGRC11 e o menor para EZTC3. Nos demais, a distribuição foi equilibrada. Como entrei em férias, “não fiz nenhuma viagem programada” (apenas visitamos os pais de minha namorada) e encerrei a posição no fundo Multimercado, a capacidade de aporte foi expressivamente maior. Aproveitei para reforçar diferentes posições.
“Encerrei a posição no fundo Macro Multimercado LP porque, conforme minha suspeita anterior, as regras mudaram realmente, limitando o aporte seguinte em R$ 1.000.000,00). Sinceramente, fiquei um tanto desapontado com a atitude do Banco Bradesco, pois o Banco mudou as regras no meio do caminho – não me parece muito correto, pois eu já estava posicionado (sob regras diferentes). Redistribuí o valor do resgate entre os FIIs.“
Confiram a distribuição dos ativos, segundo o portal CEI (NÃO inclui o Fundo DI):
A composição atual ficou assim (gráfico do IrpfBolsa):
“Vale lembrar que o gráfico acima representa uma distribuição baseada no custo de aquisição, não no valor de mercado“.
Diante do que foi exposto, não é de espantar que o índice Ibovespa continue volátil. Ainda assim, a composição da carteira tem oferecido resultados espetaculares. Felizmente, apesar de tantas turbulências e impopularidade do atual governo, continua prevalecendo uma expectativa positiva para recuperação e crescimento econômico. Vale ressaltar que é importante ter consciência que, no curto prazo, oscilações são naturais e esperadas (com movimentos de repique, por exemplo).
Estou apenas demonstrando o potencial de crescimento, isto não é recomendação de investimento.
Os investidores que possuem cotas do fundo GGRC11 receberam, hoje (23/11/17), o direito de subscrição através do ativo GGRC12 (não negociável). A proporção recebida é 127% sobre o total de cotas GGRC11, basta consultar sua posição de custódia para confirmar. Como gosto do fundo e o valor inicial das cotas será de R$ 114, já solicitei a subscrição de uma parcela do direito que recebi.
Não tenho interesse em exercer o direito por completo, e vi que alguns portais estão recomendando “recomprar” as cotas do fundo para não “jogar fora” o direito e se beneficiar da diferença de preço. Sinceramente, dependendo da quantidade, não vejo tanta vantagem assim. Solicitei apenas a quantidade que me interessa e pronto.
A minha corretora é a Modalmais e o processo foi bem simples…
Após logar no ambiente principal siga os seguintes passos (simulando a reserva para 20 cotas): BOLSA -> SUBSCRIÇÃO -> SOLICITAR
O prazo para solicitar o direito é de 13/12/17.
É necessário dispor de saldo suficiente para operação até o dia 13/12/17 (não é apenas na data de liquidação da oferta), do contrário o saldo ficará negativo.
Apesar do cenário político-econômico continuar bastante turbulento e um tanto incerto, podemos fazer algumas ponderações quanto a situação atual e expectativa para o próximo ano (principalmente para aplicações de renda variável). Independente dos acontecimentos, devemos manter nossa estratégia de investimento intacta, mas nada impede analisar alguns fatos para auxiliar na tomada de decisão para melhor posicionamento ou até mesmo “proteção”.
Começaremos falando sobre a renda fixa…
“A queda da taxa Selic já era algo previsto e salutar para economia, mas confesso que conferir uma queda tão brusca de rendimento surpreendeu um pouco – estava ficando mal acostumado (risos) com taxas DI de aproximadamente 14% ao ano (atualmente na casa de 8%)“
Muitos analistas e educadores financeiros afirmam que a queda da taxa de juros é pouco significativa porque o importante, no final das contas, é a taxa de *juros real* (diferença entre a taxa Selic e Inflação). Quem dera fosse tão simples. Independente de qualquer coisa, o importante é manter uma carteira de investimento “bem diversificada” para ter a chance de surfar o melhor momento de cada investimento naturalmente, sem ficar pulando de galho em galho ou procurando acertar timing.
Confiram este vídeo da Nath:
O que ela diz é real. Mas, afirmar que, apesar da queda da taxa de juros, estamos diante de uma oportunidade de ouro é sacanagem (risos). O racional, do juros real, faz mais sentido quando o investidor já está consumindo parte do rendimento, não na fase de acúmulo. Imagine, por exemplo, a vantagem atual (com as taxas em queda) de investidores que optaram, naquela época, por títulos do Tesouro Direto de longo prazo com taxa de juros superior à 13% – não há como ser MAIS VANTAJOSO investir neste exato momento. Estou questionando apenas a comparação que estão fazendo.
A taxa de juros flutua ao longo do tempo, mas o seu ganho de capital será preservado!
Em qual cenário o seu volume financeiro aumenta mais rapidamente? Será que não importa mesmo? 😉
Na prática não há muito o que fazer. Resolvi comentar sobre o assunto por discordar um pouco da abordagem dada e por conferir uma queda de rendimento brusca (quase metade). Ainda assim, a taxa de juros brasileira é uma das mais altas e mantém o investimento em renda fixa como uma “excelente opção”.
É evidente que manter a taxa de juros tão elevada por muito tempo é prejudicial para o país, e sua queda é um dos sinais de recuperação econômica. Por consequência, investimentos em fundos multimercado ou renda variável passam a despertar maior interesse. Daí a importância da diversificação. Não precisamos acertar timing nenhum.
No auge da crise, priorizei o investimento em renda variável porque minha exposição em renda fixa já estava alta e por entender que o modelo Buy and Hold, quando bem compreendido, permite investir no mercado de ações com maior eficiência e segurança. Também surgiram assimetrias claras – o Banco do Brasil, por exemplo, está apresentando atualmente uma valorização de aproximadamente R$ 20,00 por ação. Estou bastante satisfeito com o resultado da carteira. Dificilmente uma aplicação de renda fixa permitirá uma evolução similar (não encontrei nenhuma opção que oferecesse um resultado próximo).
Infelizmente, as eleições de 2018 podem mudar este resultado drasticamente (por um longo período).
Não, não estou sendo dramático (risos). Assistam este vídeo:
Você pode até discordar de algumas afirmações, mas pesquise quais eventos causaram os movimentos mais relevantes e expressivos do índice Ibovespa nos últimos anos. Desde o impeachment da ex-presidente Dilma, estamos quebrando recordes de valorização. O mercado não considera mais a possibilidade do Lula se tornar presidente novamente, porém as principais pesquisas de intenção de voto estão divergindo disto. Não é uma mera questão de visão política. O que interessa para o mercado é simplesmente a evolução econômica que cada governo é capaz de oferecer. De que forma vocês acreditam que o país afundou? Pensem sobre o assunto.
Não é preciso dizer o que acontecerá caso o mercado seja “surpreendido”, não é mesmo?
A Empiricus afirmou que o mercado continuará reagindo positivamente com João Doria ou Geraldo Alckmin, abrindo espaço para valorizações ainda mais expressivas. Particularmente, compartilho da mesma opinião. Já o nome Bolsonaro continua uma grande incógnita; é difícil avaliar.
O jeito é manter a estratégia de investimento. Continuarei com aportes mensais normalmente, porém, conforme aproximarmos das eleições, ficarei atento aos nomes mais cotados para presidente. Caso entenda que o Lula tem chance real no segundo turno (como mostram algumas pesquisas), certamente comprarei algumas PUTs (opções de venda) para minimizar o impacto sobre a carteira.